A indústria de medicamentos genéricos chegou ao Brasil em fevereiro de 1999, com sua comercialização implementada efetivamente a partir do ano 2000. Quando os genéricos passaram a ser utilizados no país, eles já existiam há mais de 10 anos na Europa e Estados Unidos. Antes disso, o que se via no Brasil era uma indústria farmacêutica nacional sem maior destaque, que começava a dar seus primeiros passos com produtos licenciados.
Com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Lei do genérico, o panorama da indústria nacional mudou radicalmente. A criação de padrões rígidos por meio da instituição de um sistema regulatório no país fez com que a indústria de medicamentos brasileira ganhasse a confiança da classe médica – o que deu fôlego às vendas e iniciou um período de ouro para a indústria local.
De 1999 a 2007, mais de 1,6 mil medicamentos genéricos entraram em circulação no Brasil. Neste mesmo ano de 2007, quando quase todos os produtos livres de proteção intelectual já haviam ganhado sua versão genérica por meio de rígidos testes de bioequivalência, o mercado se viu diante de uma pergunta: E agora, o que faremos? Segundo o especialista de mercado do ICTQ, Sr. Poatã Casonato, “naquele ano um levantamento realizado pelos laboratórios havia revelado que restavam apenas 96 medicamentos passíveis de se tornar genéricos no Brasil”.
O grau de incerteza e pessimismo da indústria de genéricos no Brasil era tamanho que se falava que a “farra dos genéricos” havia chegado ao fim. O que se viu na prática nos anos posteriores foi contra todas as previsões. Em 2009, a indústria de medicamentos genéricos já representava 20% do mercado com expectativa de chegar a 30% de participação ate 2015.
Em 2010 o crescimento foi de 33% e já em 2011, segundo IMS Health, os genéricos apresentaram um crescimento de 11,53% no período compreendido entre abril e maio de 2011, enquanto o avanço geral do mercado farmacêutico, no mesmo período, foi de 12,14%.
Junto ao crescimento sustentável da produção de genéricos no Brasil, está também o desenvolvimento técnico científico dos profissionais que atuam nas indústrias produtoras destes medicamentos. “Basta olhar para a líder de mercado dos medicamentos genéricos no Brasil. Somente da EMS mais de 80 profissionais farmacêuticos, químicos e advogados já se especializaram ou estão se especializando no ICTQ entre 2009 e 2011” relata o Diretor Executivo da Instituição, Sr. Marcus Vinicius Andrade.
Segundo a instituição ICTQ, em média 78% dos 860 alunos em estudo atualmente são provenientes de indústrias produtoras de medicamentos genéricos. A instituição que adota padrões internacionais de ensino, com professores da Europa, Ásia e América do Norte, oferta especializações que fazem jus às reais necessidades de conhecimento do mercado por ser a única do país 100% voltada para o segmento industrial farmacêutico.
O mercado brasileiro e a economia de um modo geral é favorável, os profissionais fazem sua parte – buscam por mais especialização sabendo que o conhecimento é a base para o desenvolvimento de qualquer setor da economia. Diante deste cenário, pode-se afirmar que o futuro da indústria de medicamentos genéricos nos próximos anos é no mínimo promissor.
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