terça-feira, 7 de setembro de 2010
GSK responde a pedidos no BMJ para retirar Avandia® do mercado
Em resposta a um artigo publicado no British Medical Journal (BMJ) pedindo a retirada do mercado do seu fármaco para o tratamento da diabetes Avandia® (rosiglitazona), a GlaxoSmithKline (GSK) disse que a companhia rejeita "qualquer sugestão de que existe uma falta de resultados experimentais disponíveis publicamente relacionados com o medicamento, para escrutínio científico independente". A segurança cardiovascular do produto está actualmente sob revisão na Europa e nos EUA, sendo que se espera uma decisão das entidades reguladoras ainda este mês, avança o site FirstWord.
O artigo questionava se havia número suficiente de dados clínicos disponíveis em 2000, quando o produto foi aprovado na Europa e, também levantou preocupações sobre a qualidade dos dados apresentados pela GSK, a falta de resultados experimentais disponíveis publicamente para análise científica independente e sobre a falta de rapidez para reagir aos receios emergentes sobre a segurança do medicamento.
A farmacêutica britânica disse que "ao contrário do sugerido no artigo produzido por jornalistas do BMJ, a GSK realizou um extenso programa de pesquisa envolvendo mais de 50.000 pacientes para analisar a segurança e os benefícios da rosiglitazona", acrescentando que "nenhum outro medicamento para a diabetes introduzido no mercado nos últimos 10 anos tem um banco de dados de segurança tão abrangente". A companhia também garantiu que "partilhou rigorosamente os dados relacionados com a segurança cardiovascular do Avandia®, de uma forma oportuna e transparente".
A investigação da revista ao medicamento também constatou que em Julho um grupo consultivo independente da Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) recomendou a retirada do Avandia® do mercado, por considerar que os seus riscos superam os benefícios, concluindo que o fármaco "não tem mais lugar no mercado do Reino Unido ". Mais tarde, naquele mês, a MHRA enviou uma carta aos profissionais de saúde aconselhando-os a "considerar tratamentos alternativos sempre que necessário". No entanto, Deborah Cohen, que conduziu a pesquisa do BMJ, disse que a carta não era suficientemente clara, e que a MHRA deveria ter informado os médicos do parecer completo do grupo consultivo.
A MHRA disse que não tinha passado a recomendação de retirar o Avandia® do mercado aos médicos porque iria criar confusão, e aguarda uma decisão da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
Rcc Farma