sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Sibutramina, a Anfepramona, Mazindol e o Femproporex, devem ter seus registros cancelados pela Anvisa


Anorexígenos

Os diretores decidiram também que a Agência promoverá um painel internacional sobre os inibidores de apetite. O cancelamento do registro destes produtos no mercado brasileiro foi defendido durante a reunião pública em parecer elaborado pelas áreas técnicas.

O documento preparado pela Gerência Geral de Medicamento (GGMED) e o Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Nuvig) reafirmou a necessidade de cancelamento de registro de quatro inibidores de apetite.

Apresentado pela chefe do Nuvig, Maria Eugênia Cury, o parecer indica que devem ter o registro cancelado a Sibutramina, a Anfepramona, Mazindol e o Femproporex, com base nos estudos científicos disponíveis que indicam elevado risco para a saúde humana.

“De acordo com estudo Scout sobre a Sibutramina, apenas 30% dos pacientes tratados com o medicamento tiveram perda de peso em três meses”, disse Maria Eugênia Cury. “E ficou constatado que predispõe a eventos como derrames e infarto”, completou.

O diretor presidente em exercício, Dirceu Barbano, acredita que o painel científico será importante para auxiliar a decisão da diretoria da Anvisa. “O painel nos ajudará a esclarecer o processo e eventuais pontos questionados”, apontou Barbano.

A Sibutramina entrou no mercado brasileiro em 2005 e o estudo internacional Scout para investigar seus danos à saúde e seus resultados foram anunciados em 2009. Hoje o medicamento é proibido na Comunidade Européia, Canadá, Estados Unidos e na maioria dos países da América do Sul.



Confira a nota disponibilizada no site da Anvisa

GSK vai alienar algumas marcas de OTC


A GlaxoSmithKline (GSK) identificou na quinta-feira as marcas de OTC que pretende alienar, como parte de um plano previamente anunciado para concentrar a sua unidade de saúde do consumidor num portefólio de marcas prioritárias de rápido crescimento e nos mercados emergentes, avança o site FirstWord. Comentando a notícia, o CEO da companhia, Andrew Witty, disse que "é importante que nos concentremos neste negócio em torno de categorias de produtos, marcas e mercados onde temos a maior vantagem competitiva, com as melhores perspectivas de forte crescimento”.

A GSK disse que os produtos propostos para alienação "têm forte herança e boas perspectivas", mas que "acredita que outras empresas estão em melhor posição para maximizar o potencial que eles oferecem". Esses produtos incluem o Alli® para controlo do peso, os analgésicos Solpadeine®, BC® e de Goody® e o produto de higiene feminina Lactacyd®. A farmacêutica sublinhou que os produtos são vendidos principalmente na Europa e nos EUA e que no ano passado tiveram receitas de aproximadamente 500 milhões de libras (818 milhões de dólares), ou cerca de 10 10% da facturação global da unidade.

A empresa também anunciou que iria vai vender a sua fábrica em Memphis, Tennessee, que produz uma série de marcas que estão a ser colocadas à venda. A GSK avançou que a fábrica, que emprega actualmente cerca de 250 trabalhadores, continuará a funcionar normalmente até ser encontrado um comprador.

A farmacêutica informou que vai começar a comunicar com as partes interessadas nas próximas semanas, com o objectivo de vender os produtos até ao final de 2011. Após a venda das marcas, a sua divisão de saúde do consumidor vai focar-se na saúde oral, bem-estar/OTC e nutrição.

Johnson & Johnson recolhe lotes do Topamax® nos EUA e Porto Rico


A Johnson & Johnson (J&J) anunciou quinta-feira a recolha voluntária de cerca de 57 mil embalagens do seu medicamento Topamax® (topiramato) nos EUA e Porto Rico, devido a "relatos de um odor incaracterístico". A empresa disse acreditar que menos de 6000 embalagens que provêm dos dois lotes afectados permanecem no mercado, avança o site FirstWord.


De acordo com a Ortho-McNeil, divisão de neurologia da farmacêutica, pensa-se que o odor seja causado por pequenas quantidades de TBA (2,4,6 Tribromoanisol), uma substância química aplicada nas paletes de madeira em que os produtos são transportados e armazenados. A empresa salientou que, apesar de o TBA não ser tóxico, um pequeno número de doentes relataram sintomas gastrointestinais temporários relacionados com o químico. A J&J indicou que a fonte de TBA está sob investigação, e em Janeiro disse aos seus fornecedores para garantirem que não usam paletes de madeira quimicamente tratada.

No início deste ano, a farmacêutica alargou o âmbito da recolha do seu medicamento Tylenol® devido a questões semelhantes sobre um odor associado ao produto OTC. A J&J também recolheu recentemente certos lotes do seu fármaco para a artrite reumatóide Simponi® (golimumab), após um defeito ter sido detectado em algumas das canetas auto-injectáveis do produto, além de algumas seringas do fármaco para a da esquizofrenia Invega Sustenna® (paliperidona).

Bayer pede aprovação do Japão para o Xarelto®


A Bayer anunciou quinta-feira que apresentou um pedido de regulamentação no Japão para a aprovação do Xarelto® (rivaroxaban) para a prevenção de AVC em doentes com fibrilação atrial (FA), avança o site FirstWord.

O pedido enviado para o Ministério japonês da Saúde, Trabalho e Bem-Estar tem como base os resultados do estudo global ROCKET AF e no ensaio de Fase III J-ROCKET AF, que foi inteiramente conduzido no Japão, avança a Bayer. Os dados do último estudo, cujos resultados serão apresentados numa futura reunião médica, investigou a dose única diária de 15 miligramas de Xarelto® "em reconhecimento do ambiente de orientação japonesa", disse a empresa.

Em Janeiro, a Bayer e a parceira Johnson & Johnson anunciaram que as empresas tinham apresentado pedidos de aprovação na Europa e nos EUA para dose única diária de 20 miligramas de Xarelto® para a prevenção de AVC em doentes com fibrilação atrial.

Obama enfrenta o setor farmacêutico


A indústria farmacêutica americana reagiu contra o plano de Barack Obama para redução do déficit, advertindo que suas propostas inibirão avanços da medicina e prejudicarão as empresas do setor. Um alto executivo disse que o discurso do presidente levantou questões fundamentais sobre as perspectivas para o setor nos EUA.


A reação sinalizou que terminou a trégua de fato entre a poderosa indústria farmacêutica e a Casa Branca, estabelecida durante as negociações para aprovar a reforma do setor de saúde, em 2010.

Obama disse em discurso anteontem que o "poder de compra" do Medicare (programa de saúde público para idosos), deve ser usado para cortar gastos com a compra de medicamentos vendidos mediante receita médica e para estimular a entrada de marcas genéricas mais baratas no mercado.

A observação - apenas uma frase num discurso com uma hora centrado na redução do déficit - soou como retórica agressiva à indústria farmacêutica, que apoiou a iniciativa de Obama, no ano passado, de reformar o setor de saúde.

"Infelizmente, a abordagem do presidente para redução do déficit desconsidera o impacto sobre toda a costura política, local e federal, que influencia a saúde atual e futura de nosso setor", disse John Castellani, presidente da PhRMA, entidade representativa do setor. "Especificamente, propostas para ampliar descontos, onerar idosos com prêmios mais elevados e reduzir o nível de privacidade sobre dados biológicos são ruins para os pacientes e ruins para a inovação".

A PhRMA disse que o plano de impor "controle de preços" vai desacelerar o ritmo de inovação em medicamentos e de gastos em pesquisa e desenvolvimento, e que melhores medicamentos reduziriam hospitalizações e baixariam os custos com a saúde.

O setor farmacêutico recebeu a fala de Obama como uma ameaça à cláusula de "não ingerência" constante do marco regulatório para medicamentos no âmbito do Medicare, que proíbe o governo de manipular preços no setor.

David Brennan, diretor-executivo da AstraZeneca, disse à TV CNBC ontem que estava otimista em relação ao mercado farmacêutico americano até o discurso de Obama. "Alguns comentários [de Obama] não asseguram o tipo de arcabouço político que estamos buscando para integração, por isso estamos mais preocupados", disse.

Como parte de um acordo acertado a portas fechadas em 2010, negociadores do setor concordaram em oferecer US$ 80 bilhões em descontos sobre preços de medicamentos consumidos por pacientes idosos e em pressionar ativamente pela reforma da saúde. Em troca, foram retiradas do debate propostas de alguns democratas que reduziriam os lucros do setor.

A Casa Branca já enfrentou um adversário político difícil no setor de seguros, que pressionou contra a reforma da saúde. O risco de o governo enfrentar agora reação similar das grandes farmacêuticas cria novos problemas políticos.

Obama defendeu ainda fortalecer o Independent Payment Advisory Board, criado no ano passado na reforma da saúde para reduzir o crescimento dos gastos com o Medicare e proibir as farmacêuticas "de marca" de negociar os chamados acordos de "pagamento por adiamento" com fabricantes de genéricos para que estas conservem seus produtos fora do mercado. O plano de Obama prevê economia de US$ 200 bilhões com a saúde em 10 anos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

MSD doou 6000 mil doses de vacina contra o HPV para estudo inédito no Brasil


O Hospital do Câncer de Barretos, Brasil, está a preparar a continuidade do estudo inédito sobre a vacinação preventiva contra o Papilomavírus Humano, o HPV. O programa está na segunda fase, onde serão vacinadas cerca de mil meninas dos 6º e 7º anos do ensino fundamental de 11 escolas estaduais da cidade. As alunas receberão a vacina quadrivalente contra o vírus, gratuitamente. Esta é a única vacina que protege contra os quatro tipos mais prevalentes do vírus dois deles são oncogénicos (16 e 18), ou seja, podem causar cancro, e os outros dois (6 e 11) são responsáveis por 90% dos casos de verrugas genitais, avança o portal ISaúde.



Antes de serem vacinadas, as meninas passam por um questionário e devem ter autorização prévia dos pais. A primeira dose ocorrerá em Abril e as próximas serão em Junho e Outubro.



O vírus HPV é transmitido, principalmente, através de relações sexuais e pode causar verrugas na região dos genitais e também cancro no colo do útero. Cerca de vinte mil mulheres brasileiras têm o diagnóstico da doença todos os anos.



A primeira fase começou em Setembro de 2010 com a aplicação da primeira dose em cerca de 600 alunas. Esta primeira etapa terminou em Março desse ano e contou com o trabalho da equipa do Hospital de Câncer de Barretos, dentro de oito colégios, seis particulares e dois municipais.



Realizada em parceria com as secretarias municipais de Saúde e de Educação de Barretos e a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, a campanha é feita por uma equipa do hospital dentro das escolas. A MSD, laboratório fabricante, doou 6000 mil doses da vacina para o hospital. Para a completa imunização são necessárias três e no Brasil, a vacina está aprovada pelo Ministério da Saúde para ser utilizada em mulheres de 9 a 26 anos.



A primeira fase da campanha foi realizada em estudantes de escolas municipais e particulares de Barretos com adesão superior a 85%.



O estudo clínico é o primeiro estritamente brasileiro relacionado à vacinação contra o HPV e visa apontar se o modelo da implementação da vacina nas escolas é eficaz.



Estima-se que em países onde a vacina é disponibilizada nos postos de saúde, a adesão das meninas e adolescentes fique entre 20% e 30%. Em projectos como na Austrália, onde a vacinação ocorre nas escolas e a vacina quadrivalente é disponibilizada na rede pública, a taxa é superior a 80%.

Brasil vai produzir fármacos oncológicos com a Roche

O Brasil começará a produzir medicamentos contra o cancro através de parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório multinacional Roche. Actualmente, o país gasta cerca de 2 mil milhões de reais (cerca de 865 milhões de euros) por ano com a importação de medicamentos para tratamento do cancro. A informação foi divulgada esta quarta-feira (30) pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, durante a assinatura do acordo com a Roche para a produção nacional de medicamento contra rejeição de transplantes.



O acordo para a produção de medicamentos oncológicos será definido por um grupo de estudos constituído com o laboratório e deve ser anunciado nos próximos meses, afirmou Paulo Gadelha. “Este ano, a nossa intenção é fechar outro acordo com a Roche, caminhando para a área de oncológicos, que é um dos objectivos estratégicos da política do Ministério da Saúde. A ideia é começar a definir a incorporação de tecnologia. Definida a incorporação, começamos o processo gradativo de internalização da produção”.



O presidente da Fiocruz ressaltou que o laboratório estrangeiro tem conhecimento fundamental na investigação de fármacos oncológicos. “A Roche tem medicamentos muito importantes na área de oncologia. Estamos a desenhar uma agenda de trabalho para que o próximo passo do acordo se estabeleça nesse campo. São medicamentos que têm um custo enorme para o Ministério da Saúde e que estão na pauta de estudos, com possibilidade de transferência de tecnologia”.



A assinatura do acordo com a Roche contou com a presença do presidente mundial da empresa, Severin Schwan, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Receita da Roche estagnou nos três primeiros meses de 2011


A receita da Roche estagnou nos três primeiros meses de 2011, devido às vendas do seu medicamento Avastin® terem caído nos EUA e na Europa, avança o site InPharm.

As vendas do grupo estavam estáticas ou em queda em moeda local (-9% em francos suíços; +2% em dólares dos EUA) em 11,1 mil milhões de francos suíços nos primeiros três meses de 2011. Os números foram particularmente afectados pelo anti-viral Tamiflu®, que no ano passado teve um bom desempenho em resposta à epidemia mundial de gripe A, mas que este ano não teve tanto sucesso, uma vez que a epidemia não foi tão severa este ano. Excluindo o Tamiflu®, as vendas do grupo subiram 2% (-7% em francos suíços, +4% em dólares dos EUA).



Mais preocupante, as vendas do Avastin® diminuiram14% nos EUA e 8% na Europa. O principal factor por trás disso foi a decisão da FDA de retirar a licença do medicamento para uso no cancro da mama, uma decisão que a Roche espera ainda desafiar e subverter. Na Europa, o seu uso foi restrito a combinação com apenas um regime de quimioterapia.



A Roche confirma que os objectivos para o ano, para o grupo e para a divisão farmacêutica (excluindo o Tamiflu®) devem crescer na casa de um dígito, com crescimento o crescimento da divisão farmacêutica em linha com o mercado, A divisão de diagnóstico deverá crescer significativamente acima do mercado.



Excluindo o Tamiflu®, as vendas da divisão farmacêutica cresceram 1% (8% em francos suíços, +3% em dólares dos EUA), mantendo a empresa suíça no bom caminho para atingir os seus objectivos para o ano inteiro. Incluindo o Tamiflu®, com o esperado impacto negativo, as vendas declinaram 2% (-10% em francos suíços, +1% em dólares dos EUA).



A empresa, no entanto, assistiu a um crescimento nas vendas de muitos dos seus principais produtos: Lucentis®, MabThera®/Rituxan®, Herceptin®, Actemra/RoActemra®, Activase®/NKase®, Tarcev®a e Xeloda®.



A Roche diz que as vendas do Avastin® noutras indicações continuam a crescer, impulsionada pelos mercados internacionais, principalmente o do Japão. Também encorajador foram os resultados positivos do estudo de fase III OCEANS, no cancro do ovário, que deverá resultar na aprovação do uso do fármaco para este tipo de cancro.



A empresa assinalou que tinha registado resultados positivos em cinco outros importantes ensaios clínicos no primeiro trimestre, que deverão apoiar os pedidos de comercialização de novos medicamentos ou indicações adicionais para produtos existentes.

A milionária disputa judicial pelas patentes


A Justiça tornou-se um dos últimos recursos dos grandes laboratórios para manter a exclusividade das vendas de seus medicamentos protegidos por patentes. Segundos dados do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI), referentes a fevereiro, há 39 ações em instância superior - Superior Tribunal de Justiça e algumas no Supremo Tribunal Federal - envolvendo patentes de medicamentos. E a briga se justifica pelos milhões de reais em receita que cada mês a mais de proteção garante a essas empresas.


Quando um medicamento inovador tem sua patente expirada, somente no primeiro ano a empresa que o desenvolveu perde cerca de 60% das vendas do produto, segundo dados da Pró-Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos). Passado esse primeiro ano, as perdas continuam e os medicamentos de referência acabam mantendo apenas cerca de 15% de suas vendas anteriores ao fim da proteção, diante da pressão dos preços mais baixos dos genéricos. Em termos absolutos, essa matemática fica ainda mais forte: a Pró-Genéricos calcula que, em 2009 e 2010, o mercado de inovação perdeu US$ 1 bilhão com o fim das patentes dos produtos mais vendidos, os chamados blockbusters.

O Viagra é o clássico exemplo. Em 2009, as vendas no Brasil da pílula para disfunção erétil, enquanto estava protegida pela lei, gerou para a Pfizer cerca de R$ 200 milhões, com um volume de 6,9 milhões de unidades comercializadas. Logo após o fim da patente no primeiro semestre do ano passado, a empresa passou a concorrer com os genéricos e logo lançou o desconto de 50% por comprimido (ficando R$ 15 cada). Mesmo com a estratégia ajudando no volume, o faturamento da Pfizer com o Viagra caiu para cerca de R$ 160 milhões em 2010.

Valores tão envolventes explicam o recente caso do também blockbuster Crestor, da AstraZeneca. O medicamento para o tratamento de colesterol já está sendo ameaçado pela entrada de genéricos no mercado. Para proteger sua inovação, a empresa entrou na Justiça contra a Germed Pharma, pedindo a revogação do registro sanitário concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a fabricação do genérico rosuvastatina cálcica (substância utilizada no Crestor).

A AstraZeneca alega que a autorização fere seu direito de propriedade industrial, enquanto a Germed argumenta que a multinacional não protegeu a molécula, apenas a fórmula, e a formulação do genérico não é a mesma. No mês passado, a Justiça do Distrito Federal negou o pedido da AstraZeneca. A briga não é à toa: o mercado da rosuvastatina no Brasil atinge o patamar de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões por ano. Um mês que a empresa ganha de proteção gera, portanto, uma média de R$ 19 milhões.

Além da questão financeira, manter o produto protegido pela patente é também uma forma de a indústria farmacêutica tentar compensar as dificuldades de continuar crescendo. Muito dependente de inovação, o mercado brasileiro amadureceu, deixando menos espaço para novos medicamentos. As pressões vêm ainda da forte competição e dos altos custos de pesquisa. "A ciência já obteve produtos de grande eficácia para as patologias mais prevalentes. Os ganhos nestas áreas (de inovação) requerem muito investimento para pequenos incrementos, fazendo com que os desembolsos não sejam tão atrativos como foram no passado", afirma o diretor do IMS Health, Marcello Albuquerque.

Esse cenário tem feito com que os grandes do setor se agarrem nos bons rendimentos gerados por suas inovações. "Agora chegamos a um grau de amadurecimento do setor, que não há muito o que inventar, que venda em altos volumes. (As empresas) não estão conseguindo colocar produtos novos na mesma velocidade em que se perdem as patentes", completa a diretora de novos negócios da Eurofarma, Maria Del Pilar Muñoz.

Por outro lado, as gordas cifras geradas pelos medicamentos inovadores é o que sustenta a indústria dos genéricos. De olho no fim das patentes, o vice-presidente de marketing da EMS calcula que possa ser injetado no mercado de genéricos brasileiro cerca de R$ 500 milhões só com as proteções dos blockbusters que vão expirar em 2011. "Estamos com foco em cinco grandes produtos", afirma. Do mesmo modo, a Eurofarma tem no radar 26 moléculas. "Para as quais já estamos trabalhando em 75%", afirma Muñoz.

"O jogo do mercado é esse. Ganha-se primeiro, depois o mercado se abre. É o ciclo de vida dos produtos", constata o diretor de planejamento de negócios da Pfizer, Gustavo Petito. Para se defender da concorrência e da perda das patentes, a empresa entrou no ano passado no mercado de genéricos brasileiro por meio de uma parceria com a Eurofarma e da aquisição de uma parte do Teuto. Hoje tem internacionalmente cerca de 20 medicamentos protegidos por patentes.

Galderma prevê liderança no mercado de produtos dermatológicos até dezembro


O presidente da Galderma Brasil, Juan Carlos Gaona, anunciou o crescimento de 16,1% em relação a 2009 a nível mundial, e também a liderança mundial em market share. O executivo também falou da expectativa da Galderma de se tornar líder no mercado dermatológico do Brasil até o final de 2011: “Enquanto o mercado cresceu 18,8% em Fevereiro, a Galderma saiu na frente com um crescimento de 26,1%, e hoje a nossa expectativa é dobrar esse número e nos tornar líderes de mercado,” disse Gaona.

A farmacêutica também reforçou que investirá fortemente nos pontos de venda: “Nosso objetivo para 2011 é aumentar ainda mais a excelência do trade. E para isso acontecer nós dobramos a força de venda, e aumentamos o investimento no PDV (pontos de venda)”, falou Vlademir Carvalho, diretor de sell in e trade. A líder mundial em dermatologia pretende lançar dez produtos no decorrer deste ano, além da aquisição da empresa Q-MED, líder mundial no mercado de preenchedores faciais.


GALDERMA

Galderma é uma companhia farmacêutica exclusivamente dermatológica, criada a partir de uma joint-venture entre Nestlé e L’Oréal, em 1981. Presente em 70 países, é líder mundial no segmento e está presente no Brasil desde 1995. Especializada em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de soluções terapêuticas, corretivas e estéticas para doenças de pele, unhas e cabelos, a Galderma possui centros dedicados à inovação em dermatologia em Sophia Antipolis (sudeste da França), Princetown (New Jersey, EUA) e Tóquio (Japão), além das fábricas localizadas na França, Canadá e em Hortolândia, interior do estado de São Paulo. Para mais informações, visite o site oficial da empresa no endereço www.galderma.com.br

SNGPC: Anvisa suspende prazo para farmácias registrarem vendas de antibióticos


A Diretoria da Anvisa suspende o prazo que terminaria no próximo dia 25 de abril para que as farmácias passassem a registrar a venda de antibióticos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - o SNGPC. A decisão foi tomada durante a reunião pública da Diretoria Colegiada da Agência nesta terça (12), no auditório da Anvisa, em Brasília (DF).

O prazo para que as farmácias aderissem ao SNGPC, sistema informatizado desenvolvido e gerenciado pela Anvisa, constava da norma que modificou as regras para vendas de antibióticos, publicada em outubro passado - a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 44/2010.

Inicialmente, a pauta da reunião pública da Diretoria da Anvisa previa a apreciação de algumas mudanças propostas para a norma. Mas os diretores optaram por solucionar a questão mais urgente - o prazo - e prorrogar a discussão dos ajustes para a próxima reunião.



Fonte: Imprensa/Anvisa

Pfizer vai vender fabricante de cápsulas para KKR por US$ 2,4 bilhões


A farmacêutica Pfizer fechou acordo para vender sua unidade Capsugel - fabricante de cápsulas para medicamentos e suplementos dietéticos - para uma subsidiária da Kohlberg Kravis Roberts (KKR), gestora de "private equity". O negócio, no valor de US$ 2,375 bilhões, será pago à vista. A operação ainda está sujeita a questões regulatórias, mas as companhias esperam que seja concluída no terceiro trimestre de 2011.

Com os recursos dessa transação, a Pfizer informou que pretende fazer recompras de suas ações durante 2011. Essas operações somam-se às já anunciadas pela farmacêutica para o ano, no valor aproximado de US$ 5 bilhões. A empresa também informou em nota que quer buscar oportunidades de investimento.

De acordo com a Pfizer, a Capsugel produziu 180 bilhões de cápsulas e gerou cerca de US$ 750 milhões em receita no ano passado. Por conta da operação, a farmacêutica revisou sua previsão de receita para 2011 de US$ 66 bilhões a US$ 68 bilhões para US$ 65,2 bilhões a US$ 67,2 bilhões.

Farmacêutica Novartis vende direitos do medicamento Elidel por US$420 mi


Notícias

Farmacêutica Novartis vende direitos do medicamento Elidel por US$420 mi



Da Redação





A Novartis está vendendo os direitos globais do medicamento dermatológico Elidel para a sueca Meda por US$ 420 milhões, elevando a posição da compradora no segmento de dermatologia.

A farmacêutica suíça receberá o pagamento de forma direta, enquanto a Meda vai assumir a produção global do Elidel em um prazo de três anos após o fechamento do negócio. A transação deve ser concluída no segundo trimestre deste ano.

O Elidel, que possui vendas globais de cerca de US$ 120 milhões, foi aprovado nos EUA em 2001 e na UE no ano seguinte. Dependendo do país, o medicamento é usado como uma terapia secundária para administração de curto e longo prazo de dermatites tópicas moderadas em adultos e crianças a partir de dois anos de idade.

Sandoz lançará no Brasil medicamento genérico contra o Mal de Alzheimer


A Sandoz, fabricante mundial de genéricos pertencente ao grupo suíço Novartis, está trazendo para o Brasil o medicamento Ziledon, indicado para o tratamento de pacientes com a doença de Alzheimer. Estima-se que o mal atinja cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, sendo 1,2 milhão no Brasil.

O produto foi apresentado à classe médica no XV Simpósio Internacional de Atualização em Psquiatria Geriátrica, organizado pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, realizado recentemente em São Paulo.