quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Roche compra remédio contra hepatite C - Danoprevir



O grupo farmacêutico suíço Roche pagou 175 milhões de dólares à empresa americana InterMune pelos direitos sobre o medicamento Danoprevir, usado no tratamento da hepatite C, anunciou o laboratório.

A Roche, que desenvolveu em conjunto com a InterMune a partir de 2006 este inibidor de protease de segunda geração, comprou o conjunto dos direitos mundiais relacionados ao desenvolvimento e comercialização do medicamento.

"Com mais de 180 milhões de pessoas que sofrem de hepatite C no mundo, a necessidade de dispor dos melhores tratamentos nunca foi tão urgente", afirmou Dan Zabrowski, diretor da Roche.


Fonte: Exame

Hypermarcas terá aporte de até R$ 1,1 bi do BNDES


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se comprometeu em contrato a subscrever até a totalidade da emissão de debêntures no valor de R$ 1,099 bilhão aprovada pelo conselho de administração da Hypermarcas. A operação vai capitalizar a empresa para o pagamento da compra do laboratório Neo Química, em dezembro de 2009, e manter seu apetite de aquisições.

Desde o ano passado o BNDES negociava uma forma de capitalizar a Hypermarcas por meio da sua subsidiária de participações, a BNDESPar, como forma de sustentar o avanço da empresa no setor farmacêutico, considerado estratégico pela política industrial do governo. Em fato relevante, a Hypermarcas informou que a emissão privada será de 1.097.450 debêntures simples. A compra da Neo Química custou à Hypermarcas R$ 686,7 milhões e uma troca de ações que elevou o negócio a R$ 1,4 bilhão. Com a capitalização da BNDESPar, a empresa melhora seu perfil de endividamento e recupera musculatura financeira para novos negócios.

Preocupado com as aquisições de farmacêuticas brasileiras por multinacionais, especialmente no segmento de genéricos, o BNDES mudou sua política de incentivo ao setor este ano. O banco tenta se tornar sócio das empresas, a maioria de médio porte e administração familiar, para estimular a abertura de capital e a consolidação. O objetivo é ter empresas de capital nacional mais robustas, resistentes ao assédio das múltis, com capacidade de investir no desenvolvimento de medicamentos e de disputar mercado no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Selo de segurança para medicamentos gera atrito entre Anvisa e indústrias

Para tentar coibir a falsificação de medicamentos a partir de janeiro de 2011 as caixas de remédios começarão a ser etiquetadas com um selo de segurança. O anúncio foi feito ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que gerou forte reação da indústria farmacêutica. Em nota cinco entidades do setor disseram que a medida é equivocada e deverá aumentar em 2,58% o preço médio dos medicamentos para o consumidor. E alertam que a alta poderá ser maior para produtos populares.

“No caso dos medicamentos genéricos, o aumento no custo de produção pode variar de 6,3% a 23,1%”, afirma a nota, que vai de encontro à declaração do presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, de que não serão permitidos aumentos nos preços por causa dos selos.

- O governo não autorizará aumento de preço de medicamento. Isso será absorvido pela cadeia produtiva. O impacto é irrisório, em torno de 0,01% em produtos acima de R$ 5 – afirmou Raposo.

A indústria e as farmácias terão um ano para se adaptar às medidas e até 15 de janeiro de 2012 todo medicamento deverá ter o selo de segurança. A autenticidade do produto será comprovada ao aproximar a etiqueta de segurança do visor de um leitor ótico. O selo faz parte da política de rastreabilidade dos medicamentos aprovada em janeiro de 2009. Ela prevê um prazo de três anos para a implantação do sistema. O objetivo da medida é impedir a venda de medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados.

Para empresas há risco de monopólio

Segundo a Anvisa, entre janeiro e setembro de 2010, foram apreendidos 53,575 milhões de medicamentos falsificados e contrabandeados, o mesmo que em todo o ano de 2009. Para Raposo, o comércio de medicamentos falsificados migrou das feiras livres para as farmácias.

Os selos, autoadesivos, serão aplicados diretamente nas caixas dos medicamentos e terão um marcador único reconhecido apenas por leitor ótico. Cada selo terá ainda uma numeração individual, chamada de Identificador Único de Medicamento (IUM), e também fará parte das notas fiscais eletrônicas. A indústria pediu que a medida seja revogada pois considera essa tecnologia ultrapassada. Para o setor, o sistema mais moderno é o bidimensional, que já está em testes. A nota questiona ainda o fato de haver só um único fornecedor do selo no país, o que significa monopólio.

Jornalista: Gustavo Paul
O Globo

Moksha8 vai comercializar drogas da norte-americana Watson no Brasil


A americana Moksha8, especializada na comercialização e promoção de medicamentos e genéricos de marca, acaba de fechar um acordo para levar aos mercados brasileiro e mexicano - os dois únicos onde atua - medicamentos do laboratório americano Watson Pharmaceuticals. Segundo Simba Gill, presidente da Moksha8, cerca de uma dúzia de marcas já foram submetidas a aprovações das autoridades de saúde do México e do Brasil, e serão lançadas ao longo deste e do próximo ano.

Até 2013, porém, a meta é mais ambiciosa. O executivo afirma que, dos aproximadamente 150 medicamentos do portfolio da Watson, a Moksha8 planeja lançar nos dois mercados latinoamericanos entre 100 e 150 itens. Hoje, a Moksha8 comercializa 21 produtos de marca de terceiros na América Latina, com os quais fatura cerca de US$ 200 milhões ao ano. A lista inclui drogas famosas, como Valium e Lexotan, da Roche. Com a ampliação do portfolio, o objetivo é dobrar o volume de vendas no prazo de cinco anos.

Os nomes dos primeiros medicamentos da Watson que serão lançados nos Brasil e no México não foram divulgados. Porém, Gill adianta que eles deverão reforçar a posição da companhia
no segmento de tratamento de doenças do sistema nervoso central, como depressão, ansiedade e esquizofrenia. Segundo o executivo, além do acordo com a Watson, estão em negociação outras parcerias com laboratórios estrangeiros.


NOVO SÓCIO

As negociações com o laboratório americano Watson envolveram a venda de participação minoritária na Moksha8. Com um aporte inicial de cerca de US$30 milhões, a Watson tornou-se acionista minoritária da empresa. E, pelo acordo, deverá aportar mais US$ 20 milhões, assim que a Moksha 8 cumprir a cláusula que condiciona a ampliação da participação à compra de novas drogas, de outras empresas, ao longo do próximo ano.

Paralelamente, outros dois sócios da empresa, TPG Biotechnology e Montreux Equity Partners, reforçaram o capital da Moksha8 com outros US$ 31 milhões - a Moksha tem também pequena participação do grupo Votorantim em seu capital. O controle, porém, continua nas mãos do fundo americano Texas Pacific Group (TPG), dono de uma carteira de investimentos de US$ 40 bilhões. O dinheiro que entra agora será usado na compra de licenças de novas drogas e no reforço da estrutura de vendas e marketing da companhia no Brasil e no México.

De acordo com Gill, os planos são para ampliar a cobertura geográfica da Moksha8 em grandes centros urbanos de regiões como o Nordeste, onde a economia vem se mostrando muito forte. Mas mantendo o foco em um grupo seleto de profissionais da área médica.

Pelo menos por ora, o executivo afirma que uma fábrica no Brasil não está nos planos da companhia. Porém, no médio e longo prazos há esta possibilidade. Atualmente, a companhia está no segundo estágio de sua estratégia de expansão. Começou assumindo a comercialização de medicamentos de marca de grandes laboratórios farmacêuticos no Brasil e no México, e ganhando de acordo com o desempenho das vendas. Agora, inicia a busca e a importação de
medicamentos que só existiam no mercado externo.

A próxima etapa, se seguido o cronograma original, será a produção de medicamentos de base biológica. Mario Grieco, presidente da subsidiária brasileira, relata que já está em fase final de pesquisa clínica o primeiro medicamento biológico para tratamento de artrite reumatóide, que deverá chegar ao mercado em 2011.



Fonte: Brasil Econômico

Farmácias receberão leitor óptico para selo de segurança de medicamentos


A partir de janeiro de 2012, quem comprar um medicamento nas farmácias brasileiras poderá conferir, no próprio estabelecimento, se o medicamento é verdadeiro.

Cada caixa de medicamento conterá um selo de segurança fornecido pela Casa da Moeda que será reconhecido por leitores óticos em todas as farmácias e drogarias do país. A autenticidade do produto será indicada quando o consumidor aproximar a etiqueta de segurança ao visor do terminal ótico.

O objetivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é minimizar os riscos causados pela existência de medicamentos falsificados, roubados, sem registro ou contrabandeados, no mercado nacional.

“É uma medida que vai garantir ao consumidor um mecanismo seguro de saber na própria farmácia se o medicamento é verdadeiro. Além disso, a falsificação desta etiqueta hoje é praticamente impossível”, afirmou o diretor presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.


ETIQUETAS DE SEGURANÇA







O modelo de etiqueta desenvolvido é simples e de fácil reconhecimento pelo usuário final. Os selos, autoadesivos, serão aplicados diretamente nas embalagens secundárias (caixa) dos medicamentos e terão um marcador especial, único e exclusivo, reconhecido apenas pelo Leitor Específico de Autenticação.

Cada etiqueta terá, ainda, uma numeração individual não repetitiva (Identificador Único de Medicamento - IUM), que será a ferramenta de base para o sistema eletrônico de rastreabilidade. Não serão produzidas etiquetas diferenciadas por estado ou fabricante de medicamento. Todas as etiquetas autoadesivas, em todo o país, terão o mesmo formato e características físicas.


Principais características das etiquetas

- padrão único, no tamanho de 19 x 25 milímetros;
- existência de fibras e microesferas coloridas, visíveis sobre luz ultravioleta;
- micro cortes para proteção contra tentativas de violação;
- existência de número serial, de 13 dígitos. Os dois primeiros dígitos representam os dois últimos algarismos do ano em que a etiqueta foi impressa, e os 11 números seguintes representam uma sequência numérica, dentro do ano em que a etiqueta for impressa. Não existirão etiquetas com números repetidos;
- código bidimensional Datamatrix impresso, que corresponderá ao respectivo número de série da etiqueta;
- marcador invisível de autenticação. Este marcador permitirá o reconhecimento da etiqueta pelos leitores que serão disponibilizados às farmácias e drogarias. Esses leitores serão específicos para essa finalidade e somente eles poderão fazer a leitura dos marcadores das etiquetas.
- etiqueta impermeável, não ocorrendo a penetração de óleo ou produtos químicos;
- etiqueta resistente à água e à umidade. Possui resistência à exposição prolongada ao sol, não apresentando alterações em sua coloração.
- a etiqueta não apresentará, com o tempo, deformação em seu formato;



LEITOR ESPECÍFICO DE AUTENTICAÇÃO


Para a leitura das etiquetas, a Anvisa solicitou à Casa do Moeda a produção de leitores óticos, desenvolvidos especialmente para reconhecer o marcador invisível de autenticação inserido no selo, conforme foto acima. O equipamento funcionará por meio do contato da etiqueta com o visor e, automaticamente, fará a leitura e o reconhecimento da autenticidade do elemento de segurança da etiqueta. Luz verde e sinal sonoro do equipamento indicam que o medicamento é verdadeiro.

Todos os leitores fixos possuirão números individuais e lacres de inviolabilidade de fácil identificação visual para o consumidor e para os agentes de fiscalização. Qualquer tentativa de violação dos lacres ficará evidente: além da impressão do número serial, os lacres possuirão impressões de segurança.

A tecnologia utilizada na fabricação dos leitores específicos de autenticação da Casa da Moeda do Brasil é robusta e segura. Os testes de confiabilidade de leitura indicam 100% de confiabilidade.

Cada farmácia terá um equipamento de leitura instalado em área de fácil acesso para uso livre e gratuito dos consumidores de medicamentos. A Casa da Moeda do Brasil efetuará a entrega dos leitores para todas as farmácias regularizadas na Anvisa, sem nenhum ônus para o estabelecimento. Leitores portáteis também serão entregues à Agência para serem utilizados nas ações de fiscalização.


MERCADO

O valor do selo será de R$ 0,07, sem a incidência de impostos. Como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é variável nos diversos Estados da Federação, os preços das etiquetas terão variação conforme o Estado.

Verifica-se que, sobre o mercado total, o impacto do valor do selo é de 0,05% (média). Sobre o mercado de produtos de até R$ 5,00, o impacto do selo é de 2,58% (média).

“O custo do selo no custo total de produção do medicamento é muito baixo, logo o governo não vai aceitar nenhum tipo de aumento de preço dos medicamentos por conta da instituição do selo”, informou o diretor Dirceu Raposo de Mello.


RASTREABILIDADE

Em 2010, a Anvisa iniciou interlocução com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), por meio de representantes da Receita Federal do Brasil e das Secretarias Estaduais de Fazenda, para inclusão do número Identificador Único de Medicamento (IUM) como dado das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) do setor farmacêutico.

A NF-e será usada como meio transmissor dos números IUM, desde os fabricantes até os distribuidores varejistas de medicamentos. A associação do IUM às demais informações fiscais constitui-se um dos principais pilares do Sistema Nacional de Controle de Medicamento. Por meio da NF-e, será possível recuperar informações históricas e geográficas sobre o caminho percorrido pelos medicamentos, desde sua produção até a entrega ao consumidor.

O teste-piloto virtual para o uso da NF-e está em fase de finalização. A partir de 1º de janeiro de 2011, já estará disponível na NF-e o campo destinado ao IUM para preenchimento pelas empresas farmacêuticas em todas as transações comerciais envolvendo medicamentos.


HISTÓRICO

Para aprimorar continuamente os mecanismos de rastreabilidade e autenticidade de medicamentos no país e dar uma resposta efetiva à informalidade, foi criado o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos, por meio da lei 11903/09. A lei prevê que o Sistema será implantado gradualmente em até três anos.
Nesta quarta-feira (6/10), a Anvisa assina nova instrução normativa que define os prazos para a implantação do sistema de rastreamento de medicamentos. A norma será publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (7/10).

Só em 2010, a Agência apreendeu 53.575 mil unidades de medicamentos falsificados e contrabandeados e 62,9 toneladas de medicamentos sem registro. “Hoje nós estamos articulados com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as polícias civis e as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios para combater a fraude”, informou Raposo de Mello.


Fonte: Anvisa

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Adolescentes usam mais preservativos que adultos acima de 40 anos nos EUA


Adolescentes americanos não são tão irresponsáveis como se pensa quando o assunto é sexo. Segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 4, no Journal of Sexual Medicine, os jovens são muito mais propensos a usar preservativos do que adultos com mais de 40 anos.



Os resultados do levantamento feito pela internet com 5.865 pessoas entre 14 e 94 anos poderá ajudar a orientar a política de saúde pública nos Estados Unidos. Segundo o Dr. Kevin Fenton, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o documento ajudará a Casa Branca a lançar uma nova política para aids.


Conduzido por especialistas em sexo da Universidade de Indiana e financiado pelo fabricante de camisinhas Trojan Church & Dwight Co., o estudo é a análise mais abrangente em comportamento sexual feita no país nos últimos 20 anos.


Segundo o levantamento, uma em cada quatro relações de sexo vaginal envolve o uso de preservativo. Entre os solteiros, esse número é de uma em três. O uso do preservativo é maior entre os negros e hispânicos que entre os brancos, e é menor entre pessoas com mais de 40 anos.


Apenas 14% dos adolescentes de 14 anos relataram algum tipo de interação sexual nos três meses anteriores, mas quase 40% dos rapazes de 17 anos tiveram essa experiência, revela o pesquisador Dr. Dennis Fortenberry. Segundo ele, os resultados foram semelhantes entre o sexo feminino.


Fortenberry disse que muitos adolescentes atingem os 18 anos sem experiência sexual e, para aqueles que têm relações, o uso de preservativos é rotineiro. "Nesse trabalho, cerca de 70% a 80% dos adolescentes afirmaram ter usado preservativo na última relação vaginal", conta Fortenberry. "Isso indica que nós tivemos um sucesso real na saúde pública, que precisa ser reconhecido", completa.


A equipe também constatou que, nos últimos 20 anos, a maioria dos adultos mudou a noção tradicional de sexo como "coito vaginal". Participantes da pesquisa relataram envolvimento em 41 diferentes práticas sexuais, incluindo sexo oral e anal.


"Enquanto o coito vaginal ainda é o comportamento sexual mais comum entre os adultos, muitos eventos sexuais não envolvem penetração", destaca a pesquisadora da Universidade de Indiana Debra Herbenick, especialista em saúde sexual das mulheres.


Outras descobertas


* Cerca de 85% dos homens revelaram que sua parceira chegou ao orgasmo durante o sexo, mas apenas 64% das mulheres admitiram isso;


* Cerca de 7% das mulheres e 8% dos homens entrevistados disseram que são gays, lésbicas ou bissexuais, mas, segundo os pesquisadores, o número de pessoas que tiveram relações sexuais com parceiros do mesmo sexo é maior;


* Um terço das mulheres afirmou que sentiu dor durante o encontro sexual mais recente, em comparação com 5% dos homens. Para Herbenick, mais pesquisas são necessárias para entender o porquê;


* Os homens são mais propensos a experimentar o orgasmo quando o sexo inclui coito vaginal, enquanto as mulheres são mais propensas ao clímax quando a relação envolve uma variedade de atos sexuais (vaginal e oral, por exemplo);


Fonte: estadão

Merck Millipore abre nova frente de negócios com centro tecnológico


Em plena crise econômica, no início de 2009, o grupo americano Millipore resolveu investir na montagem de um centro tecnológico no Brasil para ampliar a atuação da sua subsidiária no país. Fabricante de sistema de filtragem e de tratamento de água há mais de 50 anos e há 35 no país, o grupo decidiu transformar em negócio a área de serviços, que até então atuava mais como uma assistência técnica aos clientes. Comprada pela alemã Merck em março, o plano não sofreu alterações, os investimentos foram mantidos e os laboratórios do centro já estão operando.

O alvo principal da Merck Millipore, como passou a ser chamada a nova divisão do grupo alemão, é atender as farmacêuticas, que precisam atingir graus de precisão em seus processos de produção cada vez mais rígidos. O gerente regional para América Latina da divisão, João Luiz Builtron, conta que as novas exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) obrigam os fabricantes de remédios a validarem não só o produto, mas todo o processo de esterilização por filtração. "Inclusive os equipamentos e a matéria-prima dos produtos. É ai que entramos oferecendo teste em nossos laboratórios que ajudam o cliente nessa certificação", diz Builtron.
A empresa já oferecia alguns desses serviços, mas tudo era feito na matriz, nos Estados Unidos. Agora o centro instalado em Alphaville (SP) vai atender toda a América Latina, com exceção do México. O que torna os serviços mais baratos e mais rápidos, e com o padrão de exigência do FDA (agência de fiscalização de remédios e alimentos dos Estados Unidos). É o quinto centro da companhia no mundo. Além da matriz, foram montados laboratórios desse nível na França, Índia e Cingapura.

O centro brasileiro tem capacidade para uma planta piloto de até 200 litros, permitindo reproduzir em laboratório a produção do cliente. A estrutura no Brasil inclui um auditório para palestras e treinamento de profissionais dos clientes e técnicos da própria Anvisa.
Ainda como Millipore, a empresa faturou US$ 40 milhões em 2009 no mercado brasileiro, sendo entre US$ 2 milhões e US$ 2,5 milhões vindos da assistência técnica. As exportações geram mais US$ 3 milhões, principalmente para os países do Mercosul, além de Colômbia e Venezuela. Em termos globais, a Millipore faturou US$ 2,9 bilhões no ano passado, com operações em 64 países e cerca de 10 mil funcionários.

O principal produto da empresa são os filtros usados para garantir a qualidade da produção, desde remédio a cerveja, por exemplo. Foi a origem da companhia. Mas a empresa também tem uma divisão de equipamentos, que desenvolveu um sistema para tratamento de água.
Builtron acredita que, em cinco anos, o centro tecnológico vai responder por 10% a 15% do faturamento no Brasil. Nos últimos seis anos, a receita da empresa cresceu, em média, 12% ao ano no país. E mesmo em 2009, apesar do primeiro semestre fraco, a empresa conseguiu crescer.

"Nosso desempenho depende muito da indústria farmacêutica e a projeção do setor para o Brasil é de crescimento de 12% a 15% ao ano. Então estamos confiantes", diz Builtron. A Merck Millipore tem uma equipe de vendas de 20 profissionais, todos são biólogos ou farmacêuticos. No total, são 105 funcionários no Brasil.
Há três anos a empresa comprou a Serologicals e entrou no segmento de anticorpos. Além dos laboratórios farmacêutico e de pesquisa, como os estatais Butantã e o Fiocruz, os produtos da Merck Millipore atendem os setores de bebidas, alimentos, têxtil e até aço.


Fonte: Valor Econômico

Whey Protein auxilia no equilíbrio da dieta nutricional de um esportista


A decisão de lançar mão do uso de suplementos nutricionais para compor a dieta de um esportista deve levar em consideração alguns fatores importantes, tais como a real necessidade do esportista, o conhecimento dos critérios de utilização e a credibilidade científica do mesmo. Nos últimos anos, tem-se verificado um avanço importante da nutrição esportiva, com base em princípios fisiológicos e bioquímicos. Uma alimentação especial pode promover melhor saúde e otimizar os benefícios do treinamento. O exercício físico tem profundo efeito no metabolismo das proteínas.

Os suplementos de Whey foram desenvolvidos cerca de três décadas atrás, a partir do soro do leite. Suas propriedades como otimizador de performance esportiva foram confirmadas em tecnologias cada vez mais adequadas à preservação desta ação biológica desenvolvidas. Uma das principais características do Whey é sua riqueza em partículas proteicas, denominadas “peptídeos de Whey“, os quais representam a fonte de proteína de maior qualidade conhecida atualmente, maior até que os ovos, peixe, peru, carne vermelha, frango e principalmente a soja.

Uma dieta suplementada com mistura de Whey Protein (proteína hidrolisada) e carboidrato foi capaz de estimular a secreção de insulina e aumentar os níveis de aminoácidos no sangue com maior eficiência que dietas suplementadas com proteína intacta (não hidrolisada) ou com apenas carboidrato. Também é possível afirmar que a dieta com esse suplemento melhora a resistência à exaustão, portanto, o indivíduo permanece mais tempo no exercício. Outro benefício é a presença de substâncias chamadas de fatores de crescimento celular, como crescimento semelhante à insulina I e II (IGF-I e IGF-II).

Estas estimulam o crescimento celular e favorecem a hipertrofia muscular. Considerando que o exercício físico exaustivo causa depressão imunológica, produção de radicais livres e destruição da massa muscular, as proteínas do Whey Protein e seus hidrolisados agem estimulando o sistema imune, pois várias proteínas do soro de leite, inclusive a glutamina e BCAA, são antioxidantes e sequestrantes de radicais livres.

Um estudo mostrou que a suplementação com Whey Protein (na forma de um produto com composição exclusiva, 20 gramas/dia por 12 semanas) aumenta o status de glutationa (enzima antioxidante que necessita da glutamina), melhora o desempenho atlético (de força - anaeróbico) e proporciona uma redução significativa na porcentagem de gordura corporal em adultos jovens e saudáveis.

Uma das questões mais importantes a ser avaliada nesta prescrição e que deve preceder qualquer indicação diz respeito à ingestão alimentar habitual do indivíduo. Isto porque, para que o rendimento do treino seja otimizado e os objetivos sejam alcançados, é fundamental que a dieta esteja equilibrada, e que o suplemento entre como um coadjuvante que atuará com uma finalidade específica, como recuperação muscular, aumento de massa muscular ou simplesmente um complemento calórico da dieta.

Para obter mais informações sobre os suplementos alimentares da Nutristore ligue 0800-7732762 ou envie email para televendas@nutristore.com.br


Fonte: Nutristore

Anvisa lança ferramenta que pode acelerar aprovação de novos medicamentos


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lança, nesta terça (5), o registro eletrônico de medicamentos. A ferramenta vai permitir que as pesquisas, laudos de laboratórios e outros documentos exigidos pela Agência para a aprovação dos medicamentos sejam enviados pelas empresas de forma eletrônica, por meio de um sistema informatizado.

Análise técnica mais rápida, aprovação de novos tratamentos em menor tempo e redução de custos para as empresas são algumas das vantagens do registro eletrônico de medicamentos. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, e os demais diretores da Agência participam do lançamento.


SERVIÇO
Lançamento do Registro Eletrônico de Medicamentos
Data: 5 de outubro de 2010
Horário: 10h30
Local: Auditório da Anvisa - SIA Trecho 5 , Área Especial 57, Brasília (DF)

Varejistas miram drogarias, mas redes de rua prevalecem


Mercado de farmácias movimentou R$ 30 bilhões no ano passado e atraiu grandes supermercados. O forte crescimento recente do negócio de drogarias no Brasil fez com que o segmento passasse a ocupar os holofotes não só das tradicionais redes do setor, mas de grandes varejistas e, ainda, de bancos.

O aumento de emprego e renda, aliado ao envelhecimento da população, fez com que as farmácias atraíssem olhares de interessados em obter uma fatia do setor que, em 2009, movimentou 30 bilhões de reais, montante considerado recorde.

No final de julho, a BR Pharma, holding de farmácias do banco BTG Pactual , adquiriu 50 por cento da rede Rosário Distrital, com faturamento de 400 milhões de reais e 80 lojas no Distrito Federal e em Goiânia.

Do lado do varejo, a abertura de drogarias junto a supermercados se transformou em um novo nicho de negócio. Hoje, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e Walmart dificilmente planejam uma nova loja sem considerar uma área para drogarias.

"O momento é favorável e todo mundo quer tirar proveito", disse o analista Ricardo Boiati, do Bradesco, lembrando que, no Brasil, cerca de 97 por cento das vendas de medicamentos saem do dinheiro do bolso da população.

Embora ocupe a terceira colocação em termos de faturamento no setor supermercadista brasileiro, o Walmart é líder em número de drogarias no interior de suas lojas. O grupo norte-americano planeja encerrar 2010 com aumento de 50 por cento no número de farmácias no Brasil. As 100 novas unidades, chegando a um total de 300, fazem parte do investimento de 2 bilhões de reais programado para o país.

Na sequência, o Grupo Pão de Açúcar possui 151 drogarias e planeja 20 aberturas em 2010, que se somarão às 16 unidades já inauguradas este ano.

"A orientação estratégica do Pão de Açúcar está na atuação multicanal e em diversos formatos de negócio, e podemos dizer que o grupo vem estudando diversas oportunidades de mercado também no segmento de drogarias", afirmou à Reuters o gerente de drogarias da maior varejista do país, Eduardo Adrião.

O Carrefour, por sua vez, conta com 145 drogarias e deve inaugurar outras 20 até o final do ano. O investimento, segundo a varejista francesa, será de 300 mil reais para cada nova unidade, totalizando 6 milhões de reais. Outros 6 milhões de reais serão destinados à reforma de lojas existentes.

"Dentro dos novos negócios do varejo, farmácia é o combustível", comentou o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda. Ele lembra que, antes de adotar bandeiras próprias, as redes varejistas já alugavam espaços dentro das lojas para drogarias terceirizadas.

Em linhas gerais, o conceito de conveniência é a principal característica que diferencia a localização de uma drogaria no interior de um supermercado. Por outro lado, no âmbito financeiro, a representatividade desse negócio ainda é fraca.

Conforme estimativa do analista do Bradesco, a comercialização de medicamentos responde por menos de 1 por cento das vendas globais das redes varejistas.

Menos entusiasta do movimento visto entre os supermercados, o presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, afirmou que, embora o número de drogarias no interior dessas lojas tenha crescido, as vendas seguem com pouca relevância.

Segundo ele, os supermercados colaboram com 3 por cento das vendas do setor no país, apenas um ponto percentual acima do volume de três anos atrás. "Não vejo (esse movimento) como ameaça às redes de rua, como aconteceu com os açougues. Por mais que supermercados cresçam, não será significativo", acredita Barreto.

De acordo com a Abrafarma, existem 63 mil farmácias no país, sendo que apenas 663 estão instaladas em supermercados.

Redes tradicionais

O aquecimento do setor sacudiu também as redes exclusivamente de farmácias que, recentemente, deram largada a um processo de consolidação.

Em junho, a Drogaria São Paulo comprou a rede Drogão, dando origem à maior rede farmacêutica nacional. Este ano, a Drogaria São Paulo prevê a abertura de 40 lojas, chegando a 360 unidades, com faturamento de cerca de 2,5 bilhões de reais.

"Ainda há muita consolidação a ser feita, que vai se dar pela saída (do mercado) de redes informais e pequenas", ressaltou o analista Boiati, do Bradesco.

Para ele, uma tendência de Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) das empresas desse segmento pode se intensificar daqui para frente. "Novos IPOs fazem sentido. Em algum momento as redes devem partir para isso."

A visão é compartilhada pelo presidente da Abras que vê no setor de drogarias uma maior concentração de oferta de ações "para alavancar crescimento, além de parcerias e aquisições".

Única companhia do setor listada em bolsa, a Drogasil ocupa a vice-liderança entre as redes nacionais e vem apostando na aquisição de redes e pontos comerciais regionais para crescer.

Entretanto, seu presidente-executivo e diretor de Relações com Investidores, Cláudio Roberto Ely, disse não necessitar de capitalização para suportar o crescimento.

"Não preciso de dinheiro para os planos que tenho agora, baseados em crescimento orgânico e aquisições seletivas", afirmou.

Com algumas poucas lojas instaladas em supermercados, Ely descarta ampliar parcerias com varejistas e defende: "Vendo muito mais na rua".

A Drogasil possui 313 lojas em cinco Estados do país e, até dezembro, deve adicionar outras 40 unidades. Em 2009, a empresa teve receita líquida de 1,7 bilhão de reais.


Vivian Pereira, Exame

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pfizer e Boehringer são acusadas de criar doença para vender remédio


Análise publicada na última edição do "British Medical Journal" acusa a indústria farmacêutica de ter financiado pesquisas para transformar falta de desejo feminino em doença. Objetivo: vender remédios.

O texto de Ray Moynihan, professor da Universidade de Newcastle, Austrália, e jornalista de saúde, diz que a Pfizer financiou cursos em hospitais dos EUA dizendo que 63% das mulheres têm alguma disfunção sexual --e que testosterona e sildenafila (componente do Viagra, medicamento produzido pelo laboratório) seriam úteis para tratar o problema.

No Brasil, em junho, a Boehringer apresentou o medicamento Flibanserina como promessa para a falta de desejo entre as mulheres. No mesmo mês, conselheiros da FDA (agência reguladora dos EUA) contestaram a eficácia do "Viagra feminino".

Para o psiquiatra Sérgio Campanella, do Hospital das Clínicas, congressos que apostem no sucesso definitivo dos remédios só contribuem para a desinformação.

"A libido não é resolvida a contento pelas substâncias químicas que a pessoa ingere, mas pela identificação dos fatores psíquicos que estão por trás dela."

OUTRO LADO

A Pfizer informou que "sempre se pauta em dados médicos para falar de doenças que afetam a população" e que já fez testes com Viagra para o tratamento de disfunções sexuais femininas, mas que os estudos da eficácia foram "inconclusivos".

Já a Boehringer disse que os medicamentos pesquisados e desenvolvidos por ela "são fundamentados em estudos clínicos precisos e de acordo com protocolos exigidos pelos órgãos reguladores nacionais e internacionais".

Fonte: Valor on line

Sanofi lança oferta hostil de US$ 18,5 bilhões por Genzyme


A farmacêutica francesa Sanofi-Aventis lançou hoje (4/10) uma oferta hostil de US$ 69 por ação da Genzyme, levando sua proposta de US$ 18,5 bilhões direto para apreciação dos acionistas, depois que a diretoria da Genzyme se recusou a negociar.

A decisão ocorreu depois que a Genzyme recusou há um mês a mesma oferta feita pela Sanofi-Aventis.

Desde então, a companhia francesa tem procurado investidores da Genzyme, afirmando que eles estão frustrados pela intransigência da companhia.

"Acreditamos que a oferta será bem sucedida", disse o presidente-executivo da Sanofi-Aventis, Chris Viehbacher.

O executivo quer comprar a Genzyme para ampliar o portfólio de medicamentos da Sanofi diante de queda nas vendas dos produtos mais antigos.

Gonte: Brasil Econômico

L'Occitane planeja estar presente em 500 farmácias em três anos


A sede brasileira do grupo francês L'Occitane, localizada na zona sul de São Paulo, já está se preparando para lançar sua marca de cosméticos no varejo farmacêutico nacional. É o início de um plano que tem como meta comercializar itens da marca em 500 pontos de drogarias em até três anos, conta Anna Chaia, presidente da empresa no Brasil. "Planejamos uma expansão intensa", diz ela. "Já estamos negociando com diversas redes varejistas. E ainda estamos avaliando a possibilidade de criar 'store in store' em futuras lojas de drogarias que tiverem espaço físico para isso", afirma ela.

Com 55 lojas próprias no Brasil, a rede francesa começou a avaliar, há cerca de um ano, a possibilidade de ampliar a atuação por meio de parcerias no varejo. Não se trata de alternativa aos planos de expansão orgânica no Brasil. A L'Occitane quer chegar a 70 lojas no país até março de 2011 e 100 unidades em 2012. E prevê ampliar o faturamento em 35% este ano (foram R$ 102 milhões em 2009 - expansão de 30% em relação a 2008). Mas Chaia acredita que há espaço para fazer mais, de forma mais rápida e ao mesmo tempo, sem "atropelos", diz ela. "É tudo feito com sensatez. O projeto de 500 drogarias parceiras é parte de um plano desenhado de forma detalhada e dentro das nossas capacidades de crescimento", afirma.

No momento, serão comercializados produtos para corpo, cabelo e fragrâncias. Itens para a área do rosto, com os preços mais elevados (há creme de 50 ml por R$ 255) devem complementar o portfolio das drogarias a partir de novembro. A L'Occitane vai expor os cosméticos em gôndolas exclusivas, de 1,20m, fabricadas pela área mobiliária da sede em Paris. Para ter esse espaço nas lojas, foi preciso negociar com as drogarias - já que cresceu, de forma assombrosa, o número de marcas que querem ter espaços próprios dentro das farmácias, para expor os produtos de forma destacada.

A L'Occitane não dá detalhes, mas esses acordos de espaços exclusivos envolvem desde participação em encartes publicitários das lojas até vendas em consignação e descontos na compra dos primeiros lotes de itens.

Já está acertado que as drogarias venderão produtos com preços iguais aos dos pontos próprios da L'Occitane. É o mesmo modelo comercial adotado pela companhia na Europa e nos EUA. Apesar disso, as estimativas de expansão local estão mantidas. No Brasil, se a empresa atingir a alta de 35% prevista para o ano fiscal com término em março de 2011, a receita local chegará a R$ 135 milhões - equivalente a 8% do faturamento mundial.


Fonte: Valor Econômico

EMS inicia comercialização de Lipisat no RS e em SC


O laboratório EMS começou a vender no Estado do Rio Grande de Sul o Lipisat, medicamento para o controle do colesterol que emprega o princípio ativo atorvastatina. A cidade de Porto Alegre foi o primeiro local do Brasil a receber o produto, esta semana.

O Lipisat custará 55% menos do que o medicamento de referência e viabilizará o acesso da população ao tratamento desta doença. Nesse primeiro momento, serão disponibilizadas caixas com 30 comprimidos, na concentração de 10mg.

O Rio Grande do Sul é o primeiro Estado a receber o produto, seguido de Santa Catarina. São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais terão o Lipisat a partir da semana que vem.


Fonte: Guia da Farmácia Online