Pouco a pouco, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deixa de ser um um tributo cobrado sobre o preço de venda do varejo ao consumidor final. Por meio da substituição tributária, o imposto tem praticamente dado lugar a um tributo diferente, recolhido pela indústria e não sobre os preços efetivamente praticados pelo varejista, mas sobre valores e margens de lucro estimados.
É o que mostra um levantamento do escritório TozziniFreire que verificou a ampliação da substituição tributária em seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Amazonas. Coordenado pelos tributaristas Ana Cláudia Utumi e Jorge Zaninetti, o levantamento mostra que a ampliação da substituição tributária, iniciada por São Paulo a partir de 2008, foi seguida por outros Estados.
A substituição tributária é o regime pelo qual o ICMS, em vez de ser recolhido pelo varejista na venda ao consumidor final, é antecipado pela indústria ou pelo importador. Com base em estimativas dos preços que deverão ser praticados, a indústria ou o importador antecipam o imposto que seria pago nas etapas seguintes de comercialização.
Até 2007, a Fazenda paulista cobrava o imposto por substituição em dez segmentos. A partir de 2008 o Estado de São Paulo iniciou a ampliação do regime, que acabou se estendendo para 23 novos setores. O exemplo paulista foi seguido por outros Estados. Minas Gerais, por exemplo, possuía 19 segmentos na cobrança antecipada de ICMS até 2007. Nos três últimos anos, 19 novos segmentos entraram no regime. Dos 19 iniciais, 11 setores tinham apenas a substituição nas operações interestaduais e passaram a ficar sujeitos à antecipação do imposto também nas operações internas do Estado.
O Rio Grande do Sul foi outro Estado no qual houve ampliação da substituição. Segundo o levantamento, eram 16 segmentos na antecipação até 2007. Desde 2008 outros 24 foram incluídos na substituição. No Amazonas e em Pernambuco também houve ampliação, embora em nível menor. Foram incluídos, respectivamente, oito e sete segmentos. "A tendência dos Estados é a de concentrar a cobrança do impostos em substituição tributária", diz Ana Cláudia.
Para as Fazendas, explica, trata-se de uma solução que facilita a fiscalização. "Em vez de 100 mil pontos de venda, a Fazenda fiscaliza apenas quatro ou cinco indústrias."
Para os varejistas, porém, a antecipação tende a ser desvantajosa porque o ICMS é cobrado sobre preços estimados e muitas vezes essas estimativas estão acima dos valores efetivamente praticados. Nesses casos, porém, explica Ana Cláudia, não há possibilidade de ressarcimento porque o Judiciário já decidiu isso a favor das Fazendas. A ampliação da substituição, acredita a advogada, contribui para descaracterizar o ICMS como tributo não cumulativo, calculado somente sobre o valor agregado. Com a maior parte dos produtos comercializados dentro da substituição, lembra, o varejista deixa de ter imposto a recolher.
Por isso, o varejista acaba não conseguindo aproveitar os créditos de ICMS resultantes dos poucos casos em que compra produtos não sujeitos à antecipação do imposto.
"O Brasil criou uma jabuticaba: um IVA monofásico", diz Clóvis Panzarini, sócio da CP Consultores e ex-coordenador de administração tributária da Fazenda paulista. Ele faz referência ao Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), como é chamado o tributo indireto cobrado sobre valor agregado. Para ele, a substituição tributária deveria ser aplicada nacionalmente e para poucos produtos e não de forma unilateral pelos Estados.
"A substituição é um regime interessante nos casos em que há homogeneidade de preços e qualidade dos produtos", argumenta Panzarini. Ele dá como exemplo os carros. A antecipação, porém, tem atingido produtos extremamente heterogêneos, como alimentos e produtos de limpeza. "Por exemplo, vinho. Quando há heterogeneidade de preços e qualidade e a margem é calculada na média, quem agrega menos sempre sofre maior carga tributária."
Jornalista: Marta Watanabe
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Lucro da Roche cresce 37% no primeiro semestre do ano
A Roche divulgou os resultados financeiros referentes ao primeiro semestre de 2010. Os números globais do grupo mostram crescimento de 37% no lucro líquido, chegando a 5,6 bilhões de francos suíços. O resultado deve-se principalmente aos encargos excepcionais relativos à transação da Genentech, bem menores no primeiro semestre de 2010 do que em 2009. O volume de vendas cresceu 5% (em moeda local), comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo o volume de 24,6 bilhões de francos suíços.
Severin Schwan, CEO da Roche, comenta que “a Roche teve um excelente desempenho operacional no primeiro semestre de 2010, apesar dos desafios crescentes do mercado. O lucro líquido do período aumentou significativamente.”
Na divisão farmacêutica da companhia, apesar da queda já esperada nas vendas do Tamiflu (fosfato de oseltamivir), o crescimento de vendas em relação ao primeiro semestre do ano passado foi de 4% (em moeda local), ficando em 19,4 bilhões de francos suíços. Excluindo-se o Tamiflu, o volume de negócios cresceu 6%, índice superior à média do mercado.
O resultado positivo foi puxado principalmente pelos medicamentos da área de oncologia, que tiveram melhora de 9% no volume de vendas, atingindo 1,1 bilhão de francos suíços. Na divisão diagnóstica, o crescimento de vendas foi de 9% em moeda local, impulsionado principalmente pelas áreas Professional Diagnostics, Diabetes Care e Applied Science.
O resultado dos lucros operacionais mostrou crescimento de 11% (em moeda local), com aumento de 9% na área farmacêutica e de 45% na diagnóstica.
Sem os itens de exceção, o lucro líquido do grupo atribuível aos acionistas da Roche cresceu 8% em francos suíços. O lucro por ação (Core EPS), que exclui itens de exceção ou amortização e perda de ativos intangíveis, aumentou 11% em moeda local (9% em francos suíços).
Fonte: Portal Segs
Pfizer retira do mercado europeu embalagens de Centrum Cardio®
O Laboratório Pfizer decidiu retirar do mercado o suplemento alimentar Centrum Cardio® depois de, no início do mês, terem retirado cerca de 115 mil embalagens também da marca Centrum® e de Stresstabs®, devido a um erro de rotulagem.
Em comunicado, o laboratório indicam que a retirada do Centrum Cardio® se deve à "presença de um aditivo alimentar que poderá ser produzido por fontes geneticamente modificadas, podendo não estar em conformidade com a regulamentação europeia".
Porém, segundo a Pfizer, "estes aditivos alimentares apresentam uma grande margem de segurança para os consumidores".
Contudo, foi decidido "proceder de imediato a uma retirada de Centrum Cardio® ao nível dos armazenistas, farmácias e espaços de saúde autorizados".
Na sexta-feira passada, a Pfizer começou a retirar do mercado suplementos alimentares Stresstabs® e Centrum® (Centrum Materna®, Centrum Junior®, Centrum® e Centrum Select 50+®).
A retirada deveu-se a um defeito de rotulagem, relativo a um aditivo alimentar utilizado na fórmula do produto.
O laboratório prevê que os produtos regressem ao mercado em Outubro.
Fonte: RCC Pharma
Eli Lilly investe U$ 150 milhões para desenvolver novos fármacos
A Eli Lilly planeia investir até 150 milhões de dólares em três fundos de capital de risco para ajudar ao desenvolvimento de novos medicamentos, numa altura em que a companhia enfrenta a concorrência dos genéricos no próximo ano para o seu blockbuster antipsicótico Zyprexa®, avança a agência Bloomberg.
Os fundos podem ser um valor total de 750 milhões de dólares, até 250 milhões cada, e a Lilly irá contribuir tanto quanto 20% do dinheiro, explicou Darren Carroll, vice-presidente do grupo Lilly, que supervisiona os investimentos de risco. A CMEA Capital, uma empresa de capital de risco de São Francisco, começou a juntar o dinheiro em Agosto para um dos fundos com Lilly, de acordo com duas pessoas com conhecimento dos planos da CAEM.
A Lilly está a procurar novos tratamentos uma vez que os medicamentos que representam mais de 45% das suas vendas de 2009 vão perder a protecção das patentes nos próximos três anos. Em destaque está o seu blockbuster Zyprexa®, que vai perder a patente já em 2011.
Johnson & Johnson apoia programa da ONU para mulheres e crianças
A Johnson & Johnson vai contribuir com 200 milhões de dólares em dinheiro, medicamentos e I&D para um programa das Nações Unidas para melhorar a saúde das mulheres e crianças nos países em desenvolvimento até 2015, avança o site FirstWord.
A doação da farmacêutica nos próximos cinco anos inclui 200 milhões de doses de mebendazol para tratar vermes intestinais. A companhia planeia ainda acelerar o desenvolvimento de medicamentos para o VIH e para a tuberculose.
A Johnson & Johnson está a tentar ajudar 120 milhões de mulheres e crianças a cada ano através da iniciativa.
A ONU espera arrecadar 169 mil milhões de dólares em doações de empresas, instituições e governos para o seu programa.
Fonte: Rcc Pharma
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Abbott conclui aquisição do negócio de healthcare da Piramal
A Abbott concluiu a aquisição do negócio de soluções de saúde (healthcare) da Piramal, impulsionando-se para a liderança do mercado farmacêutico indiano e acelerando ainda mais o crescimento da empresa em mercados emergentes, avança a PR Newswire.
Ao longo da última década, a Abbott estabeleceu uma presença líder nos mercados emergentes: hoje, mais de 20% das vendas totais da companhia são geradas nessas economias em crescimento.
"A aquisição do negócio de healthcare da Piramal reforça ainda mais a presença crescente da Abbott em mercados emergentes", disse Miles D. White, presidente e CEO da Abbott. "O portefólio da Piramal de produtos conhecidos e de confiança serviu os doentes na Índia durante décadas. Combinando este portefólio com a oferta de produtos existentes, a Abbott está singularmente posicionada para atender às necessidades de um mundo de um dos mercados farmacêuticos mundiais de crescimento mais rápido”, acrescentou.
Fonte: RCC Pharma
Bristol-Myers Squibb vai adquirir ZymoGenetics por U$ 885 milhões
A Bristol-Myers Squibb anunciou esta terça-feira que entrou num acordo definitivo para adquirir a ZymoGenetics, num negócio avaliado em aproximadamente 885 milhões de dólares, avança o site FirstWord.
"A aquisição da ZymoGenetics traz-nos a plena propriedade de um produto biológico promissor de investigação que reforça a nossa muito diversificada carteira para a Hepatite C", disse o CEO da Bristol-Myers Squibb, Lamberto Andreotti.
Sob os termos do acordo, a Bristol-Myers Squibb vai ganhar a plena propriedade do fármaco experimental para a hepatite C comum, o interferon-alfa peguilado, desenvolvido em conjunto pelas companhias e que está actualmente em fase intermédia de desenvolvimento.
Além disso, a farmacêutica vai ganhar os direitos do Recothrom® (trombina), que recebeu a aprovação da FDA (entidade que regula o medicamento nos EUA) como um hemostático tópico para controlar o sangramento não-arterial durante o procedimento cirúrgico, e da proteína IL-21, uma citocina actualmente a ser testada, em fase intermédia de ensaios, como uma imunoterapia potencial para o melanoma metastático.
O acordo também prevê que a Bristol-Myers Squibb tenha acesso a seis candidatos de fármacos biológicos, em fase inicial de desenvolvimento, bem como a potenciais pagamentos de marcos e de royalties de seis programas de parceria em várias fases do desenvolvimento clínico da Merck KGaA e da Novo Nordisk.
Fonte: RCC Pharma
Anvisa avalia : Antibiótico só será vendido com receita médica retida e carimbada
Bastou aparecer a dor de garganta mais forte para usar aquele antibiótico que funcionou com amigo do vizinho ou deu certo no último inverno. O remédio está na farmácia mais próxima e é só pagar, levar para casa e tomá-lo até os sintomas sumirem de vez. O hábito da automedicação, adotado por milhares de brasileiros e condenada por médicos do mundo inteiro, está com seus dias contados. Até o fim do ano, antibiótico no Brasil só será vendido com receita médica retida e carimbada. A medida, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estava sob consulta pública até 17 de julho e passa agora por avaliação. Até dezembro, farmácias e drogarias terão que cumprir à risca a decisão, caso contrário, podem ser multadas em até R$ 1 milhão.
O diretor do Sindicato dos Farmacêuticos de Minas Gerais, Rilke Novato Público, também vice-presidente da Federação Nacional de Farmacêuticos, é categórico: “As farmácias viraram estabelecimentos de viés comercial. A venda de antibióticos é o exemplo do caminho errado que esses locais tomaram nos últimos anos. Compra-se antibiótico com a mesma facilidade que um bombom”, diz, sendo a favor da medida da Anvisa.
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que mais de 50% das prescrições desses medicamentos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio desse tipo de remédio movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health. De acordo com a chefe substituta da Unidade Técnica de Regulação da Anvisa, Flávia Neves, a consulta pública foi aberta em 18 de junho e teve 30 dias para receber contribuições, que estão sendo analisadas. “Ainda está em discussão o prazo que farmácias e drogarias terão para se adequar.”
Segundo Flávia, o uso indiscriminado de antibióticos é um problema de saúde pública mundial. “Mas em nenhum outro país, esses remédios são comercializados sem receita.” A ideia é que o controle sobre esses medicamentos seja feito de forma mais efetiva. Entre as mudanças propostas, está a exigência da prescrição médica em duas vias. “Uma ficará retida no estabelecimento e a outra, devolvida ao paciente com o carimbo. As embalagens e bulas também deverão mudar e incluir a frase: “Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita”, explica Flávia. O aval médico poderá ter validade de 30 dias. “Mas isso ainda está sendo discutido, pois há médico que diz que 15 dias é o suficiente.”
As medidas valem para mais de 90 substâncias que abrangem todos os antibióticos com registro no país. Quatro delas – amoxicilina, azitromicina, cefalexina e sulfametoxazol – terão regras mais rígidas. “Além da retenção da receita, a venda das substâncias será escriturada, ou seja, registrada no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados, que é on-line. Por enquanto, ele será usado só para as quatro drogas, que são as mais consumidas, mas há previsão de que o controle se estenda para todas as 90, que, no início, serão controladas manualmente, com relatórios que serão enviados mensalmente à vigilância sanitária dos municípios, como já é feito com os medicamentos que precisam de receita”, acrescenta Flávia.
Biolab investe para crescer no mercado de dermocosméticos
Aproveitando a maior demanda dos brasileiros por tratamentos de saúde - no embalo do aumento da renda - a farmacêutica nacional Biolab quer crescer no segmento de "dermocosméticos", como têm sido chamados os cosméticos com valor terapêutico.
São itens como cremes de hidratação profunda, filtros solares com alto fator de proteção e loções que prometem o clareamento da pele. Esses produtos representam um mercado doméstico de R$ 2,9 bilhões, cuja maior fatia (63%) pertence a estrangeiras, como as francesas Vichy e La Roche Posay.
"Acreditamos no potencial do setor. O dermatologista passou a ser mais visitado pelos brasileiros", diz Cleiton de Castro Marques, presidente da Biolab. Segundo o executivo, os itens fabricados localmente são de 30% a 40% mais baratos para o consumidor. E esse não seria o único atrativo. "Os produtos domésticos são mais adequados à pele brasileira", diz.
A Biolab investe 7% do faturamento em pesquisas, que deve chegar a R$ 610 milhões em 2010. Entre estudos envolvendo medicamentos (negócio principal) e dermocosméticos, a empresa tem 35 moléculas em desenvolvimento. "O plano é dobrar o faturamento até 2014", diz Marques.
Fonte: Folha de S. Paulo
Eli Lilly lançará Cialis para uso diário a partir do dia 15 deste mês
A farmacêutica americana Eli Lilly colocará no mercado nacional, a partir do dia 15 deste mês, o Cialis para uso diário, medicamento indicado para combater a disfunção erétil. O produto será comercializado em uma cartela com 28 comprimidos de 5mg (a mesma apresentação dos anticoncepcionais) e custará entre R$ 230 a R$ 250 (a caixa).
Segundo Luciano Finardi, diretor de marketing da companhia, a Lilly não quer entrar na "guerra de preços" travada desde o fim do primeiro semestre, quando o produto da Pfizer, o Viagra, perdeu a patente, provocando uma corrida dos laboratórios para lançar a versão genérica do comprimido. O laboratório nacional EMS saiu na frente nessa disputa e a Pfizer contra-atacou, fechando parceria com a Eurofarma para produzir e comercializar genéricos de seu próprio remédio.
Conforme afirmou Finardi, a Lilly teve a aprovação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) no início do ano para lançar a versão diária do Cialis no país. Nesses últimos meses, a farmacêutica fez um trabalho junto aos médicos e às redes de varejo para a distribuição do medicamento.
O Cialis é aprovado para o tratamento da disfunção erétil em mais de 100 países. Já a pílula diária, também vendida sob prescrição médica, está presente em 20 países, dentre eles os EUA, Austrália, África do Sul e muitos da Europa. Ainda neste mês o produto será lançado no Chile e México.
A indicação é de que o paciente ingira o comprimido diariamente, de preferência no mesmo horário. Não é preciso fazer intervalo entre uma cartela e outra, explicou Finardi.
Estudos feitos pela Lilly, segundo a empresa, mostram que os efeitos colaterais decorrentes do Cialis de uso diário (de cor amarelo claro) e o consumido de maneira esporádica (de cor amarelo em forma de gota) são praticamente os mesmos, como dores de cabeça, nas costas, indigestão, por exemplo. Contudo, as reações adversas são transitórias e, geralmente, leves ou moderadas. "Mas esses efeitos só foram observados em apenas 2% da população pesquisada", afirmou o executivo.
Apesar de menos conhecido que seu principal concorrente (Viagra, da Pfizer), o Cialis é líder de mercado no país. O produto de uso esporádico é vendido a R$ 28 a unidade. Cada embalagem do Cialis vem com dois comprimidos. Finardi assegura que o diferencial é a eficácia do produto: de 36 horas, ante de quatro a seis horas garantidos pelo Viagra e suas cópias. O laboratório EMS vende cada pílula genérica, em média, a R$ 10, com embalagens para um, dois, quatro ou oito comprimidos. A Pfizer também tem venda por unidade, a R$ 15.
Fonte: Valor Econômico
Wyeth acusada de usar "escritores-fantasma" para fazer publicidade a medicamentos
A Indústria Farmacêutica (IF) está novamente no centro de uma polémica, nos EUA. Documentos confidenciais da gigante Wyeth -hoje incorporada na Pfizer - mostram que a companhia sistematicamente publicava artigos favoráveis aos seus medicamentos em publicações científicas, avança o jornal Folha de S. Paulo.
O caso mais emblemático é o do fármaco Prempro®, usado para reposição hormonal em mulheres na menopausa. Nos EUA, o produto gerou uma acção pública, movida por 14 mil pessoas, que acusam o fármaco de aumentar o risco de cancro da mama.
Para garantir opiniões positivas sobre a substância, a Wyeth pagava a empresas especializadas para produzirem textos que ressaltassem as qualidades do medicamento -algumas não comprovadas - e escondessem os efeitos secundários, como casos de cancro..
O material pronto era oferecido a investigadores “verdadeiros”, que assinavam como autores do trabalho.
Essas "pesquisas" eram submetidas a diversas publicações científicas, que publicavam o material como se fosse independente. Alguns acabaram em publicações reconhecidas, como a Archives of Internal Medicine.
A mecânica completa do esquema é apresentada pela médica americana Adriane Fugh-Bergman, da Universidade Georgetown, na revista PLoS Medicine.
Fugh-Bergman analisou 1500 documentos confidenciais da Wyeth – entregues sob ordem judicial à revista. Os documentos contêm rascunhos de artigos, troca de e-mails e até a contabilidade do esquema.
Num dos e-mails, uma funcionária da DesignWrite - principal empresa contratada pela Wyeth- descreve o trabalho a um investigador:
"A beleza deste processo é que nós tornamo-nos o seu pós-doutoramento! Nós fornecemos um rascunho geral, ao qual você sugere mudanças e revê. Então desenvolvemos um rascunho com os contornos gerais. Você tem todo o controlo editorial sobre o trabalho, mas nós fornecer-lhe-emos materiais para crítica e revisão".
Segundo Fugh-Bergman, a realidade era bem diferente: os investigadores só podiam fazer mudanças simples e que não descaracterizassem as mensagens de marketing pretendidas pela farmacêutica.
Usar "escritores-fantasma" não é ilegal, embora seja considerado anti-ético. As companhias aproveitam uma falha na regulamentação nos EUA. A FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) não considera artigos científicos como marketing. Ou seja: o que acontece nesse espaço não faz parte da sua área de actuação.
De acordo com o artigo, não existem evidências de que os autores foram pagos para assinar os trabalhos.
Pfizer contesta credibilidade das críticas do artigo
A Pfizer, que comprou a Wyeth em Janeiro de 2009, desqualificou as críticas de Adriane Fugh-Berman: "O artigo ignora completamente - e convenientemente - o facto de que os manuscritos publicados estão sujeitos a uma rigorosa revisão por pares feita por especialistas externos (...) e que a sua integridade e rigor científico já foram reconhecidos em vários julgamentos", disse a empresa, em comunicado.
A Pfizer garantiu ainda que tem uma rígida "política de transparência" científica.
De acordo com a empresa, as investigações em que a companhia está envolvida sempre mencionam todas as contribuições e co-autorias presentes no processo.
A farmacêutica afirmou que empresas especializadas em escrever textos médicos "apenas auxiliam os autores a fazerem os rascunhos" e os cientistas têm "total controlo sobre os trabalhos".
Fonte:Rc pharma
Reckitt Benckiser entra no mercado farmacêutico brasileiro
São Paulo - A Reckitt Benckiser (dona das marcas Bom Ar e Vanish, entre outras) vai lançar o medicamento Gaviscon no Brasil. O lançamento marca a entrada da empresa no segmento farmacêutico brasileiro. Para trazer o produto ao Brasil, a empresa fará um investimento de 20 milhões de reais nos próximos seis meses.
O segmento farmacêutico e de cuidados pessoais é um dos mais importantes para a Reckitt Benckiser no mundo. Atualmente, ele responde por cerca de 25% do faturamento global e reúne entre 15 e 25 marcas no portfólio da empresa. De acordo com o IMS Health, citado pela empresa, a classe terapêutica de antiácidos movimentou cerca de 250 milhões de reais no Brasil em 2009, e vem crescendo, em média, 16% em relação ao ano anterior.
O investimento total de 20 milhões de reais engloba atualização científica para profissionais de saúde, estruturação de equipe de visitação médica e farmacêutica, adaptação nas instalações fabris, comunicação, entre outras ações, segundo a empresa. O medicamento Gaviscon é comercializado em mais de 40 países, e é indicado para aliviar a azia e a indigestão.
A Reckitt Benckiser está entre as maiores companhias do mundo com atuação no setor farmacêutico. Globalmente, a empresa obteve, em 2009, um faturamento de 7,7 bilhões de libras esterlinas. No Brasil, ela atingiu um crescimento de duplo dígito, duas vezes o crescimento da categoria, segundo a empresa. A expectativa para 2010 é contribuir de forma significativa para o crescimento global da companhia, alavancando o crescimento em 6,5% (em relação a 2009).
Fonte: Exame
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Farmacêutica Pernambucana Hebron entra no mercado paulista
Na manhã de hoje (8), uma força tarefa formada por 112 pessoas começa a visitar consultórios médicos em São Paulo representando os produtos farmacêuticos da Hebron.
É grande a expectativa de Josimar Henrique da Silva, presidente da companhia pernambucana fundada há 27 anos.
Em três anos, o empresário espera obter uma receita anual no estado de R$ 35 milhões. "São Paulo representa 35% do faturamento da indústria farmacêutica brasileira. Hoje faturamos R$ 100 milhões e vamos crescer 35% estando aqui", calcula.
Em julho do próximo ano, a companhia pretende também entrar no mercado dos três estados do Sul do país e crescer mais 17%.
Na estratégia de Silva, exportações e novos produtos devem complementar o mix de receitas necessárias para obter um faturamento anual de R$ 200 milhões em 2013.
Os preparativos industriais para este salto já estão em fase final. Até dezembro Silva espera complementar um investimento de R$ 23 milhões que elevará a capacidade produtiva de sua fábrica em Caruaru (PE) de dois milhões de unidades mensais para seis milhões.
"Hoje estamos trabalhando no limite de nossa capacidade. A expansão nos dará condições para atender ao crescimento já programado e ainda nos permitirá reagir rapidamente caso tenhamos uma surpresa agradável no futuro", afirma o empresário.
A surpresa, se vier, será americana e ainda não está contabilizada em seu planejamento para 2013. Desde 2009 a Hebron mantém um escritório nos Estados Unidos para prospectar um parceiro local.
Em outubro próximo, Silva realiza uma reunião decisiva em Ohio, no centro-oeste do país, onde espera fechar uma parceria com um distribuidor local.
"O mercado americano de compras em farmácias é de US$ 250 bilhões. O brasileiro é de US$ 15 bilhões. Teremos um potencial gigantesco de crescimento se formos bem sucedidos em nossa estratégia naquele país", diz.
Hoje, exportações representam menos de 1% do faturamento da Hebron. São vendas regulares para o Peru e esporádicas para Chile e Europa.
Silva relata que as exportações devem ganhar um impulso nos próximos anos devido a um acordo com um distribuidor na Colômbia, que também representará os produtos brasileiros em países da América Central.
No momento, os medicamentos da Hebron estão em fase de aprovação junto às autoridades sanitárias colombianas. Além disso, o empresário faz sondagens junto a representantes comerciais na Argentina.
"Nossa expectativa é de os países latinos responderem por 3% de nosso faturamento até 2014", afirma. A meta seguinte do empresário é chegar ao México, um país com potencial de mercado equivalente ao brasileiro.
Produtos inovadores
A Hebron aposta em dois medicamentos, de desenvolvimento próprio, para ser bem sucedida tanto no mercado paulista quanto no exterior. Um produto é o Florax, um probiótico para tratar distúrbios intestinais que responde por 25% das vendas da companhia.
O outro é o Prostokos, desenvolvido em parceria com a Unicamp, que, dependendo da dosagem utilizada, pode ser usado para induzir partos normais e evitar cesarianas, ou pode ser usado em abortos legais. "É capaz de evitar completamente o trabalho de curetagem", afirma Silva.
É grande a expectativa de Josimar Henrique da Silva, presidente da companhia pernambucana fundada há 27 anos.
Em três anos, o empresário espera obter uma receita anual no estado de R$ 35 milhões. "São Paulo representa 35% do faturamento da indústria farmacêutica brasileira. Hoje faturamos R$ 100 milhões e vamos crescer 35% estando aqui", calcula.
Em julho do próximo ano, a companhia pretende também entrar no mercado dos três estados do Sul do país e crescer mais 17%.
Na estratégia de Silva, exportações e novos produtos devem complementar o mix de receitas necessárias para obter um faturamento anual de R$ 200 milhões em 2013.
Os preparativos industriais para este salto já estão em fase final. Até dezembro Silva espera complementar um investimento de R$ 23 milhões que elevará a capacidade produtiva de sua fábrica em Caruaru (PE) de dois milhões de unidades mensais para seis milhões.
"Hoje estamos trabalhando no limite de nossa capacidade. A expansão nos dará condições para atender ao crescimento já programado e ainda nos permitirá reagir rapidamente caso tenhamos uma surpresa agradável no futuro", afirma o empresário.
A surpresa, se vier, será americana e ainda não está contabilizada em seu planejamento para 2013. Desde 2009 a Hebron mantém um escritório nos Estados Unidos para prospectar um parceiro local.
Em outubro próximo, Silva realiza uma reunião decisiva em Ohio, no centro-oeste do país, onde espera fechar uma parceria com um distribuidor local.
"O mercado americano de compras em farmácias é de US$ 250 bilhões. O brasileiro é de US$ 15 bilhões. Teremos um potencial gigantesco de crescimento se formos bem sucedidos em nossa estratégia naquele país", diz.
Hoje, exportações representam menos de 1% do faturamento da Hebron. São vendas regulares para o Peru e esporádicas para Chile e Europa.
Silva relata que as exportações devem ganhar um impulso nos próximos anos devido a um acordo com um distribuidor na Colômbia, que também representará os produtos brasileiros em países da América Central.
No momento, os medicamentos da Hebron estão em fase de aprovação junto às autoridades sanitárias colombianas. Além disso, o empresário faz sondagens junto a representantes comerciais na Argentina.
"Nossa expectativa é de os países latinos responderem por 3% de nosso faturamento até 2014", afirma. A meta seguinte do empresário é chegar ao México, um país com potencial de mercado equivalente ao brasileiro.
Produtos inovadores
A Hebron aposta em dois medicamentos, de desenvolvimento próprio, para ser bem sucedida tanto no mercado paulista quanto no exterior. Um produto é o Florax, um probiótico para tratar distúrbios intestinais que responde por 25% das vendas da companhia.
O outro é o Prostokos, desenvolvido em parceria com a Unicamp, que, dependendo da dosagem utilizada, pode ser usado para induzir partos normais e evitar cesarianas, ou pode ser usado em abortos legais. "É capaz de evitar completamente o trabalho de curetagem", afirma Silva.
Sanofi eleva oferta por Genzyme a US$71/ação
A farmacêutica Sanofi-Aventis fez uma nova oferta de aquisição da companhia de biotecnologia norte-americana Genzyme de US$ 71 por ação, em troca da possibilidade de fazer uma "due diligence parcial" da companhia, segundo informou o serviço de notícias financeiras DealReporter, citando fonte próxima ao caso.
O serviço, que é ligado ao grupo Financial Times, afirmou que a oferta maior deve ser a última proposta informal da Sanofi enquanto não obter mais informações sobre as finanças da empresa americana.
Uma porta-voz da Sanofi não quis comentar a notícia, e não foi possível contatar a Genzyme. A Sanofi fez uma oferta formal de US$ 69 por ação da Genzyme.
Mesmo assim, um aumento modesto da proposta provavelmente não dará acesso para a Sanofi aos dados da Genzyme, afirmaram duas fontes ao DealReporter.
A gigante farmacêutica francesa comunicou à Genzyme que não deve aumentar sua oferta para entre US$ 74 e US$ 75 por ação, considerado o valor mínimo para a Genzyme divulgar seus dados financeiros, disse a primeira fonte e um acionista majoritário da Genzyme ao dealReporter.
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terça-feira, 7 de setembro de 2010
Baratas e gafanhotos usados em antibióticos
Podem ficar sem comer cerca de um mês, possuem alta resistência à radiação (dez vezes mais que os humanos), adaptam-se a uma enorme variedade de condições e podem até desenvolver tolerância contra alguns tipos de veneno. Agora, o cérebro das baratas pode ser a chave na luta contra algumas doenças. Um grupo de investigadores descobriu que o cérebro destes insectos tem diversos químicos que podem ser usados para se fazerem antibióticos contra doenças que são bastante resistentes a medicamentos, avança o Diário de Notícias.
Um estudo conduzido por cientistas britânicos sobre o cérebro das baratas e o dos gafanhotos descobriu um número de químicos que podem matar micróbios como o SARM. Os investigadores esperam que esta possa ser uma arma poderosa para impulsionar a diminuição do número de antibióticos usados para tratar vários tipos de infecções bacterianas.
Na pesquisa, que foi divulgada num encontro da Society of General Microbiology, descobriram-se nove tipos diferentes de químicos nos cérebros de gafanhotos e baratas, todos eles com propriedades antibacterianas fortes o suficiente para matar noventa por cento de SARM sem danificar qualquer outro tipo de células humanas, conta o DN.
Simon Lee, da Universidade de Nottingham, é o autor do estudo. Para o cientista, é a capacidade das baratas em viver na sujidade e em condições infecciosas que faz o cérebro destes insectos ter este tipo de componentes. "Eles devem ter qualquer tipo de defesa contra microorganismos. Pensamos que o sistema nervoso das baratas precisa de ser constantemente protegido, porque se este for abaixo o insecto acaba por morrer. Apesar disso podem sofrer danos nas estruturas periféricas sem que isso aconteça", explicou à BBC News.
Agora espera-se que estes componentes possam ser usados no tratamento de infecções que já são resistentes aos mais variados tipos de medicamentos, como o E. coli - que pode provocar gastroenterites, infecções urinárias, apendicites ou meningites - e o SARM, que estão a tornar-se difíceis de tratar, mesmo usando os antibióticos mais poderosos.
"Um rácio de mortes de 90% é um valor muito alto. Mesmo depois de ter diluído a substância, o que significa que havia apenas uma pequena quantidade dela na solução." Os antibióticos convencionais reduzem o número de bactérias e deixam o nosso sistema imunitário tratar do resto do problema. Por isso, para se ter algo com tanto poder de eliminação, que é também tão potente numa dose tão pequena, é bastante promissor", disse Simon Lee.
Apesar da novidade, os componentes ainda vão precisar de anos de testes para se avaliar a segurança e a eficácia antes de serem desenvolvidos medicamentos para o mercado.
RCC Farma
Efient® da Daiichi Sankyo e Eli Lilly recebe recomendação de Classe I
O Efient® (prasugrel), um agente antiplaquetário oral desenvolvido pela Daiichi Sankyo e pela Eli Lilly, recebeu uma recomendação de Classe I (o mais alto nível de recomendação) pela comissão responsável por directrizes clínicas da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) e da Associação Cirurgia Cardiotorácica Europeia (EACTS). O seu uso tem sido recomendado para pacientes com enfarte agudo do miocárdio, submetidos a intervenção coronária percutânea. Agora, o Comité recomendou o Efient® para uso em pacientes com enfarte do miocárdio menos grave, avança o site espanhol NoticiasMedicas.es.
As orientações sobre a cirurgia de revascularização da ESC / EACTS foram apresentados no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia e publicadas no European Heart Journal.
GSK responde a pedidos no BMJ para retirar Avandia® do mercado
Em resposta a um artigo publicado no British Medical Journal (BMJ) pedindo a retirada do mercado do seu fármaco para o tratamento da diabetes Avandia® (rosiglitazona), a GlaxoSmithKline (GSK) disse que a companhia rejeita "qualquer sugestão de que existe uma falta de resultados experimentais disponíveis publicamente relacionados com o medicamento, para escrutínio científico independente". A segurança cardiovascular do produto está actualmente sob revisão na Europa e nos EUA, sendo que se espera uma decisão das entidades reguladoras ainda este mês, avança o site FirstWord.
O artigo questionava se havia número suficiente de dados clínicos disponíveis em 2000, quando o produto foi aprovado na Europa e, também levantou preocupações sobre a qualidade dos dados apresentados pela GSK, a falta de resultados experimentais disponíveis publicamente para análise científica independente e sobre a falta de rapidez para reagir aos receios emergentes sobre a segurança do medicamento.
A farmacêutica britânica disse que "ao contrário do sugerido no artigo produzido por jornalistas do BMJ, a GSK realizou um extenso programa de pesquisa envolvendo mais de 50.000 pacientes para analisar a segurança e os benefícios da rosiglitazona", acrescentando que "nenhum outro medicamento para a diabetes introduzido no mercado nos últimos 10 anos tem um banco de dados de segurança tão abrangente". A companhia também garantiu que "partilhou rigorosamente os dados relacionados com a segurança cardiovascular do Avandia®, de uma forma oportuna e transparente".
A investigação da revista ao medicamento também constatou que em Julho um grupo consultivo independente da Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) recomendou a retirada do Avandia® do mercado, por considerar que os seus riscos superam os benefícios, concluindo que o fármaco "não tem mais lugar no mercado do Reino Unido ". Mais tarde, naquele mês, a MHRA enviou uma carta aos profissionais de saúde aconselhando-os a "considerar tratamentos alternativos sempre que necessário". No entanto, Deborah Cohen, que conduziu a pesquisa do BMJ, disse que a carta não era suficientemente clara, e que a MHRA deveria ter informado os médicos do parecer completo do grupo consultivo.
A MHRA disse que não tinha passado a recomendação de retirar o Avandia® do mercado aos médicos porque iria criar confusão, e aguarda uma decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Rcc Farma
AstraZeneca em acordo com Aurobindo para mercados emergentes
A AstraZeneca firmou na segunda-feira um acordo com a Aurobindo Pharma para o licenciamento e fornecimento de medicamentos genéricos para venda em mercados emergentes, avança o site FirstWord. "Estes acordos permitem-nos ampliar o leque de medicamentos de marca que somos capazes de oferecer aos pacientes em mercados emergentes, onde vemos oportunidades contínuas para expandir o nosso negócio", disse Kaushik Banerjee, director de operações de genéricos de marca da AstraZeneca.
Sob os termos do acordo, a empresa indiana fornecerá à AstraZeneca medicamentos genéricos anti-inflamatórios, para doenças cardiovasculares e para o sistema nervoso central, que a farmacêutica britânica vai vender sob a marca AstraZeneca. Os termos financeiros não foram divulgados.
Em Março, a AstraZeneca fechou um acordo similar de fornecimento de genéricos de marca com a Torrent Pharmaceuticals, numa tentativa de aumentar a receita dos mercados emergentes para representar 25% das suas vendas em 2014, acima dos 13% registados em 2009 (ou 4,4 mil milhões de dólares).
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Ranbaxy abre nova unidade de produção na África do Sul
A Ranbaxy anunciou que abriu a sua nova unidade fabril, a Be-Tabs Pharmaceuticals Manufacturing Plant, em Roodepoort na África do Sul, avança o site Moneylife.
Nas novas instalações, construídas com um investimento de 30 milhões de dólares, vão ser produzidos analgésicos, fármacos para a tosse e gripe, anti-histamínicos, anti-hipertensivos, medicamentos para o sistema nervoso central, vitaminas e minerais, bem como uma vasta gama de medicamentos OTC (over-the-counter).
Sanofi-aventis pode elevar oferta pela Genzyme
A farmacêutica francesa sanofi-aventis estará pronta para elevar um pouco a sua oferta de 69 dólares por acção da Genzyme se a empresa norte-americana concordar em negociar, publicou a agência Dow Jones, citando uma fonte a par da situação, avança a agência Reuters.
A fonte descartou notícias recentes de que o Conselho da sanofi estaria dividido sobre se a companhia deveria ou não insistir no negócio, depois de a Genzyme ter rejeitado a sua oferta inicial, segundo a Dow Jones.
O Conselho concordou que, em princípio, o valor da proposta pode ser elevado, mas quer um sinal da Genzyme de que está preparada para negociar, segundo a Dow Jones.
Representantes da sanofi-aventis não foram imediatamente localizados pela Reuters para comentar o assunto.
Tráfico de medicamentos: 3,2 mil comprimidos irregulares são apreendidos
Após 60 dias de investigação, a Polícia Civil conseguiu colocar atrás das grades um farmacêutico de 39 anos, com 12 de profissão. O homem foi flagrado no início da tarde desta sexta-feira, em Tubarão, negociando, de forma irregular, medicamentos controlados com um comerciante de Içara, 58, que também acabou preso.
A transação ocorreu na avenida Marechal Deodoro (beira-rio), no bairro Fábio Silva. Fiscais da Vigilância Sanitária Municipal estiveram na farmácia do acusado, também no Fábio Silva, em junho deste ano, lacraram o setor de venda de medicamentos controlados e apreenderam alguns remédios. O farmacêutico não tinha autorização para comercializar a droga, mas infringiu a lei.
Os agentes encontraram cerca de 3,2 mil comprimidos tarja preta e vermelha (vendidos somente sob prescrição médica), a maioria antidepressivos e anti-insônia, que estavam no porta-malas do carro do farmacêutico tubaronense.
A dupla vai responder por tráfico de drogas e poderá ser condenada até 15 anos de prisão em regime fechado, conforme prevê a Lei 344/98, sobre o uso e venda controlada de medicamentos. Eles aguardam julgamento no Presídio Regional de Tubarão.
O delegado titular da Central de Operações Policiais (COP) de Tubarão, Marcos Ghizoni, coordenou a ação, que fez parte da terceira etapa da Operação Integrada, deflagrada no estado nos últimos dias.
“Vamos prosseguir com as investigações. É possível que haja mais medicamentos irregulares. Alguns, inclusive, podem ter sido desviados do SUS”, alerta Ghizoni.
Desvio do SUS
Os medicamentos apreendidos nesta sexta-feira não fazem parte do lote de remédios desviados do Sistema Único de Saúde (SUS), da secretaria de saúde da prefeitura, há dois meses. Mas a dupla detida é investigada e pode ter ligação com outro farmacêutico detido este ano, que vendia os produtos do SUS em sua farmácia, no bairro Morrotes.
Fonte: Diário Catarinense
Pfizer termina acordo para desenvolver vacina contra o cancro do cérebro
A Pfizer deu por finalizado o contrato para desenvolver a vacina experimental rindopepimut contra o cancro do cérebro, em fase intermédia de ensaios, da Celldex Therapeutics , por considerar que o programa" já não é uma prioridade estratégica" para a Pfizer, anunciou a Celldex, citada pelo site FirstWord.
As empresas entraram num acordo em Abril de 2008 para desenvolver a vacina para pacientes com glioblastoma multiforme. Sob os termos do acordo, a Pfizer teria pago cerca de 450 milhões de dólares em objectivos à Celldex, bem como royalties se o rindopepimut chegasse ao mercado.
Os direitos mundiais para a vacina agora retornam à Celldex, que disse que vai continuar a desenvolver o produto. As acções a Celldex caíram até 36% após a notícia.
Novartis avança com venda de fármaco oftalmológico à Bausch & Lomb
A Novartis está a avançar com a venda do seu medicamento de cirurgia oftalmológica, o Miochol-E, à Bausch & Lomb, como parte de um acordo da Comissão Federal de Comércio relacionado com a aquisição planeada da Alcon pela Novartis, avança o site FirstWord.
A Bausch & Lomb informou que completou a aquisição de bens e propriedade intelectual para o injectável miótico nos EUA, Canadá, Austrália e Coreia, bem como nalguns mercados fora do Espaço Económico Europeu. A empresa pretende concluir a sua compra dentro do Espaço Económico Europeu, estando a aguardar a aprovação da Comissão Europeia.
Sob os termos do acordo, cujos detalhes financeiros não foram divulgados, a Novartis fornecerá assistência técnica à Bausch & Lomb para auxiliar na transferência de produção do Miochol-E.
Reino Unido diz Avandia® "não tem mais lugar no mercado"
A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), entidade que regula o medicamento no Reino Unido, disse que acredita que os riscos do Avandia® (rosiglitazona) da GlaxoSmithKline ultrapassam os seus benefícios e que o fármaco "já não tem um lugar no mercado do Reino Unido", avança o site FirstWord.
O porta-voz da MHRA, Stephen Hallworth, comentou que a agência tinha apresentado "veementemente" a sua posição na Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e que gostaria de destacar a sua preocupação novamente numa reunião extraordinária a 8 de Setembro para rever a segurança do medicamento antes de finalizar a sua posição na sua próxima reunião agendada para decorrer de 20 a 23 de Setembro.
Enquanto isso, o British Medical Journal (BMJ) e alguns médicos líderes pediram que o medicamento para o tratamento da diabetes fosse retirado do mercado imediatamente, acrescentando que nunca deveria ter sido licenciado em primeiro lugar. A editora do BMJ, Fiona Godlee, declarou: "Chegou a altura de esse medicamento ser retirado do mercado".
Em resposta às últimas notícias, o Departamento Britânico de Saúde afirmou que "a MHRA emitiu uma orientação para todos os profissionais de saúde com advertências claras sobre os riscos associados para alguns pacientes. Os ministros não foram convidados a tomar qualquer decisão sobre a licença do Avandia® no Reino Unido".
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