sexta-feira, 20 de agosto de 2010

4º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos - ENIFarMed.


Acontece na próxima semana, entre os dias 23 e 25 de agosto, em São Paulo, o 4º Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos - ENIFarMed. O evento tem como objetivo trazer soluções que fomentem a inovação na área farmacêutica através de debate entre palestrantes, debatedores e a platéia. Presenças confirmadas de especialistas nas áreas de inovação farmacêutica, medicamentos genéricos, fitoterapia, nanotecnologia, propriedade industrial, entre outras áreas, garantirá a participação de profissionais de toda a cadeia produtiva de fármacos e medicamentos. Uma das características do evento é colocar num mesmo ambiente de discussão três lados da área de pesquisa e desenvolvimento no setor farmacêutico: governo, indústria e academia. No encontro, estudantes e participantes do evento poderão discutir os temas em pauta com os palestrantes, debatedores e moderadores.

A intenção do evento, segundo Mariana Sandroni, coordenadora do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento em Fármacos e Produtos Farmacêuticos - IPD-Farma - e também moderadora de um dos Painéis, o 4º ENIFarMed tem como objetivo propiciar o espaço e o momento necessários à interação direta e estruturante entre pesquisadores de universidades e centros de pesquisa e profissionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação da indústria", explica Mariana. A coordenadora complementa que "o encontro tem o objetivo de proporcionar um espaço para técnicos de indústrias e de institutos, de centros tecnológicos, de universidades e executivos de agências de fomento e regulação discutirem uma agenda comum para a inovação tecnológica de fármacos e medicamentos que devam ser desenvolvidos e produzidos no país, além de atualizar e integrar os participantes, já que essa interface é fundamental para o desenvolvimento de uma tecnologia nacional competitiva", encerra Mariana.

O Encontro Nacional de Inovação em Fármacos e Medicamentos - ENIFarMed - é um evento que consta no programa da Rede de Entidades Tecnológicas Setoriais (RETS), projeto que conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O encontro é realizado anualmente pelo IPD-Farma (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento em Fármacos e Produtos Farmacêuticos), em conjunto com a ALANAC (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais), a ABIFINA (Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades) e a Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica). A edição deste ano do 4º ENIFarMed conta com o patrocínio da ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, do BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento, do SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e do SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.


Fonte: Alanac

Anvisa atualiza lista de nomes de substâncias farmacêuticas


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, no último dia 12, a RDC 30, que trata da atualização da lista de Denominações Comuns Brasileiras (DCB). A resolução tem por objetivo padronizar a nomenclatura de substâncias e evitar problemas decorrentes da falta de uniformidade dos nomes, facilitando assim o processo de importação e distribuição de medicamentos.

A DCB conta hoje com mais de 9 mil nomes em sua lista e o processo de atualização é feito regularmente há mais de 20 anos. A ação é realizada pelo Comitê Técnico Temático - Denominações Comuns Brasileiras (CTT DCB) da Farmacopeia Brasileira.

O processo se dá quando a empresa entra com pedido de registro de produtos na Anvisa e automaticamente indica um nome para a substância. Logo após, o Comitê avalia a proposta e acata o nome ou não. “Quando a empresa faz a solicitação para registrar algum produto, deve indicar o nome da substância farmacêutica que seguirá para aprovação pelo CTT”, explica Silvânia Mattos, especialista em regulação pela Farmacopéia e membro do Comitê.

Como destaque da nova lista, está a atualização das DCB devido à nova ortografia da língua portuguesa. Nos próximos dias, o Comitê se reunirá para realizar uma nova atualização da lista, que servirá de corte para uma publicação oficial com todos os nomes, a ser lançada em livreto juntamente com a 5ª edição da Farmacopeia Brasileira, prevista para dezembro deste ano.


Fonte: Anvisa

Farmacêutica Nycomed celebra seu 56º aniversario no Brasil neste dia 20


A Nycomed, empresa farmacêutica global com sede na Suíça, comemora no dia 20 de agosto seu aniversário de 56 anos no Brasil. Após a aquisição da Altana Pharma em 2007, a Nycomed tem investido muito no Brasil, um dos cinco principais mercados para a empresa atingir seu objetivo estratégico: dobrar de tamanho em cinco anos.

Segundo Luiz Eduardo Violland, presidente da Nycomed Pharma no Brasil, qualquer companhia multinacional disposta a crescer precisa estar presente e investir no Brasil de maneira consistente. A Nycomed, ao contrário de muitas companhias farmacêuticas, aumentou sua participação no mercado e só no primeiro semestre de 2010 lançou dois produtos que pretendem se tornar líderes em seus segmentos: o Siilif, indicado para a síndrome do intestino irritável e o TachoSil, adesivo cirúrgico indicado para conter hemorragias em cirurgias hepáticas. Até o final do ano a empresa deve lançar mais um medicamento indicado para a doença do refluxo esofágico.

Além disto, a Nycomed ocupa o 5º lugar no mercado de medicamentos isentos de prescrição no Brasil com produtos como Neosaldina, Eparema e Nebacetin. “Outros lançamentos estão por vir ainda em 2010 e nosso pipeline é robusto para os próximos anos”, conta Violland. “Iremos entrar no mercado do tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) com um produto inovador em sua categoria em 2011”.

Os cerca de mil colaboradores no Brasil estão divididos entre o escritório central, a área de vendas e a fábrica, localizada em Jaguariúna (interior paulista). Instalada em um terreno de 218.792 m2, a planta tem capacidade produtiva de 100 milhões de unidades/ano. Segundo Luiz Fortuna, Diretor Industrial, a planta de Jaguariúna, inaugurada em fevereiro de 2002, com investimentos na faixa de US$ 55 milhões, se destaca entre as 19 fábricas da Nycomed em todo o mundo e é a única unidade fabril da empresa aprovada como backup para a produção do seu principal medicamento de prescrição, o Pantozol. A fábrica da Nycomed emprega cerca de 500 pessoas, gerando muitos benefícios indiretos para a região de Jaguariúna e Campinas.

Outro fator decisivo para o sucesso da companhia é a visitação médica. Os cerca de 400 representantes de vendas visitam em torno de 34 mil médicos no Brasil, levando informações sobre a ampla linha de produtos da Nycomed, que hoje ocupa a 11º posição em faturamento no ranking das farmacêuticas no Brasil, segundo dados do IMS Health.

A Nycomed também investe em programas de responsabilidade social corporativa e pretende ampliar as ações em 2011. “Além da qualidade dos produtos que deve ser inquestionável, para crescer é preciso respeitar o meio ambiente e gerar valor para todos os públicos envolvidos em nosso negócio”, comenta Violland. “Sem dúvida, o Brasil faz parte do crescimento da companhia mundialmente e cabe a nós fazermos com que este crescimento seja sustentável”.


Fonte: Comunicação Corporativa Nycomed Brasil

Vacina é única forma de prevenção ao sarampo


Em face da confirmação de dois casos importados de sarampo no município de Porto Alegre, alerta-se para a importância de se manter atualizada a carteira de vacinação da criança, do adolescente e do adulto. Quem está com a vacina em dia não precisa se vacinar.


As pessoas que apresentarem sinais e sintomas compatíveis com sarampo devem procurar atendimento no posto de saúde mais próximo.


O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, de transmissão respiratória, de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença.



O período de incubação geralmente dura dez dias, variando de sete a 18 dias e o período de transmissibilidade é de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema (manchas avermelhadas na pele) até quatro dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema.



O quadro clínico apresenta-se com febre de moderada a alta acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite, fotofobia, cansaço, falta de apetite e exantema máculo papular com início na face e atrás do pescoço e espalhando-se para o tronco e membros.



No campo das doenças infecto-contagiosas, o sarampo é uma das principais causas de adoecimento entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que vivem em países subdesenvolvidos. O óbito é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia. Outras complicações podem ocorrer como a otite média, broncopneumonia, diarréia e encefalite. A encefalite pode ocasionar danos permanentes e se apresenta em aproximadamente um de cada um mil casos de sarampo.



Não existe tratamento específico para o sarampo; recomenda-se repouso, hidratação, antitérmicos e isolamento dos doentes para diminuir o contágio. As complicações bacterianas são tratadas com antibióticos.



O Brasil encontra-se sem a circulação do vírus selvagem do sarampo desde 2001, após este período foram registrados somente casos importados, sendo o último caso notificado em 2006. O Estado do Rio Grande do Sul não apresenta casos confirmados de sarampo desde 1999.

A vacina é a única forma de prevenção e é aplicada em todos os postos de saúde do Rio Grande do Sul, gratuitamente, a partir de um ano de vida. A vacina disponível é a chamada tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), muito segura e eficaz, devendo ser aplicada por via subcutânea. As contraindicações são gravidez, imunodepressão por doença ou tratamento, doenças febris agudas, alergia importante ao ovo de galinha.

O esquema recomendado é uma dose de vacina com um ano de idade e um reforço aos quatro a seis anos.

Fonte: SSRS

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Farmácias querem cobrar por aconselhamento


Redução do preço de venda ao público dos medicamentos leva farmacêuticos a pedirem novo método para financiar actividade.

"A cobrança por acto farmacêutico é urgente. As sucessivas baixas de preços deixaram várias farmácias em situação muito crítica", explica João Silveira, vice-presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), ao jornal "i".

"Qual é a viabilidade da farmácia no futuro se os medicamentos novos, e mais caros, ficarem nos hospitais, e os mais consumidos continuarem a baixar de preço?", questiona.

As farmácias querem avançar a curto prazo com a cobrança dos serviços que prestam - aconselhamento, testes de despiste e todos os outros actos farmacêuticos praticados ao balcão. A ideia não é nova, mas a sucessiva baixa de preços imposta aos medicamentos dá novo fôlego à vontade de mudar o cálculo do lucro.

Até agora o lucro depende directamente do custo de cada embalagem vendida (hoje é de 20%). Em vez disso, as farmácias pretendem ser pagas segundo uma tabela de serviços prestados, independente do valor do remédio dispensado ao doente. Ganhariam o mesmo se vendessem um remédio de 20 euros ou um de dois euros, mas passariam a cobrar por outros serviços que agora são gratuitos.

Um estudo apresentado o ano passado pelo investigador da Universidade Católica Miguel Gouveia calculava que as farmácias portuguesas praticam anualmente 38,8 milhões de actos farmacêuticos não pagos. A maioria são aconselhamento terapêutico e avaliação. Para as farmácias, este trabalho representaria o equivalente a 20% dos resultados brutos destes estabelecimentos, no valor de 54 milhões de euros.



Fonte: Econômico

SP aprova lei com regras de higiene para estúdios de tatuagem e piercing


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (18) um projeto de lei que obriga estúdios de tatuagem, piercing e maquiagem definitiva a fazer um cadastro na prefeitura para exercer a atividade. O texto agora precisa de assinatura do prefeito Gilberto Kassab para passar a valer.

O objetivo é regulamentar a categoria e coibir práticas irregulares, já que esse tipo de procedimento pode causar infecções nos clientes, caso não sejam tomadas medidas de higiene adequadas.

A medida, segundo o autor do projeto, o vereador Dalton Silvano (PSDB), tenta evitar a disseminação de tatuadores de "fundo de quintal", que não adotam procedimentos de higiene. Na justificativa do projeto, Silvano diz que "a atitude de fazer uma tatuagem, que se inicia por um sonho de jovens adolescentes, pode se transformar em verdadeira tragédia".

– É de amplo conhecimento da população a ocorrência de inúmeros casos de transmissão de doenças por meio de instrumentos utilizados nos procedimentos para elaboração de tatuagens. Os riscos têm aumentando com o surgimento de novos vírus e bactérias cada vez mais resistentes e difíceis de serem combatidos. Como existe contaminação com sangue durante o processo de tatuagem os cuidados devem ser os mesmos de qualquer cirurgia clínica.

O artigo 4º da lei, por exemplo, obriga o tatuador ou maquiador definitivo a fracionar o uso da tinta para cada cliente. A lei diz que "a tinta fracionada será descartada imediatamente após o primeiro procedimento de uso". Isso evita o contato do sangue de um paciente com o de outro.

O texto, contudo, é polêmico e já causa discussões entre os profissionais da área. Ele impõe, por exemplo, o uso de aventais e óculos de proteção, pouco usados atualmente. Ficam obrigatórias também as luvas cirúrgicas descartáveis, mais comuns entre tatuadores. Equipamentos como seringas e agulhas devem ser esterilizados em aparelhos visíveis para o cliente.


Essa última obrigação e o fracionamento de tinta já são medidas previstas em normas da Coordenação de Vigilância em Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal da Saúde. Caberá à pasta definir como será a metodologia do cadastro dos estabelecimentos, a multa para quem não fizer a inscrição e a fiscalização da lei.

Cirurgiões cardíacos defendem boicote ao SUS



A Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular lançará uma campanha nacional para que os seus 1,2 mil associados deixem de operar pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida drástica é uma retaliação contra o preço pago para a equipe - cerca de R$ 940 para quatro cirurgiões e outros dois profissionais, no caso de uma cirurgia de revascularização (ponte de safena). No Rio, planos de saúde pagam até R$ 13,5 mil pelo procedimento.


A crise atinge alguns Estados - Goiás não faz cirurgias cardíacas eletivas desde 2 de dezembro (mais informações nesta página). O Ministério Público intermedeia negociações entre médicos e a Secretaria de Saúde da Bahia para evitar que o serviço seja paralisado. Em São Paulo, os médicos ainda se organizam para criar uma cooperativa. O foco será a negociação com planos de saúde, que pagam cerca de R$ 1,5 mil por cirurgia para a equipe.

No Rio, os cirurgiões cardiovasculares anunciaram que vão interromper as cirurgias em outubro nos hospitais conveniados ao SUS. "O cirurgião cardiovascular hoje paga para trabalhar. Ele passa entre quatro e seis horas num centro cirúrgico, tem de ficar de sobreaviso para o caso de alguma intercorrência após a operação e, depois de 60 dias, recebe pouco mais de R$ 100 por aquele trabalho. É menos de R$ 30 por hora", afirma Ronald Souza Peixoto, presidente da cooperativa que reúne os 102 cirurgiões cardiovasculares do Rio.

Em 2009, esses médicos fizeram 8.303 cirurgias eletivas no Estado - aquelas que não são de emergência, como troca de válvulas cardíacas. Hoje, o paciente enfrenta uma fila de até seis meses para conseguir atendimento.

A briga com os Estados e municípios ocorre porque a lei prevê que as secretarias de Saúde façam a complementação do que é pago pelo SUS. De acordo com a sociedade, só Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Paraíba pagam a diferença.

Segundo Gilberto Venossi Barbosa, presidente da sociedade, a baixa remuneração tem feito com que menos médicos escolham a carreira. "O que explica que o SUS pague R$ 6 mil por um transplante hepático e a metade disso para o transplante cardíaco, que é uma cirurgia muito mais complicada?"

O secretário de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, considera a remuneração das cirurgias cardíacas compatível com os recursos do SUS. "Não há como fazer comparações com o que é pago pelos planos", disse. Ele observou que o per capita na área privada é de cerca de R$ 1,4 mil, bem mais que o per capita do sistema público, que não chega a R$ 700. "Há subfinanciamento do setor", resume. "A tabela apresenta uma remuneração compatível com os recursos existentes." Beltrame ressaltou que não recebeu reclamação formal dos cardiologistas sobre a baixa remuneração. "Estamos abertos ao diálogo."


Fonte: O Estado de São Paulo / Abradilan

Entire TP cresce com demanda da indústria farmacêutica


Setor já representa 70% da receita da empresa, que conta com clientes como Boehringer-Ingelhain, Medley, Novartis, Distribuidora Santa Cruz e Myralis.

A estabilidade econômica apresentada pelo setor farmacêutico, bem como a demanda cada vez mais presente pelo segmento em automatizar processos com o apoio da tecnologia da informação foi um dos fatores que impulsionaram o crescimento da Entire TP, uma das principais empresas de soluções de comércio eletrônico para o mercado corporativo (B2B). Atualmente, a indústria farmacêutica já representa 70% do faturamento da empresa.

O cenário tem relação com a busca de soluções que otimizem o processo de compra e venda entre indústria, distribuidores e PDV´s espalhadas pelo Brasil. A Entire TP trabalha, entre outros sistemas, com uma plataforma virtual, e-Trade, com foco em e-commerce B2B, responsável pela gestão da compra e venda na cadeia de fornecimento, atuando como um portal de relacionamento comercial.

A adesão do sistema pelo setor farmacêutico permeou o crescimento da Entire nesse mercado. Atualmente, a carteira de clientes da companhia conta com nomes como Boehringer-Ingelhain, Medley, Novartis, Distribuidora Santa Cruz e DivCom.

José Ricardo Ferreira, diretor comercial da Entire TP, explica que além de atender a indústria farmacêutica, a empresa também oferta seus serviços para as farmácias credenciadas, desde que o fabricante opte por este serviço. “Já estamos trabalhando com a integração de grandes redes de farmácias e com os principais fornecedores de software para farmácias do Brasil. Graças à tecnologia que empregamos no e-Trade, a indústria terá como disponibilizar informações comerciais, lançamentos e promoções diretamente para o PDV”.

A plataforma recebe up grade de forma constante e atualmente emite relatórios operacionais e analíticos interativos, com tabelas e gráficos via web, e-mail e plataformas móveis como iPhone e Blackberry.

A experiência que a Entire TP possui em atender ao segmento farmacêutico, o auxílio tecnológico e as informações que são coletadas em campo, para aprimoramento da ferramenta, são as apostas da empresa para conseguir integrar 18 mil farmácias ao sistema até o final de 2010. A expectativa da Entire TP é de crescer 25% nesse setor, até o final de 2010.

“A meta vai a encontro do que propomos na plataforma como rapidez no processo de vendas, agilidade nas tomadas de decisões, maior controle do processo produtivo, respostas rápidas nas ações de marketing e contato direto com o ponto de venda”, completa Ferreira.

Entire - Fundada em 2000, a Entire Technology Partners é uma das principais fornecedoras de soluções de comércio eletrônico para o mercado corporativo (B2B - Business to Business). A companhia é especialista em plataformas de compra e venda via Internet e em seu portfólio destacam-se os produtos e- Supply, e-Trade e e-Interchange. A empresa tem como clientes: Novartis, Medley, Memphis, Marilan, Arge, Laboratórios Achè, Boehringer-Ingelheim, Cremer, Gevisa, Distribuidora Santa Cruz, entre outros. [www.entiretp.com.br].

Fonte: Fator Brasil

ALERTA EPIDEMIOLÓGICO RS - SARAMPO


O Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul informa que os dois casos suspeitos de sarampo notificados pelo município de Porto Alegre no dia 17 de agosto do corrente ano foram confirmados laboratorialmente no Lacen/RS.

Os dois casos pertencem ao mesmo núcleo familiar, do sexo feminino, na faixa etária de 11 e 12 anos, sem histórico vacinal para sarampo. A família viajou para Buenos Aires, na Argentina, no período de 22 a 28 de julho, mesmo período em que foi divulgada a existência de casos confirmados no país. O retorno foi no dia 28/07/10 no vôo da GOL nº 7651. Entre 29 e 31 de julho, a família viajou para Rio Grande, hospedando-se na casa de parentes e participando da FEARG, feira de artesanato no município.

O primeiro caso iniciou com sintomas no dia 03 de agosto, apresentando febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia, mialgia, iniciando exantema maculopapular no dia 07 de agosto. No dia 10 de agosto, devido à piora do quadro foi internada. Recebeu alta no dia 12 de agosto em bom estado geral.

O segundo caso apresentou inicio dos sintomas no dia 11 de agosto, apresentando febre alta, coriza, conjuntivite, manchas de Koplik, iniciou exantema maculopapular no dia 15 de agosto. No dia 16 de agosto foi internada com diagnóstico de pneumonite. A criança permanece internada na UTI, não faz uso de respirador, com boa evolução.



MEDIDAS DE CONTROLE DESENCADEADAS

Desde a notificação dos casos, foi realizada busca ativa de casos suspeitos de sarampo e rubéola em todos os locais freqüentados pelos casos confirmados.

Estão sendo realizados bloqueios vacinais no domicílio, escola e local de atendimento das crianças.



AÇÕES RECOMENDADAS

Tendo em vista a confirmação de dois casos importados de sarampo em nosso meio, estamos alertando para a possibilidade de novos casos no Estado, especialmente relacionados a viagens à Argentina e ao Pará e outros estados brasileiros que vierem a confirmar casos da doença.



Vigilância Epidemiológica



Alerta às unidades de saúde (públicas e particulares) para:

Identificar oportunamente a ocorrência de novos casos suspeitos de sarampo (definição de caso a seguir);
Notificar imediatamente, em até 24 horas, à Secretaria Municipal de Saúde;
Coletar sangue e espécimes clínicos (secreção de oro e nasofaringe e urina) para identificação viral e enviar ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN/RS);
Avaliar as coberturas vacinais nos municípios;
Realizar a busca ativa de casos suspeitos não notificados nas unidades de saúde públicas e privadas (hospitais, unidades básicas, laboratórios, clínicas etc.).


Imunização



Realizar busca ativa de não vacinados, na faixa etária de 1 a 39 anos para identificar e atualizar a vacinação de acordo com os seguintes critérios:
Faixa etária de 1 a 19 anos: receberão a primeira dose de tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e segunda após 30 dias;
Faixa etária de 20 a 39 anos: receberão uma dose da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba);


Registrar no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-API), as doses aplicadas das vacinas segundo as faixas etárias.


CASO SUSPEITO SARAMPO:

Todo indivíduo que, independente da situação vacinal, apresentar febre e exantema máculo-papular, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.


SECRETARIA DE SAÚDE RS

Expo Pharma 2010 deve receber 12 mil pessoas até 20/8 no Rio


A Expo Pharma chega com muitas novidades e a expectativa de superar as conquistas da última edição. Segundo Fátima Facuri, diretora da Open Brasil, organizadora do evento, 2010 deverá superar em 30% o volume de negócios e atingir um público formado por empresários, compradores, gestores e farmacêuticos, em torno de 12 mil visitantes.

Nesta edição, a organização da Expo Pharma optou por trazer o maior número possível de empresas com estande próprio, uma estratégia para dar mais dinamismo à feira e gerar novas oportunidades de negócios e parcerias.

Paralelamente, os distribuidores estarão focados na logística, consolidando os negócios efetuados. “A Expo Pharma se destaca dos outros eventos pelo foco. Nosso público é diferenciado, pois vai ao Riocentro em busca de crescimento, seja aproveitando as condições especialmente planejadas e oferecidas pelos expositores, ou investindo em relacionamento, o que gerará novos investimentos a médio e longo prazos”, acrescenta Facuri, que garante inovação no intercâmbio entre os participantes da feira.

Paulo Henrique e Fábio Souza, diretores da Maxcenter, expositores do varejo, acreditam que o sucesso da Expo Pharma está no fato de conseguir reunir indústrias, distribuidores, varejo e prestadores de serviços e, além de alavancar os negócios na cadeia, promover discussões importantes sobre novidades e assuntos que preocupam e interessam as autoridades, o mercado e o consumidor.


NOVO FORMATO

A setorização da feira será um dos destaques que o visitante irá encontrar de 18 a 20 de agosto no Pavilhão 4 do Riocentro. “Este foi um processo de organização que fomos adequando aos poucos, até chegar à solução que iremos apresentar em 2010. Concluímos que com a setorização, o planejamento dos negócios será facilitado e também aumentarão a visibilidade, as oportunidades e o destaque de cada marca com seu público alvo.

Por outro lado, o empresário de farmácia, o gestor e o comprador poderão estabelecer suas linhas de atuação, visando obter as melhores condições possíveis entre as empresas presentes”, diz Fátima, que aponta Tecnologia, Arquitetura, Pediátrico e Wellness como novidades entre os setores da feira, que também trará Medicamentos, Dermocosméticos, HPC, Fitoterápicos e Diabetes, além de serviços.

Fátima explica que o varejo mudou seu layout para se adequar ao novo consumidor, mais exigente e sem tempo a perder. Os produtos agora são categorizados para facilitar a compra pelo cliente. “A Expo Pharma 2010 segue esta tendência para também se adequar às exigências deste novo mercado farmacêutico”, conclui.

O presidente da Rede CityFarma, expositora em todas as edições da Expo Pharma, José Corrêa da Motta, afirma que o setor precisa deste encontro para atualizar e aprimorar seu conhecimento através das palestras ministradas. Ele ressalta como principais características do evento a união, a aproximação, a parceria e principalmente, as boas negociações.


O CONGRESSO

O Congresso 2ª Jornada com Ênfase no Varejo Farmacêutico trará palestras visando proporcionar aos empresários, farmacêuticos, gestores de farmácias e drogarias a oportunidade de discutir, reciclar e aperfeiçoar seus conhecimentos no que concerne à gestão e à busca de um atendimento com excelência. O Congresso acontecerá integrado à Expo Pharma 2010, de 18 a 20 de agosto, das 9h às 16h.


EXPOSITORES

Várias empresas já se preparam para oferecer o seu melhor em produtos, condições e atendimento durante a Expo Pharma. Conheça alguns deles: Anfarmag, AS Medical, Boehringer Ingelheim, Biotropic Cosmética, Rede CityFarma, Dr. Orgânico, Drogaria Exata, Extramed, Facebela, Fing'rs, Jomargil, Laboratório Boiron, Laboratório Teuto, Lunamed, Mais Conforto, Maxcenter, Medley, Millenium Comercial, Navario, NS Inaladores, Rede Ofertão, RCA Sistemas, Red Apple, União Química e Viva Mais.


SERVIÇO
Expo Pharma 2010
De 18 a 20 de agosto, de 14h às 22h
Riocentro - Rio de Janeiro
Organização: Open Brasil Promoções e Eventos
Informações: www.expopharma.com.br


Fonte: Grupo Letra Comunicação

Astrazeneca investe em parcerias com a Índia



19 de agosto (Reuters) - AstraZeneca (AZN.L) tem planos para assinar um contrato com uma farmacêutica de genéricos na Índia - desta vez para o fornecimento de drogas injetáveis - em um movimento para impulsionar suas vendas no mercado emergente.

DNA Money disse que o grupo com sede em Londres estava perto de assinar um acordo de licenciamento e de fornecimento com a Intas Pharmaceuticals, citando duas pessoas familiarizadas com o desenvolvimento.

Um porta-voz da AstraZeneca em Londres, disse que a empresa não se pronunciou sobre os boatos negócio.

AstraZeneca fechou um acordo de fornecimento de similares genéricos com a indiana Torrent Pharmaceuticals (TORP.BO) em março e a empresa anglo-sueca afirmando na época que os negócios poderiam seguir.

Os mercados emergentes em franco crescimento são uma área prioritária para as empresas farmacêuticas ocidentais, lhes proporcinando negócios atraentes.

AstraZeneca espera que os mercados emergentes representam 25% das vendas do grupo em 2014, acima dos 13%, ou US $ 4,35 bilhões, em 2009.

Fonte: GenericPharma

Anfetaminas geram risco para a aorta


18/08/2010 - Brasília - Um estudo publicado na revista especializada American Heart Journal serve de alerta para quem abusa das anfetaminas, substâncias estimulantes usadas em dietas de perda de peso e em condições como o distúrbio do deficit de atenção. De acordo com pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas, jovens adultos que tomam anfetaminas em excesso têm grande risco de sofrer um rompimento na aorta, a maior e principal artéria do organismo. No Brasil, um relatório das Nações Unidas mostrou que 0,7% da população entre 12 e 65 anos consome esse tipo de substância, o maior percentual da América do Sul.

Os cientistas examinaram dados médicos de 31 milhões de pessoas entre 18 e 49 anos, hospitalizadas em estabelecimentos de saúde dos Estados Unidos entre 1995 e 2007. Eles descobriram que o abuso da anfetamina triplica as chances de um indivíduo sofrer de dissecção aguda da aorta, condição na qual o revestimento interno da parede da artéria sofre uma laceração. "É um problema raro em jovens, mas que, quando os acomete, frequentemente os leva à morte", disse, no estudo, Arthur Westover, professor de psiquiatria da Universidade do Texas e principal autor do artigo.

De acordo com Westover, casos isolados já sugeriam uma relação entre a dissecção aguda da aorta e o abuso da anfetamina, mas esse foi o primeiro estudo epidemiológico em larga escala a investigar os efeitos da substância na artéria. Segundo o estudo, a anfetamina, também utilizada ilegalmente como droga recreativa, age no corpo de forma similar à cocaína, droga associada a efeitos adversos no coração. Entre outras consequências, a substância aumenta a pressão sanguínea, um dos fatores de risco para a dissecção aguda da aorta.

Os pesquisadores da Universidade do Texa também analisaram dados de 49 milhões de pessoas com mais de 50 anos, entre 1995 e 2007. "Descobrimos que a dissecção aguda da aorta está aumentando em jovens adultos, mas não nos mais velhos. O motivo ainda não está claro", afirma o artigo. Os cientistas também notaram que na Califórnia, no Havaí, em Oregon e no estado de Washington, o percentual de casos de dissecção aguda da aorta ligados ao abuso de anfetamina em jovens adultos foi três vezes maior, quando comparado à média dos Estados Unidos. "Isso mostra que nesses locais o abuso da substância é mais comum e que esse padrão de consumo traz graves consequências para a saúde", afirmou Westover.


Fonte: Alanac

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Odontoprev admite negociações para crescer


São Paulo - A Odontoprev comunicou hoje (18/8) à BM&FBovespa que "prospecta novas oportunidades e que, no momento, está participando de processos competitivos que visam à expansão de seus negócios". No mercado, especula-se que a Odontoprev fará uma associação com o Banco do Brasil.

As ações da empresa subiram 7,18% ontem, o que levou ao questionamento da BM&FBovespa à empresa. Atualmente, a gestora de planos odontológicos possui atendimento em cerca de 1.200 cidades e uma rede credenciada com mais de 15.000 cirurgiões-dentistas.

Em outubro de 2009 a Odontoprev fechou uma associação para integração das atividades no ramo de planos odontológicos com o Bradesco. Em maio desse ano, o Banco do Brasil fechou a venda de sua participação (49,92%) na Brasilsaúde à SulAmérica Seguro Saúde.

Roche flagra doenças antes de aparecerem


Farmacêutica aposta na área de diagnósticos moleculares e lança testes para infecções, câncer e pré-eclâmpsia

A Roche, uma das líderes mundiais em medicamentos diferenciados
para câncer e pioneira no tratamento de diabetes, está de olho no que o mercado farmacêutico considera ser a tecnologia do futuro. Não se trata
de ferramentas capazes de produzir drogas certeiras contra doenças complicadas ou vacinas contra vírus que podem se espalhar perigosamente. A aposta do grupo suíço chama-se diagnóstico molecular e envolve o estudo das mudanças celulares que ocorrem no corpo antes
mesmo do aparecimento dos sintomas de uma doença.
Hoje, esses testes baseados nos genes, são uma pequena parte das receitas que a Roche obtém com o desenvolvimento, fabricação e venda de material de apoio médico e laboratorial, incluindo sistemas de diagnósticos para laboratórios, hospitais, clínicas e diretamente para
pacientes, como testes de índice de glicemia para diabetes. Mas as perspectivas são enormes.
Crescimento
Estima-se que as vendas de kits de diagnósticos moleculares vão crescer 14% nos próximos dois anos. A consultoria Jain PharmaBiotech
calcula que o mercado total deve se expandir de R$ 15,88 bilhões atuais para R$ 27,34 bilhões em 2014. No Brasil, o faturamento da Roche Diagnóstica ainda é pequeno, R$ 408 milhões, se comparado com
os R$ 1,6 bilhão da Roche Farmacêutica. No grupo, entretanto, o crescimento de vendas do setor foi de 9% ante 4% do setor de remédios no primeiro semestre de 2010.
A empresa aguarda o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o lançamento no país de produtos de impacto nessa linha. São biomarcadores para doenças graves e de importância social
que vão ajudar amodificar o paradigma da saúde, afirma Pedro Gonçalves, presidente da divisão no Brasil. Gonçalves acredita que, em
um futuro não muito distante, esses diagnósticos serão tão comuns
nos laboratórios de análises clínicas quanto a dosagem de colesterol, que denuncia as chances de problemas cardiovasculares, ou o PSA, que
aponta doenças na próstata. A Roche do Brasil lança os chamados
biomarcadores, que visam detectar a pré-eclâmpsia, doença caracterizada pela hipertensão, presente em cerca de 5% das gestações e principal causa de nascimentos prematuros no Brasil.
A pré-eclâmpsia não apresenta sintomas aparentes, o que dificulta o seu diagnóstico. Com o teste em amostra de sangue, é possível identificar o problema no processo de formação e desenvolvimento da placenta antes
mesmo dos primeiros sinais físicos da doença. Conhecer essa predisposição ajuda os médicos a estabelecer o melhor tratamento para a gestante. Outro exame que espera o sinal da Anvisa busca identificar
em seis horas as bactérias presentes na infecção hospitalar. Saber quais antibióticos utilizar para enfrentar a septicemia em tempo hábil, em vez de submeter o doente a um jogo de tentativas e erros, pode salvar vidas e
evitar o aparecimento de bactérias resistentes.
Os lançamentos incluem ainda o diagnóstico molecular do vírus HPV. Hoje se conhece mais de 200 tipos do vírus, mas apenas os de alto risco estão relacionados a tumores do colo do útero. Por meio do teste, é possível identificá-los. É uma maneira de trazer mais eficácia ao sistema de saúde e diminuir os gastos, diz Gonçalves.

A Roche aposta que os testes de diagnóstico molecular serão, em futuro não muito distante, tão comuns quanto a dosagem de colesterol ou
o PSA, que aponta doenças na próstata.

Fonte: Abradilan

Dono da Ultrafarma vai concorrer com sua própria drogaria


Empresário vai abrir megalojas e site com a marca Sidney Oliveira Medicamentos


Sidney Oliveira, sócio-fundador da Ultrafarma, maior rede varejista de medicamentos online do País, causou surpresa ao anunciar, em um comunicado à imprensa, que vai criar uma nova varejista de produtos farmacêuticos. Batizada de Sidney Oliveira Medicamentos, a empresa vai concorrer diretamente com a Ultrafarma.

O empresário vai investir R$ 30 milhões nessa nova rede, que atuará no formato de megalojas e que também terá um canal de vendas online. Oliveira está investindo ainda R$ 5 milhões em um centro de distribuição de produtos farmacêuticos no Nordeste, que se chamará Sidney Oliveira Distribuição e Logística.

O anúncio é peculiar porque Oliveira ainda se apresenta como presidente da Ultrafarma. Procurado, o empresário não quis se manifestar sobre os motivos que o levaram a constituir uma empresa independente. Segundo sua assessoria de imprensa, Oliveira encontrava-se incomunicável na terça-feira.

No ano passado, segundo fontes do setor, o executivo enfrentou um processo de separação litigioso com a ex-mulher. Em setembro, ele ensaiou deixar a administração da rede Ultrafarma, alegando problemas societários, mas voltou atrás da decisão e reassumiu o controle da empresa.

A imagem de Sidney Oliveira sempre esteve associada à da Ultrafarma, cujo logotipo é um desenho do empresário, e sua foto ainda continua estampada na página da empresa na internet. Entre as varejistas de medicamentos do País, Oliveira é visto como um empresário controverso. Sua postura agressiva de vendas costuma ser alvo de crítica dos concorrentes, para os quais essas práticas são predatórias ao mercado.

Até a primeira quinzena de outubro, Oliveira vai inaugurar um centro de distribuição e logística na cidade de Fortaleza (CE), que atenderá todo o território nordestino. O empresário tem como sócio no novo projeto Francisco Machado, criador da Plusfarma, empresa de distribuição e logística líder no segmento. Segundo o comunicado, ?o objetivo é abastecer de forma eficaz os lugares mais distantes do Nordeste.?

Já no varejo, Oliveira tem uma proposta mais ousada. A meta é inaugurar megalojas de medicamentos, em São Paulo, com filiais em Santos, Rio de janeiro e Campinas. O foco do novo negócio será a comercialização de medicamentos genéricos "ainda mais baratos do que os encontrados hoje no mercado", de acordo com a nota à imprensa. As lojas serão abertas ainda este ano.

Oliveira afirmou também que quer lançar a rede Sidney Oliveira Medicamento no comércio eletrônico e promete criar uma loja virtual ?jamais vista no mercado?. A Ultrafarma é a principal rede de nesse ramo de atividade no País. Para o seu novo negócio, Oliveira afirmou em nota à imprensa que contou com ajuda de um grande banco de investimento e parcerias com a indústria farmacêutica.

fonte:Abrad

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Acordo com Libbs permite que Fiocruz fabrique remédio para transplantes renais


O laboratório nacional Libbs Farmacêutica e a Fiocruz, por meio do
Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), assinaram um
contrato de transferência de tecnologia para a produção do medicamento
tacrolimo, utilizado por pacientes submetidos a transplante de rim. Com a
assinatura do contrato, Farmanguinhos adquire do Libbs a tecnologia de
produção e o medicamento passa a ser produzido pela Fiocruz.

fonte: Brasil Econômico

Combate à Aids avança como negócio

Salim Abdool Karim foi aplaudido de pé na Conferência Internacional sobre a Aids realizada em Viena no mês passado, quando este médico sul-africano anunciou que um gel vaginal reduziu em mais da metade o risco de transmissão do HIV por via sexual para as mulheres. O avanço foi recebido como um grande avanço para as populações pobres de todas as partes do mundo.

O desenvolvimento bem sucedido do primeiro agente de proteção contra o vírus depois de anos de fracassos, não teria sido possível sem a cooperação da Gilead Sciences de Foster City, da Califórnia, a principal fabricante de alguns dos medicamentos de combate à Aids mais caros do mundo. A Gilead, que obteve vendas de quase US$ 6 bilhões com medicamentos de combate à Aids em 2009, doou o principal ingrediente do gel, vendido nos Estados Unidos como uma pílula chamada Viread, e concedeu uma licença livre de royalties para a Conrad, uma organização sem fins lucrativos voltada para a saúde reprodutiva que pretende distribuir o produto na África.

As companhias farmacêuticas, antes criticadas de negligentes ou gananciosas por cobrarem milhares de dólares por um ano de tratamento da Aids com medicamentos como o Viread em países pobres, estão reduzindo os preços e licenciando seus medicamentos gratuitamente ou a custos nominais para organizações sem fins lucrativos e fabricantes locais de países em desenvolvimento. Ativistas afirmam que essa generosidade é em parte uma tentativa de evitar uma repetição da reação de relações públicas que as companhias tiveram de enfrentar uma década atrás, depois de colocarem inicialmente preços nos medicamentos que apenas pacientes dos países ricos podiam arcar.

Além disso, uma rede de agência de combate à Aids e fabricantes de medicamentos locais existe para cuidar da produção e distribuição dos compostos - coisa que muitas companhias dos mercados desenvolvidos não querem fazer por causa dos custos e problemas de transporte. "É uma mudança extraordinária", diz Mitchell Warren, um ativista no combate à Aids de New York, que observa que dez anos atrás as companhias farmacêuticas afirmavam que as pessoas infectadas na África não eram confiáveis para receber regimes complicados de administração de medicamentos a qualquer preço.

Há dois anos, a Pfizer concedeu uma licença gratuita a um grupo sem fins lucrativos para o desenvolvimento do seu medicamento contra a Aids, o Selzentry, para o uso em outro gel experimental. No mês passado, uma subsidiária da GlaxoSmithKline (GSK) disse que vai conceder licenças sobre alguns dos medicamentos contra a Aids que está desenvolvendo para 60 dos países menos desenvolvidos do mundo, onde vivem 80% das pessoas do planeta que têm Aids.

Na conferência sobre a Aids realizada em Viena, a Unitaid, organização sem fins lucrativos, disse que está discutindo a criação de um "pool de patentes" com a Gilead, Merck e Johnson & Johnson, para o licenciamento de medicamentos em desenvolvimento para fabricantes de genéricos que possam vender os medicamentos a preços menores que os possíveis para as grandes farmacêuticas. "Estamos conversando sobre como as companhias vão participar, e não se elas vão participar", diz Ellen ' t Hoen, diretora-executiva da Unitaid.

Os fabricantes de medicamentos contra a Aids são pressionados a aumentar o acesso do Terceiro Mundo aos seus produtos desde a realização de encontro internacional para discutir a Aids em Durban, África do Sul, em 2000. Dois anos depois, o ex-presidente americano George W. Bush comprometeu-se a fornecer antiretrovirais para 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da Aids na África e Caribe, como parte de sua iniciativa de US$ 15 bilhões de combate à doença, criando um mercado potencialmente lucrativo para os fabricantes de baixos custos.

Em 2005, a fundação de Bill Clinton intermediou descontos com fabricantes de genéricos na Índia, que reduziram o custo dos tratamentos de drogas combinadas, que podem chegar a milhares de dólares por ano no Ocidente, para até US$ 120 por paciente por ano. Com a queda dos preços, a demanda aumentou, rendendo economias de escala que ajudaram a reduzir mais os preços, diz Michael Kazatchkine, diretor-executivo do Global Fund to Fight HIV/Aids, Tuberculosis and Malaria.

Ao licenciar os medicamentos para que eles sejam produzidos por terceiros nos países e desenvolvimento, as grandes farmacêuticas conseguem publicidade positiva por ajudarem os pobres, sem serem forçadas a distribuir os medicamentos com grandes descontos sobre os preços vendidos nos países ricos. As pílulas de preços mais baixos precisam ser vendidas em tamanhos, cores e formas diferentes, o que reduz dramaticamente a possibilidade de elas serem vendidas na Europa ou nos Estados Unidos, através do mercado negro, ou competir com medicamentos vendidos a preços plenos.

EMS já começou a venda do Lipitor


O laboratório EMS iniciou a distribuição, na segunda-feira, em São Paulo, da atorvastatina, genérico do Lipitor, da Pfizer. No primeiro dia, o medicamento já podia ser adquirido nas redes Drogasil, Droga Raia e Onofre. Nesta terça-feira, redes de outras capitais, como Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador receberão o produto. Na semana passada, uma liminar concedida pelo Tribunal Federal Regional do Rio de Janeiro garantiu que a EMS tivesse o direito de vender o genérico a partir deste mês, por entender que a patente do Lipitor já havia expirado A Pfizer já recorreu na Justiça.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Pesquisadores descobrem origem infecciosa para o Mal de Parkinson


Um grupo de pesquisa nos Estados Unidos descobriu evidências de que a mal de Parkinson pode ter origem infecciosa ou autoimune (quando o próprio sistema do corpo responsável pelo combate a infecções passa a "atacar" o organismo do indivíduo).

O estudo identificou uma relação genética entre o sistema imunológico e a doença progressiva e incurável. Os pesquisadores examinaram mais de 2.000 pacientes com Parkinson em quatro Estados norte-americanos e outros 2.000 voluntários sem a doença. Foram avaliados fatores clínicos, genéticos e ambientais que poderiam contribuir para o desenvolvimento e a progressão da doença e de suas complicações. Alguns foram acompanhados por quase 20 anos.

Os pesquisadores descobriram uma nova associação da doença com a região HLA (sigla em inglês para antígenos leucocitários humanos), que contém um grande número de genes relacionados à função imunológica em humanos. Os genes HLA são essenciais para o reconhecimento de invasores nos tecidos do corpo. Mas o funcionamento não é sempre perfeito, uma vez que os genes variam muito de pessoa a pessoa.

Certas variantes dos HLA estão associadas com um aumento no risco ou na proteção contra doenças infecciosas, enquanto outras podem induzir distúrbios nos quais o sistema imunológico ataca tecidos do próprio corpo.

Esclerose múltipla, uma doença neurológica causada pela autoimunidade, também está associada com os HLA. O estudo observou que a variante genética associada com a doença de Parkinson está na mesma região que a ligada à esclerose.

De acordo com a pesquisa, investigar a conexão entre Parkinson e inflamações, especialmente no contexto da um marcador genético variável, pode levar ao desenvolvimento de medicamentos melhores e mais seletivos para o tratamento da doença.

Fonte: R7

Nova cirurgia de câncer de próstata promete reduzir impactos na atividade sexual


Quando se trata do câncer de próstata, um dos maiores desafios dos cientistas é desenvolver técnicas que reduzam dois graves problemas causados pela radioterapia e pela cirurgia de retirada da glândula: a disfunção erétil (dificuldade de ereção) e a incontinência urinária (quando a pessoa urina sem perceber).

Um novo procedimento desenvolvido nos Estados Unidos, que utiliza um laser de CO2 (dióxido de carbono), promete ser uma alternativa para manter intacta a função sexual e urinária dos homens após a remoção da próstata.

Cirurgiões do Hospital Presbiteriano de Nova York e do Centro Médico da Universidade de Colúmbia testaram o laser de dióxido de carbono (geralmente usado para tratar câncer na cabeça e no pescoço) durante cirurgias de próstata feitas com robôs e descobriram que a retirada da próstata pode ser feita com mais precisão, o que ajuda a preservar as áreas responsáveis pela ereção do pênis e pela função urinária.

Os médicos usaram os instrumentos robóticos para remover a próstata do paciente e, com o laser, dissecaram a região entre o órgão e os nervos que ficam em volta.

Ketan Badani, diretor de cirurgia robótica do Hospital Presbiteriano de Nova York e principal autor do estudo, disse ao R7 que o diferencial do método é a extensão do calor gerado pelo laser para dissecar os nervos. De acordo com ele, a técnica “esquenta” uma região cerca de mil vezes menor do que os lasers tradicionais, o que ajuda a proteger essas estruturas e aumentar as chances de manter a capacidade sexual do paciente.

Apesar disso, Badani afirma que ainda não existem informações sobre a manutenção da ereção com o uso da técnica. Isso porque, segundo ele, a primeira fase dos estudos analisou apenas a segurança da cirurgia. É a partir de agora, numa segunda etapa, que os pesquisadores vão verificar os resultados práticos na questão sexual.

O cientista afirma, no entanto, que a condição do paciente antes da cirurgia é o que mais influencia em sua recuperação.

– Se você já tem algum problema de disfunção erétil ou sofre de problemas como diabetes e colesterol alto, as chances de recuperação fatalmente serão menores.

Apesar do entusiasmo dos cientistas americanos, o médico Cassio Andreoni, chefe da disciplina de urologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que as cirurgias que envolvem laser e robótica ainda não se provaram um sucesso na redução de danos e se tratam apenas de “marketing”.

O brasileiro afirma que já usou técnicas de laser nesse tipo de cirurgia, mas parou de usá-las por não ver muitos benefícios. De acordo com ele, testes em animais provaram que métodos que usam clipes de titânio para suturar a próstata durante a cirurgia são mais eficientes.

– O laser é apenas mais uma forma de parar o sangramento. Não significa que o método é mais preciso. O laser com certeza não vai adicionar o mesmo benefício para todos os pacientes.


Nervos estão próximos da próstata

Quando se faz a cirurgia para a retirada da próstata, ou mesmo as sessões de radioterapia, o homem pode sofrer dificuldades de ereção ou incontinência urinária.

Isso acontece, segundo o médico Marcos Dall’oglio, chefe do Departamento de Uro-oncologia da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), porque tanto o músculo responsável pela função urinária como as terminações nervosas por onde passam as informações que estimulam a ereção do pênis estão localizados numa região muito próxima à próstata. Com o tratamento, portanto, são grandes as chances de danificar essas estruturas.

- As complicações dependem da experiência do cirurgião, da idade do paciente e das características da própria doença. Às vezes existe um tumor maior ou então uma próstata com fatores anatômicos que dificultam a cirurgia. Por isso a experiência do cirurgião conta muito.

No Brasil, em 2009, foram feitas 10.410 cirurgias de retirada de próstata na rede pública de saúde, segundo o Ministério da Saúde. Com relação à iniciativa privada, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) informaram que não possuem dados exatos sobre a quantidade de procedimentos.

De acordo com Dall’oglio, a cirurgia convencional no Brasil custa em torno de R$ 15 mil, enquanto a cirurgia por robôs chega a R$ 55 mil. O urologista afirma, no entanto, que os dois procedimentos alcançam resultados equivalentes e provocam as mesmas consequências.

- A cirurgia robótica surgiu nos últimos quatro anos, então é uma técnica que ainda está se estabelecendo. Aparentemente, os resultados são equivalentes, mas não melhores do que a cirurgia convencional.

Andreoni diz que os robôs, usados em 90% das cirurgias urológicas nos Estados Unidos, podem fazer a diferença e permitir uma recuperação melhor do paciente, mas é preciso que o cirurgião responsável seja bem qualificado.

– A maior parte dos cirurgiões não tem conhecimento adequado da localização dos nervos durante uma cirurgia [de próstata].


fonte : R7

Ritmo de marcha revela saúde do idoso


Especialistas defendem que análise da caminhada passe a ser um dos sinais vitais verificados em consultas, como pressão e respiração

Cérebro, coluna, nervos, músculos, articulações. Coração e pulmões. Juntos, e funcionando bem, são eles que permitem o caminhar ereto, ritmado de tantos idosos. Mas se o complexo sistema não vai bem, os pés arrastam-se, a coluna dobra, o movimento é cada vez mais lento.


Médicos defendem que a velocidade de marcha também seja considerada um medidor de saúde durante o envelhecimento, tão relevante quanto outros quatro sinais vitais já avaliados nas consultas: pressão, frequência respiratória, temperatura e massa corporal. Perder a velocidade dos movimentos é um sinal natural de diminuição da vitalidade, de saúde deficiente em diferentes espécies, mas muitos especialistas não levam isso em conta.

Em trabalho publicado no fim de 2009 na revista científica Journal of Nutrition, Health and Aging, membros de uma força-tarefa da Academia Internacional de Nutrição e Envelhecimento apontaram, após revisão da literatura, que a velocidade de marcha é um instrumento eficiente para prever expectativa de vida, surgimento de incapacidade física, necessidade de hospitalização, quedas e demências. Justamente por ser a expressão da interação de diferentes órgãos e estruturas do corpo. Segundo o estudo, uma velocidade de marcha menor do que 0,6 m/s deve ser considerada extremamente preocupante. Entre 0,6 a 1 m/s, a situação é regular. E acima de 1 m/s, normal.

"O andar é fundamental para o bem-estar. Todo mundo que já quebrou a perna sabe o quanto é ruim. As pessoas se preocupam com o idoso, mas não com sua mobilidade", afirmou ao Estado Stephanie Studenski, professora da divisão de Medicina Geriátrica da Universidade de Pittsburgh (EUA) e uma das maiores autoridades mundiais em mobilidade de idosos. Ela esteve no 17.º Congresso Brasileiro de Geriatria, no mês passado, em Belo Horizonte.

Anormalidades na marcha podem indicar, por exemplo, o avanço de uma doença que já acomete o idoso, como uma cardiopatia, ou então um ou vários problemas de saúde desconhecidos que demandam investigação, como artrite, doenças pulmonares, distúrbios da visão ou causados pela diabete. Mesmo a depressão pode levar um idoso a arrastar-se. Além disso, a velocidade da marcha revela o consumo de energia dos velhos, o que ajuda predizer sua capacidade de cumprir tarefas cotidianas.

Sobrevida. Um grupo chefiado por Stephanie e que trabalha para o Serviço Nacional de Envelhecimento do governo americano aprofunda a pesquisa sobre a relação entre a velocidade de marcha e a expectativa de vida. As análises apontam que uma velocidade de 0,6 metros/s estaria relacionada, por exemplo, a uma sobrevida de não mais do que cinco anos. Por outro lado, aqueles que, por meio de intervenções, aumentam a velocidade, vivem mais. "Os médicos não dão atenção à marcha porque ainda aprendemos tudo separadamente", diz a médica. O próximo passo é chegar a um teste universal para medir a velocidade no consultório (ao lado, um dos testes possíveis).

"A marcha é fundamental, mas os médicos estão mais preparados para avaliar a de uma criança", afirma Alexandre Kalache, que dirigiu por 13 anos o Programa Global de Envelhecimento da OMS. Segundo o geriatra Emílio Moriguchi, ex-diretor do centro colaborador da OMS para prevenção de doenças associadas ao envelhecimento, uma série de pesquisas no Japão relaciona a marcha à idade biológica desde os anos 70.

"A velocidade de marcha é um indicador sentinela de que algo não vai bem e deve ser investigado", diz a fisioterapeuta Mônica Perracini, diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. "Mas a sociedade ainda acha que é aceitável o idoso andar devagar. Um idoso curvado foi por muito tempo usado até na sinalização do metrô."

CFM desiste de restringir viagens de médicos pagas por laboratórios


Conciliador. Roberto D' Ávila, presidente do conselho, pretende evitar abusos "na base do convencimento, da argumentação"

O Conselho Federal de Medicina (CFM) desistiu de fazer uma resolução para restringir a ida de médicos a eventos científicos com o patrocínio da indústria farmacêutica. A regulação específica do tema poderia gerar punições, entre elas até a cassação do médico que a desrespeitasse. Um eventual acordo com a indústria farmacêutica também foi protelado para mais discussões.

"Não queremos resolução proibindo. Seria difícil fiscalizar. Queremos agir na base do convencimento, da argumentação", afirmou o presidente do CFM, Roberto D" Ávila.

No fim de junho, ao anunciar a promessa, D" Ávida disse a um jornal que a restrição, especialmente para viagens de médicos que não vão apresentar trabalhos científicos, era um caminho sem volta. Afirmou ainda que, se não ocorresse acordo com a indústria, a medida seria feita via resolução e prometeu apresentar a proposta no dia 16 de julho.

A ideia, afirma agora o presidente do CFM, é buscar um "termo de ajustamento de conduta" com a indústria para evitar situações como a viagem patrocinada de profissionais que não apresentam trabalhos científico nos eventos. Os médicos, no entanto, não poderão ser punidos com base nesse termo.

Segundo a reportagem apurou, houve forte reação de médicos, especialmente da Associação Médica Brasileira (AMB), e da indústria promotora de eventos. Mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - que tentou recentemente disciplinar a relação entre laboratórios e médicos - tem se manifestado reservadamente contra a medida, por considerar que ela limita as possibilidades de atualização científica.

O presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, passou a divulgar as regras já existentes da Associação Médica Mundial para os congressos médicos, que permite as viagens patrocinadas para fins científicos, sem diferenciar palestrantes e ouvintes, mas veta patrocínios em dinheiro vivo e a extensão de benefícios a parentes.

Adiamento. A definição do eventual acordo ou ajustamento de conduta foi protelada. Segundo D" Ávila, foi criada uma comissão com nomes do CFM, da indústria farmacêutica, do Conselho Federal de Farmácia e da Anvisa para discutir o tema. "A ideia é, depois de poucas reuniões, termos um protocolo e anunciá-lo solenemente", prometeu o presidente do conselho.

Antônio Britto, presidente da Interfarma, associação que reúne os grandes laboratórios farmacêuticos multinacionais, compareceu ao CFM em 16 de julho para falar da proposta. "Aparentemente está todo mundo convencido da impossibilidade da proibição de que o médico fale com a indústria. A troca de informações é importante para ambos", disse sobre o encontro.

"Outra convicção é de que os congressos ficariam inviabilizados sem o patrocínio. A questão é como ele pode se dar", afirmou o dirigente, que apresentou o código de conduta das indústrias. Segundo destacou Britto, o próprio código da indústria, que é de 2008, já diz que os patrocínios só podem ser para viagens de cunho científico e não pode haver apoio para as viagens de parentes e amigos.

Já houve punições a empresas farmacêuticas que desrespeitaram o código de ética (mais informações nesta página).


PARA LEMBRAR

Falta de ética já motivou punição

Pelo menos duas grandes empresas farmacêuticas multinacionais já descumpriram desde 2008 seu próprio código de conduta no Brasil, infringindo regras para o patrocínio a eventos científicos. Os dados são da própria Interfarma.
Segundo o advogado Ronaldo Pires, em um dos casos o material científico estava inadequado. Em outro, houve "supervalorização da parte turística do evento". Uma recebeu advertência, divulgada para as outras empresas, e a segunda, multa de R$ 5,5 mil.

A Justiça brasileira e os genéricos


Ao determinar no final de abril a derrubada da patente do Viagra, garantir o domínio público de sua fórmula e autorizar os laboratórios a fabricar genéricos com base nela, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estimulou o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) a pedir-lhe que julgue em bloco as ações judiciais relativas a 37 outros medicamentos - a maioria utilizada em transplantes e tratamentos de câncer, diabetes, depressão, leucemia, úlcera gastrointestinal, dores musculares e doenças cardíacas.


A discussão sobre o prazo de validade da patente do Viagra, que vende mais de 2,9 milhões de unidades por ano apenas no Brasil e foi o 11.º medicamento mais comercializado no País, no ano passado, começou por causa da data do registro da fórmula feita pela Pfizer. Ela o registrou em 20 de junho de 1990, na Inglaterra, e em 7 de junho de 1991 depositou outra patente. Como a legislação brasileira permite que um laboratório explore um medicamento no mercado por 20 anos, a Pfizer alegou que a patente do Viagra só expiraria em 2011. Mas, para as indústrias farmacêuticas brasileiras que produzem genéricos e para o Inpi, o prazo teria de ser calculado a partir do primeiro registro - vencendo, portanto, em 2010.

Última instância da Justiça Federal, o STJ deu ganho de causa aos laboratórios produtores de genéricos, negou o pedido de prorrogação da patente encaminhado pela Pfizer ao Inpi e não aceitou o argumento dos advogados da empresa, de que a contagem do prazo a partir do segundo registro era decisiva para assegurar o retorno do investimento realizado no desenvolvimento do Viagra, que no Brasil propicia ao laboratório faturamento anual de R$ 160 milhões.

Em dezembro do ano passado, a 3.ª Turma do STJ já havia adotado a mesma posição, por unanimidade, no caso do Diovan, um remédio para hipertensão produzido pela Novartis. O faturamento do laboratório com esse medicamento é de R$ 200 milhões por ano. Também aí existiam dois registros, um depositado na Suíça e outro, na Convenção de Paris. Como a Pfizer, a Novartis também contava o prazo de exclusividade a partir da data mais recente. No entanto, ao julgar um recurso impetrado pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelos laboratórios brasileiros que produzem genéricos, o STJ impôs a data mais antiga e assegurou o domínio público da fórmula.


Outra ação judicial semelhante foi a que envolvia o Seroquel, medicamento usado para tratamento de depressão e de esquizofrenia. Originalmente, a patente expirava em 2006, mas o laboratório AstraZeneca também invocou outros registros e pediu a contagem do prazo de 20 anos com base na data do registro mais recente. Pelas contas da Pró Genéricos, a associação de fabricantes brasileiros de medicamentos genéricos, esse remédio propicia ao fabricante um faturamento anual de R$ 150 milhões. Como o pedido de prorrogação não foi aceito, a empresa produtora obteve uma liminar, que acaba de ser cassada. O laboratório anunciou que irá recorrer novamente, apesar de as decisões mais recentes da última instância da Justiça Federal terem acolhido os argumentos dos procuradores do Inpi e dos advogados da AGU.


Pela legislação em vigor, os remédios genéricos têm de custar pelo menos 35% menos do que os medicamentos de marca. Se para os produtores brasileiros de genéricos a expiração das patentes abre um mercado bastante rentável, para os laboratórios multinacionais a imposição do domínio público após 20 anos de exclusividade representa uma significativa queda de faturamento. Segundo o procurador-chefe do Inpi, Mauro Sodré Maia, o órgão vai pedir ao STJ antecipação do julgamento de todos os remédios cuja patente está sub judice. E também vai invocar a economia que os genéricos propiciam para os consumidores e para o País como justificativa para que o STJ julgue de uma só vez, em bloco, o fim da patente de 37 medicamentos de uso contínuo. "São ações importantíssimas, que podem trazer uma economia muito grande. Quanto mais rápido os pedidos forem analisados pela Corte, maior a economia", diz ele. Pelas decisões recentes do STJ, não será fácil para os laboratórios manter a patente desses remédios.

Laboratório Bristol encolhe e fecha fábrica no Brasil


No próximo dia 13 de dezembro, o laboratório americano Bristol-Myers Squibb fechará sua fábrica localizada no bairro Santo Amaro, zona sul da cidade de São Paulo. Esta é a única fábrica da empresa no País e conta hoje com 230 funcionários, que já foram avisados do fim da operação da unidade. Há cerca de dez anos, a fábrica operava em três turnos e empregava 1.200 funcionários.

O fechamento da unidade fabril está relacionado à mudança da estratégia global do laboratório. A Bristol, que já esteve entre as maiores indústrias farmacêuticas do mundo, desistiu de entrar na briga pela liderança global, que deveria incluir fusões e aquisições. A empresa optou por transformar-se em uma empresa de medicamentos biotecnológicos, mas de porte médio. Desde então, fechou 15 fábricas da empresa no mundo, sendo a unidade brasileira a 16ª.

Presente no Brasil há mais de 50 anos, a Bristol local está sendo desativada porque é muito antiga e exigiria muitos investimentos para poder produzir os medicamentos biotecnológicos que agora estão nos planos da empresa.

A Bristol ainda conta com outras 18 fábricas no mundo. Em outubro do ano passado inaugurou mais uma unidade em Denver, no estado americano do Colorado. É a fábrica mais moderna da empresa e foi resultado de um investimento de US$ 750 milhões. A unidade brasileira já vinha operando com muita ociosidade. A situação se agravou há cerca de um ano, quando a Mead Johnson, empresa que já pertenceu à Bristol, deixou de usá-la para produzir itens como o suplemento alimentar Sustagen. A empresa passará a importar os medicamentos Naldecom e Luftal de sua fábrica no México.

domingo, 15 de agosto de 2010

Terceira Idade - Principais Doenças


Segundo o Ministério da Saúde as doenças mais comuns apresentadas por idosos são:

Doenças Cardiovasculares: Infarto, Angina, Insuficiência Cardíaca
Fatores de risco: Pouca atividade física (sedentarismo), fumo, diabetes, alta taxa de gordura no sangue (colesterol) e obesidade (gordura).
Sintomas: Falta de ar, dor no peito, inchaço, palpitações.
Prevenção: Praticar atividade física de forma sistemática, não fumar e controlar o peso, colesterol e a diabetes.

Derrames (Acidente Vascular Cerebral - AVC)
Fatores de risco: Pressão alta (hipertensão arterial), fumo, sedentarismo, obesidade e colesterol elevado.
Sintomas: Tontura, desmaio paralisia súbita.
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática, não fumar, controla a pressão arterial, peso e o colesterol

Câncer
Fatores de risco: Fumo, exposição ao sol, alimentação inadequada, obesidade, casos na família, alcoolismo.
Sintomas: Depende do tipo de Câncer, um dos sintomas mais comuns e o emagrecimento inexplicável
Prevenção: Consultar o médico pelo menos uma vez por ano para fazer exames preventivos, evitar exposição ao sol em excesso e não fumar.

Pneumonia
Fatores de Risco: Gripe, enfizema e bronquite anteriores, alcoolismo e imobilização na cama
Sintomas: Febre, dor ao respirar, escarro, tosse.
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática, boa alimentação, vacinação contra gripe e pneumonia.

Enfizema e Bronquite Crônica
Fatores de Risco: Fumo, casos na família, poluição excessiva.
Sintomas: Tosse, falta de ar e escarro.
Prevenção: Para de fumar, manter a casa ventilada e aberta ao sol

Infecção urinária
Fatores de Risco: Retenção urinária no homem e na mulher a incontinência urinária.
Sintomas: Ardor ao urinar e vontade freqüente de urinar.
Prevenção: Consultar um médico e tratar a infecção e sua causa.

Diabetes
Fatores de Risco: Obesidade, sedentarismo, casos na família
Sintomas: Muita sede e aumento no volume de urina.
Prevenção: Controlar o peso e a taxa de açúcar no sangue.

Osteoporose
Fatores de Risco: Fumo, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, nas mulheres o risco é 7 vezes maior.
Sintomas: Não há sintomas, em geral, é descoberta pelas complicações (fraturas).
Prevenção: Praticar atividade física de forma regular e sistemática, não fumar, comer alimentos ricos em cálcio

Osteartrose
Fatores de Risco: Obesidade, traumatismo, casos na família.
Sintomas: Dores nas juntas de sustentação (joelho, tornojelo e coluna), e na mãos
Prevenção: Controlar o peso e praticar atividades física adequada.


Não fuja do Médico!!!

O Ministério da Saúde recomenda que os idosos façam visitas pelo menos uma vez por ano ao médico e realize exames e utilizem vacinas como forma preventiva de identificar e combater as doenças em sua fase inicial facilitando o tratamento e a proteção da saúde.

Vacinas:
Tetano - a cada 10 anos.
Gripe - anualmente.
Pneumonia - a cada 05 anos.

Exames:
Aferir a pressão arterial - anualmente.
Coleterol Sangüíneo - anualmente.
Glicemia - anualmente.
Pressão ocular - anualmente.
Urina - anualmente.
Ginecológico (feminino) - anualmente.
Próstata (masculino) - anualmente.

Fonte: Ministério da Saúde

Terceira Idade - Envelhecimento e suas relações com a Atividade Física


Durante o processo do envelhecimento temos alterações fisiológicas e em nossas capacidades físicas:

- Redução da força.
- Redução do volume muscular.
- Aumento do tecido não contrátil (gordura e tecido conectivo) no músculo.
- Redução na área de secção transversa do músculo esquelético, tem início aos 25 anos e se torna mais pronunciada a partir da 5 década de vida.
- As fibras tipo II, com o envelhecimento, reduzem em tamanho enquanto que as fibras do tipo I permanecem praticamente inalteradas.
- A redução da área de secção transversa do músculo também se dá às custas da redução do número de fibras ao longo do processo de envelhecimento.
- O envelhecimento parece provocar redução no número tanto de fibras do tipo I como do tipo II.
- Com o envelhecimento ocorre também uma redução no número de unidades motoras. Esse fenômeno parece ser resultante da perda de neurônios motores alfa da medula espinhal com subseqüente degeneração de seus neurônios em contra partida as unidades motoras remanescentes aumentam de tamanho.
- Capacidade reduzida no idoso em gerar força em alta velocidade (potência).
- Vários estudos têm relacionado a redução da força muscular a uma maior suscetibilidade a quedas, fraturas e dependência do idoso.
- Parte da redução da capacidade aeróbia (50%) no idoso tem sido atribuída a sua perda de massa muscular.


Alterações da Força em Função da Idade

Manutenção
Declínio
Músculos utilizados em atividades diárias Músculos utilizados raramente
Força isométrica Força Dinâmica
Contrações excêntricas Contrações concêntricas
Contrações em baixa velocidade Contrações em alta velocidade
Força utilizando pequenos ângulos de amplitude articular Força utilizando grandes ângulos de amplitudes articulares
Força nos indivíduos do sexo masculino Força nos indivíduos do sexo feminino
Fonte: Spirduso. W.W.1995 - Physical Dimensions of Aging


Como se exercitar?

Para a elaboração de um programa de atividade física e prescrição de exercícios para a terceira idade é necessário a observação de alguns parâmetros prévios:

Buscar a associação dos fatores:

OBJETIVOS ALMEJADOS

Geralmente relacionados:
Ao aumento da autonomia e sensação de bem-estar
Melhora do condicionamento cardiovascular
Aumento da força muscular
Manutenção ou desenvolvimento da flexibilidade, coordenação e equilíbrio
Incentivo ao contato social e o prazer pela vida
Controle de peso e nutricional
Promoção do relaxamento
Diminuição da ansiedade, insônia e depressão
Manutenção do libido e do vigor sexual

NECESSIDADES ESPECIAIS (VESTUÁRIO, ACESSÓRIOS...)

ESTADO DE SAÚDE

NÍVEL DE CONDICIONAMENTO PRÉVIO

ATIVIDADE FÍSICA SUGERIDA

EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS

INSTALAÇÕES DISPONÍVEIS (CUIDADO COM OBSTÁCULOS,VIAS DE ACESSO, TEMPERATURA AMBIENTE )

Quanto a limitações no quadro de saúde - sempre é necessário observar a existência de patologias associadas (diabetes,obesidade, hipertensão arterial...) pois é comum o idoso apresentar mais de uma patologia, bem como os efeitos da medicação em uso com atividade física e sempre que possível o intercâmbio de informações na evolução do programa de atividade física com o médico responsável.

Quanto aos objetivos - na elaboração do programa sempre que possível tente buscar uma visão holística do idoso com a melhoria da capacidade física, e ao mesmo tempo maximizar o contato social e redução dos problemas psicológicos e estímulos a suas funções cognitivas.

Atividades Sugeridas - aeróbias de baixo impacto, como caminhada, natação, hidroginástica, dança, trabalhos resistidos como a ginástica localizada, musculação e trabalhos com alongamento buscando a manutenção da flexibilidade bem como a mobilidade e se possível em grupos.

Observar as limitações funcionais ao Treinamento Físico:

- Redução da capacidade cardio - respiratória.
- Redução da habilidade de desempenhar exercícios em intensidades moderas e intensas.
- Diminuição da capacidade de adaptação e de recuperação de estímulos exógenos.
- Redução da adaptabilidade ao treinamento físico.
- Fraqueza muscular e aumento da sensação de fadiga.
- Problemas degenerativos de ossos, tendões e articulações.
- Maior suscetibilidade à dor muscular e lesões.
- Diminuição do equilíbrio e coordenação neuromuscular.
- Diminuição da visão e da audição.

Diretrizes e documentos oficiais sobre a prescrição da atividade física para idosos:

The Heidelberg Guidelines for Promotiny Physical Activity Among Older Persons - 1996 (Texto em Inglês)

Exercise and Physical Activity for Older Adults - ACMS - Position Stand - 1998 (Texto em Inglês)
Texto Traduzido - Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde - volume 3 número 1 - 1998 ( Exercício e atividade física para pessoas idosas - Posicionamento Oficial do American College of Sports Medicine - ACMS)

Atividade Física e Saúde no Idoso - Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1999