sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cosméticos Lumi aposta na beleza e vira a "Avon africana"


A empresa familiar brasileira de cosméticos Lumi começou de uma aposta da família Antunes cinco anos atrás para investir no vigoroso ramo de beleza. Na época, a Lumi tinha apenas sete funcionários, e hoje a folha de pagamentos tem 200 colaboradores, além de uma lista de 250 mil revendedores - número que espera aumentar 40% este ano. A empresa se considera uma Avon africana, pois as vendas na África representam 30% do faturamento da marca - valor este guardado a sete chaves.

Com produtos a partir de R$ 2,60 e alvo na classe B e C, a empresa atravessou o oceano e deve entrar no próximo ano na França, Panamá, Argentina, Uruguai, Bolívia e El Salvador. O tíquete médio de vendas é R$ 300 e a fábrica da Lumi, com uma produção anual de 1.440 milhão de itens, tanto para abastecer o Brasil, como o continente africano (exceto Africa do Sul), está localizada em São Paulo, no bairro da Vila Guilherme. Atualmente apenas o segmento de perfumes representa 37% do faturamento, seguido da venda de maquiagem (23%) e da linha corpo e banho (16%). O restante é divido entre esmaltes e linha infantil.



"As fragrâncias dos perfumes são importadas e isso é um dos motivos de elas terem duração maior", explicou a diretora da Lumi, Natália Antunes. Ela representa um mercado de empresas conceituadas, como a Avon, que hoje possui 1,1 milhão de revendedoras no Brasil, e Natura, com cerca de 850 mil revendedoras no País. A Lumi, porém, garante conquistar aos poucos, e de forma orgânica, espaço nas principais regiões brasileiras: o sudeste responde por 75% das vendas e o nordeste, por 17%. Outras regiões se dividem linearmente.

África

A empresa afirma que a expansão internacional começou há três anos, quando garante ter sido a primeira brasileira do segmento a chegar em Angola e Luanda. Ano passado foi para Moçambique. Este ano desembarcou com produtos na Costa do Marfim, em Benim e em Botswana, na África. "Fomos convidados pelo governo africano a vender nossos produtos. No início achamos loucura, mas vemos que a decisão foi certa", disse a diretora da Lumi.

Por conta também da demanda na região, a empresa desenvolveu um catálogo especial com produtos e esmaltes para pele negra. "Hoje comercializamos seis linhas de produtos de beleza nas regiões e temos produtos específicos para a beleza africana", afirmou Natália.

Nas províncias africanas, as vendas são feitas de duas formas: varejo e vendas diretas. Hoje existe uma loja em um shopping de Luanda, e o continente tem 10 mil revendedoras que comercializam os produtos levados na cabeça, pelas ruas dos bairros nobres e das periferias, até mesmo onde a água encanada ainda não se faz presente. No continente, a marca afirma ter virado grife com o público A e B, que desfila pelas ruas com camisetas, relógios e chinelos de nome Lumi. Neste semestre, a empresa entrou com o esquema de varejo e vendas diretas também em Portugal. "Contamos com fortes parcerias nos países para os quais exportamos. Não temos um modelo engessado de distribuição e vendas."

Paixão brasileira

Licenciamento é outro segmento explorado pela Lumi. No Brasil hoje a empresa é responsável pelos perfumes dos times Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. No caso do Corinthians, o produto tornou-se líder de vendas devido ao centenário do time. " O perfume corintiano é o que mais vende, por ser uma das maiores torcidas do País, neste ano especificamente com um com embasamento comemorativo do centenário. Em seguida vem o perfume do São Paulo, que hoje é o único fabricado na versão feminina e masculina. Os demais times variam com o desempenho do clube", explicou a porta-voz.

No Rio de Janeiro os planos são fazer o perfume do Flamengo. Nos Jogos Pan-americanos de 2007 - realizados na cidade dos cariocas - a Lumi foi convidada pelo Globo Marcas a fazer o perfume que representou o País. E começa a negociar para repetir a parceria na Copa do Mundo (2014) e nas Olimpíadas (2016).

Captação de revendedores

Presente em mais de 300 municípios brasileiros por meio de suas revendedoras de porta a porta, a Lumi utiliza catálogos e kits demonstrativos como ferramentas de venda. "Nós temos grande facilidade na captação de novos colaboradores porque, além da comissão de 30%, oferecemos incentivos diversos, como premiações e bonificações. Levamos oportunidade de trabalho e ao mesmo tempo bem-estar e beleza", destacou Natália Antunes.

As vendas têm como estratégia de marketing mudar periodicamente os catálogos e folhetos para manter a fidelidade tanto das revendedoras como das clientes. "Nosso livreto com todos os produtos contém diversas dicas de maquilagem, ou de como cuidar da pele. Para as revendedoras oferecemos vários cursos, em que elas aprendem a se maquilar e a passar as dicas para as clientes também", explicou a Natália.

Mercado

De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABVD), esse segmento faturou R$ 11,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, o que representa uma expansão de 21,2% na comparação com igual período do ano passado.

De janeiro a junho, o ramo de negócios cresceu 16,7% na comparação com o primeiro semestre de 2009 e passou de 2,255 milhões para 2,631 milhões de revendedores. No ano passado, o setor movimentou R$ 21,8 bilhões, com alta de 18,4% em relação ao faturamento de 2008.

Fonte: DCI

Clopidogrel será testado em pessoas para reduzir efeitos do lúpus


clopidogrel, um medicamento cardiológico testado em ratinhos afectados por graves formas de lúpus - uma doença de origem desconhecida e frequente na América do Sul, inclusive no Brasil -, melhorou as condições de saúde das cobaias e prolongou significativamente a sua esperança de vida, segundo investigações que devem produzir um teste clínico humano em 2011 em França, avança a AFP.

A doença, que afecta uma população jovem, especialmente mulheres em idade reprodutiva, manifesta-se geralmente por dores articulares intensas, lesões cutâneas no rosto e problemas renais mais ou menos severos, mas também pode afectar outros órgãos, como o cérebro ou o coração.

Médicos e cientistas franceses, cujos trabalhos foram publicados esta quarta-feira na revista científica americana Science Translational Medicine, acabam de demonstrar que este tipo de medicamento tem efeitos muito interessantes no tratamento da doença, conhecida como lúpus eritematoso sistémico (LES).

O clopridogrel faz parte, assim como a aspirina, da família de medicamentos antiplaquetários, que ajudam a prevenir a formação de coágulos perigosos. É prescrito para reduzir o risco de crise cardíaca ou acidente vascular cerebral (AVC).

O lúpus é uma doença auto-imune, ou seja, o organismo ataca algumas das suas partes como se fosse um elemento estranho.

Os tratamentos disponíveis para as formas graves (corticóides, imunosupressores...) são apenas paliativos.

Sanofi Pasteur testa vacina contra 4 tipos de dengue


Uma vacina contra os quatro tipos de dengue já está em fase de testes em humanos no Brasil há duas semanas, segundo o infectologista Reynaldo Dietze, director do Núcleo de Doenças Infecciosas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que coordena o estudo, noticia a Agência Estado.

Segundo o cientista, a investigação é uma parceria entre a universidade e o laboratório Sanofi Pasteur, acompanhada pelo Ministério da Saúde brasileiro. Os 23 voluntários que já receberam as doses não apresentaram reacções adversas.

"Acompanhamos todos (os voluntários) e os 23 que já foram vacinados não tiveram reacções", disse ao Jornal da Tarde.

Ao todo, 150 pessoas serão submetidas aos testes em Vitória. Depois disso, a vacina será testada noutras capitais numa quantidade de pessoas maior. Esse processo deve demorar cerca de um ano e meio. Dietze explicou que a vacina é feita a partir de um vírus vivo que é modificado geneticamente.

"É como se pegássemos o pedaço de um e colocássemos em outro. Isso desliga a patogenicidade do agente e ele não consegue causar a doença."

Segundo o investigador, se os testes saírem conforme o esperado, a vacina servirá contra todos os tipos de dengue.

fonte: RCC Farma

Abbott desiste da venda do seu negócio de vacinas


O Wall Street Journal noticiou esta quinta-feira que a Abbott decidiu contra a venda do seu negócio europeu de vacinas, após as ofertas iniciais terem ficado abaixo das expectativas da companhia, avança o site FirstWord.

A empresa, que adquiriu a unidade como parte da sua compra de 7,6 mil milhões de dólares da Solvay, colocou a unidade de vacinas à venda em Junho passado. No entanto, uma fonte próxima do assunto disse que, apesar de ter recebido ofertas de quatro ou cinco empresas, as propostas foram de menos de 500 milhões de euros (640 milhões de dólares).

A mesma fonte avançou que a empresa agora planeia integrar a unidade nas suas outras operações, sugerindo que a Abbott irá provavelmente continuar a manter a unidade num futuro próximo.

Takeda assina acordo para comercializar fármaco para obesidade nos EUA


A Takeda entrou num acordo para comercializar de forma exclusiva o tratamento experimental para a obesidade da Orexigen Therapeutics, o Contrave® (bupropiona / naltrexone), nos EUA, Canadá e México, estando o negócio dependente da aprovação das entidades reguladoras. O negócio pode potencialmente valer mais de mil milhões de dólares, avançaram as companhias esta quinta-feira, citadas pelo FirstWord.

Sob os termos do acordo, a Takeda fará um pagamento inicial de 50 milhões de dólares à Orexigen, bem como pagamentos posteriores dependentes de objectivos de regulação e de vendas. O laboratório farmacêutico japonês também irá pagar royalties diferenciados de dois dígitos nas vendas líquidas à Orexigen, que manteve o direito de co-promover o produto nos EUA.

Um pedido para a comercialização do Contrave® nos EUA foi apresentado em Março e está actualmente sob a revisão da FDA, entidade que regula o medicamento nos EUA. A reunião do painel consultivo da FDA está marcada para 7 de Dezembro, e espera-se uma decisão da agência até o final de Janeiro de 2011.

fonte: RC Pharma

Novartis anuncia medicamento promissor contra a malária


Um medicamento experimental da Novartis é capaz de eliminar a malária em ratos com uma única dose, e os cientistas dizem que a descoberta é promissora para o futuro do tratamento contra uma das doenças mais letais do mundo, avança a agência Reuters.

Num estudo publicado quinta-feira na revista Science, uma equipa internacional de cientistas disse que o fármaco, chamado NITD609, foi eficaz contra os dois mais comuns parasitas responsáveis pela malária - o "Plasmodium falciparum" e o "Plasodium vivax" - e também contra várias estirpes resistentes a outros fármacos.

Em experiências com ratos, os cientistas concluíram que o NITD609 age de modo diferente das outras drogas contra a malária, e que uma única dose oral basta para a cura.

O uso em humanos ainda depende de testes à sua segurança. Os investigadores disseram que, caso os resultados sejam positivos, os testes clínicos em humanos podem começar no final do ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz haver anualmente cerca de 243 milhões de casos da doença, transmitida por um mosquito, com estimadas 863 mil mortes, principalmente entre crianças na África. Embora seja uma doença evitável e curável, mata uma criança africana a cada 45 segundos.

Seroquel® da AstraZeneca aprovado na Europa como add-on do tratamento


A AstraZeneca anunciou quinta-feira que os reguladores europeus aprovaram o antipsicótico Seroquel® XR (quetiapina) como um add-on do tratamento para doentes com transtorno depressivo maior que falharam em responder adequadamente a outros antidepressivos, avança o site FirstWord.

A decisão segue uma recomendação positiva pela Comité dos Medicamentos (CHMP) para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A farmacêutica disse que agora procura aprovações locais para o produto nos mercados europeus.

O Seroquel®, que teve vendas no segundo trimestre de 1,4 mil milhões de dólares, já está aprovado para esta indicação nos EUA.

Fonte: R Farma

Rede D'Or adquire o controle do Hospital São Luiz em SP


A rede de hospitais D'Or, maior operadora independente de hospitais e laboratórios do Brasil, está adquirindo o controle acionário do Hospital São Luiz, que conta com três unidades em São Paulo.

O negócio é fruto de uma parceria feita entre a companhia carioca e o BTG Pactual, para investir em aquisições no segmento da saúde.

O fundo, que também é dono da rede Farmais, adquirida em 2009, fez um acordo de subscrição de debêntures da rede D'Or em ações.

O São Luiz faturou no ano passado R$ 680 milhões, um crescimento de 19,2%em relação ao registrado no ano anterior. A meta da empresa para 2010 é chegar a uma receita de R$ 765 milhões.

A Rede D'Or alcançou um faturamento de R$ 1,1 bilhão em 2009. Além dos hospitais, o grupo conta a Labs D'Or, rede de laboratórios com mais de 40 unidades em cidades do Rio.

Este não é o primeiro movimento do D'Or para entrar no mercado paulista. Há cerca de três meses, a empresa adquiriu o Hospital Brasil, em Santo André.

No começo do ano, iniciou negociações para adquirir o hospital carioca Samaritano, por cerca de R$ 140 milhões. O acordo ainda não foi concretizado.

Além das aquisições, o grupo ainda deve inaugurar neste ano um hospital em Cascadura, zona norte da cidade. A rede tem mais dois projetos em carteira para unidades em Duque de Caxias e Niterói.

Avaliação

"Vamos preservar e fortalecer o legado de qualidade no atendimento e a excelência da marca São Luiz, que conta com uma respeitável e admirável história", avalia Jorge Moll, médico e presidente do conselho de administração da Rede D'Or.

"A união de Rede D'Or e São Luiz proporcionará sinergias importantes do ponto de vista de negócios, pois as instituições se complementam em suas respectivas regiões de atuação. Por sua vez, os clientes passam a ter um acesso ainda mais amplo às melhores práticas na área de saúde. E nossos colaboradores passam a integrar uma empresa ainda mais sólida para enfrentar novos desafios no setor de serviços de saúde no Brasil", diz Luiz Antonio Viana, presidente do Conselho de Administração do Hospital e Maternidade São Luiz

Fonte: Brasil Economico

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ministério da Saúde aumenta lista de doenças de comunicação obrigatória

Foi ampliada de 38 para 44 a quantidade de doenças, agravos e emergências que fazem parte da Lista de Doenças de Notificação Compulsória (LNC), ou seja, cuja comunicação às autoridades sanitárias é obrigatória.



O Ministério da Saúde incluiu nessa lista acidentes com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas; atendimento antirrábico envolvendo ataques de cães, gatos e morcegos; esquistossomose; intoxicações por substâncias químicas, como agrotóxicos e metais pesados; sífilis adquirida; e síndrome do corrimento uretral masculino.


As autoridades de saúde dos municípios e Estados são obrigadas a informar, imediatamente, ao Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) casos referentes às doenças acima. De acordo com a Secretaria de Vigilância em Saúde do ministério, a portaria publicada na última quarta-feira com as seis novas doenças atende a recomendações sanitárias internacionais, de 2005.


Para a inclusão das novas doenças na lista, foram usados critérios como o potencial de transmissão, estimado pelo nível de ameaça à saúde pública.


Fonte: Estadão

Governo do RS adota novas medidas para manter redução da mortalidade infantil


A governadora Yeda Crusius, nesta quinta-feira (2/9), celebrou a conquista do Rio Grande do Sul, que é o Estado com menor coeficiente de mortalidade infantil do Brasil, com 13,1 por mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 23,3, e lançou duas novas ações de proteção aos bebês prematuros de baixo peso (menos de 1,5 kg ao nascer). As decisões contemplarão UTIs neonatais de 31 hospitais do RS. O Hospital da Ulbra, de Canoas, é o primeiro.

O Governo do Estado, através da Secretaria da Saúde, vai oferecer o medicamento Palivizumabe na prevenção da infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório - VSR e a abertura de ambulatórios especializados no atendimento ao prematuro Egresso das Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal. O Estado já adquiriu o medicamento, superando assim as demandas judiciais para seu fornecimento.


Os atos foram assinados hoje (2/9), na unidade de pediatria do Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas, pela governadora Yeda Crusius e a secretária Saúde Arita Bergmann.

O período de aplicação do palavizumabe, em 2010, será em agosto e setembro. Nos anos seguintes, ocorrerá entre maio e setembro, período em que mais ocorre a circulação do VSR no Rio Grande do Sul.

A secretária da Saúde Arita Bergman afirmou:

- A meta do Governo do Estado é colocar o insumo à disposição de cerca de 500 recém-nascidos, anualmente, que estão muito abaixo do peso e são mais vulneráveis a doenças respiratórias.

O Governo do Estado também instituiu o incentivo financeiro para implantação de ambulatórios especializados no atendimento ao prematuro egresso das Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal. Sua finalidade é garantir acompanhamento diferenciado aos recém-nascidos que recebem alta hospitalar, e será repassado aos 31 hospitais de Referência Estadual de Atenção à Gestante de Alto Risco, com acesso aos leitos viabilizado pelas Centrais de Regulação de Leitos.


Estes 31 hospitais atenderão 1,4% dos recém-nascidos do Rio Grande do Sul. São prematuros com peso ao nascimento inferior a 1,5 Kg, representando um universo de cerca de 2 mil crianças por ano. Destas, cerca de 1.200 sobrevivem devido ao acesso aos leitos de UTI neonatal, preferencialmente ainda intra-útero, hoje viabilizado pela regulação estadual instituída na atual gestão.

Isto oportuniza aos recém-nascidos recursos tecnológicos e humanos qualificados no cuidado diferenciado e especializado. Após a alta hospitalar, grande parte deles apresenta inúmeras situações de saúde decorrentes das sequelas da prematuridade, sem a continuidade dos cuidados diferenciados em nível ambulatorial, para que sobrevivam com a melhor qualidade de vida possível.

Os ambulatórios terão equipes multiprofissionais, com especialistas em pediatria, psicologia e neurologia, entre outros. O trabalho começa no Hospital Universitário da Ulbra pelo fato de, na maternidade da instituição, nascer uma média de 300 bebês/mês, de famílias da Região Metropolitana.

O diretor geral do hospital, Julio Boehl, definiu as medidas como "um grande salto para a queda da mortalidade infantil e orgulham a nossa instituição, que é a primeira a ser atendida".


Secretaria da Saúde RS

Metformina reduz cancro do pulmão


O antidiabético metformina reduziu fortemente a frequência do cancro do pulmão em ratos de laboratório expostos a um derivado da nicotina, uma substância cancerígena do tabaco, de acordo com trabalhos publicados quarta-feira, muito promissores para os humanos, avança a agência Lusa.

Os investigadores administraram às cobaias, por via oral ou por injecção, a metformina, um dos medicamentos mais utilizados em todo o mundo, sendo que os ratos que receberam este agente oralmente tiveram entre 40 a 50 por cento menos tumores.

No entanto, os que foram tratados com injecções de metformina viram o risco de contrair cancro disparar 72 por cento, concluíram os investigadores, que publicaram o estudo na revista Cancer Prevention Research de Setembro.

Este estudo mostrou que a metformina activa uma enzima produzida por moléculas dos antibióticos que neutralizam uma proteína importante para o crescimento e para a sobrevivência de células cancerígenas do pulmão, explicou Philip Dennis, do Instituto Norte-Americano do Cancro e autor principal da investigação.

Encorajados por estes resultados da investigação animal, os ensaios clínicos preliminares com metformina vão ser usados para determinar se esta substância pode ser utilizada como quimioterapia de prevenção para os fumadores que apresentem um risco elevado de desenvolver cancro do pulmão.

“Apesar de parar de fumar ser a coisa mais importante a fazer para os fumadores, mais de metade dos casos de cancro do pulmão são diagnosticados a antigos fumadores, o que mostra a importância de desenvolver os tratamentos preventivos eficazes”, considerou Dennis.

“Os estudos epidemiológicos feitos anteriormente mostraram que os diabéticos que tomam metformina apresentam um risco médio de desenvolver um cancro”, acrescenta Jeffrey Engelman, director do centro de investigação do cancro no Hospital Geral do Massachussetts, co-autor de um editorial publicado na revista Cancer Prevention Research.

Para Michael Pollak, professor de medicina, especialista em cancros na Universidade McGill, em Montreal, e autor de um artigo sobre a metformina publicado na mesma revista, “este importante estudo faz crer que a metformina pode ser útil para prevenir e tratar este cancro”, mas também outro tipo de tumores cancerígenos.

Pollak disse ainda que os primeiros estudos epidemiológicos feitos no Reino Unido em 2005 mostraram que o risco de cancro dos diabéticos tratados com metformina diminuiu 40 por cento comparando com os que foram tratados com outros antidiabéticos.

Insistindo na “importância desta última investigação”, que revela o mecanismo de acção da metformina, Pollak sublinha que devem ser feitos ensaios clínicos mais amplos para compreender plenamente os efeitos anticancerígenos desta molécula.

O cancro do pulmão é o mais mortífero dos cancros (cerca de oito milhões de mortes anuais) e é também o que tem aumentado mais em todo o mundo, com mais de 12 milhões de novos casos a serem diagnosticados todos os anos.

A metformina é extraída do lilás, flor que os botânicos da Idade Média observavam para reduzir a frequência excessiva de urinas, um sintoma de diabetes descontrolada.

Johnson & Johnson recolhe milhões de lentes de contacto


A gigante Johnson & Johnson emitiu recentemente uma nova recolha de produtos de saúde. Desta vez, trata-se de um problema identificado em milhões de lentes de contacto descartáveis da marca 1 Day Acuvue®, vendidas no Japão e em outros países da Ásia e Europa. Esta é a nona recolha da empresa em apenas um ano, avança a Associated Press.

A empresa informou que recebeu um número limitado de reclamações de consumidores do Japão, que relataram uma ardência ou uma dor incomum quando colocavam a lente de contacto da marca Acuvue TruEye®. A empresa destacou num comunicado não ter recebido nenhuma notificação de danos à visão. "O risco de dano prolongado à saúde é bastante improvável", disse Gary Esterow, porta-voz da empresa.

A Johnson & Johnson estima que 100 mil caixas tenham sido afectadas pelo problema, sendo que cada caixa contém de 30 a 90 lentes cada. Os produtos foram fabricados na Irlanda, onde, segundo o porta-voz, uma falha no equipamento da linha que lava as lentes seria o causador do problema.

Segundo Esterow, as lentes de contacto envolvidas na recolha não foram vendidas nos EUA ou Canadá. "A maioria foi vendida no Japão", informou.

Antes desta recolha, a Johnson & Johnson já tinha lançado este ano oito recolhas de produtos que não precisam de prescrição médica, como Tylenol® para crianças.

Pfizer vai comprar a FoldRx Pharmaceuticals


A Pfizer vai adquirir a FoldRx Pharmaceuticals, uma empresa norte-americana de descoberta de fármacos e desenvolvimento clínico, com o objectivo de expandir o seu pipeline de potenciais produtos, avança a Associated Press.
O valor desta transacção não foi divulgado.

A empresa norte-americana encontra-se a desenvolver potenciais tratamentos para doenças relacionadas com proteínas defeituosas que são cada vez mais reconhecidas como uma causa para as doenças degenerativas crónicas.

O principal produto da companhia, o tafamidis meglumine, destina-se ao tratamento da polineuropatia amilóide, uma doença neurodegenerativa genética potencialmente fatal, cuja única opção de tratamento actual são os transplantes de fígado. O fármaco está neste momento à espera de autorização da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da FDA.

A Pfizer revelou que espera que o negócio esteja concretizado até ao final do ano.

Libbs lança site especializado em distúrbios do sono


“Acorde para o Problema” traz informações ao público sobre aspectos pouco conhecido relacionados ao sono e seus distúrbios, além de uma área para médicos, com fóruns técnicos, casos clínicos, artigos e aulas interativas

A Libbs Farmacêutica lança o site “Acorde para o Problema” (www.acordeparaoproblema.com.br) com o objetivo de levar conhecimento para a população brasileira sobre a importância do sono para a saúde e os principais distúrbios do sono, bem como promover discussões técnicas entre médicos de diferentes especialidades sobre os problemas relacionados ao sono e respectivos tratamentos.

Entre os distúrbios do sono abordados no site estão: narcolepsia, que provoca crises incontroláveis de sono durante o dia, mesmo que a pessoa tenha dormido uma quantidade adequada de horas durante a noite; Síndrome da Apneia obstrutiva do sono, na qual o indivíduo apresenta sono e episódios repetidos de obstrução total (apneia) ou parcial (hipopneia) do fluxo aéreo na via respiratória superior durante o sono; e Hipersonia idiopática diurna, caracterizada por sonolência excessiva diurna – sem ataques de perda de tônus muscular, com início geralmente na adolescência.

Para promover o aperfeiçoamento técnico e a integração de médicos de diferentes especialidades, como neurologia, pneumologia, psiquiatria, otorrinolaringologia e médicos especializados em sono, o “Acorde para o Problema” tem espaços dedicados a fóruns técnicos, artigos comentados, aulas interativas, casos clínicos e entrevistas especiais, entre outras atividades.

“É um espaço interativo com dicas para garantir uma boa noite de sono, testes para análise da qualidade de sono da população e informações sobre principais distúrbios relacionados ao tema”, afirma Luciana Palombini, especialista em distúrbios do sono, que é a coordenadora científica do site, ao informar que suas páginas dão prioridade a assuntos desconhecidos por grande parcela da população. “Muitos narcolépticos, por exemplo, que dormem no trabalho ou durante as aulas na escola, são taxados de preguiçosos pela família e por colegas, pois trata-se de uma doença pouco conhecida”, cita a médica.

O “Acorde para o Problema” é também uma ferramenta que visa promover discussões sobre as enfermidades relacionadas ao sono e a melhor maneira de médicos de diferentes áreas trabalharem integrados para diagnosticar distúrbios do sono e definir tratamentos específicos para cada pessoa.

Indústria farmacêutica quer barrar selo de medicamentos da Anvisa


Um grupo de empresários de laboratórios farmacêuticos vem tentando impedir, junto ao governo, que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lance um selo para rastrear e autenticar medicamentos no Brasil. Os executivos já se encontraram com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Miguel Jorge, e agendaram visita á ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.

Segundo eles, este selo, que será impresso pela Casa da Moeda, encareceria em até 50% o preço final dos remédios e, mesmo com fins de segurança não seria um mecanismo capaz de evitar a pirataria no setor.

Conforme cálculos feitos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) a pedido da Anvisa, o impacto final sobre o valor dos medicamentos seria inferior a 1%. A agência responde que é obrigada pela Lei 11.903/2009 a cumprir o lançamento do instrumento de segurança em questão.

Os embates residem no fato de que, enquanto o setor produtivo quer imprimir o selo direto na embalagem, a Anvisa quer exigir dessas empresas que a impressão do selo seja junto com o código da Casa da Moeda.

Para valer e ser lançado, o selo depende de uma instrução normativa que, segundo a Anvisa informou, deve sair dentro de semanas, independente das pressões do empresariado do segmento.

Jornalista: Cristiano Zaia

Laboratório Aché mira mercado de preenchimento facial


Com o objetivo de ampliar sua presença no mercado estético, o laboratório Aché acaba de fechar parceria com a farmacêutica canadense Prollenium Medical Technologies para comercializar, no Brasil, uma linha de produtos injetáveis para preenchimento facial. Segundo o diretor de prescrição do Aché, Marcelo Neri, o plano da empresa é voltar a atuar no mercado de toxina botulínica."Estamos em negociações com pelo menos três laboratórios para voltar para esse mercado", diz o executivo.

A farmacêutica brasileira comercializava a toxina botulínica em parceria com a francesa Ipsen até 2008, quando o contrato entre elas acabou. Atualmente, a toxina botulínica da Ipsen, sob a marca Dysport, é distribuída no Brasil pela empresa Galderma e tem como principal concorrente o Botox, da companhia Allergan.

De acordo com Neri, o atual produto comercializado pela Aché não substitui nem concorre com o botox. "O produto de preenchimento denominado Revanesse é uma alternativa de preenchimento dérmico injetável e é complementar ao uso da toxina" explica ele.

A empresa já importou 15 mil unidades do novo produto para comercialização até o fim deste ano. "Os investimentos em marketing e vendas serão de aproximadamente R$ 5 milhões para alcançar a nossa meta de atingir 13% desse mercado nos próximos 12 meses", afirma ele. O novo produto já está presente em 50 países e será lançado no Brasil por etapas. "Primeiro, traremos duas versões. Só depois da adaptação dos profissionais é que teremos dois outros produtos de penetração mais profunda", explica Neri.


Fonte: DCI

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Allergan, o fabricante americano do Botox, vai pagar 600 milhões de dólares


Washington - Allergan, o fabricante americano do Botox, disse nesta quarta-feira que concorda em pagar 600 milhões de dólares para solucionar procedimentos nos EUA, onde a justiça o acusa de promover o uso de seu célebre tratamento contra rugas para outros casos não autorizados.

As acusações, relacionadas ao período 2000/2005, dizem que a promoção do produto desviou seu uso para o tratamento de cefaleias, espasmos e paralisação cerebral, diz um comunicado.

Allergan foi considerado culpado, devendo pagar 375 milhões de dólares ao governo e outros 225 milhões de dólares relativos a demandas civis.

"Trata-se do melhor acordo para nossos acionistas já que resolve todas as questões da investigação, evita maiores custos derivados de litígios, e riscos substanciais para a empresa associados à ação do governo na matéria; além disso, permite que concentremos nosso tempo e recursos de forma produtiva para o desenvolvimento de novos tratamentos para os pacientes e a comunidade médica", disse Douglas Ingram, vice-presidente executivo do Allegran.

O Botox contém a toxina do botulismo. Quando injetado em pequenas doses, a substância paralisa o músculo e evita sua contração, o que elimina as rugas faciais. Também é utilizado para outros usos terapêuticos.

Há 20 anos foi aprovado também pela primeira vez nos EUA para o tratamento dos trastornos do músculo ocular.

Fonte: Exame

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Hospital São Luiz quer dobrar de tamanho até 2014


O Hospital São Luiz, uma das mais tradicionais redes de hospitais paulistas, investirá em torno de 600 milhões de reais na duplicação de suas unidades até 2014. Atualmente com três hospitais em bairros de classe média alta na capital paulista – Itaim, Morumbi e Anália Franco – a rede tem intenção de abrir outras três unidades no período.

A presidente da rede, Denise Soares dos Santos, forneceu a informação com exclusividade ao site EXAME durante um evento para empresários. De acordo com Denise, o projeto está atualmente em fase de seleção das novas praças.

"Estamos estudando a abertura de unidades dentro do estado de São Paulo e em outras regiões", afirma a executiva. Nos próximos meses, a rede definirá o lugar onde serão construídas as novas unidades.

Mesmo com a ampliação de hospitais, o Hospital São Luiz continuará focando públicos da classe A e B. "Temos um padrão de atendimento que queremos expandir e não modificar", diz Denise.

Este ano, a rede investirá 75 milhões de reais em atualização de parque tecnológico, sistemas de tecnologia da informação e construção de novos leitos. O faturamento previsto para 2010 é de 715 milhões de reais, 11,88% mais do que o do ano passado – crescimento obtido, em especial, pela unidade Anália Franco, aberta há dois anos.

Fonte: Exame

Controlador da Amil será o maior acionista da Dasa


Maior empresa laboratorial do Brasil, com faturamento de 1,4 bilhão de reais em 2009, a Dasa anunciou na manhã de hoje (30/8) um memorando de entendimentos para a incorporação da MD1, holding dona de 100% dos laboratórios Sérgio Franco, no Rio de Janeiro.

Caso a operação seja aprovada em assembleia, a Dasa vai desembolsar 88,2 milhões de reais para efetuar a incorporação. O restante do pagamento será feito por meio de troca de ações entre os acionistas da MD1 e da Dasa.


A holding MD1 tem como um de seus principais acionistas o empresário Edson Bueno, controlador do grupo Amil. Segundo o relatório do banco Morgan Stanley, ao qual EXAME teve acesso, se o negócio for aprovado pelos acionistas e pelo Cade, Bueno poderá se tornar o principal acionista individual da Dasa, com direito a uma cadeira no conselho de administração.

O valor de mercado da MD1 ultrapassa 1 bilhão de reais. Fontes ligadas à empresa afirmam que as negociações acontecem há cerca de seis meses. A Dasa deve anunciar, ainda em 2010, outra aquisição de menor porte.

fonte: Exame

Farmacêutica Novartis completa aquisição da Alcon por US$28,3 bi


A farmacêutica Novartis anunciou que completou a aquisição de 52% das ações da Alcon, da Nestlé, por US$ 28,3 bilhões, totalizando 77% da empresa.

Segundo o documento divulgado pela empresa suíça, a Alcon agrega plataforma de crescimento mundial do segmento de oftamologia, genéricos, vacinas e diagnósticos, além da divisão de Consumer Health. Sua vendas anuais somam US$ 6,5 bilhões e o lucro líquido, US$ 2 bilhões.

“Estamos satisfeitos em nos tornar proprietários da Alcon. Juntas, as duas empresas podem realizar suas prioridades estratégicas para solucionar as necessidades do paciente, através de produtos inovadores e diferenciados”, afirmou o diretor executivo da Novartis José Jimenez.


Fonte: JB Online

Unilever e P&G vão acirrar disputa em xampus a partir de novembro


Em pouco tempo, duas das maiores empresas de produtos de consumo do mundo começam a protagonizar por aqui a mesma disputa pelo mercado de xampus anticaspa que ambas já travam há anos nas principais praças no exterior. Com a chegada da marca Head & Shoulders no Brasil, em novembro, a Clear, da Unilever, terá novo competidor num mercado que cresce até 50% ao ano e movimentou nos últimos 12 meses cerca de R$ 680 milhões no país.

Se lá fora, no entanto, havia algumas diferenças no posicionamento entre as duas marcas - algo que acabava distinguindo-as no ponto de venda - chama a atenção o fato de que, no país, há muitas semelhanças nas estratégias definidas a curto prazo.

A Procter & Gamble já deixou claro que vai trabalhar com preços médios praticados pelo mercado para os produtos Head & Shoulders. É um detalhe importante. Lá fora, a diferença de preços entre as duas marcas chegou a 10% quando as companhias começaram a concorrer na China e em países do Oriente Médio, em 2007. A linha Clear entrou nesses mercados naquele ano e custava, em média, 10% a mais que a rival. É uma boa forma de evitar guerra de preços.

Agora, no Brasil, a Unilever informou que não planeja reajustes com a chegada da concorrente. Os xampus da Clear custam de R$ 8 a R$ 13, a depender da loja. Com a produção local de Head & Shoulders, que já está sendo fabricada há duas semanas na unidade da P&G em Cidade de Deus (RJ), fica mais fácil ser agressivo em preços.

Além disso, as semelhanças se repetem na estratégia de lançamento e na mídia. Head & Shoulders vai tentar se firmar no mercado batendo na tecla do xampu anticaspa que também hidrata. "Vamos deixar claro que o produto não vai só limpar, mas melhorar todo o aspecto do cabelo", afirmou o presidente da P&G, Tarek Farahat. E a concorrente Unilever prepara a chegada de um novo produto da Clear com hidratação intensa em setembro.

Coincidência? "Nós já trabalhávamos com diferenciais para o produto", afirma Paula Lopes, gerente de marketing de Clear. "Prestamos atenção a todos os movimentos do mercado e não planejamos rever nossa estratégia que está dando resultado, por conta da maior rivalidade", disse a executiva.

Com 8,6% das vendas de xampus em geral e 51% do mercado de produtos anticaspa no país, a marca Clear mantém a liderança do segmento anticaspa no Brasil, ao contrário do que ocorre lá fora. A taxa de penetração no mundo estava em 18% em 2008, segundo relatório da P&G. Já Head & Shoulders alcançava 30%. O Valor apurou que a linha da P&G quer atingir até 5% de participação no primeiro ano de atuação no país.

A partir de novembro, Head & Shoulders terá 19 itens à venda no varejo - Clear soma 20 produtos nas lojas atualmente. E ambas estarão na mídia usando garotas-propaganda brasileiras. A Unilever não irá mais veicular campanhas no país com a cantora americana Nicole Scherzinger e vai escolher uma celebridade local. A P&G contratou Marcio Garcia e Malu Mader.


Fonte: Valor

Genzyme rejeita oferta e não deve negociar com a Sanofi


A farmacêutica francesa Sanofi-Aventis está fazendo o possível para persuadir os acionistas da sua concorrente americana Genzyme a aceitar negociar a venda da empresa, após fazer uma oferta inicial de US$ 69 por ação pela companhia.

Nesta segunda-feira (30), a Genzyme rejeitou a proposta, que totaliza cerca de US$ 18,5 bilhões, por considerá-la muito baixa, e acionistas asseguraram que apoiarão o Conselho de Administração caso a francesa busque fazer uma oferta hostil.

Executivos da Sanofi indicaram em entrevistas à imprensa que a companhia não pretende elevar significantemente sua oferta pela Genzyme, e sinalizaram que devem desistir se a empresa de biotecnologia recusar conversas.

Mas acionistas da Genzyme não se comoveram, e não devem aceitar qualquer valor abaixo de US$ 75 por ação, segundo a sinalização de 13 acionistas da companhia nesta segunda-feira.

Alguns afirmaram inclusive que, caso haja uma proposta, ela deve ser de pelo menos US$ 80 por ação para chamar sua atenção.

"Creio que, com o que estão oferecendo, a Sanofi conseguirá dos acionistas da Genzyme o mesmo que conseguiram de seu conselho", disse o vice-presidente de investimentos da Empire Asset Management, Michael Obuchowski, acrescentando que, caso a Sanofi faça uma oferta hostil, ele não aceitaria nada abaixo de US$ 80 por papel.

"Não é de partir o coração se não houver aquisição", disse Obuchowski. "Mas a 80 dólares por ação, faria sentido vender".

As ações da Genzyme, que é uma das maiores fabricantes do mundo de remédios para doenças genéticas raras, registraram alta de 3,39%, para US$ 69,91, no fechamento da sessão.

O presidente-executivo da Sanofi, Chris Viehbacher, minimizou expectativas de que a Genzyme receba outra proposta de compra nesta segunda-feira.

"O número de empresas no setor que têm US$ 18,5 bilhões em caixa para gastar com a Genzyme é bem limitado", disse Viehbacher em teleconferência com analistas nesta segunda-feira.

Até agora, não houve nenhuma contra-oferta à proposta da Sanofi pela Genzyme, mas isso não significa que nenhuma irá surgir, especialmente dada a presença indireta do ativista bilionário Carl Icahn no conselho da norte-americana.

Icahn tem um histórico de trazer novos personagens a uma disputa quando está envolvido na venda de uma companhia, mesmo quando não há expectativa de disputa.

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domingo, 29 de agosto de 2010

Seis em cada dez fumantes com câncer continuam usando cigarro


Mesmo depois de descobrirem que estão com câncer, 60% dos fumantes ignoram os riscos e continuam usando o cigarro. Essa é a conclusão de uma pesquisa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), divulgada nesta quinta-feira (26), e que engloba todos os tipos de tumores.

O estudo mostrou ainda que um em cada três pacientes atendidos pelo instituto neste ano disse ser tabagista no momento em que começou o tratamento.

Para Frederico Leon Fernandes, pneumologista do instituto, o uso contínuo do cigarro dificulta o tratamento da doença.

- É fundamental que essa realidade mude, não só por melhorar a qualidade de vida das pessoas como para ajudar na luta contra a doença.

O cigarro dificulta a cicatrização das pessoas que passam por cirurgia para retirada do câncer, de acordo com Fernandes e outros especialistas do Icesp, além de elevar a pressão arterial e o risco de doenças do coração. O cigarro também diminui a contribuição da quimioterapia e aumenta os efeitos colaterais do tratamento.


fonte: R7

Governo rejeita proposta de residentes e greve deve continuar


O MEC (Ministério da Educação) informou, nesta sexta-feira (27), que não aceita a proposta de reajuste salarial feita pela ANMR (Associação Nacional de Médicos-Residentes). Em greve desde o dia 17, a categoria pediu ontem (26) reajuste da bolsa auxílio em 28,7% imediatamente e mais 10% a partir de setembro de 2011. Com a negativa do governo, a paralisação dos médicos-residentes deve continuar.

A comissão do governo que julgou a proposta salarial é formada por representantes dos ministérios da Saúde e da Educação e dos conselhos municipais e estaduais de Saúde. Como contraproposta, o governo reiterou a oferta de aumento de 20% a partir de janeiro de 2011, feita na semana passada.

De acordo com um ofício publicado pela comissão. essa porcentagem de 20% "reflete as possibilidades orçamentárias atuais de cada entidade envolvida no financiamento do sistema e [...] constitui uma quantia expressiva, tendo em vista a estabilidade da economia e os reajustes praticados em todos os demais setores”.

Na nota, o grupo manteve outras propostas, como a licença-paternidade de cinco dias e a elaboração de projeto de lei que garanta a ampliação do período de licença-maternidade de quatro para seis meses.

O MEC informou que novas negociações dependem do fim da greve, quando um grupo de trabalho deverá discutir formas de melhorar as condições de trabalho dos residentes e avaliar outras possibilidades de reajuste da bolsa auxílio. O grupo será composto por membros da Federação das Santas Casas, de médicos-residentes e da atual comissão governamental.

O presidente da ANMR, Nívio Moreira Júnior, criticou a atitude do governo e disse que a categoria pretende continuar com a greve.

- Tendo em vista que nós mostramos que estamos abertos ao diálogo, achamos que essa posição é uma forma de intransigência. Vou consultar os representantes dos Estados, mas, em princípio, a greve está mantida.

Moreira Júnior disse ainda que deve apresentar ao ministério até segunda-feira (30) um pedido formal de negociação.

Desde o dia 17, a greve tem a adesão de 19.800 médicos-residentes, segundo a associação. Além do reajuste na bolsa auxílio, de R$ 1.916,45 para R$ 2.658,11, a categoria reivindica a extensão do auxílio-moradia e auxílio-alimentação a todo o país – os benefícios são concedidos somente em Brasília –, o aumento da licença-maternidade da residente de quatro para seis meses, o adicional por insalubridade e o décimo-terceiro.

fonte: R7