quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MSD não conseguiu vender unidade holandesa Organon



A MSD anunciou que não conseguiu alienar a sua unidade com sede na Holanda Organon, nem encontrar uma solução alternativa para evitar o seu encerramento, avança o site FirstWord.

A companhia tinha anunciado em Julho passado que ia fechar as suas unidades de I&D na Holanda, no âmbito de um grande esforço de reestruturação global. No entanto, em Setembro a farmacêutica optou por adiar o encerramento, que teria resultado na eliminação de 2000 a 4500 postos de trabalho das instalações da Organon, enquanto avaliava outras alternativas, incluindo uma possível venda.

Apesar dos esforços, a MSD avançou que não foi capaz de desenvolver um plano de negócios viável para a unidade e que as conversações com diversos interessados não resultaram num negócio satisfatório para os accionistas.

Embora não tenham sido divulgados nomes, relatórios tinham sugerido que a Aspen Pharmacare, a Takeda e a Pantarhei apresentaram propostas para adquirir partes da unidade.

GSK compra Maximuscle


A GlaxoSmithKline (GSK) chegou a acordo na segunda-feira para a aquisição da Maximuscle, por 162 milhões de libras (192 milhões de euros), avança o site Dinheiro Digital.

A Maximuscle, maior marca de nutrição desportiva a nível europeu, foi fundada em 1995 pelo perito em nutrição desportiva Zef Eisenberg.

Sanofi compra Genzyme


A sanofi-aventis decidiu comprar a companhia de biotecnologia norte-americana Genzyme por 20,1 mil milhões de dólares, avança o Jornal de Negócios.

O acordo final dá-se ao fim de nove meses de negociações. O objetivo da sanofi-aventis é de que esta aquisição compense a perda de receitas que vai sofrer quando alguns dos medicamentos que tem patenteados passarem a enfrentar concorrência dos genéricos.

Os accionistas da Genzyme irão receber 74 dólares por acção, segundo a Bloomberg que cita o comunicado da cotada francesa. Além disso ficam com direitos que poderão ascender a 14 dólares por acção em função do desempenho de um medicamento experimental para a arteriosclerose e do nível de produção que atingirem dois produtos da empresa, diz o comunicado.

“Este acordo com a Genzyme é consistente com a nossa estratégia de longo prazo e cria valor significativo para os nossos accionistas”, disse o CEO da cotada francesa, Chris Viehbacher, no comunicado citado pela agência noticiosa norte-americana.

A oferta representa um prémio de 48% sobre o valor das acções antes da divulgação do interesse da farmacêutica parisiense na cotada. A Genzyme negociava nos 49,86 dólares por acção no dia 2 de Julho, quando foi divulgado um possível interesse da sanofi. A oferta inicial foi de 69 dólares por acção.

A Genzyme é a maior fabricante do mundo de medicamentos para deficiências genéticas e tem 30 anos de história em que desenvolveu tratamentos de forma independente. Problemas de produção que provocaram a ruptura de stock em dois dos seus medicamentos levaram as acções da cotada a depreciar, deixando-a vulnerável a ofertas de compra hostis.

Min. da Saúde orienta farmácias quanto à prática da gratuidade de medicamentos



Conforme comunicados encaminhados aos estabelecimentos credenciados e instruções amplamente divulgadas na página eletrônica do “Aqui Tem Farmácia Popular”, disponível no endereço www.saude.gov.br/aquitemfarmaciapopular, a partir do dia 14 de fevereiro de 2011 os medicamentos indicados para hipertensão e diabetes deverão ser dispensados gratuitamente. Esta medida integra a campanha “Saúde Não Tem Preço”, lançada no último dia 03 pela Presidenta Dilma Rousseff.

No intuito de facilitar a operacionalização dos funcionários dos estabelecimentos credenciados, o Comitê Técnico do programa no Ministério da Saúde elaborou algumas orientações básicas a serem utilizadas no dia-a-dia da farmácia, referente à gratuidade. São elas:


1) O farmacêutico deverá ser consultado para dirimir dúvidas eventualmente existentes no funcionamento do Programa Farmácia Popular.

2) Os funcionários das farmácias e drogarias credenciadas devem fazer a leitura, na ÍNTEGRA, da Portaria nº 184 (para conhecer todas as regras do programa) e da Portaria nº 233, que inclui o Cloridrato de Metformina de ação prolongada no elenco do programa).

3) A partir do dia 14 de fevereiro de 2011, os usuários deverão ter acesso gratuito aos antidiabéticos e antihipertensivos indicados abaixo. Confira a relação de produtos com os novos valores de referência a serem praticados:



HIPERTENSÃO

Captopril 25mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,28
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,28

Maleato de enalapril 10mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,39
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,39

Cloridrato de propanolol 40mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,08
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,08

Atenolol 25mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,19
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,19

Hidroclorotiazida 25mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,08
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,08

Losartana Potássica 50mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,32
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,32



DIABETES

Glibenclamida 5mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,12
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,12

Cloridrato de metformina 500mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,13
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,13

Cloridrato de metformina 850mg (comprimido)
Valor de referência por comprimido: R$ 0,16
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,16

Cloridrato de metformina 500mg (comprimido de ação prolongada)
Valor de referência por comprimido de ação prolongada: R$ 0,18
Valor máximo para pagamento do MS: R$0,18

Insulina Humana NPH 100 UI/mL - suspensão injetável (frasco/ampola)
Valor de referência por frasco/ampola 10ml: R$ 26,55
Valor máximo para pagamento do MS: R$26,55

Insulina Humana NPH 100 UI/mL - suspensão injetável (frasco/ampola)
Valor de referência por frasco/ampola 5ml: R$ 13,27
Valor máximo para pagamento do MS: R$13,27

Insulina Humana NPH 100 UI/mL - suspensão injetável (refil)
Valor de referência por refil 3ml (carpule): R$ 7,96
Valor máximo para pagamento do MS: R$7,96

Insulina Humana NPH 100 UI/ml - suspensão injetável (refil)
Valor de referência por refil 1,5ml (carpule): R$ 3,99
Valor máximo para pagamento do MS: R$3,99

Insulina Humana Regular 100 UI/ml - solução injetável (frasco-ampola)
Valor de referência por frasco/ampola 10ml: R$ 26,55
Valor máximo para pagamento do MS: R$26,55

Insulina Humana Regular 100 UI/ml - solução injetável (frasco-ampola)
Valor de referência por frasco/ampola 5ml: R$ 13,27
Valor máximo para pagamento do MS: R$13,27

Insulina Humana Regular 100UI/ml - solução injetável (refil)
Valor de referência por refil 3ml (carpules): R$ 7,96
Valor máximo para pagamento do MS: R$7,96

Insulina Humana Regular 100UI/ml - solução injetável (refil)
Valor de referência por refil 1,5ml (carpules): R$3,99
Valor máximo para pagamento do MS: R$3,99



4) Para efetuar a dispensação, as farmácias e drogarias deverão inserir, em seu sistema, os valores de referência acima. A partir do dia 14 de fevereiro de 2011, o sistema de vendas do Programa Farmácia Popular somente irá autorizar a dispensação gratuita se a farmácia informar o valor do medicamento igual ou abaixo aos valores de referência acima relacionados.

5) Se o valor de referência não for registrado conforme instrução acima, o sistema irá bloquear a dispensação.

6) Em caso de dúvida relacionada aos medicamentos do elenco, a empresa deverá comunicar imediatamente o Ministério da Saúde, por meio do telefone da Ouvidoria 0800-611997 ou pelo email analise.fpopular@saude.gov.br.

7) Não esqueça de exigir os documentos necessários para a dispensação: CPF do titular da receita médica, documento com foto (para atestar que trata-se do próprio paciente) e receita médica VÁLIDA (prazo de validade: 120 dias). O não cumprimento sujeitará o estabelecimento à aplicação de penalidades previstas.

8) Lembrando que, no caso da impossibilidade da presença física do usuário, SOMENTE será dispensado o medicamento se enquadrar nas seguintes condições:

• 6.1 Pessoa considerada incapaz, desde que comprovado
• 6.2 Pessoa idosa, com idade igual ou superior a 60 anos

9) A dispensação nos casos previstos acima apenas será realizada mediante a apresentação dos seguintes documentos:

•7.1 Do paciente, titular da receita, CPF, RG ou certidão de nascimento
•7.2 Do representante legal, o qual assumirá, juntamente com o estabelecimento, as responsabilidades pela efetivação da transação: CPF e RG

10) Considera-se representante legal aquele que for:

•8.1 Declarado por sentença judicial
•8.2 Portador de instrumento público de procuração que outorgue plenos poderes ou poderes específicos para aquisição de medicamentos junto ao Programa
•8.3 Portador de instrumento particular de procuração com reconhecimento de firma que autorize a compra de medicamentos junto ao Programa

DÚVIDAS

Se ainda persistirem dúvidas sobre os procedimentos de operacionalização ou ocorrerem erros no sistema, entre em contato diretamente com o Suporte Técnico do Datasus/MS, pelo email suporte.fpopular@saude.gov.br.

Ressaltamos que as regras para dispensação dos medicamentos indicados para dislipidemia, asma, rinite, doença de Parkinson, osteoporose, glaucoma, além dos anticoncepcionais e fraldas geriátricas permanecem inalterados, ou seja, com até 90% de desconto.


Fonte: Ministério da Saúde

Novartis compra Alcon


A Nestlé reportou nesta quinta-feira (17/2) lucro líquido de 34,2 bilhões de francos suíços (US$ 35,7 bilhões) em 2010, contra 10,4 bilhões de francos suíços (US$ 10,8 bilhões) apurado no ano anterior.

O desempenho do ano passado foi inflado pela venda da participação da Nestlé na Alcon - empresa de produtos oftalmológicos - para a Novartis, que gerou 24,5 bilhões de francos suíços adicionais no resultado da empresa.

As vendas cresceram 2% em 2010, em relação ao ano anterior, para 109,722 bilhões de francos suíços (US$ 114,7 bilhões).

O Brasil foi o terceiro maior destino das vendas da Nestlé no período em análise, contabilizando 6,9 bilhões de francos suíços do total. Em primeiro e segundo lugar ficaram os Estados Unidos (30,9 bilhões de franços suíçose) e a França (7,6 bilhões de franços suíços).

"Estamos começando 2011 com ímpeto, bem posicionados para enfrentar as incertezas futuras, incluindo a volatilidade dos preços das matérias-primas", afirmou Paul Bulck, presidente executivo da Nestlé, no demonstrativo financeiro.

A Nestlé projeta um crescimento orgânico entre 5% e 6% para 2011.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sanofi estuda quatro aquisições oftalmológicas


A farmacêutica francesa sanofi-aventis está a estudar quatro aquisições no sector oftalmológico, avançou o Les Echos, citado pelo jornal económico OJE.

As aquisições estão avaliadas num total de mil milhões de euros, concretizou o jornal francês.

Acresce que três dos alvos são originários dos EUA e o quarto de Israel.

“Caso todos estes negócios se concretizem, o valor total a pagar vai atingir cerca de mil milhões de euros”, avançou uma fonte próxima do processo ao Les Echos. “O montante em causa será distribuído por três anos, uma vez que as transacções contemplam pagamentos iniciais seguidos de earn-outs”, acrescentou a mesma fonte.

Sublinhe-se que, se as negociações produzirem os resultados esperados, a sanofi segue o exemplo da rival suíça Novartis que investiu recentemente 12,9 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros) na aquisição da companhia norte-americana de cuidados oculares Alcon.

Entretanto, a sanofi completou a análise dos dados financeiros da biotecnológica norte-americana Genzyme, embora as duas partes continuem a discutir um preço final para uma potencial aquisição, noticiou o The Wall Street Journal.

A farmacêutica gaulesa não encontrou “grandes problemas” na sua análise da Genzyme, mas pretende ajustar a sua última oferta com base nas informações recolhidas entretanto, refere a edição electrónica do jornal.

Recorde-se que a sanofi ofereceu 74 dólares por acção, dependentes do processo de due diligence.

Roche estuda transformar Brasil em centro de desenvolvimento


Brasil e China responderam juntos pelo maior crescimento de vendas do grupo farmacêutico Roche em 2010. Integrantes da chamada divisão Internacional – que exclui EUA, Europa e Japão –, os dois países puxaram a expansão de 11% para a divisão farmacêutica e 16% da diagnóstica da região, enquanto, em mercados como o norte-americano, as subidas foram de 4% e 5%, respectivamente. Para este ano, a expectativa é de que os dois mercados emergentes continuem a liderar o crescimento das vendas da companhia suíça no mundo, com desempenho acima da média do mercado, avança o portal brasileiro iG.

Com os números em franca expansão, a Roche estuda – a longo prazo – uma mudança no perfil dos negócios no Brasil. Segundo Severin Schwan, presidente mundial do grupo, há planos de investimentos futuros para transformar o país num centro de investigação e desenvolvimento da farmacêutica.

“O Brasil, assim como os outros mercados emergentes, estão a desenvolver-se muito bem”, disse Schwan a um grupo de jornalistas brasileiros, após a divulgação do balanço anual da companhia, na semana passada, em Basileia (Suíça). “O mercado brasileiro ganha maior proporção e a actividade comercial também. A partir daí, começamos a olhar para novos investimentos”, completou.

Na avaliação do executivo, o mercado brasileiro está numa curva ascendente e caminha, agora, para o processo de formação de mão-de-obra qualificada. “O Brasil tem bons oncologistas. Claro que no país, em geral, o padrão médico ainda não é comparável ao dos países desenvolvidos, porque há muitas pessoas que ainda não podem pagar e não têm acesso a medicamentos de alta qualidade”, comparou.

Segundo Adriano Treve, presidente da divisão farmacêutica da Roche no Brasil, há planos para a realização de pesquisas de medicamentos biológicos – produzidos a partir de células vivas e não por processos químicos – no Brasil. “Podemos trazer o desenvolvimento de moléculas. Estamos a fazer isso com ensaios clínicos e, talvez, possamos ir para fase I (a primeira etapa de produção de um medicamento) para ter desenvolvimento no país”, disse.

"Claro que não dá para termos uma fábrica de Avastin® [medicamento biológico usado no tratamento do cancro] no Brasil, mas alguns passos da produção biológica podem ser feitos aqui. Vamos avaliar em qual processo vamos investir", completou Treve.

Entretanto, o executivo ressaltou que os planos de investimentos ainda estão em fase inicial de discussões. “Trata-se de um processo inovador, que requer tempo, recursos, cientistas, laboratórios e logística para atrair os investimentos”.

Enquanto os próximos passos não são definidos, a farmacêutica não prevê investimentos para a unidade brasileira, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, este ano. Adriano Treve explica, por outro lado, que a fábrica é “uma parte essencial para os negócios da Roche no Brasil, mas não estão previstos grandes investimentos”, disse.

O responsável condicionou os novos aportes às decisões sobre a produção de medicamentos biológicos. “Tudo vai depender do rumo que as coisas tomarão”.

A unidade do Rio de Janeiro chegou a ser colocada à venda em 2009, depois de a Roche ter adquirido a empresa norte-americana de biotecnologia Genentech, em Março desse ano, por 46,8 mil milhões de dólares.

Concorrência chinesa

Na “luta” indirecta com a China, o Brasil pode ter vantagem e tornar-se um destino mais atractivo para os investimentos da farmacêutica, segundo Treve. Mas, para isso, disse o responsável, é necessário “diminuir a burocracia”.

Severin Schwan destacou a importância do ambiente de negócios para investimentos na indústria brasileira. “Só podemos ter sucesso se as patentes forem muito protegidas”, disse. Schwan explicou que na China há um rigor com a protecção de patentes, “então, toda a indústria de medicamentos foi para lá”. Por outro lado, exemplificou, na Índia, o processo é inverso, devido à facilidade de quebra das patentes. “Tem a produção de genéricos, mas não tem produtores verdadeiramente inovadores a ir para lá”.

Para Pedro Gonçalves, presidente da divisão de diagnósticos da Roche do Brasil, o mercado chinês não é visto como concorrente do Brasil: “Vemos o mercado chinês como um espaço de oportunidades para novos negócios, com um mercado consumidor muito grande e com muito potencial de crescimento para nossas soluções”.

A Nycomed Pharma apresenta ao mercado brasileiro o Daxas®,


A Nycomed Pharma apresenta ao mercado brasileiro o Daxas®, medicamento exclusivo para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, também conhecida como DPOC. Trata-se de uma nova classe terapêutica que chega ao País, sendo a primeira terapia complementar via oral aprovada pela Anvisa. O medicamento possui ação específica e efetiva no combate às inflamações de base da DPOC, atuando como terapia concomitante aos medicamentos sintomáticos. Sua ação ajuda a diminuir as crises, também chamadas de exacerbações, que são responsáveis pela rápida progressão da doença e piora da qualidade de vida, aumentando a morbidade e a mortalidade dos pacientes.
A DPOC é uma doença crônica dos pulmões que diminui a capacidade de respiração. A maior parte das pessoas apresenta falta de ar, tosse e/ou catarro, sintomas comuns a outras doenças respiratórias, como a asma, dificultando o diagnóstico preciso. “A doença evolui a partir do agravamento das exacerbações, que vão acontecendo com maior frequência e intensidade. Sendo o tratamento dos sintomas feito por via inalatória, faltava uma medicação oral para atuar na inflamação, como terapia concomitante. Estamos falando de um medicamento inovador que age na inflamação específica da DPOC, tratando a doença de forma assertiva e suprindo uma necessidade negligenciada anteriormente”, explica o Dr. José Roberto Jardim, médico pneumologista da Unifesp (Universidade Federal da São Paulo) e membro do comitê internacional de DPOC.
As pesquisas para desenvolvimento do roflumilaste, princípio ativo da droga, começaram na Alemanha há cerca de 20 anos. “O Daxas® é o único medicamento que atua diretamente na inflamação, reduzindo o número e a intensidade das exacerbações que os pacientes sofrem. Prevenindo exacerbações, estes doentes podem ter melhor qualidade de vida.”, afirma Renata Campos, diretora da unidade de negócios prescrição da Nycomed Pharma. “Daxas® é o primeiro produto em sua classe terapêutica, por isso representa uma nova esperança para os pacientes de DPOC e um importante passo para consolidar a Nycomed como líder na área respiratória”, completa Giles Platford, gerente geral da Nycomed Pharma.
No Brasil, o Estudo Platino mostrou que somente 16% dos casos de DPOC são diagnosticados corretamente, o que prejudica o início do tratamento ainda na fase precoce. Estima-se que até 2020 a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica será a terceira causa de mortes no mundo, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde). A previsão é baseada em uma somatória de fatores relacionados a um estilo de vida pouco saudável, muito comum em centros urbanos, e que combina o tabagismo e a poluição do ar, má alimentação, sedentarismo e situações de estresse.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Merck alemã quer mais mulheres executivas


A Merck KGaA fixou a meta para aumentar a sua proporção de mulheres em cargos de chefia nos próximos cinco anos, avança o site InPharm.

O objectivo é aumentar a percentagem a nível mundial para uma proporção entre 25% e 30% até 2016. O valor é actualmente de 22%.

Como está, actualmente, a proporção de mulheres na gestão das operações da Merck está abaixo da sua média internacional, apenas 17%.

A empresa alemã deu o passo "para avançar com a questão", juntando-se ao que chama de debate "extremamente importante" em torno de um maior número de mulheres executivas nas companhias.

Embora a Merck tenha 43% de mulheres trabalhadoras em geral, são poucas as que ocupam posições de chefia.

Karl-Ludwig Kley, presidente do conselho executivo da Merck, diz: "Nos níveis de gestão, a percentagem é ainda muito baixo. Portanto, a promoção das mulheres de talento é uma das principais questões que vamos abordar no futuro".

"Precisamos de identificar as mulheres talentosas, mais cedo, a nível internacional", diz Kley. "Elas precisam de ter oportunidades suficientes para ganhar experiência em diferentes mercados para que se ajustem aos níveis mais elevados de gestão", acrescentou.

"Independentemente do sexo, idade e origem nacional, temos de assegurar que os executivos têm as qualificações adequadas e são capazes de desempenhar essas funções bem", concluiu.

Ministro da Saúde Alexandre Padilha participa de reunião pública da Anvisa


Acontece nesta terça (15/2), a primeira reunião pública da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O encontro será aberto ao público e poderá ser acompanhado pela internet ou presencialmente. A medida integra o elenco de mudanças implantadas na Agência para dar publicidade às suas decisões e ampliar a participação da sociedade.

“A Anvisa, nos últimos anos, tem aprimorado os canais de participação da sociedade e a transparência de suas ações. As reuniões públicas são mais um passo nesse sentido. Esperamos que a sociedade acesse e participe”, disse o diretor-presidente em exercício, Dirceu Barbano. As reuniões públicas serão realizadas regularmente de acordo com um calendário que será divulgado com antecedência.

A primeira reunião pública será aberta com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e os membros da atual Diretoria Colegiada da Anvisa. A pauta desta primeira reunião já está disponível para consulta. Entre os temas que serão discutidos, destacam-se: a proposta de resolução para definir os limites máximos tolerados de micotoxinas em alimentos; a apreciação da Agenda Regulatória da Agência para 2011; e a programação para a realização de inspeções internacionais em plantas produtoras de insumos farmacêuticos ativos.

A página da Agência na internet traz um espaço dedicado a essa inovação. Para acessá-lo, basta entrar no espaço “Agência”, clicar em “Assuntos de Interesse” e “Reuniões Públicas da Dicol”. As pautas das reuniões estarão disponíveis neste link com cinco dias úteis de antecedência.

As reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa envolvem desde a edição de normas sobre matéria regulatória até assuntos de gestão. Os encontros também se aplicam a julgar os recursos administrativos das empresas em última instância e a formatar súmulas com a interpretação da Agência sobre temas da Vigilância Sanitária. A participação presencial na reunião está limitada ao número de 220 lugares disponíveis no auditório da Anvisa e que serão preenchidos de acordo com a ordem de chegada.


Fonte: Anvisa

L'Oréal estuda fazer aquisição e fortalecer suas marcas no mercado brasileiro


O plano de expansão da francesa L'Oréal, que está praticamente sem dívidas e tem um caixa disponível de € 1,9 bilhão, está carimbado com o termo "aquisições" em letras maiúsculas e o Brasil, um dos maiores mercados de cosméticos do mundo, faz parte dele. "Seria interessante comprar uma marca no Brasil ou na Índia", disse Jean-Paul Agon, diretor-geral da L'Oréal. "O Brasil é extremamente estratégico para a L'Oréal. É o terceiro maior mercado mundial de cosméticos, juntamente com a China, e, rapidamente, com esse ritmo de crescimento, estará entre os primeiros países em termos de faturamento do grupo", disse Agon.

As vendas da L'Oréal no Brasil, sétimo maior mercado da empresa, cresceram 20,9% em 2010 em relação a 2009, para € 705 milhões (expansão maior do que o da América Latina, que foi de 17,5%).

A valorização do real permitiu que o Brasil passasse a pesar 3,8% nas vendas do grupo francês, o que representa um aumento de 18,4% sobre 2009. "Temos grandes ambições em relação ao Brasil. Vamos ampliar nossa presença nas áreas de produtos capilares e solares e vamos desenvolver, progressivamente, nossas atividades nas linhas de produtos de cuidados com a pele e de maquiagem", comenta Agon, que não deu mais detalhes sobre eventuais aquisições no Brasil.

"Nos mercados emergentes, muitos novos consumidores são novos compradores de cosméticos. Cabe a nós fazer com que eles prefiram imediatamente nossas marcas", diz Agon, que a partir de 17 de março será o novo presidente diretor-geral da L'Oréal, com a reunificação dos dois cargos. Lindsay Owen Jones, o atual presidente, deixa o cargo depois de 23 anos.

Praticamente sem dívidas e com um caixa de quase € 1,9 bilhão, além de um "tesouro de guerra" - a participação de cerca de 8% no capital da Sanofi-Aventis, considerada uma "reserva" que pode ser utilizada em grandes aquisições -, não faltariam recursos para a líder mundial entrar em ação. "O dinheiro em caixa continua tendo como prioridade as aquisições", diz Agon. Mas, ao mesmo tempo, ele afirma que elas "não são indispensáveis". Nos países emergentes, afirma, a L'Oréal não precisa comprar marcas locais para acelerar sua expansão. "Podemos conquistá-los com nossas marcas. Se houver aquisições, será com um objetivo muito específico, mas não precisamos disso para nos desenvolvermos nesses países".

O grupo procura, em geral, dar novo fôlego às marcas de cosméticos compradas e mudar sua estratégia de marketing antes de lançá-las no mundo inteiro, como fez com a Maybelline, criada nos Estados Unidos. É o que deve ser feito com a marca de esmaltes americana Essie, que a L'Oréal comprou em 2010.

A L'Oréal tem a "ambição de transformá-la na líder mundial de esmaltes, levando o tempo que for necessário", diz Agon. Ele explicou que as marcas internacionais são, às vezes, mais apreciadas nos mercados emergentes do que as nacionais. No caso do Brasil, no entanto, isso deve ser visto com reservas, já que a líder do setor é a brasileira Natura.


NOVOS MERCADOS

Os "novos mercados", como a L'Oréal chama os emergentes, têm um peso cada vez maior nas contas do grupo. Em 1990, eles totalizavam 8% das vendas. Em 2010, eles passaram a 36,8%. Em 2020, a previsão é de que representem de 50% a 60% do faturamento do grupo.

As vendas na China ultrapassaram a marca de € 1 bilhão (aumento de 11,1%). É o terceiro maior mercado mundial do grupo, atrás dos Estados Unidos e da França, e à frente da Alemanha e da Itália.

O faturamento global da L'Oréal em 2010 atingiu € 19,5 bilhões, com aumento de 11,6% em relação ao ano anterior (ou de 5,6%, descontado o impacto dos efeitos de câmbio). Após um crescimento de 4% no ano passado, o mercado mundial de cosméticos deverá aumentar entre 3% e 4% em 2011, prevê Agon, que diz estar "confiante" de que a L'Oréal possa, novamente, crescer mais do que o mercado mundial.


Fonte: Valor Econômico