sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MSD aposta em novo tipo de fármacos para travar doenças cardíacas


A MSD está a apostar no sucesso de um novo tipo de medicamentos para combater doenças cardíacas através do aumento dos níveis de colesterol "bom" (HDL), uma área em que a Pfizer falhou, avança a agência Bloomberg.

A MSD vai apresentar os resultados de um ensaio clínico de fase avançada na próxima semana, quatro anos depois de a Pfizer ter desistido de um medicamento similar.

Os novos tratamentos poderão representar os maiores avanços contra as doenças cardíacas das duas últimas décadas, desde a introdução das estatinas.

Segundo a Decision Resources, os resultados demonstram que o novo medicamento da MSD não apresenta os mesmos efeitos secundários que o fármaco da Pfizer e poderá ajudar a farmacêutica a entrar num mercado avaliado em 15 mil milhões de dólares anuais.

Novartis: comprimido com chip ajuda a evitar rejeição de órgãos transplantados


A gigante farmacêutica Novartis está a desenvolver um medicamento que contém um microchip capaz de anunciar problemas de rejeição de órgãos em pessoas transplantadas. O medicamento espera ser aprovado para uso na UE dentro de 18 meses, escreve o site R7.

O chip é activado pelo ácido do estômago e transmite informações a um adesivo anexado à pele do paciente, estando o conteúdo disponível pela internet ou smartphone. A aplicação em doentes transplantados terá a função de ajudar a evitar a rejeição do órgão.

Um problema comum que ocorre após transplantes é ajustar a dose e o tempo de tomar medicamentos anti-rejeição, que devem ser monitorizados com frequência para evitar a rejeição do órgão. Com o microchip, o problema deve ser solucionado, já que este teria o papel de monitorizar se os fármacos estão a ser tomados no momento certo e na dose correcta.

Em Janeiro deste ano, a Novartis 24 milhões de dólares para garantir o acesso à tecnologia, inventado e desenvolvido por uma empresa privada da Califórnia, a Proteus Biomedical. O microchip é capaz de recolher informação sobre a frequência cardíaca, temperatura e movimentos corporais, que podem indicar se os fármacos estão a funcionar como esperado.

Os microchips serão adicionados aos medicamentos já existentes, mas a empresa pretende realizar testes de bioequivalência para mostrar que os efeitos dos comprimidos mantêm-se inalterados com a adição do microchip.

Trevor Mundel, porta-voz da área de desenvolvimento global da farmacêutica, afirma que a privacidade dos doentes será protegida, já que informações recolhidas por meio de tecnologia Bluetooth (sistema de transmissão de dados sem fio) poderiam ser interceptadas por alguém que não seja o médico.

Apesar do uso do microchip ser focado para medicamentos que impedem a rejeição em doentes transplantados, existe a tendência de a tecnologia se espalhar para outras áreas da medicina, segundo Mundel.

A promessa vai muito além disso do uso de fármacos anti-rejeição.

Lucro da Ranbaxy mais do que duplica no terceiro trimestre


lucro do terceiro trimestre da Ranbaxy mais do que duplicou para 3,1 mil milhões de rupias (70 milhões de dólares), comparado com 1,1 mil milhões de rupias (25 milhões de dólares) registado no período homólogo do ano passado, em parte devido aos ganhos de câmbio favorável e ao aumento das vendas na América do Norte, anunciou a empresa na quinta-feira. O resultado ficou acima das estimativas dos analistas de 1,9 mil milhões de rupias (43 milhões de dólares), avança o site FirstWord.

O director da companhia, Arun Sawhney, disse que "os mercados-chave continuaram a executar bem" durante o período de três meses, com as vendas na América do Norte a crescer mais de 70%, para 4,9 mil milhões de rupias (111 milhões de dólares). A receita total subiu quase 10% para 18,8 mil milhões de rupias (424 milhões de dólares), superando as previsões dos analistas, de 18,5 mil milhões de rupias (418 milhões de dólares).

A farmacêutica disse que o crescimento das vendas na América do Norte foi impulsionado pela versão genérica da empresa do Valtrex® da GlaxoSmithKline, que conquistou cerca de um terço do mercado. Embora o período de 180 dias de exclusividade de comercialização para o medicamento tenha terminado em Maio, Sawhney indicou que os preços não erodiram tanto quanto o esperado.

No período de três meses, a empresa, que é maioritariamente detida pela Daiichi Sankyo, registou um lucro de 1,5 mil milhões de rupias (cerca de 339 milhões de dólares), devido à moeda estrangeira, comparado com um lucro de 88 milhões de rupias (2 milhões de dólares) no mesmo período no ano passado.

Abafarma se posiciona contra a exigência de prescrição na venda de antibióticos

A Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma) apoia totalmente a posição do Conselho Federal de Farmácia (CFF), contrária à exigência da Anvisa de prescrição médica na venda de antibióticos.

Para o CFF e a Abafarma, o governo deveria, em primeiro lugar, organizar o setor de saúde para garantir aos pacientes o acesso ao médico e à receita para só depois restringir a venda. “Na teoria, a medida estaria correta, mas no mundo real os brasileiros não têm acesso fácil e ágil a uma consulta médica”, afirma o presidente da Abafarma, Luiz Fernando Buainain.

O dirigente lembra que 30% das cidades brasileiras não contam com um hospital público. “Até mesmo quem tem convênio médico espera semanas por uma consulta”, completa.

Fundada em 1986, a Abafarma reúne as 23 maiores distribuidoras de medicamentos e HPC (Higiene, Perfumaria e Cosméticos) do Brasil, responsáveis por 80% do PIB do setor e com faturamento mensal médio de R$ 1,5 milhão. Atualmente, as associadas à Abafarma atendem a 63 mil farmácias, hospitais e clínicas e geram 28 mil empregos diretos e indiretos.


Fonte: Abafarma

Hypermarcas anuncia três acordos de aquisição que totalizam R$ 251,5 milhões


A fabricante de medicamentos, alimentos e de produtos de higiene e limpeza Hypermarcas anunciou nesta quinta (11) três acordos de aquisição que totalizam R$ 251,5 milhões.

Reforçando a posição da empresa no mercado de produtos infantis, a companhia comprou da Colgate-Palmolive a marca de sabonetes infantis Pom Pom. Além disso, será firmado um acordo - válido por três anos - de produção e fornecimento de vários outros produtos. O negócio, que abrange também ativos como estoques, materiais promocionais, fórmulas e especificações, é estimado em R$ 85 milhões. A Hypermarcas pagará inicialmente R$ 59,5 milhões na data de fechamento do contrato. O restante será quitado em 24 parcelas mensais.

No segmento de medicamentos, foram adquiridas três marcas de medicamentos da farmacêutica Sanofi-Medley, por R$ 84 milhões, pagos à vista. Somam-se ao portfolio da Hypermarcas o Digedrat, usado em tratamentos do coração, o Peridal, da linha gástrica, e o infantil Lopigrel. Será estabelecido também um contrato de fornecimento e distribuição, válido por dois anos após a data da assinatura do contrato. O acordo ainda está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O terceiro negócio anunciado pela Hypermarcas foi a assinatura de um memorando de entendimentos para a compra das empresas do segmento de higiene bucal IPHC, DPH Distribuidora e Comercial Maripa, que atuam na fabricação e distribuição de produtos dentais da marca Bitufo. A companhia desembolsará R$ 82,5 milhões no negócio, dos quais R$ 42,5 milhões serão pagos à vista e o restante em cinco parcelas. Junto com a Sanifill, a compra da sociedade complementa o portfolio da Hypermarcas em higiene bucal.

A proposta de aquisição do capital dessas empresas ainda será avaliada pelos acionistas durante assembleia geral que será realizada para este fim.


AQUISIÇÕES ESTRATÉGICAS

A Hypermarcas, dona de marcas como Assolan, Doril e Pom Pom, tem realizado uma série de aquisições estratégicas para consolidar-se como a maior empresa de bens de consumo do país. Em julho, comprou a fabricante e distribuidora de hastes flexíveis, curativos, absorventes e algodões York, por R$ 95 milhões. Com o negócio, a companhia passou a deter pouco mais de 99% do capital da York. Em agosto, a companhia comprou 100% da fabricante de fraldas Mabesa do Brasil, por R$ 350 milhões. A empresa adquirida produz as marcas Cremer-Disney, Plim Plim, Puppet e Affective.


Fontes: Valor Online, O Globo, Reuters, Folha.com e Uol

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MSD espera que 25% das vendas venham dos mercados emergentes em 2013


A Merck Sharp & Dohme (MSD) espera que um quarto das suas receitas anuais, ou seja, 25%, seja proveniente dos mercados emergentes em 2013, disse Ramesh Subrahmanian, presidente da região Ásia-Pacífico da empresa, em entrevista à agência Bloomberg.

O responsável pela região afirmou que cerca de 18% das vendas da companhia reportam actualmente aos mercados emergentes.
A
companhia, que presentemente está posicionada em quinto lugar neste tipo de mercados, tenciona ocupar o primeiro ou segundo lugar em países como a China, Índia, Coreia do Sul, Rússia, Brasil, México e Turquia, durante os próximos cinco a sete anos, avançou Ramesh Subrahmanian.

As vendas dos produtos farmacêuticos nos mercados emergentes poderão crescer cerca de 17% até 2014, enquanto que nos mercados desenvolvidos deverão corresponder a cerca de 6%, segundo a consultora IMS Health.

A MSD espera superar o crescimento de mercado na região Ásia-Pacífico com vendas que incluirão novos fármacos, como é o caso do antidiabético Januvia®. Tratamentos mais antigos, como o fármaco para o colesterol Zocor®, que perdeu a protecção de patente nos EUA em 2006, continua a registar um crescimento das vendas na região, adiantou o responsável.

A empresa espera igualmente beneficiar das vendas dos tratamentos de fertilidade e anticoncepcionais que ganhou com a aquisição da Schering-Plough no ano passado.

Genzyme respondeu a carta da sanofi-aventis

O presidente e CEO da Genzyme já respondeu à carta que o CEO da sanofi-aventis lhe dirigiu, pedindo que deixasse os investidores da biotecnológica decidir por si próprios, avança o site World Pharma News.

Henri Termeer reiterou a opinião unânime do conselho de administração de que a proposta de 69 dólares por acção não é apropriada como ponto de partida para as negociações, uma vez que desvaloriza a companhia de forma dramática.

O responsável disse ainda que "desde a nossa última reunião, a Genzyme tem fornecido ao mercado relatórios e informação detalhada sobre os nossos planos a curto prazo e perspectivas futuras, incluindo os resultados de um estudo independente sobre o potencial de lucro do alemtuzumab" e que "a sanofi-aventis, tendo em conta os seus próprios objectivos, optou por ignorar estes dados e manter a oferta oportunista e inadequada de 69 dólares por acção, apesar de os analistas terem ajustado as suas estimativas com base na informação que partilhámos". Termeer sublinhoi ainda que "continuamos a contar com o apoio dos nossos accionistas".

O CEO da Genzyme declarou ainda a disponibilidade para se voltar a reunir com a sanofi, "se for feita uma proposta que dê ao nosso conselho de administração razão para conduzir a essa transacção", desde que reflicta as perspectivas adequadas e valor intrínseco da biotecnológica. A carta enviada à sanofi acrescenta ainda que "o nosso conselho de administração continua empenhado em tomar todas as acções apropriadas rendo em vista os melhores interesses da Genzyme e dos seus accionistas. Já o fizemos, estamos a fazê-lo e vamos continuar a fazer exactamente isso".

Profarma apresenta lucro de R$ 4,7 milhões no terceiro trimestre do ano


A distribuidora de produtos farmacêuticos Profarma registrou lucro líquido de R$ 4,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra o lucro de R$ 13,1 milhões apurados no mesmo período do ano passado.

De acordo com a companhia, o resultado foi afetado pelo evento não recorrente de liquidação de débitos de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Minas Gerais, de R$ 11,9 milhões. Excluindo-se esse efeito, o lucro líquido somaria R$ 12,6 milhões, representando margem líquida de 1,8%.

Já a receita operacional líquida somou R$ 684,4 milhões no trimestre em questão, superior aos R$ 683,8 milhões verificados no mesmo período de 2009. A necessidade de capital de giro recuou de R$ 106,1 milhões, devido à redução de 17,4 dias no ciclo de caixa da companhia, atingindo 48,8 dias - o menor nível desde 2006.

A empresa destaca, em sua divulgação de balanço, que o Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 21,5 milhões, uma redução de 22,6% em relação ao mesmo trimestre de 2009. A margem Ebtida ficou em 3,1%, ante 4,1% registrada um ano antes.


Fonte: Saúde Business Web

CPMF não aumentou recursos para saúde

As reclamações sobre a falta de novos recursos para o financiamento da saúde são recorrentes, mas dinheiro de imposto é o que não tem faltado ao governo, que arrecada cada vez mais. Ainda assim, o governo tem cumprido apenas o que determina a Constituição sobre o orçamento da saúde, ou seja, a aplicação do piso nacional. Mesmo na época da CPMF - que arrecadou no seu último ano de vigência, em 2007, cerca de R$ 50 bilhões -, o governo não aumentou os recursos para o setor, utilizando parte da arrecadação do chamado imposto sobre o cheque para fazer superávit primário.

Os defensores da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que já foi aprovada no Senado mas ainda depende de aprovação na Câmara, dizem que a diferença é que agora toda a arrecadação iria realmente para a saúde. Quando foi proposta, em 2008, a CSS iria arrecadar cerca de R$ 10 bilhões ao ano. Em 2010, a verba para ações e serviços de saúde foi ajustada para R$ 62,9 bilhões, mas os técnicos dizem que nem todo o autorizado deve ser aplicado, pois o valor do piso está em R$ 60,9 bilhões, inferior ao total.

O orçamento global do Ministério da Saúde em 2010 foi autorizado em R$ 66,7 bilhões (valor da lei orçamentária) e estaria atualizado em R$ 68,3 bilhões, sendo que já foram executados R$ 51,7 bilhões. Para 2011, a proposta orçamentária enviada ao Congresso prevê R$ 68,5 bilhões para as ações de saúde, com o piso nacional calculado em R$ 68,3 bilhões. Já a verba total para o Ministério da Saúde em 2011 está fixada em R$ 74,24 bilhões.



Guia da Farmácia

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Roche prepara-se para os genéricos biotecnológicos


O CEO da Roche Holding AG, Severin Schwan, está a preparar a gigante farmacêutica suíça para uma luta que nunca enfrentou: a concorrência de cópias genéricas dos seus medicamentos oncológicos de biotecnologia, avança o The Wall Street Journal.

Os remédios biotecnológicos, que geraram a maioria da receita de 49,1 mil milhões de francos suíços da Roche (50 mil milhões de dólares) no ano passado, ficaram até agora protegidos da concorrência de genéricos. Esses fármacos são proteínas criadas em células e, portanto, mais difíceis de copiar do que as drogas tradicionais de origem química — um dos motivos de as cópias não existirem antes.

Mas agora há novas leis nos EUA e Europa que possibilitam, pela primeira vez, a venda de cópias genéricas de remédios biotecnológicos. Isso forçou empresas como a Roche a traçar planos de batalha para lidar com a concorrência barata dos genéricos quando as suas patentes expirarem. Há muito em jogo, já que as farmacêuticas de medicamentos tradicionais enfrentam declínios substanciais nas receitas assim que os genéricos chegam ao mercado.

Numa entrevista ao Wall Street Journal, Schwan disse que a estratégia da Roche tem três frentes: desenvolver versões melhores de medicamentos que já tem; desenvolver drogas inteiramente novas; e convencer as autoridades de regulamentação a criar barreiras maiores para os possíveis interessados em copiá-los. As empresas de biotecnologia e as autoridades regulamentares chamam as cópias de "biossimilares", porque a proteína não pode ser copiada de maneira idêntica, como nos fármacos químicos.

A Roche tem tempo para se preparar. As patentes de dois dos seus fármacos — o Herceptin®, para o cancro da mama, e o Mabthera®, para cancro e reumatismo — expiram na Europa em 2014 e 2015. Nos EUA, as patentes desses remédios e outros medicamentos importantes, como o Avastin®, começam a expirar em 2018.

"Um dia, as patentes vão expirar: os biossimilares vão chegar ao mercado. O que conta realmente é apresentar um novo produto que faça uma diferença significativa clinicamente", disse Schwan.

As grandes fabricantes de genéricos, como a israelita e a indiana Cipla, já estão a desenvolver cópias de alguns remédios biotecnológicos da Roche. Muitos acreditam que a subsidiária de genéricos da Novartis AG, a Sandoz, também está a desenvolver essas cópias, mas a companhia não quis comentar.

A Roche está a desenvolver novas versões do Herceptin® e do Mabthera®, que espera que a ajudem a preservar parte da receita dessas marcas quando surgirem os genéricos. Os remédios são aplicados actualmente por via intravenosa em hospitais, enquanto as novas versões seriam aplicadas numa injecção que pode ser realizada em casa pelo paciente, o que a torna mais conveniente, argumenta a Roche.

A Roche também está a tentar substituir o Herceptin® com um novo medicamento contra o cancro da mama chamado T-MD1, que combina a droga com um novo tipo de quimioterápico e tem menos efeitos colaterais que o habitual com esse tipo de tratamento, diz Schwan.

Mas a Roche atingiu um obstáculo em Agosto, quando a FDA, agência dos EUA que regulamenta medicamentos e alimentos, não quis realizar uma revisão acelerada do T-DM1 — um benefício que a agência costuma oferecer aos medicamentos mais inovadores.

A Roche está a pressionar para dificultar a chegada dos biossimilares ao mercado. Por conta própria e por meio de uma organização sectorial, fez lobby pela aprovação de uma nova legislação para proteger fabricantes de medicamentos de biotecnologia da concorrência de genéricos durante 12 anos — ante os 7 anos propostos pela Casa Branca.

Sanofi pede que investidores da Genzyme decidam sobre oferta


A farmacêutica francesa sanofi-aventis revelou que pediu à Genzyme, companhia de biotecnologia norte-americana alvo da sua oferta de aquisição, que não use tácticas defensivas para bloquear a transacção, mas que deixe os accionistas decidirem se aceitam a proposta de 18,5 mil milhões de dólares, avança a agência Reuters.

O presidente-executivo da sanofi, Chris Viehbacher, disse em carta enviada ao seu colega na Genzyme, Herni Termeer, e divulgada esta segunda-feira, que o conselho da companhia não deve impedir a escolha de accionistas caso não queira negociar directamente com o grupo francês.

"Vocês divulgaram publicamente que o conselho da Genzyme autorizou que a administração e conselheiros da companhia 'investiguem e avaliem alternativas' para a Genzyme e seus activos, incluindo o contacto de terceiros", escreveu Viehbacher.

"Sentimo-nos encorajados ao ouvir isso, mas, até o momento, não fomos contactados ou incluídos nesse processo", afirmou o executivo na carta, com a data desta segunda-feira.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MabThera® da Roche duplica sobrevida livre de progressão no linfoma


A Roche vai divulgar no próximo dia 11 de Novembro, às 17:00, na Reunião Anual da Sociedade Portuguesa de Hematologia, a decorrer no Centro de Congressos de Tróia, o estudo de fase III PRIMA, que demonstra que dois anos de terapêutica com o MabThera® (rituximab) em doentes com Linfoma não-Hodgkin (LNH) folicular duplica a probabilidade de estes viverem sem agravamento da doença, avança comunicado de imprensa.

De acordo com Hal Barron, M.D., vice-presidente executivo do Desenvolvimento Global e responsável médico da Roche, “o linfoma folicular é um cancro incurável que pode voltar a surgir várias vezes ao longo da vida e que exige terapêutica adicional. Este estudo é importante porque, nas pessoas que prosseguiram o tratamento com o MabThera®, o risco de progressão do cancro foi reduzido para metade quando comparado com o registado em doentes que não receberam tratamento de manutenção com o medicamento”, afirmou.

82% em remissão

Os resultados do estudo PRIMA mostram que após dois anos de acompanhamento, 82% dos doentes tratados com o fármaco em manutenção encontravam-se em remissão, comparativamente com 66% dos doentes que não receberam este tratamento.

“Estes resultados renovam a esperança na forma como tratamos o linfoma folicular. É provável que a terapêutica de manutenção com o MabThera® venha a tornar-se num novo padrão de tratamento para estes doentes,” afirmou o Prof. Gilles Salles, Centre Hospitalier Lyon Sud, França e investigador principal do ensaio clínico PRIMA.

O linfoma folicular é um tipo comum de linfoma não-Hodgkin, presente em cerca de um em cada cinco casos. Este linfoma pode surgir em qualquer altura durante a fase adulta da vida, embora seja geralmente diagnosticado nos sexagenários, afectando homens e mulheres em idêntica proporção. Trata-se de um linfoma de baixo grau, o que significa que habitualmente se desenvolve lentamente. Em cada ano, aproximadamente 286.000 pessoas são diagnosticadas com linfoma não-Hodgkin, em todo o mundo.

Abbott eleita companhia farmacêutica do ano nos Scrip Awards


A Scrip, uma organização líder a nível mundial na informação sobre a indústria farmacêutica e biotecnológica, distinguiu quinta-feira a Abbott em duas categorias dos Scrip Awards 2010, avança comunicado de imprensa.

A Abbott foi distinguinda com os prémios de Companhia Farmacêutica do Ano e Equipa de Gestão Executiva do Ano na sexta edição dos Scrip Awards, cuja cerimónia decorreu na noite de quinta-feira, em Londres.

Os Scrip Awards reconhecem e premeiam anualmente o mérito e a excelência na indústria farmacêutica e biotecnológica.

"Estamos muito honrados em receber estes dois prestigiados prémios em nome dos nossos 90 mil colaboradores em todo o mundo” afirmou Miles D. White, presidente e CEO da Abbott.

O reconhecimento conferido pela Scrip como Companhia Farmacêutica do Ano e Equipa de Gestão do Ano deve-se à sólida performance financeira da Abbott, à estratégia da companhia nos mercados emergentes, ao lançamento de novos produtos e ao seu portefólio diversificado, avança o comunicado.

A Abbott tem conquistado vários prémios e homenagens significativas de outras organizações, instituições e organismos proeminentes. Tem-se destacado, sobretudo, nas áreas científica, cidadania, no âmbito da liderança no local de trabalho e a nível empresarial.

Em Portugal, integrou a lista das “30 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal”, reconhecidas pelo Great Place to Work Institute. Esta distinção foi feita com base numa avaliação ao grau de confiança existente na organização, de acordo com as respostas dos seus colaboradores ao Trust Index Employee Survey. Fizeram ainda parte deste inquérito indicadores como os benefícios oferecidos aos colaboradores, a qualidade das relações que estabelecem entre si e a administração.

Nycomed pretende adquirir farmacêutica chinesa.


A Nycomed, companhia farmacêutica suíça voltada principalmente para os mercados emergentes, vai adquirir o controle majoritário de uma empresa farmacêutica de Guangdong, num negócio cujo objetivo é explorar as vendas mundiais de medicamentos desenvolvidos na China.

A Nycomed, uma empresa de capital fechado com presença na Rússia e no Brasil, vai crescer na China com a aquisição de 51,3% da Guangdong Techpool Bio-Pharma por US$ 214 milhões. O negócio é um sinal da importância crescente da China como mercado para as companhias farmacêuticas ocidentais e, cada vez mais, como local de produção e pesquisas e desenvolvimento internacional de produtos.

A operação permitirá à Nycomed dobrar suas vendas na China para cerca de US$ 153 milhões por ano, proporcionando ao mesmo tempo um meio de reforço das exportações de produtos chineses de cuidados com a saúde para outros mercados emergentes e desenvolvidos nos próximos anos.

A Techpool tem 17 patentes aprovadas incluindo seu principal medicamento, o Ulinastatin. Trata-se de um antibiótico que também atua contra disfunções de múltiplos órgãos, derivado da urina humana, que está sendo exportado para o Japão e a Coreia do Sul. A Techpool também requereu patentes para novas aplicações, como o tratamento de síndrome respiratória aguda severa (Sars).

Hakan, Björklund, executivo-chefe da Nycomed, disse que novos estudos clínicos do Ulinastatin serão necessários para as aprovações internacionais, mas acrescentou: "Há um potencial enorme nos mercados emergentes e eu não excluiria a venda nos países desenvolvidos".


Fonte: Valor Econômico

Anvisa esclarece dúvidas das farmácias sobre a RDC dos antibióticos


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, por meio de sua Assessoria de Imprensa, publicou em seu site oficial (www.anvisa.gov.br) alguns esclarecimentos relacionados à RDC 44/2010 exclusivamente para ciência das farmácias e drogarias públicas e privadas de todo o Brasil.

Diante disto, vale reforçar que, a partir de 28 de novembro de 2010 todos os estabelecimentos do varejo farmacêutico obrigatoriamente deverão promover a retenção da receita (receita de controle especial em duas vias, sendo que uma via fica retida na loja e a outra é entregue ao paciente).


1) ESCRITURAÇÃO VIA SNGPC

As farmácias e drogarias privadas não precisarão promover escrituração em livro nem realizá-la via SNGPC até o dia 25 de abril de 2011, data esta em que a Anvisa deverá publicar um informe técnico de orientação sobre qual procedimento deverá ser adotado pelos estabelecimentos para a inclusão desses medicamentos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Ou seja, todas as lojas que já utilizam o SNGPC, bem como aquelas que não o utilizam ainda, deverão realizar a escrituração pelo SNGPC somente a partir do dia 25 de abril de 2011. Antes desta data, não é necessária a escrituração no SNGPC, sendo portanto obrigatória apenas a retenção de uma via da receita médica.


2) CONTROLE SOBRE TODAS AS FORMAS FARMACÊUTICAS

Outro ponto que deve ser ressaltado é que a RDC 44/2010, que estabelece o controle para todos os antimicrobianos de uso sob prescrição, prevê o controle sobre todas as formas farmacêuticas comercializadas que possuem tarja vermelha e são de venda sob prescrição, incluindo antimicrobianos de uso dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico. Portanto, a partir de 25 de abril de 2011 todas estas formas deverão ser escrituradas no SNGPC.


3) ARMAZENAMENTO NAS LOJAS

A Anvisa assegura também que o amazenamento dos antimicrobianos continuará da mesma forma. Ou seja, estes medicamentos deverão continuar nas prateleiras, não sendo necessária sua guarda em armários ou salas exclusivas. Do mesmo modo, as farmácias e drogarias não terão que fazer nenhuma petição de alteração de Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) para comercializá-los.

Fontes: Site e Assessoria de Imprensa da Anvisa

O desafio do fim de ano da EMS


Toda segunda-feira, os executivos da farmacêutica EMS chegam ao escritório em Hortolândia, a 115 quilômetros de São Paulo, em estado de especial ansiedade. É nesse dia que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) costuma divulgar a lista de medicamentos genéricos cujos registros foram aprovados - e que podem, a partir daí, ser vendidos. A empresa tem, hoje, cinco drogas aguardando aprovação e espera pelo menos duas liberações até o fim do ano.

Esses lançamentos são importantes para ajudar o laboratório a alcançar uma meta ambiciosa: fechar o último mês de 2010 como líder em genéricos no País, posição hoje ocupada pela Medley (no ranking geral, incluindo medicamentos com marca, a EMS já é a primeira). "Esperamos uma arrancada nas próximas semanas", diz Waldir Eschberger, vice-presidente de mercado da EMS. "A hora que a gente conseguir, não perde mais a posição de primeiro. Queremos que 2011 seja nosso primeiro ano na liderança em genéricos."

Em 2010, a EMS tem se mostrado como a mais combativa entre os fabricantes de genéricos. Desde janeiro, a empresa cresceu 37% - mais que sua própria previsão, de 30%. A fábrica trabalhou 24 horas por dia, assim como o corpo de cientistas, dividido em três turnos. E, na expressão máxima de sua agressividade, a empresa foi a primeira a colocar no mercado as cópias das duas principais drogas cujas patentes expiraram em 2010: o Viagra, para disfunção erétil, e o Lípitor, para controle do colesterol. Juntos, os genéricos desses medicamentos devem movimentar um mercado de quase US$ 300 milhões daqui a um ano, segundo a Pró Genéricos. E, na lógica desse mercado, chegar antes significa, fatalmente, tornar-se líder.

Máquina. Por trás dos resultados, está uma sofisticada máquina de lançamento de genéricos. Com 200 especialistas, a EMS tem o maior centro de desenvolvimento de medicamentos do País, que começa a desenhar a cópia de uma droga quatro anos antes do fim de sua patente. A área de marcas e patentes trabalha com antecedência semelhante. Os executivos da EMS acompanham, hoje, cerca de 200 processos judiciais que discutem o período de validade de patentes.

É comum que as farmacêuticas que criam as drogas peçam, na Justiça, a extensão de prazos. Como os casos podem tramitar durante anos, a EMS fica atenta para não perder a chance de sair no mercado antes dos concorrentes - e também para não gastar tempo com drogas que não poderão ser lançadas no curto prazo.

Um caso recente mostra a agressividade da EMS nesse processo. Em agosto, a farmacêutica envolveu-se em uma disputa jurídica para lançar sua cópia do Lípitor, medicamento da Pfizer que é o mais vendido do mundo. A primeira patente do produto foi depositada nos EUA em 1989. Como sua validade é de 20 anos, a proteção deveria expirar em 2009. A Pfizer conseguiu uma revalidação usando como argumento outra patente depositada mais tarde, estendendo o prazo para dezembro de 2010. A EMS acabou convencendo o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região do Rio de que a segunda patente era apenas uma "continuação" da original, derrubando, assim, a restrição. Na mesma semana, o laboratório participou de sua primeira licitação para vender a droga ao governo de Minas Gerais.

Vinte dias depois que a EMS conseguiu a liminar, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) venceu uma ação na Justiça que permitiu a fabricação de versões do Lípitor por qualquer laboratório no Brasil. Até agora, porém, apenas a Eurofarma, que tem uma parceria com a própria Pfizer, colocou seu produto no mercado. A pesquisa do Aché, por exemplo, não conseguiu contornar outras patentes relacionadas ao produto.

Competição. As drogas recém-lançadas e as que ainda vão entrar no mercado serão a principal arma da EMS para tentar alcançar a última meta do ano - mas manter a liderança em genéricos não deve ser uma tarefa fácil. A distância entre ela e a Medley no segmento é de US$ 200 milhões no acumulado entre janeiro e setembro. É mais do que a terceira colocada da lista, a Eurofarma, vendeu no mesmo período. Como se não bastasse, a Medley tem intensificado a política de descontos pela qual ficou conhecida no mercado, segundo fontes do setor. "Oito dos dez genéricos mais vendidos no mercado são da Medley. A empresa pretende alavancar sua liderança por meio de um consistente plano de lançamentos e da expansão de sua capacidade produtiva", informou por e-mail a farmacêutica, adquirida em 2009 pela gigante francesa Sanofi-Aventis.

Para qualquer lado que se olhe, há sinais de que a competição no mundo dos genéricos tem se intensificado. Até a americana Pfizer, que passou anos encarando os fabricantes de cópias como inimigos, fez sua primeira aquisição no setor no mês passado, no Brasil.

Com 40% de participação na goiana Teuto, a estratégia da multinacional é "ser um dos grandes". "Não dá para ficar de fora do segmento que mais cresce", diz Gustavo Petito, diretor de planejamento de negócios da Pfizer no Brasil. "Queremos entrar com os genéricos de nossos próprios medicamentos antes dos concorrentes."

Imagem. Além da agressividade, a trajetória recente da EMS foi marcada pelo esforço para mudar a imagem. Em um episódio polêmico ocorrido em 2002, a EMS foi acusada de copiar embalagens de produtos concorrentes de modo a confundir o consumidor. Para encerrar o assunto, no ano passado, ela fez acordos com empresas que a processavam, como Johnson & Johnson, Sanofi, Nycomed e Bayer Schering. A EMS não comenta se houve o pagamento de indenizações. "A empresa procurou os incomodados para esclarecer a situação. Todo mundo se arrepende do que houve. Ninguém ficou confortável", diz Eschberger. Ao mesmo tempo, para impulsionar seus medicamentos de marca, a EMS decidiu se aproximar da comunidade médica, abrindo a fábrica para visitas em 2009. Desde o início do ano, 2,2 mil médicos conheceram a sede.

Aché adquire 50% da Melcon e entra na área de hormônios


O laboratório Aché, a terceira maior farmacêutica nacional, concluiu a compra de 50% da Melcon, instalada em Anápolis, em Goiás. A companhia entra no disputado mercado de hormônios, em franco crescimento dentro e fora do país, e faz parte do seleto grupo de empresas do setor que decidiu voltar seus investimentos para o território goiano, Estado que em menos de um ano atraiu laboratórios como a americana Pfizer, que adquiriu 40% da Teuto, e a Hypermarcas, que arrebatou a NeoQuímica.