quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tamiflu® da Roche pode reduzir risco de pneumonia em doentes com gripe A


Um estudo publicado quarta-feira no site do British Medical Journal sugere que o Tamiflu® (oseltamivir) da Roche pode ter impedido os jovens adultos que contraíram a gripe A (H1N1) em 2009 de desenvolver uma pneumonia, avança o site FirstWord.

Para o estudo, o investigador analisou os registos médicos de 1291 pacientes confirmados com infecção leve pelo H1N1 durante a pandemia, 76% dos quais foram tratados com Tamiflu® partir do terceiro dia a mostrar sintomas. Desses pacientes, 920 foram submetidos a uma radiografia de tórax e 12% demonstraram sinais anormais que indicam pneumonia. Nenhum paciente necessitou de cuidados intensivos ou ventilação mecânica.

Os investigadores explicaram que, após a contabilização de idade, sexo, vacina contra a gripe e histórico de tratamento com antibióticos, o tratamento com Tamiflu® pareceu "proteger de forma significativa" contra a pneumonia. Os cientistas acrescentaram que esse benefício de protecção era evidente em todos os pacientes que tomaram Tamiflu®, e que os indivíduos que tomaram a medicação dentro de 48 horas tiveram febres mais curtas e contagiosa durante períodos mais curtos. "Acreditamos que a ausência de pacientes graves na nossa amostra é por causa de admissão antecipada no hospital e do tratamento precoce com o oseltamivir para a maioria dos pacientes", disseram os investigadores.

No entanto, sublinharam que os resultados devem ser interpretados com cautela, pois o estudo foi retrospectivo e nem todos os pacientes foram submetidos a radiografia de tórax.

Fonte : RCC Pharma

Alemã Merz estuda aquisições no Brasil


- O grupo farmacêutico alemão Merz Pharmaceuticals está de olho na aquisição de laboratórios no Brasil. "Estamos buscando crescer e as compras são uma possibilidade", diz Roberto Marques, presidente da Merz-Biolab, uma joint venture que o grupo alemão formou no começo do ano com a brasileira Biolab. Dona de um faturamento global de 770 milhões, a Merz vende no mercado brasileiro o Xeomin e o Radiesse, concorrentes do Botox e do Dyspord, que, entre outras aplicações, podem ser usados para preenchimento labial e no combate a rugas. Segundo Marques, a Merz-Biolab investirá R$ 20 milhões na estruturação da operação local e na condução de estudos clínicos com pacientes brasileiros.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Hypermarcas abre centro de pesquisa, nova fábrica e prepara lançamentos


Na hora do almoço, uma das salas de reuniões da Hypermarcas, no escritório central da empresa na zona sul da capital paulista, se transforma em uma espécie de restaurante familiar. Na mesa, os executivos da área de marketing, planejamento e finanças quase sempre almoçam juntos. A tela usada para mostrar gráficos e projetos divide o espaço com as cubas de aço que aquecem a comida.

Claudio Bergamo, presidente da Hypermarcas, diz que ganha tempo com isso. "Para comer na rua a gente leva um tempão. Não saio do escritório antes das nove e meia da noite, e ganhamos mais agilidade ficando por aqui".

O que é tratado nas conversas informais do almoço tem, nas últimas semanas, sido um dos principais focos de ação da empresa, considerada a maior companhia de capital nacional do setor de bens de consumo do país, com produtos nas áreas de alimentos, higiene pessoal, limpeza doméstica e medicamentos. A equipe de executivos da Hypermarcas tem trabalhado na tentativa de desenhar projetos e tomar iniciativas para crescer mais rapidamente de forma orgânica.

Com R$ 5 bilhões investidos na aquisição de mais de uma centena de marcas nos últimos dois anos, a companhia se transformou na maior compradora de ativos de empresas de consumo dos últimos anos. "Aquisição é uma parte do negócio que meia dúzia de pessoas aqui dentro acompanham. Vamos muito além disso", diz Bergamo. Segundo estimativas de analistas, o faturamento da Hypermarcas neste ano pode chegar a R$ 3,8 bilhões.


P&D

Em discussão nos corredores da companhia estão alguns desses projetos em andamento. A Hypermarcas vai criar um centro de pesquisa e desenvolvimento em Alphaville, na Grande São Paulo, onde serão investidos R$ 10 milhões.

O local terá três mil metros quadrados, está em processo de reforma e acomodará uma nova equipe. A executiva Sônia Tuccori foi contratada há quatro meses para o cargo de diretora de P&D. "Vamos levar o consumidor para dentro da empresa, mostrar as marcas relançadas, fazer estudos e análises de comportamento do consumidor. Queremos desenvolver o que ainda não criamos", diz Marcio Santos, diretor executivo de operações da área de consumo da Hypermarcas.


UNIDADE FABRIL

A empresa também criará uma estrutura fabril única para a produção de medicamentos sem prescrição médica (MIP). O plano é finalizar, ao final de 2011, a maior ampliação já realizada na unidade do grupo em Anápolis (GO), que pertence à Neo Química, companhia adquirida pela Hypermarcas no ano passado.

A unidade fabril, que deve receber R$ 60 milhões do investimento, reunirá linhas de produção de todas as marcas do grupo no segmento, como Rinosoro, Benegrip e Lisador. É um negócio que rendeu à empresa R$ 600 milhões (valor líquido) dos R$ 1,4 bilhão faturados de janeiro a junho de 2010.


DISTRIBUIÇÃO

O restante do montante investido (R$ 50 milhões) está sendo aplicado na criação de um centro de distribuição de medicamentos ao lado da fábrica. O espaço será o maior centro de logística e estocagem de uma fabricante de produtos OTC na América Latina. Duas unidades da área de medicamentos da empresa, localizadas em Barueri e São Paulo, devem parar de operar - isso inclui a planta da DM Farmacêutica, comprada em 2007.


LANÇAMENTOS

Além disso, a empresa ainda se prepara para bater um recorde. Ela espera lançar e relançar cerca de 400 itens neste ano. Isso equivale a mais de um novo produto nas prateleiras ao dia. Em 2009, houve um lançamento a cada dois dias.

Nessa conta, estão mercadorias que antes não existiam, como a lâmina de barbear Monange e o desodorante Avanço Mob, que chegam às lojas nas próximas semanas. Também houve mudanças em produtos de linha, como os da Bozzano.

O grupo precisa ganhar musculatura com as marcas compradas e focar na integração. "A concorrência está feroz e há uma forte demanda por novidades entre consumidores, principalmente entre da classe D", diz o gerente de área da Planner Corretora, Ricardo Martins.


Fonte: Valor Econômico

Bristol-Myers Squibb abre caminho para aquisição da ZymoGenetics


O laboratório Bristol-Myers Squibb anunciou o fim do prazo de espera estabelecido de acordo com a lei antitruste Hart-Scott-Rodino (HSR), para a proposta de aquisição da empresa ZymoGenetics, avança a revista brasileira Valor.

A 10 de Setembro, a Bristol-Myers Squibb, através da sua subsidiária Zeus Acquisition Corporation, fez uma oferta em dinheiro para adquirir todas as acções ordinárias da ZymoGenetics ao preço de 9,75 dólares por acção.

A expiração do prazo de espera de acordo com a HSR satisfaz uma das condições da oferta, que tem prazo previsto para o dia 7 de Outubro, a não ser que seja ampliado segundo o acordo de fusão, das regras aplicáveis à negociação e da regulação imposta pela Securities and Exchange Commission (SEC).

A conclusão da oferta permanece sujeita aos termos e às condições do costume, incluindo a proposta de um número de acções igual ou superior a 48.282.19, que representam aproximadamente 56% das acções ordinárias, com base em 31 de Agosto.

Anvisa determina recolhimento do Avandia em todo país


Em reunião finalizada na terça-feira (28), a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) cancelou o registro do medicamento Avandia, fabricado pela empresa GlaxoSmithKline, que tem como princípio-ativo a substância rosiglitazona. O remédio é utilizado no tratamento contra a diabetes tipo 2.

Avandia é tirado do mercado na Europa e sofre restrição nos EUA

A decisão foi tomada após a avaliação de estudos que demostraram que os riscos da utilização do medicamento superam seus benefícios. Também foi determinado que o laboratório produtor do medicamento faça o recolhimento do produto em todo o território nacional.

Segundo nota divulgada no "Diário Oficial da União", "os medicamentos contendo rosiglitazona como princípio-ativo apresentam relação custo/benefício desfavorável em relação ao benefício, especialmente pela alta probabilidade de ocorrência de doenças isquêmicas, considerando que existem alternativas terapêuticas mais seguras para as mesmas indicações".

Entre os problemas identificados durante a avaliação do Avandia, está a alta probabilidade de ocorrência de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, derrame e outros distúrbios cardíacos associados à utilização do produto.

Os pacientes que fazem uso deste medicamento devem procurar o seu médico para realizar a mudança necessária no tratamento, de acordo com a Anvisa. O órgão informou que atualmente existem nove classes de remédios para este tipo de diabetes.

Segundo o médico Leão Zagury, diretor da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), os pacientes não serão prejudicados com a saída do Avandia do mercado. "Podemos utilizar outras no tratamento dos diabéticos. Hoje existem muitos remédios para controlar o nível de açúcar no sangue", afirmou.

Zagury disse que não vê muitos problemas no Avandia. De acordo com o especialista, o remédio da GlaxoSmithKline não está entre os mais vendidos no país para tratar a diabetes.

EUROPA E EUA

Na última quinta-feira (23), em comunicados simultâneos à imprensa, a European Medicines Agency e a FDA (agência reguladora nos EUA) anunciaram suas decisões sobre a droga. A agência europeia disse que não vai mais autorizar a venda de Avandia e que o remédio será retirado do mercado nos próximos meses.

No início do mês, a agência reguladora britânica afirmou que um painel independente de especialistas havia concluído que o Avandia aumenta os riscos de infarto e recomendou que a droga fosse retirada do mercado. A farmacêutica GlaxoSmithKline, baseada na Grã-Bretanha, é a fabricante do remédio.

A agência reguladora de remédios na Europa decidiu banir o medicamento com base em evidências de que ele aumenta riscos de infarto. Nos EUA, o medicamento ainda poderá ser receitado, mas com restrições.

A FDA anunciou que os pacientes que forem usar o remédio a partir de agora só conseguirão uma receita de Avandia se eles não conseguirem controlar os níveis de açúcar no sangue com outros remédios. Os médicos terão que registrar que seus pacientes podem receber o remédio e que estão a par dos riscos. A FDA espera que as restrições limitem significativamente o uso de Avandia.

A decisão da FDA marca a segunda vez em três anos que a agência decide manter o Avandia no mercado, apesar da pressão crescente para o banimento do remédio por parte de especialistas, políticos e até de cientistas que trabalham na própria agência.

A droga foi aprovada pela FDA em 1999 e se tornou o comprimido mais vendido contra diabetes no mundo. Mas o uso despencou desde que uma análise em 2007 ligou o remédio ao risco de infarto.

Críticos da FDA consideram a decisão sobre o Avandia um teste para as lideranças indicadas pelo presidente Obama para a agência, que prometia endurecer as regulamentações depois de uma série de problemas com a segurança de remédios no governo anterior.

"A FDA está tomando essa decisão hoje para proteger os pacientes, depois de um esforço cuidadoso para pesar benefícios e riscos", disse Margaret Hamburg, da FDA.

Em julho, um painel de 33 especialistas votou em 20 a 12 pela manutenção do Avandia no mercado americano. Dos 20 que votaram para manter o remédio, 10 disseram que ele deveria estar disponível com restrições.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/806435-anvisa-determina-recolhimento-do-avandia-em-todo-pais.shtml

Merck e governo montam PPP de R$ 1,25 bi no Brasil


Três anos após de ter uma patente quebrada no Brasil, o laboratório farmacêutico americano Merck está prestes a fazer as pazes com o governo com uma parceria de R$ 1,25 bilhão para a fabricação de um medicamento contra a Aids.

Para o Ministério da Saúde, que promoveu um seminário com empresários do setor de saúde ontem em Washington, o acordo é decisivo para reconstruir suas relações com a indústria farmacêutica americana, que pouco tem investido no Brasil. "Ajuda a quebrar o gelo", afirma um assessor do ministério.

A Merck, de outro lado, vê uma chance de alavancar suas operações num dos mercados que mais crescem no mundo. "O Brasil é prioritário para nós, junto com a China", disse ao Valor João Sanches, diretor de relações governamentais da MSD, nome das operações da Merck no Brasil.

O acordo, que depende de alguns detalhes para ser fechado, inclui transferência de tecnologia ao Brasil para a produção do medicamento Isentress, também conhecido como Raltegralvir, que integra o coquetel contra Aids distribuído pelo Ministério da Saúde.

Formalmente, está sendo fechada uma pareceria público-privada (PPP), na qual o laboratório Merck transfere conhecimento para que a Nortel, uma empresa privada, produza matéria-prima para fazer o medicamento. O laboratório Lafepe, de Pernambuco, irá se encarregar da produção final. O acordo é uma PPP porque, na ponta, o Ministério da Saúde se compromete a comprar a produção. Hoje, o Brasil importa o equivalente a US$ 40 milhões por ano do Isentress e, com o acordo, as compras anuais do governo devem chegar a R$ 250 milhões.

O acordo terá validade de cinco anos, o que faz com que os valores totais da operação cheguem a R$ 1,25 bilhão. Depois dessa data, as duas empresas brasileiras passarão a produzir de forma autônoma o medicamento, pagando royalties para a Merck até 2019, quando vence a patente.

Em 2007, o governo determinou o licenciamento compulsório do medicamento Efavirenz, também do laboratório Merck, depois que falharam as tentativas para comprá-lo com desconto. Embora o Brasil tenha observado as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), a Merck alegou à época que o licenciamento compulsório iria desestimular os investimentos no país. O governo americano incluiu o caso no relatório que entrega todos os anos ao Congresso contendo violações à propriedade intelectual.

"De fato, ficou a imagem nos Estados Unidos que a gente não respeita as patentes", afirma um assessor do ministério. Os laboratórios americanos têm investido relativamente pouco no Brasil, instalando fábricas e centros de pesquisa preferencialmente na China e Índia. Também passaram em branco, até agora, na onda de compra de laboratórios genéricos por estrangeiros.

"Esse é um episódio superado", disse Sanches, da MSD. Hoje, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reúne-se em Washington com executivos da Merck. Num outro sinal de reaproximação com os laboratórios americanos, ontem foi assinada parceria semelhante envolvendo o laboratório público Biomanguinhos e a Pfizer.

Fonte: VAlor Economico

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FDA aprova Beyaz®, novo contraceptivo da Bayer


A FDA (entidade que regula o medicamento nos EUA) aprovou o Beyaz® da Bayer, que combina o contraceptivo oral Yaz® (estrogénio e progesterona) com um suplemento de folato, avança o site FirstWord.

O medicamento foi aprovado para evitar a gravidez, bem como tratar a acne moderada em mulheres com 14 anos ou mais e os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual. O Beyaz® também foi aprovado para elevar os níveis de ácido fólico para reduzir o risco de defeitos do tubo neural em gestações que ocorrem durante ou logo após o uso do fármaco.

A FDA disse que a aprovação foi baseada num estudo randomizado que envolveu 379 mulheres saudáveis com idades entre os 18 e os 40 anis, que receberam Beyaz® ou Yaz® durante até 24 semanas. Os dados mostraram que o Beyaz® aumenta os níveis de folato nas mulheres e que estes níveis permaneceram elevados durante várias semanas após a interrupção do Beyaz®.

Fonte: RCC

Viagra® diminui efeitos tóxicos da quimioterapia


A combinação da doxorrubicina, um poderoso fármaco oncológico, com o citrato de sildenafil (comercializado como Viagra®), aumenta a eficácia do primeiro medicamento no combate contra tumores de próstata, avança a Agência Fapesp. Além disso, a combinação ainda oferece um efeito adicional mais do que benéfico: a dupla de medicamentos protege o paciente contra eventuais danos ao coração.

A conclusão é de uma investigação realizada na Virgínia Commonwealth University (VCU), nos EUA.

Quimioterapia tóxica

A doxorrubicina é usada há mais de 40 anos em quimioterapia para tratar diversos tipos de cancro. Mas, apesar da eficácia clínica da droga, o seu uso está associado a danos ao coração, que muitas vezes são manifestados mesmo anos após o fim do tratamento, apontam os autores do estudo.

Por causa disso, diversos grupos de investigação têm procurado uma solução para proteger o sistema cardiovascular contra a toxicidade associada à doxorrubicina.

Num artigo que será publicado esta semana no site e em breve na edição online da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o grupo de Rakesh Kukreja descreve o sildenafil como alternativa potencial para o problema.

Oxigénio reactivo

Os cientistas realizaram uma ampla variedade de experiências in vitro e in vivo (com ratinhos) e verificaram que a combinação das duas drogas aumentou significativamente a geração de oxigénio reactivo que dispara a apoptose (morte celular) em células de tumores de próstata. Também observaram que a mistura não atingiu células epiteliais normais e saudáveis no órgão.

"Acreditamos que o sildenafil pode ser um candidato excelente para protocolos de tratamento de cancro, com o potencial de aumentar a eficácia antitumoral ao mesmo tempo que protege o coração contra danos de curto e de longo prazo promovidos pela doxorrubicina", disse Kukreja.

Após o sucesso das experiências com animais, o grupo pretende iniciar em breve testes clínicos da combinação, para verificar a eficácia em humanos com cancro.

Fonte: RCC

Sanofi Pasteur vai adquirir VaxDesign


A Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas do grupo sanofi-aventis, anunciou esta terça-feira que assinou um acordo vinculativo para a aquisição da VaxDesign, uma empresa privada de biotecnologia dos EUA, com sede em Orlando, Flórida, que desenvolve, fabrica e comercializa modelos in vitro do sistema imunológico humano, avança a companhia, em comunicado de imprensa.

Sob os termos do acordo, a Sanofi Pasteur fará um pagamento inicial de 55 milhões de dólares após o encerramento da transacção e um adicional de 5 milhões de dólares após a realização de uma certa etapa do desenvolvimento.

Está previsto o negócio estar encerrado até ao final de 2010, sujeito a condições precedentes usuais.

Fonte: RCC

Sanofi mantém oferta por Genzyme


A sanofi-aventis não alterou a sua oferta de 69 dólares por acção pela farmacêutica Genzyme, afirmou esta segunda-feira um porta-voz da companhia francesa, recusando-se a comentar uma reportagem que afirma que a companhia poderia estar à procura de financiamento para elevar a proposta, avança a agência Reuters.

"Temos uma oferta de 69 dólares. Nenhuma outra oferta foi feita... Gostaríamos de estabelecer um diálogo", disse Jean-Marc Podvin.

O porta-voz recusou-se a comentar uma reportagem do Wall Street Journal no final da semana passada, segundo a qual a sanofi teria abordado o Citigroup e o Bank of America sobre um financiamento adicional para elevar a oferta de 18,5 mil milhões de dólares.

A sanofi informou já possuir financiamento do J.P. Morgan Chase, BNP Paribas e Société Générale.

Fonte : RCC

Nestlé vai produzir medicamentos


A Nestlé enfrentará a indústria farmacêutica mundial com seu plano de investir 500 milhões de francos suíços (US$ 510 milhões) para criar uma empresa independente de ciências da saúde voltada ao combate da obesidade e doenças crônicas.
O grupo alimentício suíço anunciou ontem a decisão e indicou Luis Cantarell, um de seus executivos mais experientes, para "desbravar um novo setor entre o alimentício e o farmacêutico", que desenvolverá produtos para combater a diabete, problemas cardíacos e o mal de Alzheimer. [Cantarell trabalha na Nestlé desde 1976 e na função de vice-presidente executivo, desde 2008, cuida da região que abrange Estados Unidos, Canadá, América Latina e Caribe. Ele acumulará os dois cargos. A nova empresa, Nestlé Health Science entra em operação em janeiro.]

A decisão é mais um reflexo da tendência verificada entre as empresas farmacêuticas e alimentícias, que convergem em direção a produtos benéficos à saúde vendidos sem receita médica e com altas margens, tanto para animais como para seres humanos.

"A combinação da economia da saúde, mudanças demográficas e avanços na ciência da saúde mostram que nossos sistemas existentes de assistência médica [...] não são sustentáveis e precisam ser remodelados", disse o presidente do conselho de administração da Nestlé, Peter Brabeck, um dos principais defensores da investida da empresa suíça em direção à nutrição voltada à saúde.

Laboratórios farmacêuticos como Pfizer, GlaxoSmithKline e Sanofi-Aventis dedicam cada vez mais atenção a produtos vendidos sem receita médica, para abrir uma alternativa ao desenvolvimento de remédios tradicicionais, de alto risco.

Recentemente, a Nestlé concluiu a venda da Alcon, sua unidade de produtos oftalmológicos, para a Novartis.

A nova divisão de ciência da saúde, a ser aberta em janeiro, incluirá a atual operação de alimentos voltados à saúde, que em 2009 teve vendas de 1,6 bilhão de francos (US$ 1,55 bilhão).

Ao criar uma subsidiária independente, a companhia pode evitar a ideia de conflito entre seus produtos principais como o chocolate e o combate à obesidade, problema que atualmente afeta um sexto da população mundial.

Alguns analistas são céticos sobre a capacidade da empresa de alimentos para entrar nessa área, levando em conta o tempo que sua arquirrival Danone, da França, precisou para ter um retorno significativo, após investimentos pesados realizados nos últimos anos.

Órgãos reguladores, como a Autoridade de Segurança Alimentar Europeia (Efsa, na sigla em inglês), começaram a impor critérios mais rigorosos para assegurar que qualquer benefício à saúde reivindicado por algum produto seja de fato garantido cientificamente.

A Nestlé sustenta que não é iniciante na área e que desenvolveu rações animais que reprimem o mal de Alzheimer em cachorros. O grupo suíço divulga que seu Pro Plan Senior "é o primeiro e único alimento para cachorros a conter o 'anti age', uma combinação nutricional que melhora a função cognitiva e a atividade mental em cachorros idosos"

Fonte : Valor Econômico

Bayer pode investir 17 bi de euros em aquisições


Colônia, Alemanha - A Bayer pode investir cerca de 17 bilhões de euros (23 bilhões de dólares) em aquisições para ampliar os negócios do grupo em saúde e sementes, afirmou o próximo presidente-executivo da companhia nesta terça-feira, poucos dias antes de assumir a direção do grupo alemão.

Acordos na escala da aquisição da rival Schering, por 17 bilhões de euros em 2006, podem ser financiados, afirmou Marijn Dekkers, que vai substituir Werner Wenning na sexta-feira.

O executivo reafirmou seu objetivo de buscar aquisições para fortalecer a divisão de saúde da Bayer bem como a área de sementes geneticamente modificadas.

Mas ele excluiu a possibilidade do grupo ingressar em novas áreas da medicina onde a maior companhia farmacêutica da Alemanha não é especialista.

"Não devemos nos posicionar de maneira muito ampla. Não precisamos ser o maior nome (...) Quando comprarmos algo, será provavelmente ligado a atividades que já desempenhamos", disse Dekkers a jornalistas.

A Bayer figurou na 12a posição entre as maiores fabricantes de medicamentos do mundo em vendas, segundo dados coletados pela empresa de pesquisa de mercado IMS Health.

Wenning definiu o foco da Bayer em pesquisa de medicamentos a quatro áreas: saúde feminina, oncologia, cardiologia e diagnóstico por imagens.

Segundo o executivo, um dos critérios para aquisições será identificar se vão ajudar a Bayer a aproveitar o crescimento dos mercados emergentes, em particular da Ásia.

"Quero aumentar consideravelmente a proporção de negócios que fazemos em mercados emergentes", disse Dekkers.

Setor: Exame

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Roche recebe aprovação da FDA para teste de carga viral de hepatite B


Fonte: Portal Fator Brasil

Teste de carga viral aperfeiçoado com sistema sensível e totalmente automatizado.

Pleasanton, Calif., - A Roche Molecular Diagnostics (SIX: RO, ROG; OTCQX: RHHBY) anuncia hoje que a U.S. Food & Drug Administration (FDA) aprovou o COBAS® AmpliPrep / COBAS® TaqMan® HBV Test v2.0 para uso nos Estados Unidos. O novo teste da Roche oferece uma solução totalmente automatizada para a detecção quantitativa do DNA do vírus de hepatite B (HBV) no plasma ou soro humano para pacientes sob terapia antiviral de HBV.

"O novo teste permite que médicos sigam as boas práticas do atendimento ao paciente com medidas de carga viral padronizadas, uma ampla gama de detecção e alta sensibilidade", diz Paul Brown, Ph.D., presidente e diretor executivo da Roche Molecular Diagnostics. "O sistema foi projetado, também, para proteger a integridade dos resultados de cada paciente, de modo que os médicos tomem decisões médicas importantes sobre o tratamento com confiança".

.[Versão completa em inglês: http://www.prnewswire.com/news-releases/roche-receives-fda-approval-for-second-generation-hepatitis-b-viral-load-test-103549689.html].PR Newswire

Remédio contra o mal de Alzheimer estará disponível gratuitamente em 2011


Fonte: Correio Braziliense



Expectativa é de que ele possa ser distribuído já em setembro, após aval da Anvisa

Os brasileiros poderão contar, a partir do ano que vem, com a distribuição gratuita do medicamento genérico Rivastigmina, para combate ao mal de Alzheimer. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil (IVB), de Niterói, e estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

O medicamento em cápsula já está em fase de testes e, até abril do ano que vem, começa a ser produzido para o Ministério da Saúde em uma parceria entre o IVB e a Laborvida, empresa que venceu a licitação pública. A gerente de Desenvolvimento de Produção de Medicamentos do IVB, Tereza Lowen, informou ontem que o medicamento na forma de solução oral terá um lote- piloto em outubro deste ano.

Mas somente após os testes de equivalência farmacêutica estará apto para se credenciar ao registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Lowen acredita que a produção da solução oral do Rivastigmina chegará ao mercado no segundo semestre de 2011. A Rivastigmina reduz o ritmo de evolução da doença. "Faz com que a evolução fique mais lenta e melhora a parte cerebral. AJuda o desempenho do idoso nas questões de memória, de locomoção", disse Lowen.

O IVB será o único laboratório oficial a produzir esse medicamento para o governo federal. Atualmente, o Ministério da Saúde compra o remédio de uma empresa privada. Com a produção pelo IVB, haverá economia para o ministério.

A perspectiva de acesso mais barato à medicação é positiva para os doentes, avaliou Tereza Lowen. Um frasco de 120ml do remédio custa hoje, nas farmácias e drogarias, mais de R$ 400 e contém poucas doses. Para o ministério, o frasco da solução oral sai por R$ 202,39. O preço do medicamento em caixas com 28 cápsulas varia, para o governo, de R$ 2,58 por cápsula de 1,5 miligrama até R$ 3,40 por cápsula de 6 miligramas. Segundo a especialista do IVB, são necessárias, em média, 2 doses diárias por paciente. "Normalmente, você começa o tratamento com uma dose baixa de 1,5 miligrama e vai aumentando gradativamente até chegar a 6 miligramas".

O que é

O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa, ainda sem cura, que age de maneira silenciosa. Caracteriza-se pela perturbação de várias funções cognitivas (relacionadas ao cérebro), entre as quais memória, atenção, aprendizado, orientação e linguagem. Os sintomas, em geral, são acompanhados por deterioração da parte emocional, da motivação e do comportamento social.

Brasil é ágil em marcas, mas lento em patentes


Fonte: DCI – SP



Está mais rápido registrar uma marca no Brasil. O período para concluir o processo, que levava cerca de seis anos, atualmente caiu para dois, afirma o advogado Paulo Roberto Toledo, presidente da Toledo Corrêa Marcas e Patentes, escritório especializado no assunto e um dos pioneiros no segmento na região de Campinas (SP). Segundo ele, o Brasil ocupa papel de destaque mundial neste assunto, pois está entre os cinco países do mundo que mais registram marcas. É o que destaca o especialista, que cita avanços feitos no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) nos últimos anos, como, por exemplo, a realização de concursos para ampliar o seu quadro de funcionários.

Em relação ao registro de patentes no mercado interno, no entanto, o País ainda patina, segundo o advogado. A conclusão do processo pode levar até oito anos, informa o advogado, que aponta o baixo investimento em educação e a ausência de mecanismos de financiamento a inventores independentes como fatores inibidores do desenvolvimento de novas patentes.

Paulo Roberto Toledo ressalta ainda que a expansão da economia mundial e o aumento da procura por registro de patente em regiões emergentes, como o Sudeste Asiático, também contribui para que os atrasos ocorram em escala mundial, havendo processos que levam até sete anos para a conclusão do registro de patentes em regiões como Estados Unidos e Europa.

Formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), ele é membro do comitê da Câmara Americana de Comércio de Campinas (Amcham) que cuida deste tema. O advogado também destaca a tradição do Brasil em propriedade intelectual e cita fatos históricos relacionados ao assunto, e personalidades e suas respectivas invenções, geralmente ligadas à Igreja Católica. Ele deu a entrevista que se segue ao programa "Panorama do Brasil", realizada pelo jornalista Roberto Müller, Theo Carnier, editor-chefe do DCI, e Milton Paes, da rádio Nova Brasil FM.

Roberto Müller: Como o Brasil está lidando com o tema marcas e patentes, e como vai o Instituto Nacional da Propriedade Industrial, que trata do assunto?

Paulo Roberto Toledo: Temos observado o tempo todo que é crescente o número de matérias que versam sobre propriedade intelectual, seja em relação à nova lei dos direitos autorais, seja o contencioso Brasil e Estados Unidos nas retaliações cruzadas, a questão dos medicamentos genéricos. Há uma crescente importância e, ao mesmo tempo, os institutos de pesquisa, as entidades e as empresas estão se preparando cada vez mais, depositando um número crescente de patentes, buscando proteção à propriedade intelectual. Em relação ao Inpi, nós tivemos um período muito difícil de 1999 até quatro anos atrás. O atual presidente do Inpi vem fazendo um trabalho muito bom, ele conseguiu que houvesse concursos para contratação de novos engenheiros de análise de patentes, examinadores de marcas e, com isso, reduziu o atraso. Havia marcas que levavam cerca de seis anos, atraso que vem diminuindo. Se a marca não tiver nenhum problema, não sofrer oposição de um concorrente, ela leva dois anos para ser concedida. A patente leva de cinco a oito anos, o que ainda é muito. Mas na Europa e nos Estados Unidos há um atraso crescente também. A importância da propriedade intelectual vem fazendo com que países, empresas, pesquisadores e universidades busquem essa proteção, o que gera um acúmulo de serviço. Antigamente, uma patente nos Estados Unidos era uma concessão relativamente rápida, de no máximo dois anos, em um sistema diferente do brasileiro. Hoje estão demorando bem mais, e as europeias, exceto quando elas vão com um exame preliminar muito bem feito aqui do Brasil, demoram até sete anos. É um problema mundial: Índia, China, Malásia, Cingapura, China Nacionalista, Taiwan, muitos países do sudeste da Ásia estão cada vez mais depositando patentes. Recebemos em nosso escritório algumas patentes do Ministério de Ciência e Tecnologia da Índia e ficamos surpresos com o número de patentes que eles tinham: quase 3 mil depositadas mundialmente, através da Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Temos de buscar disseminar o conhecimento e as formas de proteção à propriedade intelectual para que não sejamos apenas exportadores de commodities, para que passemos a exportar tecnologia com maior valor agregado e possamos evoluir em nosso desenvolvimento.


Theo Carnier: Na prática, como é que se pode dar esse salto? Porque o Brasil ainda está muito em baixo, no ranking.

Paulo Roberto Toledo: De duas formas. Primeiro, desmistificar a questão da propriedade intelectual. Cuba protege a sua propriedade intelectual. Eu tenho certeza de que o charuto Cohiba está protegido, de que as técnicas, os medicamentos, os aparelhos cirúrgicos, quando são novidade em termos mundiais, eu tenho certeza que Cuba protege. Temos de tirar a ideologia da proteção da propriedade intelectual e passar a mapear e proteger a tecnologia nas indústrias e nas empresas. Temos de estimular muito o inventor independente, que não tem nenhum tipo de entidade que o apoie. Se houvesse apoio do Sebrae, ensinando o start-up de pequenos negócios, assim como aquele indiano que criou o Banco do Povo, que estimula pequenos negócios através de empréstimos, eu acredito que a propriedade intelectual se torna uma fonte de riqueza. Mas para isso tem de haver estímulo à proteção, disseminando e facilitando o acesso. Para cientistas e universidades, nós já temos sistemas, como Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que são as áreas governamentais que geram esse tipo de apoio, mas é muito restrito. A indústria também precisa ter o cientista internalizado, a universidade, tê-lo fazendo a aplicação da pesquisa. E o ponto-chave é educação: temos de fazer com que o País realmente invista em colégios técnicos, novas universidades, para que os jovens, quando cheguem aos 15, 17 anos, não tenham como opção ser apenas garçom ou ajudante de pedreiro, para que eles tenham condição de ir a uma universidade ou curso técnico e tenham condições de serem aproveitados. Porque tradição nós temos na questão da propriedade. Se olharmos a nossa história, o padre Bartholomeu de Gusmão foi um inventor famoso, do fim do século XVIII. Temos o padre Roberto Landell de Moura, que foi pioneiro da comunicação sem fio, com patentes concedidas pelos Estados Unidos há mais de um século; o padre Francisco Azevedo, que fez uma máquina de escrever que parecia um piano e que deixou de ir a uma exposição em Londres porque não tinha um apoio. Na época de Dom Pedro, o Brasil foi pioneiro nos tratados internacionais de propriedade intelectual. Dom João VI , quando a Corte Portuguesa fugiu para o Brasil, na abertura aos portos inicia-se uma lei de proteção à propriedade intelectual. Temos tradição, o Brasil é um dos fundadores.

Roberto Müller: Por que essa concentração de padres?
Paulo Roberto Toledo: É uma coisa curiosa, mas eu acredito que tenha a ver com o conhecimento. Existe uma frase de um filósofo famoso que diz: "Conhecimento é poder". E os padres sempre foram educadores, temos essa tradição. Eles criaram as primeiras universidades, as primeiras fundações, os jesuítas eram grandes comerciantes, fizeram a grande primeira empresa globalizada. Quando fui ao México, no primeiro seminário que houve nas Américas, você vê os ladrilhos das Filipinas: a prata saía daqui e ia para a Espanha, os ladrilhos vinham das Filipinas para o México. Eu tinha um professor de Direito Internacional, Guido Soares, que dizia que a Igreja havia sido a primeira grande multinacional, a primeira globalizadora. Tem a ver com isso. Mas se analisarmos a nossa tradição olhando para o padre Bartholomeu de Gusmão, nós vamos ver Santos Dumont. Temos uma tradição de tecnologia nessa área, e tivemos muitos outros inventores na área de aviação; tem muitos outros nomes do início da aviação.


Roberto Müller: Santos Dumont não ficou com a patente nem com a marca.

Paulo Roberto Toledo: Porque ele não partiu para proteção nesse sentido. Mas foi reconhecido mundialmente como um dos pioneiros e um dos grandes inventores na área de aviação. O que nós vemos hoje, em consequência disso, em São José dos Campos, é a vinda do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e a criação de um polo de excelência na área de aeronáutica. Quando nós vemos a Embraer e o espaço que ela ocupa, vemos a propriedade intelectual na mais plena acepção: um segredo intelectual sendo protegido, uma marca forte e um produto com muita tecnologia embarcada, que é um avião. Muitos países desenvolvidos, como o Japão, não têm o nível de fabricação de aviões que nós temos.


Roberto Müller: O que é marca, patente e direito autoral? Como se separa uma coisa da outra, e por que o Brasil leva uma surra internacional nessa área?

Paulo Roberto Toledo: Sendo bem didático, propriedade intelectual é como uma árvore. Essa árvore tem os ramos: um é o dos direitos autorais, e o outro é o da propriedade industrial. No ramo dos direitos autorais, temos as obras artísticas, livros, música, o cinema e obras científicas protegidas; do lado da propriedade industrial, temos as marcas, as patentes, o software -que é uma proteção híbrida entre patentes e direitos autorais, mas no Brasil é protegido pelos direitos autorais-, temos a proteção aos cultivares, que se refere à biotecnologia, que tem uma lei própria e a proteção se dá pela Embrapa, um centro de excelência mundial. Na questão das patentes, temos a marca, que vem de séculos com os comerciantes, que identificavam seus produtos para indicar procedência, qualidade e conferir valor aos produtos. Por que você prefere comprar determinada marca de perfume, alimento, biscoito, refrigerante, em relação a outros? A lei define três tipos: nominativas, que são os nomes em si; figurativas, que são as imagens, sem nenhum nome; as mistas, que são compostas de logotipos com nome; coletivas, como a Unimed, por exemplo. Temos as indicações geográficas de procedência, como Champagne, na França. Temos as marcas tridimensionais, como o frasco do perfume Chanel, que é um caso clássico famosíssimo. Há vários tipos de marcas e elas podem ser registradas perenemente, eternamente. A Granado, por exemplo, que é uma marca brasileira antiquíssima de antisséptico. Assim como a Coca-Cola, que traz várias proteções à propriedade intelectual interessantes. Não fosse o Pemberton, a pessoa que dinamizou a Coca-Cola, não teríamos o engarrafamento de várias bebidas hoje em dia na forma como o conhecemos. Para enviar a Coca-Cola de Atlanta a Chicago, eles foram desenvolvendo a embalagem de forma a que não explodisse. Isso é um invento; depois, tem o nome Coca-Cola. A fórmula é uma outra forma de proteção de propriedade intelectual, que é o segredo industrial, que não é patenteado: o fabricante guarda o segredo. O da Coca-Cola é o famoso xarope. Na questão das patentes, você protege uma marca fazendo uma busca, para saber se ela já existe. Se não existir, efetua o depósito. Se a empresa é fabricante de roupas, ela não pode pedir para efetuar uma marca para biscoito ou para pão: tem de ter nos objetivos da empresa a fabricação daquilo que se quer proteger. Uma marca demora em torno de dois anos a ser registrada. O Brasil, ao contrário das patentes, é um dos maiores depositantes industriais de marca. Já fomos o terceiro e ficamos entre o primeiro e o quinto lugar em depósitos mundiais de marcas.


Theo Carnier: Por que estamos tão à frente em marcas e tão atrás em patentes?

Paulo Roberto Toledo: Porque em marcas o processo é mais simples, mais rápido e não há necessidade de tanto conhecimento técnico. Para proteger, depositar uma patente, há necessidade de ter um engenheiro, ou um químico, um físico ou um técnico, junto com o advogado -ou sozinho- para que seja feita corretamente a descrição do objeto de uma patente.


Milton Paes: É por isso que fica mais fácil para as universidades esse processo, já que quando eles desenvolvem algum estudo, o registro de patente envolve todo esse corpo técnico.

Paulo Roberto Toledo: Sim, as universidades também têm na área de pesquisa. À medida que as universidades vão buscando aplicação técnica das pesquisas, são geradas as patentes. O que não pode acontecer é que as universidades substituam o papel da iniciativa privada, o papel das empresas, sejam estatais ou não, para a aplicação da patente. Porque a função da universidade é educar, não gerar riqueza; no sentido de produção, industrialização, cabe às indústrias. Se analizarmos um país que tem uma similaridade com o Brasil na questão de riqueza, que é a Coreia, ela deu um passo gigantesco na área da educação nos últimos 20, 30 anos e, em consequência disso, um grande passo na geração de tecnologia e grandes empresas coreanas que geram tecnologia. Hoje nós todos conhecemos carros coreanos, equipamentos, televisores coreanos de luxo, e empresas coreanas que atuam em todas as áreas da tecnologia.

Milton Paes: Como funciona esse processo? Quando ele é feito no Brasil, vale para o mundo inteiro?

Paulo Roberto Toledo: Sim. Para você proteger uma patente mundialmente, há prazos legais. A legislação de patentes é muito similar em todo o mundo. Quando você deposita uma marca, você faz a busca, a marca é publicada; se sofrer oposição, vai para julgamento, em que será indeferida ou deferida; se for deferida, paga-se o decênio e sai a concessão da marca. Isso leva quase dois anos. Para a proteção da patente, faz-se uma busca naquele campo tecnológico para saber se ele existe ou não, se existe similaridade com outros objetos ou processos, e, a partir disso, a patente é depositada. Ela fica em sigilo durante dezoito meses, período durante o qual ela não é publicada. Passado esse período, ela é publicada e o inventor tem o prazo da data de depósito para requerer o exame técnico da patente, que é a confrontação de documentos de patente existente -no banco de dados do Inpi ou nos bancos de dados mundiais- com a tecnologia que está sendo reivindicada. Se este relatório estiver corretamente descrito, se a patente estiver corretamente descrita e se não for encontrada nenhuma patente ou objeto similar àquele que foi reivindicado, ela vai para deferimento e concessão. O cerne, o coração da patente, são as reivindicações. O que se está protegendo? Por exemplo, um carro movido a água. O carro já existe, o que não existe é o motor a água. Essa reivindicação no relatório, que é o coração da patente, é que tem de ser muito bem feita, por isso a importância de engenheiros, físicos, biólogos, para escrever corretamente a patente.

Farmacêuticas lideram queda de bolsas europeias

LONDRES (Reuters) - O principal índice de ações europeias fechou em queda nesta segunda-feira, afetado pelo revés das farmacêuticas Actelion e AstraZeneca em testes de medicamentos.

O pregão teve volume reduzido, com o mercado à espera de indicadores macroeconômicos no restante da semana.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,4 por cento, para 1.073 pontos.

"Nós tivemos uma pausa para respirar hoje. Parece que acabou um pouco do gás do mercado", disse Joshua Raymond, estrategista de mercados do City Index.

A maior empresa de biotecnologia da Europa, a Actelion, caiu 8 por cento após o medicamento clazosentan ser reprovado no estágio final de estudos, diminuindo as chances de que chegue ao mercado. A AstraZeneca recuou 1,5 por cento depois de também fracassar em testes com a pílula zibotentan.

Em LONDRES, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,45 por cento, a 5.573 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,31 por cento, para 6.278 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 recuou 0,43 por cento, para 3.766 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib encerrou com variação negativa de 0,07 por cento, a 20.593 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou perda de 1,07 por cento, para 10.613 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 teve alta de 0,38 por cento, a 7.472 pontos.

(Reportagem de Simon Jessop e Harpreet Bhal)

Laboratório Eurofarma lança genérico do analgésico Tylex


A Eurofarma, indústria farmacêutica brasileira, acaba de lançar o genérico de um dos mais avançados tratamentos para dores moderadas a intensas: o Tylex, comercializado pela Janssen-Cilag. Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), 1/3 da população mundial sofre de dores crônicas ou intensas.

O Tylex possui duas apresentações: caixa com 12 comprimidos/7,5 mg e caixa com 12 comprimidos/30 mg. A Eurofarma disponibilizará a versão genérica da apresentação de 500mg + 30mg com 12 comprimidos, que chegará às farmácias com valor 35% menor, comparado ao medicamento de referência.

A farmacêutica nacional informa que o medicamento está disponível em todo o país e já prevê números de participação de mercado. “Nossa expectativa é que o medicamento detenha 15% do mercado, logo no primeiro ano”, afirma Carolina Reginato. “Além disso, estamos oferecendo um tratamento de qualidade, com menor custo para o consumidor”, lembra Tatiana Saldanha, gerente do produto.


Fonte: Portal Snif

Anvisa faz acordo com FDA para agilizar o registro de medicamentos


A Anvisa e a agência americana FDA (Food and Drug Administration) firmaram, na última quarta-feira (24), em Washington, um acordo para agilizar o registro de medicamentos e acelerar a avaliação sobre a retirada de produtos do mercado.

O acordo é a primeira etapa para o reconhecimento mútuo entre as duas agências e envolve três áreas distintas: registro de medicamentos, equipamentos e produtos médicos, inspeções e vigilância pós-mercado.

A medida vai permitir a troca de todas as informações sobre registro de medicamentos entre as duas agências, o que facilitará a liberação de venda do produto e evitará que a análise da documentação das empresas seja feita duas vezes.

Outra novidade é que Anvisa e FDA passam a reconhecer as inspeções realizadas pela sua correspondente no país estrangeiro.

Segundo o ministro da Saúde José Gomes Temporão, o acordo é um reconhecimento do trabalho que é desenvolvido pela Anvisa e terá um impacto brutal na agilidade e segurança dos processos.

Fonte: Folha on line

Conselho da Drogasil aprova venda de ações em tesouraria


A Drogasil informou hoje (27/9) que foi aprovada a alienação de até 3.106.102 de ações ordinárias de emissão da companhia mantidas em tesouraria, cabendo à diretoria definir a oportunidade e a quantidade de ações a serem efetivamente alienadas.

De acordo com a empresa, a operação autorizada deverá ser efetivada no prazo de até 365 dias, a contar da presente data, a preços de mercado, com a intermediação da BTG Pactual Corretora de Títulos e Valores Mobiliários.