quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Medicamentos genéricos completam 12 anos no Brasil

A indústria de medicamentos genéricos chegou ao Brasil em fevereiro de 1999, com sua comercialização implementada efetivamente a partir do ano 2000. Quando os genéricos passaram a ser utilizados no país, eles já existiam há mais de 10 anos na Europa e Estados Unidos. Antes disso, o que se via no Brasil era uma indústria farmacêutica nacional sem maior destaque, que começava a dar seus primeiros passos com produtos licenciados.

Com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Lei do genérico, o panorama da indústria nacional mudou radicalmente. A criação de padrões rígidos por meio da instituição de um sistema regulatório no país fez com que a indústria de medicamentos brasileira ganhasse a confiança da classe médica – o que deu fôlego às vendas e iniciou um período de ouro para a indústria local.

De 1999 a 2007, mais de 1,6 mil medicamentos genéricos entraram em circulação no Brasil. Neste mesmo ano de 2007, quando quase todos os produtos livres de proteção intelectual já haviam ganhado sua versão genérica por meio de rígidos testes de bioequivalência, o mercado se viu diante de uma pergunta: E agora, o que faremos? Segundo o especialista de mercado do ICTQ, Sr. Poatã Casonato, “naquele ano um levantamento realizado pelos laboratórios havia revelado que restavam apenas 96 medicamentos passíveis de se tornar genéricos no Brasil”.

O grau de incerteza e pessimismo da indústria de genéricos no Brasil era tamanho que se falava que a “farra dos genéricos” havia chegado ao fim. O que se viu na prática nos anos posteriores foi contra todas as previsões. Em 2009, a indústria de medicamentos genéricos já representava 20% do mercado com expectativa de chegar a 30% de participação ate 2015.

Em 2010 o crescimento foi de 33% e já em 2011, segundo IMS Health, os genéricos apresentaram um crescimento de 11,53% no período compreendido entre abril e maio de 2011, enquanto o avanço geral do mercado farmacêutico, no mesmo período, foi de 12,14%.

Junto ao crescimento sustentável da produção de genéricos no Brasil, está também o desenvolvimento técnico científico dos profissionais que atuam nas indústrias produtoras destes medicamentos. “Basta olhar para a líder de mercado dos medicamentos genéricos no Brasil. Somente da EMS mais de 80 profissionais farmacêuticos, químicos e advogados já se especializaram ou estão se especializando no ICTQ entre 2009 e 2011” relata o Diretor Executivo da Instituição, Sr. Marcus Vinicius Andrade.

Segundo a instituição ICTQ, em média 78% dos 860 alunos em estudo atualmente são provenientes de indústrias produtoras de medicamentos genéricos. A instituição que adota padrões internacionais de ensino, com professores da Europa, Ásia e América do Norte, oferta especializações que fazem jus às reais necessidades de conhecimento do mercado por ser a única do país 100% voltada para o segmento industrial farmacêutico.

O mercado brasileiro e a economia de um modo geral é favorável, os profissionais fazem sua parte – buscam por mais especialização sabendo que o conhecimento é a base para o desenvolvimento de qualquer setor da economia. Diante deste cenário, pode-se afirmar que o futuro da indústria de medicamentos genéricos nos próximos anos é no mínimo promissor.

Portal Fator Brasil

Nycomed lança medicamento para pacientes com Doença do Refluxo

A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é a condição que se desenvolve quando o refluxo do conteúdo procedente do estômago provoca sintomas desagradáveis e/ou complicações. A DRGE afeta negativamente a qualidade de vida, está associada a alterações do sono e impõe custos bastante expressivos para os serviços de saúde, principalmente em função de sua elevada prevalência - ao redor de 20%.

Pensando nisso, a Nycomed acaba de lançar no mercado brasileiro um novo Inibidor da Bomba de Prótons (IBP), comercialmente conhecido como Tecta. Os IBPs constituem a classe de fármacos mais indicada para o tratamento da DRGE.

Tecta possui uma ação prolongada e maior supressão do ácido gástrico, o que se traduz em altas taxas de cicatrização da DRGE e níveis elevados de alívio dos sintomas durante o dia e a noite. As altas taxas de alívio precoce dos sintomas apresentadas por Tecta faz deste medicamento uma boa alternativa para o êxito do tratamento da DRGE e para manter a satisfação e melhora da qualidade de vida do paciente.


Fonte: Comunicação Corporativa Nycomed

Aspen expande negócios no Brasil com a aquisição de medicamentos

O grupo farmacêutico Aspen , com sede na África do Sul, adquiriu seis medicamentos do laboratório paulista Myrallis. O investimento foi da ordem de R$ 35 milhões, reforçando a posição da companhia no segmento fitoterápico, afirmou Alexandre França, CEO da Aspen.

A expectativa da multinacional é de que, com essa transação, R$ 16 milhões sejam incrementados ao faturamento anual do grupo. A partir deste mês, a companhia passa a comercializar os medicamentos recém-adquiridos Triativ, Fluijet, Ecosensive, Gynax, Licovit e Prev-Kel.

Segundo França, a empresa eleva sua participação no segmento de fitoterápicos, com os produtos Triativ (combate depressão) e Fruijet (mucofluidificante e broncodilatador), e entra no segmento de dermocosméticos, com o Ecosensive, linha composta de talco cremoso e sabonete líquido 100% orgânico.

Completam o portfolio do laboratório o gel de silicone Prev-Kel (previne o aparecimento de queloides), o Gynax N (ginecológico) e Licovit (suplemento alimentar antioxidante). O segmento de fitoterápicos representa 15% do mercado mundial de medicamentos e 8% no Brasil.

Esta é a primeira aquisição de produtos da Aspen em 2011 no Brasil, sob a gestão de França, nomeado CEO da companhia este ano. Antes de assumir a presidência do grupo, o executivo dirigia as áreas comercial e de marketing da multinacional sul-africana no país. França está coordenando a unificação da gestão do grupo no Brasil para promover a expansão no setor farmacêutico.

A estratégia de crescimento será focada, em um primeiro momento, na compra de produtos estabelecidos no mercado. O executivo informou que não interessa a aquisição de laboratórios no país. No Brasil, a Aspen possui um laboratório em Serra (ES) e mantém sede no Rio de Janeiro.


Fonte: Valor Econômico



Alliance Boots, a maior rede defarmacias da Europa planeja entrar na América Latina

A Alliance Boots, maior rede de farmácias da Europa, anunciou que busca parcerias e aquisições para expandir sua presença mundial, depois de seu lucro comercial - que exclui amortização e custos ou ganhos excepcionais - ter superado a marca de 1 bilhão de libras esterlinas (US$ 1,4 bilhão). O presidente do conselho da empresa, Stefano Pessina, que fechou o capital do grupo há três anos com a Kohlberg Kravis Roberts (KKR), em um acordo de 12,4 bilhões de libras, disse estar particularmente interessado em entrar na América Latina.

A Alliance Boots, que já possui presença na China e Rússia, esteve perto de acertar um acordo no Brasil, mas a transação acabou naufragando depois do processo de investigação das contas ter revelado problemas na empresa-alvo. Ainda assim, o país, ao lado do México, continua sendo uma meta, enfatizou Pessina. "Estamos pensando sobre muitas oportunidades diferentes, estamos explorando muitas parcerias potenciais e, devo dizer, algumas aquisições", disse Pessina, acrescentando que há mais probabilidade que as compras sejam no mercado atacadista farmacêutico do que no varejo.

A Alliance Boots investiu 1 bilhão de libras (US$ 1,4 bilhão) desde o fechamento do capital, principalmente na remodelação de suas lojas. Esse investimento está quase concluído e Pessina espera que o grupo tenha um fluxo de caixa "próspero" para financiar sua expansão. O executivo também procura desenvolver marcas próprias e recentemente acertou acordo com a americana Procter & Gamble, maior fabricante mundial de bens de consumo, para comercializar e distribuir a linha Alliance Boots de produtos para cuidados com a pele em farmácias na Itália.

As declarações foram feitas após a Alliance Boots anunciar aumento no lucro comercial para 1,07 bilhão de libras no ano fiscal encerrado em 31 de março. No exercício anterior, a rede havia lucrado 953 milhões de libras. As vendas subiram 9,6%, para 22,5 bilhões de libras (US$ 32, 5 bilhões).

O endividamento líquido diminuiu em 645 milhões de libras, para 8,39 bilhões de libras, uma vez que a empresa aproveitou a situação do mercado para recomprar dívidas com fortes descontos de vendedores com problemas financeiros. No entanto, a Alliance Boots mostra-se cautelosa quanto ao panorama econômico, preocupada com as ações dos governos europeus para cortar dívidas e com a redução do consumo de produtos farmacêuticos.

"De fato, acreditamos que a demanda ficará bastante desanimada", afirmou Andy Hornby, ex-executivo-chefe da HBOS, que foi recrutado como executivo-chefe da Alliance Boots no ano passado. "A dura realidade é que os governos, não apenas no Reino Unido, mas em nossos principais países na Europa, vão ter de tomar algumas decisões extremamente duras nos próximos dois anos."


Fonte: Valor Econômico