quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Farmacêutica Pernambucana Hebron entra no mercado paulista

Na manhã de hoje (8), uma força tarefa formada por 112 pessoas começa a visitar consultórios médicos em São Paulo representando os produtos farmacêuticos da Hebron.

É grande a expectativa de Josimar Henrique da Silva, presidente da companhia pernambucana fundada há 27 anos.

Em três anos, o empresário espera obter uma receita anual no estado de R$ 35 milhões. "São Paulo representa 35% do faturamento da indústria farmacêutica brasileira. Hoje faturamos R$ 100 milhões e vamos crescer 35% estando aqui", calcula.

Em julho do próximo ano, a companhia pretende também entrar no mercado dos três estados do Sul do país e crescer mais 17%.

Na estratégia de Silva, exportações e novos produtos devem complementar o mix de receitas necessárias para obter um faturamento anual de R$ 200 milhões em 2013.

Os preparativos industriais para este salto já estão em fase final. Até dezembro Silva espera complementar um investimento de R$ 23 milhões que elevará a capacidade produtiva de sua fábrica em Caruaru (PE) de dois milhões de unidades mensais para seis milhões.

"Hoje estamos trabalhando no limite de nossa capacidade. A expansão nos dará condições para atender ao crescimento já programado e ainda nos permitirá reagir rapidamente caso tenhamos uma surpresa agradável no futuro", afirma o empresário.

A surpresa, se vier, será americana e ainda não está contabilizada em seu planejamento para 2013. Desde 2009 a Hebron mantém um escritório nos Estados Unidos para prospectar um parceiro local.

Em outubro próximo, Silva realiza uma reunião decisiva em Ohio, no centro-oeste do país, onde espera fechar uma parceria com um distribuidor local.

"O mercado americano de compras em farmácias é de US$ 250 bilhões. O brasileiro é de US$ 15 bilhões. Teremos um potencial gigantesco de crescimento se formos bem sucedidos em nossa estratégia naquele país", diz.

Hoje, exportações representam menos de 1% do faturamento da Hebron. São vendas regulares para o Peru e esporádicas para Chile e Europa.

Silva relata que as exportações devem ganhar um impulso nos próximos anos devido a um acordo com um distribuidor na Colômbia, que também representará os produtos brasileiros em países da América Central.

No momento, os medicamentos da Hebron estão em fase de aprovação junto às autoridades sanitárias colombianas. Além disso, o empresário faz sondagens junto a representantes comerciais na Argentina.

"Nossa expectativa é de os países latinos responderem por 3% de nosso faturamento até 2014", afirma. A meta seguinte do empresário é chegar ao México, um país com potencial de mercado equivalente ao brasileiro.

Produtos inovadores


A Hebron aposta em dois medicamentos, de desenvolvimento próprio, para ser bem sucedida tanto no mercado paulista quanto no exterior. Um produto é o Florax, um probiótico para tratar distúrbios intestinais que responde por 25% das vendas da companhia.

O outro é o Prostokos, desenvolvido em parceria com a Unicamp, que, dependendo da dosagem utilizada, pode ser usado para induzir partos normais e evitar cesarianas, ou pode ser usado em abortos legais. "É capaz de evitar completamente o trabalho de curetagem", afirma Silva.