quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Roche estuda fazer pesquisa em oncologia no Brasil


Brasil e China foram, em 2010, os países que apresentaram os maiores crescimentos porcentuais em desempenho de vendas globais do grupo farmacêutico suíço Roche. Apesar da potência e do volume do mercado chinês, está no país líder da América Latina o melhor resultado quando se trata da comercialização de tecnologia de ponta para a indústria farmacêutica.



“O mercado brasileiro tem crescido muito em consumo e o próximo passo é crescer também em investimentos em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil se destaca nesse sentido e não descartamos a possibilidade de colocar dinheiro no país para estudos relacionados, por exemplo, à medicina na área de oncologia”, afirma o presidente mundial, Severin Schwan.



É especialmente pelo fato de ter experiência na área de conhecimento genético que o Brasil tem demonstrado capacidade para receber esses investimentos, segundo o presidente da Roche Diagnóstica Brasil, Pedro Gonçalves. “O Brasil está mais próximo dos mercados de alta tecnologia, enquanto a China ainda se situa mais entre os emergentes. São demandas diferentes”, pontua.

No ano passado, a região denominada pela empresa como “internacional” (que inclui todos os países à exceção de Japão, Estados Unidos e Europa) foi a única com dois dígitos de crescimento na comparação com 2009, segundo a avaliação de resultados da empresa. De acordo com Schwan, foram China e Brasil que mais puxaram o desempenho da companhia positivamente.

Juntos, os países da área internacional representaram 26% das vendas do grupo, com crescimento de 11% na divisão farmacêutica e de 16% na divisão diagnóstica. No Japão, que concentra 10% das vendas globais, a alta foi de 3% em farmacêutica e 4% em diagnóstica. Na Europa, com 29% do resultado mundial, 2% em farmacêutica e 4% em diagnóstica. Nos Estados Unidos, onde a empresa tem o maior volume de comércio (35%), o crescimento foi de 4% e 5%, respectivamente.

Esse desempenho ocorreu porque, globalmente, a Roche foi bastante afetada pela reforma no sistema de saúde americano e pela redução das vendas de Tamiflu — medicamento bastante comercializado no período de pandemia da gripe suína—em relação a 2009, quando o surto da doença atingiu diversos países. A companhia estima em 1 bilhão de francos suíços (R$ 1,78 bilhão) o prejuízo decorrente da redução o mercado nos Estados Unidos, enquanto a queda nas vendas do Tamiflu foram de 2,3 bilhões de francos suíços (R$ 4,09 bilhões).

Assim, a Roche registrou redução de 3% nas vendas em 2010, em comparação com o ano anterior, totalizando 47,5 bilhões de francos suíços (R$ 84,48 bilhões). A variação cambial registrada ao longo de 2010 para o franco suíço — moeda na qual toda a movimentação financeira da companhia é calculada — não contribuiu para os resultados, já que, se fosse descontado o efeito do câmbio, o desempenho da companhia teria se equiparado ao registrado em 2009.

Jornalista: Claudia Bredarioli

Transplantes crescem 13% no RS em 2010

O Rio Grande do Sul apresentou um crescimento de 13% no número de transplantes de órgãos e tecidos no ano passado em comparação com 2009. Ao todo, foram 1.394 procedimentos em 2010, 163 a mais do que no ano anterior. O maior destaque foram as córneas, com aumento de 25%, de 607 para 757 no ano.





O aumento nos transplantes de córneas foi possível pelo maior aproveitamento do tecido, atualmente na faixa dos 60% graças a criação de equipes específicas para a distribuição e resposta rápida. Nos outros anos, apenas entre 40 e 45% das córneas tinham condições para serem usadas em transplantes, já que a maioria das perdas ocorrem até a chegada dos tecidos nos bancos de córneas, onde elas podem ficar armazenadas por até 14 dias. Hoje, o Rio Grande do Sul conta com cinco desses bancos, sendo dois em Porto Alegre, dois em Caxias do Sul e um em Pelotas, que atendem todo o Estado.





Para 2011, a Central de Transplantes do Estado terá o suporte de estruturas descentralizadas, as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). São seis unidades já implantadas em hospitais gaúchos, à espera da autorização final do Governo Federal em relação ao custeio para iniciarem os trabalhos. Elas estarão distribuídas em Porto Alegre (duas unidades), Canoas, Lajeado, Passo Fundo e Rio Grande. Cada uma terá sob sua responsabilidade os hospitais de cada região, onde as esquipes formadas por um coordenador, médicos intensivistas e enfermeiros auxiliarão na identificação de possível doadores e exames para a confirmação de morte encefálica. As duas OPOs da Capital - sediadas no Hospital São Lucas da PUCRS e no Complexo Hospitalar Santa Casa - contam ainda com cirurgiões em sobreaviso para realizarem captações em todo Estado, nos hospitais que não possuem médicos naquele momento para o procedimento.





Com a implantação das OPOs, a logística para a concretização dos transplantes terá uma significativa melhora. Esta é hoje é o principal entrave para as intervenções, já que em fatores como as negativas familiares o Rio Grande do Sul possui índices equivalentes ao de países como a Espanha, recordista no mundo em transplantes. No Estado, dos casos de possível doação de órgãos, 27% a família não permite a captação.









Abaixo a relação de transplantes em 2010:



Rim isolado: 287

Rim (doadores vivos): 94

Fígado: 102

Fígado (doadores vivos): 2

Coração: 5

Pulmão: 27

Pulmão (doadores vivos): 1

Pâncreas isolado: 1

Rim e pâncreas: 4

Córneas: 757

Medula óssea (alogênico): 43

Medula óssea (autólogo): 72



Assessoria de Comunicação Social

MERCADO ABERTO: BTG Pactual compra rede de farmácias no Sul (Folha deS.Paulo)Colunista: Maria Cristina Frias03/02/2011 - Não é só o banco PanAmericano que o Grupo BTG Pactual compranesta semana.A Brazil Pharma, holding que administra os ativos de varejo farmacêutico dogrupo, fechou ontem a aquisição da rede de farmácias gaúcha Mais Econômica. Com faturamento de cerca de R$ 800 milhões e mais de 150 lojas, a rede éuma das líderes na região Sul. A empresa tem mais de 6.000 funcionários. O negócio, em que a BR Pharma passa a deter o controle da Mais Econômicacom 60% de participação, deve levar a holding a alcançar a liderança emtrês regiões do país: no Nordeste, no Centro-Oeste e no Sul. A compra da Mais Econômica é a primeira do ano pela Brazil Pharma nosegmento do varejo farmacêutico. No ano passado, o braço farmacêutico do BTG Pactual comprou a RosárioDistrital, que possuía lojas no Distrito Federal e no entorno. Adquiriutambém pontos da Farmácia dos Pobres, em Pernambuco, além da redeGuararapes. Já integrava o portfólio da holding a rede Farmais. No ano passado, o grupo BTG Pactual fechou aquisições em muitos segmentos.Entre alguns exemplos, na área de saúde, fez associação com a Rede D'Or. Também entrou com participação minoritária na Mitsubishi Motors do Brasil. No segmento imobiliário, adquiriu em conjunto com a BR Properties oCondomínio Ventura Corporate Towers, no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

EMS terá fábrica para produção de antibióticos e hormônios em Brasília


O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou acordo no valor de R$ 150 milhões com a EMS Pharma, gigante farmacêutica. Segundo o GDF, o investimento da empresa é para montar uma filial da fábrica, com foco na produção de antibióticos e hormônios para exportação. No país, há outras duas sedes do laboratório, nas cidades de São Bernardo do Campo e de Hortolândia, em São Paulo.

A expectativa é de que a construção da sede em Brasília seja no Polo de Desenvolvimento Juscelino Kubitschek, embora o anúncio formal ainda não tenha sido feito. O local é o mesmo da União Química, também fabricante de medicamentos.
A EMS Pharma não confirmou oficialmente o investimento. De acordo com a empresa, o projeto ainda está em fase embrionária.

O GDF espera que a instalação da empresa crie 300 empregos diretos e 500 indiretos. Para o secretário de Ciência e Tecnologia, Gastão Ramos, que esteve reunido com representantes da EMS Pharma nesta semana, os benefícios da vinda desta indústria vão além da criação de empregos. “Há um profundo envolvimento dos laboratórios com a área de pesquisas. Portanto, podemos esperar novos investimentos no setor, nas escolas e nas universidades. Além disso, um percentual do faturamento será aplicado em projetos de capacitação de pessoas, no desenvolvimento e na inovação”, acredita.

Em nota, o governador Agnelo Queiroz atribuiu a vinda da fábrica ao aumento de credibilidade trazido pela própria gestão. “As empresas vão saber que aqui não serão mantidas aquelas velhas práticas que abalaram a nossa capital. Aqui, será um local bom para se investir, o que gerará benefícios para a nossa economia local.” Os incentivos oferecidos para que a nova empresa se instale na capital não foram divulgados pelo GDF.


CONCORRÊNCIA

Localizada a 160km de Brasília, Anápolis (GO) abriga o maior polo farmoquímico do Brasil. Na região foi criado um Distrito Agroindustrial na década de 70. Os investimentos em infraestrutura e a política de incentivo fiscal motivaram empresas de outros setores a levarem suas fábricas para a região. Hoje, os terrenos são subsidiados e uma fábrica que ocupe 300 mil m² paga apenas um quinto do valor pelo terreno.

A maioria das taxas municipais também é suspensa por até 5 anos. Além disso, o ICMS cobrado é de apenas 30% do total. Existem nesse distrito mais de 100 empresas que não trabalham apenas com fármacos. Há produção de barcos, fraldas descartáveis, ração animal, embalagens, entre outros.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Mozar Soares Filho, conta que há duas rodovias federais e duas linhas férreas para escoar a produção, além de um porto seco. “Nós já sofremos com falta de área para instalação de novas fábricas no distrito. Temos interesse em ampliá-lo. Além disso, estamos aguardando melhorias para o aeroporto de Anápolis, assim daremos vazão ao que é produzido aqui.”

Segundo ele, a instalação das empresas na região criou 12 mil empregos diretos, ampliou o mercado de alimentação, refrigeração e a construção civil. “Nós hoje somos uma ameaça para outros estados e é por isso que se reclama tanto sobre os incentivos que damos às empresas”, diz.


Fonte: Correio Braziliense

Nestlé compra farmacêutica de olho em novo mercado


A Nestlé S.A. adquiriu uma empresa farmacêutica novata do Reino Unido que está criando uma goma de mascar para ajudar pacientes com doença nos rins, a primeira iniciativa do esforço mais recente da empresa para formar uma divisão que venderá produtos alimentícios voltados para doenças específicas.

A aquisição da CM&D Pharma Ltd. pela Nestlé, a ser anunciada hoje, é provavelmente a primeira de muitas para a Nestlé Health Science SA, uma subsidiária que abriu as portas no mês passado. A Nestlé confirmou a compra, mas não revelou o valor pago.

A Nestlé anunciou em setembro que ia criar a subsidiária e investir 500 milhões de francos suíços (US$ 530 milhões) em dez anos em um instituto de pesquisa a ela associado. A meta é dar um salto significativo num setor em que a Nestlé tenta penetrar desde pelo menos desde o fim dos anos 80.

Empresas de produtos alimentícios - principalmente a Nestlé e a Groupe Danone SA - têm feito um esforço para assumir uma liderança na fabricação de produtos voltados para doenças como o Mal de Alzheimer ou a diabetes. Embora a área seja considerada promissora, tanto do ponto de vista médico como de negócio, ela também gerou críticas do governo americano e de alguns setores da comunidade médica por fazer propagandas exageradas dos benefícios à saúde de seus produtos.

Agora, a Nestlé espera fazer a coisa direito, operando a empresa de alimentos medicinais como uma empresa à parte e injetando nela bastante investimento e pessoal.

Alguns médicos temem que os chamados alimentos medicinais não passem pela mesma fiscalização ou testes rigorosos que os remédios. Eles advertem que as empresas de produtos alimentícios têm um histórico ruim de exagerar os benefícios para a saúde de seus produtos para ganhar uma vantagem mercadológica. Em julho, por exemplo, a Comissão Federal do Comércio, agência americana encarregada da defesa do consumidor, obrigou a Nestlé a retirar a alegação de que o produto Boost Kid Essentials protegia o sistema imunológico das crianças.

"No caso de muitas dessas empresas de alimentos, as alegações de controle de doenças, prevenção de doenças, aumento da imunidade, aumento da função imunológica - todas essas coisas - são muito difíceis de se provar usando-se os padrões que a FDA e agências equivalentes usariam para julgar a segurança e a eficácia", diz Michael Starnbach, professor titular de microbiologia e genética molecular da Escola Harvard de Medicina.

Agora, a Nestlé espera acertar os ponteiros com a operação da unidade de alimentos medicinais como uma empresa separada, armada com investimento e talentos suficientes.

"Isso tem um potencial enorme. Vai ser na casa dos muitos bilhões", disse em dezembro o diretor-presidente da Nestlé, Paul Bulcke.

"Este é um jogo completamente diferente. (...) O que estamos fazendo aqui é ciência avançada", disse Luis Cantarell, ex-diretor da Nestlé para a região das Américas que está à frente da subsidiária.

A CM&D foi criada em 2007 por um ex-executivo da Sinclair Pharma PLC, Danilo Massari. Embora a empresa ainda não tenha feito o lançamento integral de seu primeiro produto, ela tem vários produtos alimentícios medicinais em testes, disse o diretor-presidente da CM&D, Stephen Appelbee.

Um desses produtos é o Fostrap, uma goma de mascar para pessoas que têm níveis muito altos de fosfato no sangue devido a uma falha dos rins. O fosfato na saliva cola na goma. Não há remédios na goma, e sim um nutriente. Como não é uma droga, não será necessário ter receita.

Appelbee disse que o Fostrap deve ser lançado nos Estados Unidos dentro de um ano. Embora não exija aprovação da vigilância sanitária, já que não é um remédio, a goma vai concorrer com farmacêuticos tradicionais, e para propósitos de marketing a empresa quer ter comprovação clínica de que ele funciona.

Um teste piloto do Fostrap foi feito com 13 pacientes na Itália, com os resultados publicados na revista médica "Journal of the American Society of Nephrology". Agora, os resultados de estudos com uso de placebo em 63 pacientes no Japão e 120 pacientes nos EUA estão sendo analisados, disse ele.

Entre outros produtos que estão sendo testados pela CM&D estão o Eviendep, uma mistura nutriente que desacelera a progressão de pólipos intestinais, e o Recoclix, um alimento medicinal para aliviar a dor resultante do Mal de Crohn e outras doenças inflamatórias do intestino.

Até agora, boa parte da Nestlé Health Science é formada pela empresa de nutrição medicinal que a Nestlé adquiriu da Novartis AG por US$ 2,5 bilhões em 2007. É essa divisão que comercializa vitaminas energéticas da marca Boost. A Nestlé já era investidora da CM&D por meio da Inventages Venture Capital Investments antes de comprá-la.

A Danone está com iniciativas semelhantes em alimentos medicinais. Um produto é o Souvenaid, uma vitamina que está sendo desenvolvida pela Nutricia, uma subsidiária da Danone, que supostamente repara sinapses cerebrais para mitigar os sintomas do Alzheimer. O Souvenaid ainda não chegou ao mercado.

Alguns analistas do setor veem os produtos direcionados para saúde como a próxima fronteira da indústria alimentícia, particularmente em mercados maduros como os EUA e o Reino Unido, que têm populações em envelhecimento e custos médicos em alta.

"É uma grande oportunidade", diz Andrew Wood, analista sênior da Sanford C. Bernstein & Co, que disse que, mais adiante, os consumidores vão comprar alimentos tanto por suas propriedades medicinais e farmacêuticas quanto pelo sabor.

GSK terá que pagar U$ 3,4 milhões por litígio com o Avandia®


A GlaxoSmithKline (GSK) afirmou esta segunda-feira que vai ser obrigada a pagar 2,2 mil milhões de libras (3,4 mil milhões de dólares) sobre os lucros do quarto trimestre, pelo litígio que envolve o seu medicamento para a diabetes, o Avandia®, avança a Associated Press e o site Valor Online.


A empresa afirmou que a acusação envolve os custos adicionais relacionados com a investigação de vendas da empresa e práticas de promoção por parte da Procuradoria dos EUA, para o Estado do Colorado.


Em Setembro, os reguladores europeus ordenaram que o Avandia® fosse retirado do mercado e a agência reguladora do sector nos EUA, a FDA (Food and Drug Administration) restringiu o seu uso no mercado americano, diante das evidências de que o fármaco aumenta o risco de ataques cardíacos.
Segundo informou a GSK, o montante anunciado segunda-feira é um adicional à taxa de 2,4 mil milhões de dólares anunciada em Julho.


A companhia afirmou ainda que continua a receber novos pedidos. “Reconhecemos que é um valor significativo, mas acreditamos que a nossa abordagem para resolver as questões legais de longo prazo são do maior interesse da companhia”, afirmou o vice-presidente para litígios globais, P.D. Villarreal.

Pifzer lucra U$ 2,9 bilhões


A farmacêutica Pfizer, dos EUA, informou que seu lucro do quarto trimestre mais que triplicou em relação a um ano antes, chegando a US$ 2,9 bilhões. A base de comparação, porém, foi encolhida por custos de aquisição. A empresa apresentou um panorama cauteloso para os próximos dois anos e anunciou redução de 23,5% no investimento em pesquisa e desenvolvimento em 2012.

Fonte: The Wall Street Journal Americas

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aspen Pharma investe para expandir atuação local e global

O grupo sul-africano Aspen Pharma acaba de comprar o laboratório australiano Sigma, por US$ 860 milhões. Segundo o diretor Comercial e de Marketing da Aspen Pharma no Brasil, Alexandre França, o negócio vai viabilizar a projeção de crescimento da companhia no continente asiático. "Com a aquisição, ganhamos força para investir em países emergentes", afirma França.

Ainda de acordo com o executivo, não haverá por enquanto reflexos nos negócios da empresa no Brasil com a nova aquisição. Para França, com a maturação da aquisição do Sigma, existe a oportunidade, no médio prazo, de importar medicamentos fabricados na Austrália para o País.

Presente no mercado há 98 anos, a australiana Sigma não está presente no Brasil. A empresa conta em portfólio com produtos de marca, genéricos e OTC (sigla em inglês para medicamentos fora do balcão).

A Aspen Pharma informa que 70% dos seus produtos correspondem a medicamentos similares e 20% fitoterápicos e está no Brasil desde o ano passado, com uma unidade fabril em Serra (ES). Esta unidade deve receber aporte de US$ 15 milhões para expandir em 40% sua capacidade no País, modernizar produção e ampliar a área de estocagem, que recebe 30% dos produtos comercializados aqui, no Brasil, oriundos da Índia e de países da África.

O investimento está programado para acontecer até 2012. Já as obras da planta começarão em março. "O Brasil é nossa prioridade, pois 12% das nossas receitas estão na América Latina. Nosso objetivo é aumentar esse percentual" , afirma França. Segundo ele, o ano fiscal da empresa, que fecha no próximo mês de junho, mostrará bons resultados provenientes do Brasil. "Vamos dobrar de tamanho já neste primeiro ano de atuação", diz o executivo.




A companhia, que tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Johannesburgo, apresenta crescimento de 15% a 18% nos últimos 10 anos globalmente. Possui 14 fábricas em quatro continentes e está presente em mais de 100 países, com faturamento de US$ 1,1 bilhão.

França destaca que a farmacêutica pretende ampliar sua produção de medicamentos fitoterápicos e não tem r interesse em ingressar no segmento de genéricos no País, apontado por especialistas como o pilar de crescimento da indústria farmacêutica brasileira. Faz parte dos projetos da multinacional comercializar, até o fim deste ano, oito medicamentos.


AQUISIÇÃO

A Aspen Pharma revela que está em fase de negociação para comprar uma empresa no Brasil. "Não posso adiantar mais detalhes sobre o negócio, mas creio que ainda este ano teremos novidades", conta França. Segundo ele, o principal entrave para crescer no Brasil são os custos, o que engloba os impostos "altíssimos". "A regra do jogo muda muito, isso dificulta planejamento de longo prazo" afirma ele.

No Brasil, a Aspen Pharma trabalha com produtos hospitalares, de prescrição, OTC e biotecnológicos. As principais marcas são Aspen Pharma são: Aldomet, Ziloric, Digoxina, Imuran, Insunorm e Estafan C, entre outros.


Fontes: DCI e Amor.A Comunicação

Valsartana da EMS já está no mercado com preço 50% inferior ao do Diovan


A EMS iniciou o ano comercializando mais um produto de alto valor agregado e importante para a população. No dia 27 de dezembro, a empresa obteve, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o registro que lhe permite produzir e vender a Valsartana, medicamento voltado ao tratamento de pacientes com hipertensão. O laboratório foi o primeiro a chegar às drogarias com o produto e, até o momento, já comercializou mais de 29 mil unidades.

Os pacientes que utilizam a Valsartana estão comprando a versão genérica da EMS por uma média de R$ 35,00 a caixa com 30 comprimidos na concentração de 160mg. Já a embalagem do produto de referência (Diovan, da Novartis), com 28 unidades, é vendida por R$ 64,70, cerca do dobro do valor do medicamento oferecido pela EMS. A empresa também está trabalhando para colocar no mercado o similar de marca, que se chama Brasart e será vendido pela mesma média de preço do genérico.

De acordo com o vice-presidente de Marketing da EMS, Waldir Eschberger Jr., foram 2 anos e 10 meses de pesquisas e investimentos de aproximadamente R$ 22 milhões para colocar o produto no mercado. "Sair à frente mais uma vez com um lançamento tão importante como este nos proporciona vantagens para buscarmos a liderança na comercialização desse medicamento", revela o executivo. O mercado da Valsartana no Brasil é de R$ 125 milhões, segundo a IMS Health, tendo registrado um crescimento de 10,2% em faturamento no ano passado.


Fonte: Barcelona Soluções Corporativas

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Bayer e Zydus Cadila em joint-venture na Índia


Bayer Healthcare e a companhia indiana Zydus Xadila assinaram um acordo que prevê a criação de uma joint-venture, através da qual a Bayer pretende reforçar a sua presença no mercado indiano, considerado de rápido crescimento, avança o site PharmaLive.

Cada uma das companhias vai deter 50% das acções da Bayer Zydus Pharma e serão representadas de forma igual no conselho de administração.

Para a Bayer, a criação desta joint-venture é um elemento essencial para a estratégia de construir uma presença forte nos mercados emergentes.

"Com este passo, pretendemos acelerar as nossas capacidades para servir melhor o mercado indiano, de rápido crescimento. Acreditamos que uma joint-venture entre a Bayer Healthcare e a Zydus Cadila vai proporcionar uma situação win-win para ambas as partes", disse Jörg Reinhardt, CEO da Bayer Healthcare, acrescentando que "esperamos alavancar os pontos fortes da joint-venture como um portefólio de produtos optimizado e capacidades de distribuição para melhorar o lançamento de novos produtos, bem como as vendas dos produtos existentes".

A Bayer Zydus Pharma contará com um portefólio de produtos complementar e forças de vendas especializadas em saúde feminina, imagiologia, diversos tipos de medicamentos, com destaque para os oncológicos.

A nova empresa vai ter a sua sede em Bombaim e vai ter cerca de 600 funcionários, das duas companhias.

Novartis processa AstraZeneca, Biogen Idec e Alexion


A unidade de vacinas da Novartis processou a subsidiária da AstraZeneca MedImmune, a Biogen Idec e a Alexion Pharmaceuticals, alegando que medicamentos produzidos por estas companhias infringem uma patente de 1997, sobre o diagnóstico de sequências genéticas, avança a agência Bloomberg.

A queixa foi apresentada no dia 26 de Janeiro no tribunal federal norte-americano de Delaware e incide sobre o tratamento respiratório Synagis® (AstraZeneca), o Tysabri® para a esclerose múltipla (Biogen) e o Soliris® para tratar uma forma fatal de anemia (Alexion).

A Novartis adquiriu a patente quando comprou a Chiron Corp., em Abril de 2006, de acordo com a queixa.

"A Biogen acredita que as queixas não têm fundamento e estamos preparados para defender a nossa posição", afirmou Christina Chan, porta-voz da companhia.

Karen Lancaster, porta-voz da MedImmune, disse que a companhia ainda está a analisar a queixa e não tinha comentários a fazer e Irving Adler, porta-voz da Alexion, não se encontrava disponível.

Pfizer condenada a pagar 142,1 milhões por comercialização off-label


Um juiz de um tribunal distrital nos EUA confirmou a decisão do júri num caso em que a Pfizer foi acusada de comercializar indevidamente o seu medicamento para a epilepsia Neurontin® e triplicou a multa original para 142,1 milhões de dólares. Na sua decisão, a juíza Patti Saris concordou com a conclusão do júri de que o Kaiser Foundation Health Plan e o Kaiser Foundation Hospitals mereciam a indemnização porque foram levados a crer que o fármaco também poderia ser usado para tratar enxaquecas e doença bipolar, avança o site FirstWord.

O porta-voz da Pfizer Chris Loder disse que a companhia estava satisfeita com a decisão de Saris "de negar o pedido da Kaiser de inclusão de juros pré-julgamento, que totalizavam os 76 milhões de dólares, na indemnização. "Como mantivemos sempre, a Pfizer tem defesas fortes neste caso e pretende apelar", acrescentou.

A Pfizer enfrenta actualmente mais de 300 acções relacionadas com a promoção do Neurontin® para usos não aprovados (off-label) e com a não divulgação dos riscos da fármaco.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Novartis lucra menos 6%


O lucro do quarto trimestre da Novartis quebrou 6%, com as vendas de vacinas contra a gripe a diminuírem na sequência do final da pandemia de gripe A e a farmacêutica a proceder ao writedown do valor de um medicamento de combate ao cancro, avança o jornal económico OJE.

Desta forma, o resultado líquido recuou para a fasquia dos 2,17 mil milhões de dólares (1,58 mil milhões de euros), em comparação com os 2,31 mil milhões de dólares contabilizados um ano antes, informou a companhia suíça em comunicado citado pela agência Bloomberg.

Refira-se que os analistas apontavam para ganhos de apenas 2,05 mil milhões de dólares, de acordo com a média das 10 estimativas recolhidas pela agência de informação financeira durante o último mês.

Por seu lado, as vendas aumentaram 10 pontos percentuais para 14,2 mil milhões de dólares no período em análise. O lucro foi penalizado por custos extraordinários no montante de 789 milhões de dólares, incluindo reestruturações promovidas nas unidades dos EUA e Alemanha, concretizou a Novartis.

A farmacêutica helvética adquiriu uma participação maioritária na fabricante de produtos para problemas oculares Alcon em Agosto de 2010, tendo acordado em Dezembro pagar 12,9 mil milhões de dólares pelas acções cotadas remanescentes.

Acresce que o CEO, Joe Jimenez, está a dar continuidade à reorganização iniciada pelo seu antecessor no cargo, Daniel Vasella. Neste quadro, a Novartis está a apostar na Alcon, na sua divisão de genéricos Sandoz, nas vendas de vacinas e nos medicamentos não sujeitos a receita médica para diminuir a sua dependência face aos medicamentos tradicionais.

Bristol-Myers reduz lucro em 41%


O lucro da Bristol-Myers Squibb recuou 41% no quarto trimestre de 2010 devido aos custos com a reestruturação, avança o jornal económico OJE.

O resultado líquido de operações contínuas da farmacêutica caiu para 483 milhões de dólares (351,6 milhões de euros), um valor que compara com os 818 milhões de dólares (595,6 milhões de euros) reportados no mesmo período do ano anterior.

De acordo com a agência Bloomberg, a companhia está a eliminar postos de trabalho e a desinvestir no negócio não farmacêutico para se preparar para a concorrência dos genéricos no Plavix®.

Um analista afirmou que a “Bristol-Myers tem uma das maiores exposições tanto na reforma do sistema de saúde dos EUA como nas pressões de preços da União Europeia. Esta exposição deverá recuar drasticamente em 2012 com a redução da contribuição do Plavix® nos medicamentos mais vendidos”.

Lucro da Eli Lilly cresce 28%


A Eli Lilly encerrou o quarto trimestre de 2010 com um lucro líquido de 1,17 mil milhões de dólares, ou 1.05 dólares por acção, o que representa um avanço de 28% ante os 915,4 milhões de dólares, ou 0,83 dólares por acção, registados no ano anterior, avança O Globo.


Quando se excluem itens não recorrentes, os ganhos da empresa alcançaram 1,11 dólares por acção, superando um pouco os 1,10 dólares por acção esperados por alguns analistas.


Os resultados da companhia foram estimulados pelo aumento das vendas. A receita da empresa cresceu 4,3%, para os 6,19 mil milhões de dólares, sendo que, apenas em volume, foi verificado um aumento de 3% neste período.


O destaque do portefólio foi o medicamento para a depressão Cymbalta®, cujas vendas avançaram 19%. O tratamento oncológico Alimta® também pesou sobre os dados, apresentando uma subida de 9%.


Por outro lado, a Lilly enfrentou problemas de desenvolvimento de produtos, o que fez com que as vendas do medicamento anti-psicótico Zyprexa® caíssem 2,2%.


Para o ano completo de 2010, a receita da empresa totalizou 23,076 mil milhões de dólares, um crescimento de 6%. O lucro líquido, por sua vez, somou 5,070 mil milhões de dólares, ou 4,58 dólares por acção, sendo que em 2009, a empresa tinha obtido um lucro de 4,329 mil milhões, ou 3,94 dólares por acção.


"Em 2011, continuamos comprometidos com a nossa estratégia de acelerar o fluxo de novos medicamentos, preparados para enfrentar os desafios das expirações de patentes de vários dos nossos produtos", afirmou o director-executivo da Lilly, John C. Lechleiter.

Lucro da AstraZeneca sobe 6% no quarto trimestre de 2010


A companhia farmacêutica AstraZeneca anunciou lucro líquido de 1,6 bilhão de libras esterlinas (cerca de US$ 2,5 bilhões) no quarto trimestre de 2010, com expansão de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram apurados ganhos de 1,5 bilhão de libras esterlinas (US$ 2,3 bilhões).

Já a receita do grupo recuou 3% no período, ao passar de 8,9 bilhões de libras esterlinas (US$ 14,1 bilhões), para 8,6 bilhões de libras esterlinas (US$ 13,6 bilhões).

No acumulado do ano, o lucro da farmacêutica totalizou 8 bilhões de libras esterlinas (US$ 12,7 bilhões), superior ao reportado em 2009 (7,5 bilhões de libras esterlinas). Por sua vez, a receita da empresa cresceu 1,2% de janeiro a dezembro de 2010, para 33,2 bilhões de libras esterlinas (US$ 52,7 bilhões), contra 32,8 bilhões de libras (US$ 52 bilhões) um ano antes.


Fonte: Investimentos & Notícias

Hypermarcas divulga relação de MIPs que podem ser vendidos no autosserviço


Em nota enviada à FEBRAFAR (Federação Brasileira das Redes Associativistas de Farmácias), a Hypermarcas divulgou sua relação de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) que não estão sob a restrição de venda imposta pela RDC 44/09 e sua respectiva normativa (IN 10/09).

Diante disto, os produtos comercializados pela empresa que já podem ser facilmente encontrados no auto-atendimento pelos clientes das farmácias e drogarias de todo o país, são:


•Medicamentos Fitoterápicos: Alcaflor uno, Plantacil, Blumel guaco, Senareti, Maracugina e Tamarine.
•Medicamentos de uso dermatológico: Anaseptil, Calamyn, Curativ, Dermil, Escabin, Kalloplast, Merthiolate, Neo tionazol, Selsun Ouro, Clotrimazol (creme), Nimesulida (gel), Assepcare, Cetoneo, Daktazol, Doriflan, Gelol, Lucretin sachê, Neo clotrimazyl, Nocoflan, Cetoconazol (creme), Diclofenaco de dietilamônio (gel), Nimesulida + óxido de zinco (pomada), Babyneo, Clean hair, Dermalina, Epicitrin, Hipodermon, Massageol, Neo isocaden, Salimetin, Cloridrato de terbinafina (creme), Maleato de dexclorfeniramina (creme), Nitrato de miconazol (loção).
•Medicamentos sujeitos à notificação simplificada: Rinosoro gotas (frasco 30ml) e infantil spray (frasco 50ml).


Fonte: Diretoria Hypermarcas

Freio nos excessos da Anvisa

O parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), que restringe o poder da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de analisar os pedidos de direito de propriedade intelectual sobre medicamentos - portanto, com influência na liberação de genéricos -, deve ser considerado dentro do quadro mais amplo da ação dessa agência em relação a vários outros produtos, a qual tem sido objeto de severas críticas, nos últimos anos, da parte de associações empresariais e entidades como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).

Assinado pelo advogado-geral da União, Luís Adams, aquele documento define com maior precisão, no caso dos remédios, as atribuições da Anvisa e do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), entre os quais existem fortes divergências a respeito dessa questão. Elas começaram há dez anos, quando a Anvisa foi autorizada a também opinar sobre a cessão de patentes de remédios, a chamada anuência prévia. O Inpi, que é órgão técnico especializado na questão das patentes em geral, sempre viu nisso uma forma de intervenção em seu trabalho.

Decidiu a AGU que a anuência prévia deve considerar a análise de um só quesito - o possível risco oferecido pelo medicamento em questão. Antes, a Anvisa levava em conta outros três quesitos - novidade, atividade inventiva e propriedade intelectual -, cuja análise volta a ser atribuição do Inpi, como este sempre insistiu que deveria ser.

Tanto o temor manifestado por algumas ONGs - de que a medida dificulte a entrada de novos medicamentos genéricos no Brasil - como a opinião de um alto funcionário da Anvisa, segundo o qual ela favorece a indústria farmacêutica, não parecem procedentes. "Gostaria apenas de saber qual o interesse da AGU em fazer essa alteração. Ela não atende a interesses da população nem mesmo do governo. Ela comunga apenas com o interesse de parte das indústrias farmacêuticas", afirmou o coordenador de Propriedade Intelectual da Anvisa, Luís Wanderley Lima.

Há aí uma insinuação da maior gravidade quanto à lisura da AGU, pela qual o sr. Lima pode ser chamado às falas. Depois, nada lhe permite colocar em dúvida a competência do Inpi, quando afirma ter a Anvisa "critérios mais rigorosos" para a análise de pedidos de direito de propriedade intelectual. Afinal, é o Inpi, não a Anvisa, o órgão técnico da administração federal para tratar dessas questões. Além disso, os números falam contra a Anvisa. Em 1.596 pedidos aprovados pelo Inpi, houve divergência com a Anvisa em apenas 145. Nada que justifique a reação do funcionário da Anvisa.

A explicação para esse tipo de atitude parece estar na indevida amplitude das atribuições que a Anvisa julga serem as suas. Além de querer atropelar o Inpi no caso dos medicamentos, seu avanço em setores como o das características de certos alimentos e a publicidade destes e de algumas bebidas vem sendo contestada com crescente veemência pelo setores atingidos.

No ano passado, a Anvisa baixou resolução com regras mais rígidas para a publicidade de alimentos com altos teores de gordura, açúcar ou sódio. O mesmo documento determinava também que a publicidade de determinados alimentos e bebidas com baixo teor nutritivo viesse acompanhada de mensagens de advertência sobre males à saúde que eles podem causar, quando consumidos em excesso.

O Conar - que tem longo histórico de bem-sucedida ação contra excessos na publicidade - logo reagiu, alegando que a Anvisa não tem competência para impor restrições à propaganda de produtos. E a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação afirmou, com razão, que o consumo excessivo de nutrientes é "reflexo de hábitos alimentares da população", nada tendo a ver com a composição dos produtos industrializados.

Felizmente, as exorbitâncias da Anvisa - que só prejudicam a relevante tarefa que tem a cumprir - começam a ser contidas. A AGU parece disposta a pôr um freio também nos excessos da Anvisa no caso dos alimentos e bebidas.

AGU assegura obrigatoriedade de retenção de receita médica nas farmácias para venda de antibióticos


A Advocacia-Geral da União (AGU) assegurou, na Justiça, a validade da Resolução 44/2010 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que obriga as farmácias a reterem uma via da receita médica na venda de antibióticos. A norma foi questionada pela empresa farmacêutica Paulo Roberto Fornari & Cia Ltda. sob o argumento de que a definição da Agência é inconstitucional e viola o livre exercício da profissão.

Segundo a empresa, a ação da Anvisa deveria inibir os antibióticos fornecidos por unidades de saúde e não por drogarias, já que a Resolução surgiu pelo temor da superbactéria, que só apareceu em hospitais. Além disso, alegou que o farmacêutico tem o papel de suprir as necessidades dos indivíduos na falta de atendimento médico na rede pública precária e que a Resolução é ilegal, pois viola o direito fundamental de acesso à saúde.

A Procuradoria Regional Federal da 4ª região (PRF4) sustentou que a Lei nº 9.782/99 criou a Anvisa e estabeleceu que cabe a autarquia normatizar, controlar e fiscalizar substância a serviço da saúde pública. Os procuradores ressaltam que compete à autarquia decidir se as farmácias devem ou não reter o receituário de medicamentos na hora da compra.

Ao contrário do alegado, a PRF4 esclareceu que a norma visa garantir o direito fundamental à saúde, pois busca salvaguardar a coletividade dos riscos do mau uso, ou da utilização incorreta, de determinadas substâncias.

A AGU defendeu que a norma nada interfere no exercício da profissão de farmacêutico, que não tem competência para prescrever o uso de remédios. Outro ponto ressaltado é que mesmo antes da edição da Resolução 44, a venda de antibiótico só era permitida com a apresentação da receita médica, a diferença é que uma das vias não ficava retida.

A Justiça Federal do Rio Grande do Sul acolheu os argumentos da AGU garantindo a determinação da norma. O juízo condenou ainda a empresa Paulo Roberto Fornari & Cia Ltda a pagar as custas e honorários no valor de dois mil reais.

A PRF4 é uma unidade da Procuradora Geral Federal, órgão da AGU.

Ref.: Ação Ordinária Nº 5028933-37.2010.404.7100 - Justiça Federal do Rio Grande do Sul

Daniela Boldrini/Uyara Kamayurá

EMS divulga o balanço de vendas


A EMS, maior indústria farmacêutica brasileira, informou que comercializou mais de 29 mil unidades até o momento de Valsartana, medicamento voltado ao tratamento de pacientes com hipertensão. Em 27 de dezembro passado, a empresa obteve o registro que lhe permite produzir na planta de Hortolândia e vender o remédio por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O laboratório foi o primeiro a chegar às drogarias com o produto. A EMS tem planos de construir uma nova planta, mas o local e o valor do investimento não foram divulgados.

O vice-presidente de marketing da EMS, Waldir Eschberger Jr., informou, por meio de assessoria de imprensa, que foram dois anos e 10 meses de pesquisas e investimentos de aproximadamente R$ 22 milhões para colocar o produto no mercado. “Sair à frente mais uma vez com um lançamento tão importante como este nos proporciona vantagens para buscarmos a liderança na comercialização desse medicamento”, revelou o executivo. O mercado da Valsartana no Brasil é de R$ 125 milhões, segundo a IMS Health, tendo registrado um crescimento de 10,2% em faturamento no ano passado.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da EMS, os pacientes que utilizam a Valsartana estão comprando a versão genérica da EMS por uma média de R$ 35 a caixa com 30 comprimidos na concentração de 160 mg. Acrescentou que a embalagem do produto de referência, com 28 unidades, é vendida por R$ 64,70. A empresa também está trabalhando para colocar no mercado o similar de marca, que se chama Brasart e será vendido pela mesma média de preço do genérico. A EMS é a líder no segmento farmacêutico brasileiro, tanto em unidades comercializadas quanto em faturamento.

NICE BULHÕES