sexta-feira, 27 de maio de 2011
Libbs Farmacêutica patrocina Corpore
Corrida Viva a Vida LIBBS-CORPORE acontece no próximo domingo[29 de maio].
A Libbs Farmacêutica, um dos maiores laboratórios farmacêuticos de capital nacional, patrocina a corrida Corpore do próximo domingo, 29 de maio. A corrida Viva a Vida LIBBS-CORPORE terá a largada na Ponte Estaiada, em um percurso essencialmente plano. Os corredores poderão optar por 4km ou 15km, sendo que, para cada distância, haverá um ponto de largada distinto. Ambas as provas acumularão pontos para o Ranking Corpore de Atletas e de Equipes.
A Libbs atua em especialidades como cardiovascular, sistema nervoso central, dermatologia, oncologia, respiratória e gastroenterologia, e também possui grande representatividade na área de ginecologia. A corrida Viva a Vida LIBBS-CORPORE apoia a saúde e o bem-estar feminino. Por isso, a exemplo das outras edições da Corpore, a Libbs trará o Espaço Mulher, que oferece massagens, brindes e informações a respeito da saúde feminina para suas visitantes.
Corrida Viva a Vida LIBBS-CORPORE, dia 29 de maio, com largadas às 7 horas, Largada e chegada na Ponte Estaiada - Marginal do Rio Pinheiros.
Horário de Funcionamento do “Espaço Mulher” : 6h às 12h|Inscrições: no site da Corpore: http://www.corpore.org.br, ou na sua sede, localizada na Rua Bento de Andrade, 444 – Jardim Paulista|Associados Corpore: R$ 55,00|Não associados: R$ 70,00
Libbs Farmacêutica- Presente no mercado de medicamentos éticos desde 1958, a empresa tem 1.356 funcionários e opera uma moderna fábrica e a unidade de química fina em Embu (SP). Distribuindo medicamentos em todo o País, é um dos poucos laboratórios farmacêuticos no Brasil que mantêm uma unidade industrial de química fina para produção de insumos para a indústria farmacêutica. Um dos maiores laboratórios farmacêuticos de capital nacional, a Libbs tem forte atuação também nas áreas cardiovascular, ginecológica, neuropsiquiátrica, gastroenterológica, respiratória, dermatológica e oncológica.
EUA: Aprovado novo medicamento para a Hepatite C
Um novo fármaco para o tratamento da hepatite C foi aprovado segunda feira pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA). O medicamento vai aumentar a possibilidade de cura da doença.
Segundo avançou a FDA em comunicado "a resposta viral sustentada em doentes tratados com Incivek® (o novo fármaco), em todos os estudos e em todos os grupos de doentes, foi de 20% a 45% maior do que o padrão atual".
Este comprimido deve ser ingerido três vezes ao dia, acompanhando as refeições, e é um complemento à terapia atual – composta por dois medicamentos, um de peginterferon alfa e ribarivina – aprovada pela agência reguladora norte-americana em 1998.
Esta é a segunda aprovação de fármacos deste tipo este mês já que em meados de maio a agência reguladora norte-americana aprovou o Victrelis®. Estas duas drogas, aliadas ao regime de tratamento atual, vêm aumentar as taxas de cura da Hepatite C.
"Com a aprovação do Incivek®, agora há duas novas importantes opções para o tratamento da hepatite C, que dão maior possibilidade de cura para alguns doentes com esta grave doença", afirma Edward Cox, diretor do departamento de produtos antimicrobianos do Centro para Avaliação de Drogas e Pesquisas da FDA, no comunicado.
Anvisa aprova novas regras para bancos de embriões
A Diretoria Colegiada aprovou, na reunião pública desta quinta-feira (26/5), o texto da resolução que atualiza a norma para os bancos de células e de tecidos germinativos, a RDC 33/2006. Publicada em fevereiro de 2006, a RDC 33 previa que a regulamentação deveria ser atualizada a cada dois anos, de forma a contemplar a evolução do conhecimento técnico e científico.
A proposta para reformular alguns pontos da RDC 33/2006 entrou em Consulta Pública em novembro de 2010 (CP88/2010). O texto apresentado para votação à Diretoria Colegiada da Anvisa é o resultado da compilação das sugestões recebidas pela Agência durante os 30 dias em que a consulta esteve aberta para envio de contribuições.
Os Bancos de Células e Tecidos Germinativos, conhecidos pela sigla BCTG, armazenam óvulos e espermatozóides, que são as células, e os tecidos germinativos ovarianos e testiculares, além dos embriões.
As mudanças envolvem a exigência de informações mais detalhadas para a criação de indicadores sobre os processos desenvolvidos nos Bancos, o termo de consentimento assinado pelos pais, a segurança na coleta de óvulos e a validação dos procedimentos que exigem tecnologias mais avançadas.
Os dados de produção dos BCTGs passarão a ser mais detalhados no momento em que os bancos enviarem seus relatórios para o sistema SisEmbrio, desenvolvido e gerenciado pela Anvisa.
Além das informações sobre o número de embriões armazenados, o futuro regulamento da Anvisa prevê que as clínicas informem ao SisEmbrio mais detalhes, tais como o número de óvulos captados e o total de embriões transferidos para as pacientes.
O Termo de Consentimento assinado pelos pais também passará a conter mais itens. Um deles determina a autorização da paciente receptora, no caso de recebimento de óvulos doados a fresco, contendo as informações sobre a possibilidade de contrair doenças infecciosas.
Os procedimentos chamados de críticos na Reprodução Assistida – a coleta de óvulos, a fertilização in vitro e o congelamento de células e tecidos -, por se ampararem em tecnologia de ponta, terão que ser validados segundo padrões técnico-científicos reconhecidos.
Para a sala de coleta de óvulos, o texto apresentado pela área técnica da Anvisa propõe maior segurança sanitária do ambiente e dos processos, para garantir a proteção à saúde da paciente submetida ao procedimento.
A nova resolução da Anvisa aborda os aspectos laboratoriais aplicados à reprodução assistida. A conduta ética dos profissionais de Saúde que atuam nestes ambientes é regulamentada e fiscalizada pelos seus respectivos conselhos de classe.
Ana Júlia Pinheiro - Imprensa/Anvisa
Medicamentos para o SUS terão setor exclusivo na Anvisa
Os medicamentos estratégicos para o SUS terão uma área exclusiva na Anvisa para garantir que o seu registro seja feito de forma mais ágil. Foi publicado nesta quinta-feira (26/5) a Portaria 706 da Anvisa que cria a Coordenação de Registros e Pós Registro de Medicamentos de Interesse Estratégico do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com o Diretor Presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, com a nova estrutura o acesso aos medicamentos pelo SUS será reforçado. “Essa medida vai permitir mais acesso da população aos medicamentos e mais economia do governo na compra destes produtos. É uma garantia de que aquele medicamento mais importante para a saúde pública vai ter o seu processo de aprovação de forma mais rápida e com todas as garantia de qualidade.”
A Anvisa tem adotado uma série de ações para garantir a chegada de novas opções de medicamentos ao mercado. Entre essas medidas está a priorização de genéricos que não têm concorrência no mercado e a instituição de comitês específicos para agilizar o registro de medicamentos desenvolvidos por meio de Parcerias Público Privadas. Para Dirceu Barbano são medidas que melhoram a capacidade do SUS de entregar ao cidadão os medicamentos que ele necessita.
“A Anvisa tem voltado todos os seus esforços para facilitar a chegada de novos medicamentos ao mercado, especialmente aqueles que têm maior importância nas políticas públicas de saúde. A criação de uma área na Anvisa para analisar com exclusividade os medicamentos de interesse estratégico para o SUS é uma sinalização muito clara de que os medicamentos que têm mais importância para a população serão priorizados.”
Novo Nordisk traz o Victoza e prevê elevar venda no país
Chega ao Brasil a nova grande aposta da farmacêutica multinacional Novo Nordisk. O medicamento para controle do diabetes do tipo 2 Victoza é considerado pela empresa seu novo 'blockbuster': até o fim do ano, as projeções da dinamarquesa apontam vendas de US$ 1 bilhão no mundo. E a companhia conta com seus negócios no Brasil, um dos mercados emergentes com a economia em alta, para esse impulso.
"Nossas expectativas são muito promissoras com esse produto", afirmou ao Valor o gerente-geral da Novo Nordisk no Brasil, Gustavo Mizraje. Argentino, de 43 anos, o executivo ocupa o mais alto cargo da subsidiária no país. Ele estima que, impulsionados pelo Victoza, os resultados brasileiros deverão crescer 30% neste ano.
Parte dessas projeções otimistas já foram confirmadas. Depois de mais de dez anos de desenvolvimento, no segundo semestre de 2009 o medicamento foi lançado na Europa e, a partir de então, os lançamentos passaram para os EUA, Argentina e México. Hoje, já é comercializado em 35 países. No ano passado, as vendas do Victoza somaram US$ 400 milhões.
O potencial do mercado para produtos contra o diabetes é grande, informa a empresa, que chegou no Brasil em 1990 e em 2002 comprou a Biobrás, até então único produtor nacional de insulina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes que, em 2000, somava 150 milhões, chegou a 285 milhões em 2010 e deve avançar para 435 milhões em 2030. No Brasil, hoje há 7,6 milhões de pessoas com diabetes. Do total de diabéticos, 90% são do tipo 2.
Produzido na Dinamarca, o novo medicamento começou a ser comercializado neste mês no Brasil. Segundo Mizraje, não há, por enquanto, a intenção de fabricá-lo no país, que abriga em Montes Claros (MG) o segundo maior parque industrial da multinacional, depois da matriz. A produção na unidade dinamarquesa seria suficiente para atender a demanda projetada pelo produto globalmente.
Além do setor privado, a empresa quer também atingir o governo brasileiro, que distribui medicamentos contra o diabetes gratuitamente à população. A Novo Nordisk é o único fornecedor de insulina humana para o Ministério da Saúde após ganhar licitações em 2009 e 2010. As vendas ao governo respondem por 80% da sua receita no país. A empresa não informa o valor, mas hoje o mercado brasileiro representa para a multinacional 32% das vendas na América Latina. Enquanto a região cresceu 28% em 2010, a subsidiária no país cresceu 55%.
No mercado privado, medido pela IMS Health, a empresa informa que tem 45,8% de participação das vendas em insulinas modernas, que é seu segmento de ponta.
Do faturamento global - que somou US$ 11,5 bilhões no ano passado -, as vendas de produtos para tratamentos do diabetes representaram mais de 70%. "Mas essa proporção deve aumentar com a entrada do Victoza", informou Mizraje. Além desses produtos, a companhia tem tratamentos para hemofilia e hormônios do crescimento. No entanto, a grande parte dos investimentos são direcionados para a produção de insulinas.
As principais concorrentes no mercado de diabetes, a Eli Lilly e a Sanofi-Aventis, atuação com material importado e também estão se voltando para novas aplicações e formatos de tratamento. A grande expectativa é o desenvolvimento da insulina na forma de comprimido. "Já temos um projeto para isso, que está na fase I de desenvolvimento ", informou.
"Nossas expectativas são muito promissoras com esse produto", afirmou ao Valor o gerente-geral da Novo Nordisk no Brasil, Gustavo Mizraje. Argentino, de 43 anos, o executivo ocupa o mais alto cargo da subsidiária no país. Ele estima que, impulsionados pelo Victoza, os resultados brasileiros deverão crescer 30% neste ano.
Parte dessas projeções otimistas já foram confirmadas. Depois de mais de dez anos de desenvolvimento, no segundo semestre de 2009 o medicamento foi lançado na Europa e, a partir de então, os lançamentos passaram para os EUA, Argentina e México. Hoje, já é comercializado em 35 países. No ano passado, as vendas do Victoza somaram US$ 400 milhões.
O potencial do mercado para produtos contra o diabetes é grande, informa a empresa, que chegou no Brasil em 1990 e em 2002 comprou a Biobrás, até então único produtor nacional de insulina. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com diabetes que, em 2000, somava 150 milhões, chegou a 285 milhões em 2010 e deve avançar para 435 milhões em 2030. No Brasil, hoje há 7,6 milhões de pessoas com diabetes. Do total de diabéticos, 90% são do tipo 2.
Produzido na Dinamarca, o novo medicamento começou a ser comercializado neste mês no Brasil. Segundo Mizraje, não há, por enquanto, a intenção de fabricá-lo no país, que abriga em Montes Claros (MG) o segundo maior parque industrial da multinacional, depois da matriz. A produção na unidade dinamarquesa seria suficiente para atender a demanda projetada pelo produto globalmente.
Além do setor privado, a empresa quer também atingir o governo brasileiro, que distribui medicamentos contra o diabetes gratuitamente à população. A Novo Nordisk é o único fornecedor de insulina humana para o Ministério da Saúde após ganhar licitações em 2009 e 2010. As vendas ao governo respondem por 80% da sua receita no país. A empresa não informa o valor, mas hoje o mercado brasileiro representa para a multinacional 32% das vendas na América Latina. Enquanto a região cresceu 28% em 2010, a subsidiária no país cresceu 55%.
No mercado privado, medido pela IMS Health, a empresa informa que tem 45,8% de participação das vendas em insulinas modernas, que é seu segmento de ponta.
Do faturamento global - que somou US$ 11,5 bilhões no ano passado -, as vendas de produtos para tratamentos do diabetes representaram mais de 70%. "Mas essa proporção deve aumentar com a entrada do Victoza", informou Mizraje. Além desses produtos, a companhia tem tratamentos para hemofilia e hormônios do crescimento. No entanto, a grande parte dos investimentos são direcionados para a produção de insulinas.
As principais concorrentes no mercado de diabetes, a Eli Lilly e a Sanofi-Aventis, atuação com material importado e também estão se voltando para novas aplicações e formatos de tratamento. A grande expectativa é o desenvolvimento da insulina na forma de comprimido. "Já temos um projeto para isso, que está na fase I de desenvolvimento ", informou.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Bial vai comercializar Vytorin® da MSD
A Bial entrou num acordo de licenciamento com a MSD para comercializar o Vytorin®, uma associação de dois fármacos hipolipemiantes orais, ezetimiba e sinvastatina, com mecanismos de acção complementares, avança a companhia, em comunicado, citado pela Netfarma.
O Vytorin® torna-se, desta forma, no mais recente medicamento licenciado ao grupo Bial para o tratamento da hipercolesterolémia.
O Vytorin® (ezetimiba/sinvastatina) é um produto hipolipemiante que inibe de modo selectivo a absorção intestinal de colesterol e esteróis vegetais relacionados e que inibe a síntese endógena de colesterol. O produto reduz o colesterol total elevado (C-total), o C-LDL, a apolipoproteína B (Apo B), os triglicéridos (TG) e o colesterol das lipoproteínas de densidade não elevada (C-não-HDL), e aumenta o colesterol das lipoproteínas de alta densidade (C-HDL) através da dupla inibição da absorção e síntese do colesterol.
O medicamento está indicado como terapêutica adjuvante da dieta em doentes com hipercolesterolémia primária (familiar heterozigótica e não familiar) ou hiperlipidemia mista, quando for adequada a utilização de uma associação medicamentosa em doentes não controlados de forma apropriada com uma estatina em monoterapia, e ainda em doentes já em tratamento com uma estatina e ezetimiba.
O Vytorin® contém ezetimiba e sinvastatina. A sinvastatina (20-40 mg) revelou ser capaz de reduzir a frequência de eventos cardiovasculares. O efeito benéfico do Vytorin® ou da ezetimiba na morbilidade e mortalidade cardiovascular não foi ainda demonstrado.
Dois ensaios clínicos evidenciaram que o Vytorin® 10/20 mg proporcionou, em doentes em monoterapia com uma dose estável de estatina, uma redução superior dos níveis de c-LDL e um alcance superior dos valores-alvo de c-LDL, em comparação com a mudança para rosuvastatina 10 mg num estudo ou em comparação com a duplicação da dose com atorvastatina para 20 mg ou sinvastatina para 40 mg dia no outro estudo.
Num outro estudo realizado em doentes que tiveram alta hospitalar após um evento coronário, ficou evidenciado que a mudança para Vytorin® 10/40 mg proporcionou uma eficácia superior na redução do c-LDL em comparação com a duplicação da dose da estatina.
O Vytorin® torna-se, desta forma, no mais recente medicamento licenciado ao grupo Bial para o tratamento da hipercolesterolémia.
O Vytorin® (ezetimiba/sinvastatina) é um produto hipolipemiante que inibe de modo selectivo a absorção intestinal de colesterol e esteróis vegetais relacionados e que inibe a síntese endógena de colesterol. O produto reduz o colesterol total elevado (C-total), o C-LDL, a apolipoproteína B (Apo B), os triglicéridos (TG) e o colesterol das lipoproteínas de densidade não elevada (C-não-HDL), e aumenta o colesterol das lipoproteínas de alta densidade (C-HDL) através da dupla inibição da absorção e síntese do colesterol.
O medicamento está indicado como terapêutica adjuvante da dieta em doentes com hipercolesterolémia primária (familiar heterozigótica e não familiar) ou hiperlipidemia mista, quando for adequada a utilização de uma associação medicamentosa em doentes não controlados de forma apropriada com uma estatina em monoterapia, e ainda em doentes já em tratamento com uma estatina e ezetimiba.
O Vytorin® contém ezetimiba e sinvastatina. A sinvastatina (20-40 mg) revelou ser capaz de reduzir a frequência de eventos cardiovasculares. O efeito benéfico do Vytorin® ou da ezetimiba na morbilidade e mortalidade cardiovascular não foi ainda demonstrado.
Dois ensaios clínicos evidenciaram que o Vytorin® 10/20 mg proporcionou, em doentes em monoterapia com uma dose estável de estatina, uma redução superior dos níveis de c-LDL e um alcance superior dos valores-alvo de c-LDL, em comparação com a mudança para rosuvastatina 10 mg num estudo ou em comparação com a duplicação da dose com atorvastatina para 20 mg ou sinvastatina para 40 mg dia no outro estudo.
Num outro estudo realizado em doentes que tiveram alta hospitalar após um evento coronário, ficou evidenciado que a mudança para Vytorin® 10/40 mg proporcionou uma eficácia superior na redução do c-LDL em comparação com a duplicação da dose da estatina.
Sanofi acusada de pagar a médicos para fazer lobby na FDA contra genéricos
Um relatório do Comité de Finanças do Senado dos EUA afirma que a Sanofi pagou mais de 5 milhões de dólares a dois grupos de médicos e a um investigador para realizarem uma "interacção independente" com a FDA (entidade que regula o medicamento nos EUA), num esforço para atrasar a aprovação de uma versão genérica do Lovenox® (enoxaparina). O presidente do Comité, Max Baucus, disse que o "relatório revela evidências de que o pagamento aos médicos para fazerem lobby na FDA contra genéricos foi uma estratégia da empresa farmacêutica – e isso é totalmente inaceitável", avança o site FirstWord.
Segundo o relatório, entre 2007 e 2010 a farmacêutica pagou mais de 2,6 milhões de dólares à Sociedade de Medicina Hospitalar, mais de 2,3 milhões de dólares à Fundação norte-americana da Trombose, e mais de 260 mil dólares a Victor Tapson, um especialista em trombose da Duke University. Os três elementos visados participaram numa petição ao FDA sobre preocupações em relação às versões genéricas do Lovenox® "após o incentivo da Sanofi", revela o relatório, que não divulgou as ligações financeiras com a farmacêutica.
Registos obtidos pelo comité indicam que a Sociedade de Medicina Hospitalar foi inicialmente reticente em participar no processo da petição de cidadãos uma vez que "não tinha historial de fazer comentários semelhantes à FDA" e pode não ter "a competência ou conhecimento para dizer muito sobre" o problema. No entanto, o e-mail acrescentou: "Queremos dar a qualquer questão que é importante para a nossa parceira a nossa consideração cuidadosa".
Comentando o relatório, a Sanofi disse que "a petição de cidadãos para o Lovenox® e os comentários de alguns especialistas de fora levantaram questões importantes e legítimas sobre a segurança dos doentes e considerações à atenção da FDA". No entanto, o membro sénior do Comité de Finanças Chuck Grassley advertiu que "se a FDA não está a pedir a divulgação das relações financeiras, está a operar de um ponto de vista desinformado".
A primeira versão genérica do Lovenox® foi aprovada pela FDA em Julho do ano passado, e é comercializado pela unidade de genéricos da Novartis, a Sandoz, e a sua parceira Momenta Pharmaceuticals. Outros pedidos de versões genéricas apresentados por outras duas farmacêuticas estão pendentes. As vendas globais do produto da Sanofi atingiram mais de 4 mil milhões de dólares em 2009.
Segundo o relatório, entre 2007 e 2010 a farmacêutica pagou mais de 2,6 milhões de dólares à Sociedade de Medicina Hospitalar, mais de 2,3 milhões de dólares à Fundação norte-americana da Trombose, e mais de 260 mil dólares a Victor Tapson, um especialista em trombose da Duke University. Os três elementos visados participaram numa petição ao FDA sobre preocupações em relação às versões genéricas do Lovenox® "após o incentivo da Sanofi", revela o relatório, que não divulgou as ligações financeiras com a farmacêutica.
Registos obtidos pelo comité indicam que a Sociedade de Medicina Hospitalar foi inicialmente reticente em participar no processo da petição de cidadãos uma vez que "não tinha historial de fazer comentários semelhantes à FDA" e pode não ter "a competência ou conhecimento para dizer muito sobre" o problema. No entanto, o e-mail acrescentou: "Queremos dar a qualquer questão que é importante para a nossa parceira a nossa consideração cuidadosa".
Comentando o relatório, a Sanofi disse que "a petição de cidadãos para o Lovenox® e os comentários de alguns especialistas de fora levantaram questões importantes e legítimas sobre a segurança dos doentes e considerações à atenção da FDA". No entanto, o membro sénior do Comité de Finanças Chuck Grassley advertiu que "se a FDA não está a pedir a divulgação das relações financeiras, está a operar de um ponto de vista desinformado".
A primeira versão genérica do Lovenox® foi aprovada pela FDA em Julho do ano passado, e é comercializado pela unidade de genéricos da Novartis, a Sandoz, e a sua parceira Momenta Pharmaceuticals. Outros pedidos de versões genéricas apresentados por outras duas farmacêuticas estão pendentes. As vendas globais do produto da Sanofi atingiram mais de 4 mil milhões de dólares em 2009.
Genérico eleva deficit comercial da saúde
Ampliação do uso dos medicamentos aumenta importações de insumos, e rombo do setor cresce 167% desde 1999
Mais de 90% dos princípios ativos vêm do exterior; governo cria programa para substituir importações
O programa de medicamentos genéricos, criado em 1999, ampliou o acesso da população a medicamentos, mas produziu efeitos colaterais na economia.
Sem um programa de investimento em pesquisa e inovação para desenvolver a indústria farmacêutica, o Brasil se tornou dependente de insumos importados.
O deficit na balança comercial (diferença entre importação e exportação) do complexo industrial da saúde cresceu 167% desde 1999. Passou de US$ 1,98 bilhão para US$ 5,29 bilhões (R$ 8,6 bilhões) no ano passado.
O complexo inclui insumos farmoquímicos (princípios ativos, principal matéria-prima de uma droga), medicamentos prontos, vacinas e material de diagnóstico.
A importação de farmoquímicos manteve-se estável de 1999 até 2006, quando muitas fábricas de genérico entraram em funcionamento.
Entre 2006 e 2010, a importação de insumos mais que dobrou, para US$ 2,36 bilhões (contribuindo para o deficit com US$ 1,85 bilhão).
No mesmo período, a importação de medicamentos acabados saltou de US$ 1,8 bilhão para US$ 3,2 bilhões (deficit de US$ 2,3 bilhões).
A venda de genéricos cresce 30% ao ano, ritmo mais acelerado do que o da venda de medicamentos de referência. E, até 2014, 280 patentes vão vencer, estimulando o mercado de genéricos.
Porém, mais de 90% dos princípios ativos usados no país vêm de fora, principalmente da Índia, segundo a Protec (Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica).
VENDAS
Como não há como substituir a importação de medicamentos prontos, de alta tecnologia e protegidos por patentes, o Ministério da Saúde criou programa para estimular a produção local de princípios ativos e vacinas.
O programa, que usa o poder de compra do governo, começou em 2009 e os primeiros resultados estão saindo dos laboratórios.
Dos R$ 10 bilhões (US$ 6,1 bilhões) que o governo adquire em medicamentos e vacinas por ano, R$ 2,5 bilhões serão comprados de laboratórios como Cristália, Libbs, Globe, Nortec e Genvida. A maior parte dos medicamentos é para tratamento de Aids e câncer.
Em 2012, as compras de laboratórios nacionais devem saltar para R$ 3,5 bilhões. Isso levará a economia de US$ 700 milhões na conta das importações, diz o ministério.
FINANCIAMENTO
Além do contrato garantido com o governo, os laboratórios recebem financiamentos para pesquisa. "O desafio do setor hoje é aliar a política de acesso a uma política de desenvolvimento tecnológico", diz Carlos Gadelha, secretário de ciência e tecnologia do Ministério da Saúde.
O Brasil possui 98 fabricantes de genéricos. A maioria funciona como "montadora". Importa produtos prontos ou semiprontos e embala no Brasil.
Para os fabricantes, contudo, sem o programa, o deficit poderia ser ainda maior.
"Hoje importamos commodities. Sem o genérico, estaríamos importando mais medicamentos acabados", diz o presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti.
Para o diretor da Protec, Roberto Nicolsky, a falta de um programa para estimular a produção de princípios ativos, como fez a Índia, é o grande "defeito" da lei dos genéricos.
"O Brasil não só não desenvolveu uma indústria farmoquímica como perdeu conteúdo. Deixou, por exemplo, de fabricar antibióticos."
Jornalista: MARIANA BARBOSA
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Sandoz amplia presença no Brasil com genérico biológico
A Sandoz, o braço de genéricos do grupo suíço farmacêutico Novartis, está entrando no segmento de medicamentos biológicos como forma de ampliar sua atuação no país. "Essa é uma demanda ainda não atendida no Brasil. Há pouco acesso a esses medicamentos e a Sandoz quer torná-los acessíveis", disse ao Valor o diretor-executivo global da companhia Jeff George.
Os medicamentos biológicos são mais complexos, pois são derivados de materiais vivos (plantas, animais ou microrganismo) ou de células geneticamente modificadas. Como fabricante de genéricos, a Sandoz está focando na produção de drogas a partir dos biológicos de referência que, por serem mais baratas, teriam maior espaço nos mercados emergentes.
Dentro dessa estratégia, a empresa vai lançar no Brasil o primeiro produto neste segmento: o Omnitrope, um hormônio de crescimento injetável. O medicamento tem como princípio ativo a somatropina e foi desenvolvido a partir do referência Genetropin, da Pfizer. A empresa calcula que o mercado de biológicos feitos a partir de medicamentos referência tem um potencial de US$ 30 milhões no Brasil, enquanto o consumo nacional de hormônio de crescimento é estimado em US$ 60 milhões.
Para introduzir o Omnitrope no Brasil, a multinacional teve de passar pelo crivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apresentando os testes de bioequivalência com o medicamento da Pfizer. Em dezembro, a Anvisa abriu as portas para esse mercado no país, ao divulgar as normas para o registro de produtos biológicos, estabelecendo requisitos mínimos de qualidade, segurança e eficácia para esses produtos.
Essa aposta da companhia se dá em um momento em que ela tem apenas cerca de 3% do mercado nacional de genéricos - com um portfólio de mais de 100 produtos - tendo registrado faturamento de R$ 350 milhões no ano passado, segundo dados do IMS Health. Globalmente a Sandoz registrou vendas de US$ 8,5 bilhões em 2010, alta de 15% frente a 2009.
"Hoje, dois terços de nossas vendas vêm de fora dos EUA", afirmou George, enfatizando seu foco nos emergentes. No que envolve suas operações no Brasil, o executivo coloca entre suas prioridades, além dos biológicos para o segmento hormonal, as áreas cardiovascular, sistema nervoso central e gastro-intestinal. "Por aqui vamos investir na expansão da produção dos medicamentos e no esforço para obter as aprovações regulatórias." A empresa tem fábricas em Cambé (PR) e Taboão da Serra (SP).
Nestlé adquire fabricante de remédio
A Nestlé anunciou que sua unidade de ciências da saúde acertou a compra do Prometheus Laboratories., fabricante de medicamentos contra o câncer e problemas gastrointestinais, dentro da estratégia de investimentos da maior empresa de alimentos do mundo em nutrição personalizada.
A empresa deverá pagar entre 500 milhões e 1 bilhão de francos suíços (US$ 1,13 bilhão) pelo laboratório farmacêutico de San Diego, na Califórnia, informou o analista Jean-Philippe Bertschy, do Bank Vontobel. A porta-voz da Nestlé, Hilary Green, não fez comentários sobre o valor, que não foi revelado.
Projeta-se que a Prometheus terá vendas em torno a US$ 250 bilhões em 2011, com produtos para testes de câncer e doença de Crohn. A empresa foi fundada em 1995 e recebeu o nome do deus grego que, na mitologia, deu aos humanos o segredo do fogo. O laboratório farmacêutico é controlado por investidores como o DLJ Merchant Banking Partners e Apax Partners.
A Nestlé, fabricante de marcas como o chocolate KitKat, abriu em janeiro uma unidade para desenvolver produtos de nutrição personalizada para problemas como diabete. A empresa suíça, comandada mundialmente por Paul Bulcke, divulgou como meta tornar-se líder mundial em nutrição de ciências da saúde no prazo de dez anos, estendendo o domínio que possui nos segmentos de café, leite em pó e alimentos para bebês. A compra é a terceira desde que a unidade entrou em operação.
"Isso mostra que a Nestlé leva a sério a iniciativa", disse James Amoroso, consultor especializado em indústria alimentícia, que trabalha na Suíça. "Como o grupo é tão grande, você provavelmente não verá o impacto por mais dez anos. No fim das contas, há muito dinheiro a ganhar. As margens farmacêuticas são maiores que as margens com alimentos."
O setor de pesquisa e desenvolvimento criará produtos para áreas como a saúde do cérebro e condições metabólicas, que são de interesse da Nestlé Health Science, segundo a empresa. A Prometheus espera concluir a transação no início do terceiro trimestre, sendo que cerca de 500 de seus funcionários se juntarão à Nestlé Health Science após a aquisição.
A compra permitirá "soluções personalizadas de assistência médica baseadas em diagnósticos, nutrição e farmacêutica", disse o executivo-chefe da Nestlé Health Science, Luis Cantarell.
Em 2010, a Prometheus chegou ao 14º ano de crescimento consecutivo nas vendas.
Jornalista: Armorel Kenna, Agência Bloomberg
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