quarta-feira, 20 de abril de 2011
EUA querem controlar uso abusivo de analgésicos
O governo de Barack Obama anunciou na terça-feira que vai procurar implementar uma legislação que exija que os médicos recebam formação especial antes de terem permissão para prescreverem poderosos analgésicos como o OxyContin®. Esta é a medida mais agressiva já anunciada pelas autoridades federais norte-americanas no sentido de controlar a utilização e o uso abusivo desse tipo de medicamento, avança o portal UOL Notícias.
Nos últimos dez anos, o uso abusivo de analgésicos como o OxyContin® continuou a atingir patamares epidémicos, e os especialistas em saúde manifestaram preocupação quanto à possibilidade de que o uso legítimo dessas drogas também represente riscos para os doentes. Durante anos tem havido uma intensa discussão no sentido de determinar se os médicos deveriam receber formação para que pudessem receitar esses medicamentos.
Os defensores da formação argumentam que tal medida não só ajudaria os médicos a melhor identificar os doentes que se beneficiariam do tratamento com narcóticos de acção prolongada, mas também os auxiliaria a desmascarar aqueles pacientes que fingem sentir dor para obterem drogas para uso abusivo. Os oponentes da medida alegam que a exigência de formação reduzirá o número de médicos que prescrevem analgésicos e prejudicará o atendimento aos doentes.
Tal medida provavelmente necessitaria da aprovação do Congresso a uma emenda à Lei de Substâncias Controladas, com o objectivo de exigir que os médicos passassem por formação como condição para a renovação das licenças emitidas pela Administração de Repressão ao Uso de Drogas para a prescrição de narcóticos.
Actualmente, a lei dá à Administração de Repressão ao Uso de Drogas autoridade para aprovar licenças se um médico simplesmente apresentar uma licença válida para a prática da medicina. Autoridades federais anunciaram a iniciativa na terça-feira, e também outras medidas que esperam que venham a reduzir o uso abusivo daquelas drogas que só podem ser vendidas mediante a apresentação de receita médica.
“A Casa Branca está totalmente determinada a instituir uma legislação que torne obrigatória a educação para a prescrição dessas drogas”, disse durante uma entrevista R. Gil Kerlikowske, o principal assessor do presidente Barack Obama para políticas relativas a drogas. “Entre todas as coisas que estamos a propor, esta é sem dúvida realmente a mais importante”, diz.
Kerlikowske disse que o seu departamento já entrou em contacto com vários parlamentares para discutir a legislação e que pretende ajudar a redigir o texto da nova lei. O responsável admitiu não saber quando a proposta será apresentada, mas disse esperar que os parlamentares que a apoiam façam isso até o final deste ano.
Reacções à iniciativa
Qualquer proposta provavelmente será combatida pelos fabricantes de medicamentos, alguns médicos e grupos de doentes, que têm argumentado que a formação dos médicos deve ser voluntária, e não obrigatória. Além disso, o projecto de lei proposto provavelmente esbarrará na oposição de alguns parlamentares que já fizeram campanhas contra aquilo que consideram ser um excesso de regulamentação da indústria da saúde do país.
Algumas das drogas que provavelmente ficariam sujeitas a um processo mais rígido de licenciamento são o OxyContin®, o fentanil e a metadona. Esses medicamentos são considerados fundamentais para o tratamento da dor. Mas, nos últimos anos, também têm sido vinculados a uma epidemia de uso abusivo e de vício em drogas vendidas mediante a apresentação de receita médica, bem como a milhares de mortes provocadas por overdoses. OxyContin® é o nome comercial de uma forma de acção prolongada da droga oxicodona.
A medida do governo surgiu depois de um painel de especialistas criado pela FDA (entidade que regula os medicamentos nos EUA) ter rejeitado terminantemente, no ano passado, a proposta para que a formação dos médicos fosse voluntária. Esses especialistas disseram que é necessário a formação obrigatória.
A FDA argumenta há muito tempo que somente o Congresso possui a autoridade para impor a formação obrigatória dos médicos como condição para que estes possam prescrever narcóticos. Isso porque a distribuição legal de drogas é regulamentada pela Lei de Substâncias Controladas de 1970, e o licenciamento dos médicos para prescreverem essas drogas é fiscalizado pela Administração de Repressão ao Uso de Drogas, e não pela FDA.
Paralelamente a isso, a FDA divulgou na terça-feira novas regulamentações que exigirão que os fabricantes de analgésicos de longa duração ou de liberação prolongada das suas substâncias activas forneçam formação aos médicos, mas que não obrigarão os médicos a fazerem tais cursos. Essa proposta é similar a outra que foi rejeitada, por ser considerada muito fraca, durante o debate sobre essa questão no ano passado. Janet Woodcock, a directora do Centro para Avaliação e Pesquisa de Drogas da FDA indicou que as regras da nova agência são de facto uma medida provisória até que a nova legislação seja aprovada e que serão utilizadas caso uma legislação relevante venha a fracassar.
Em resposta a uma pergunta dos jornalistas, a responsável disse que autoridades da FDA, da Administração de Repressão ao Uso de Drogas e de outras agências federais concordaram com a exigência de formação obrigatória para os médicos.
Kerlikowske, a autoridade mais graduada da Casa Branca no sector de repressão às drogas, disse que procurou a opinião de médicos, de faculdades de medicina e de representantes da indústria farmacêutica, que segundo ele pagariam pela formação. Esse formação seria concentrada nos analgésicos opiáceos como o OxyContin® porque são estes os que são utilizados de forma mais abusivas, além de constituírem uma perigosa categoria de drogas prescritas pelos médicos, disse.
“Neste momento, é aí que se concentra o ímpeto e a preocupação pública”, afirmou Kerlikowske. “Não queremos ser acusados de tomar medidas em relação a um número excessivo de categorias de remédios”.
Durante a revisão conduzida pela FDA, alguns fabricantes de medicamentos se opuseram vigorosamente à formação obrigatória dos médicos. Mas um executivo de uma indústria farmacêutica, a Covidien, que vende o analgésico fentanil, disse que a sua companhia apoia tal exigência.
“A emenda proposta à Lei de Substâncias Controladas, dando à Administração de Repressão ao Uso de Drogas autoridade para exigir a formação dos médicos que fornecem receitas será uma medida importante”, disse o executivo da empresa, Herbert Neuman. Cerca de 600 mil médicos, dentistas e assistentes de médicos estão licenciados pela Administração de Repressão ao Uso de Drogas para prescreverem substâncias controladas, segundo o escritório de Kerlikowske.
“Eles não recebem na sua formação muita informação sobre controlo da dor, vício, tolerância e dependência”, disse Kerlikowske.
Várias outras propostas de leis parlamentares que estão pendentes têm como objectivo coibir o uso abusivo de medicamentos vendidos mediante a apresentação de receita médica. Uma dessas propostas, apresentada pela deputada Mary Bono Mack, uma republicana pelo Estado da Califórnia, faria com que a FDA limitasse a aprovação do OxyContin® e de outras formas de liberação controlada da oxicodona aos casos de tratamento de dores graves.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Teuto inicia produção de genérico para tratamento de glaucoma
O laboratório Teuto começa a produzir hoje o genérico do Cosopt, produto de referência desenvolvido pela multinacional Merck Sharp & Dohme (MSD), cuja patente expirou ontem.
O medicamento atua no controle da pressão ocular que, se elevada, pode caracterizar um glaucoma. O Teuto calcula que o produto movimenta no país R$ 35 milhões, somente no segmento farmacêutico. O medicamento também é vendido para o governo. "É um produto importante, com alto valor agregado", afirmou ao Valor o gerente de novos produtos do laboratório, Rodrigo Macedo.
Segundo o executivo, a empresa prevê atingir, em três meses, 20% do mercado de referência nas farmácias. O preço do genérico, de acordo com o Teuto, será 35% menor do que o do Cosopt, uma redução de R$ 31,80. O laboratório prevê a produção - que une as substâncias cloridrato de dorzolamida e maleato de timolol - de 22 mil unidades do genérico por mês.
O desenvolvimento da cópia do medicamento durou cerca de três anos e, em julho do ano passado, o Teuto obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além desse genérico, deverão ter outras cópias entrando no mercado com o fim da patente. A Germed, do grupo EMS, por exemplo, também já conseguiu o registro da Anvisa para a fabricação do produto.
O Cosopt foi lançado pela MSD em 1998 no Brasil. "O término da patente do medicamento é uma clara demonstração dos benefícios que o respeito à propriedade intelectual gera para o mercado e para os pacientes. É um movimento natural do mercado", informou a MSD, em nota, ressaltando que já está tomando ações efetivas que possibilitem ampliar o acesso ao Cosopt.
Segundo dados da Pró-Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), somente neste ano mais de dez medicamentos perderão suas patentes. Calcula-se que, a partir do momento que um referência perde a proteção, suas vendas caem cerca de 60% no primeiro ano. Em 2009 e 2010, o mercado de inovação perdeu US$ 1 bilhão com o fim das patentes dos medicamentos mais vendidos.
Jornalista: Vanessa Dezem
Biolab reforça pesquisa e lança 12 produtos
Nos últimos anos, a palavra inovação tem sido repetida de forma obsessiva pela indústria farmacêutica brasileira. Se, na década anterior, os maiores laboratórios praticamente dobraram de tamanho investindo em genéricos, agora se esforçam para desenvolver produtos próprios. Nesse cenário, a Biolab sai na frente porque, segundo seu presidente técnico científico, Dante Alário Júnior, iniciou esse processo antes dos
demais. E promete reforçar ainda mais a estratégia nos próximos anos: em 2012 será inaugurado o centro de pesquisa avançada em Taboão da Serra (Grande São Paulo) com 5 mil metros quadrados, onde a empresa está investindo cerca de R$ 50 milhões.
O centro será muito maior do que o atual, de 1,2 mil metros quadrados, em Itapecerica da Serra. Além disso, terá uma unidade semi-industrial, que fará a ponte entre os produtos de pesquisa e a indústria. Em Taboão da Serra, funcionará, a partir de julho deste ano, a parte da Biolab dedicada à produção de medicamentos hormonais, com uma área voltada à hormônios injetáveis.
Doze novos produtos Com cerca de 140 pesquisadores e técnicos, o centro terá a incumbência de levar adiante o desenvolvimento dos 12 novos produtos que a Biolab pretende lançar este ano — dois sob licença e dez como resultado de pesquisa própria nas especialidades de cardiologia, ginecologia, dermatologia e ortopedia. Nos planos da companhia está também o lançamento de dois medicamentos à base de novas moléculas, desenvolvidas exclusivamente pela Biolab, até o final de 2012. No total, o laboratório tem projetos de desenvolvimento de 32 produtos, sendo três no campo de inovações radicais. Há também 48 projetos destinados a melhorar as indicações e características de drogas conhecidas.
Atualmente, a Biolab está entre os quatro maiores laboratórios farmacêuticos do Brasil, com um faturamento de R$ 676 milhões em 2010. Desde a sua fundação, em 1997, a companhia optou por não trabalhar com genéricos, investindo em medicamentos sob prescrição. “A opção reforçou a estratégia de apostar em pesquisa para o desenvolvimento de fórmulas inovadoras”, diz Alário Júnior. “Somos o laboratório brasileiro que mais investe em pesquisa e inovação, com 7% do faturamento total por ano.” Esse investimento se aplica às atividades próprias mas também a parcerias com universidades e laboratórios nacionais e internacionais de onze países.
Há um mês, a Biolab iniciou uma parceria pioneira na indústria farmacêutica com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para apresentação de projetos com o objetivo de gerar resultados aplicáveis no desenvolvimento de novos medicamentos. O investimento previsto é de R$ 5 milhões, divididos igualmente por três anos. Diante do interesse dos pesquisadores, a empresa até se surpreendeu. “Tenho a expectativa de obter de três a cinco bons projetos com esta parceria, além de novas plataformas tecnológicas que podem agregar às nossas pesquisas”, diz Alário Júnior. Com outros laboratórios nacionais que realizam pesquisas, a Biolab participa da criação da FarmaBrasil, associação destinada a fortalecer essa atividades, entre outras coisas, pleiteando mais apoio dos órgãos governamentais regulatórios.
Jornalista: Martha San Juan França
Saúde e agronegócio são os dois maiores lobbies da Câmara
De todos os setores da sociedade representados no Congresso Nacional, a saúde e o agronegócio são os que mais mobilizam os parlamentares. Comestratégias diferentes de organização e ação, esse dois lobbies reúnem grupos com interesses pontuais, mas que agem sob a mesma bandeira na hora de lutar por espaço na agenda parlamentar. Levantamento do
Brasil Econômico junto às frentes parlamentares formais, que são registradas na Secretaria Geral da Câmara, e informais, que não têm registro na casa, mostra que a saúde conta com oito frentes em atividade. A mais importante delas é a Frente Parlamentar da Saúde, com 240 deputados, e a mais
numerosa é a de Apoio às Santas Casas, com 309 deputados, a maior da casa. Há também a Frente das Hepatites, dos funcionários do SUS, dos agentes comunitários de saúde, das pessoas com deficiência, da indústria farmacêutica e dos hospitais universitários. O levantamento só considerou as frentes da Câmara. “Como as eleições para o Senado são majoritárias, não há
segmento que eleja umsenador. Logo, os interesses são mais regionais
e as frentes não têm expressão”, explica o veterano senador Agripino Maia (DEMRN), presidente do DEM. Bandeiras Presidente da Frente da Saúde,
o deputado Darcísio Perondi (P MDB-RS) explica que o grupo é constituído por representantes de áreas diversas, mas que compartilham de bandeiras em comum. “Defendemos o fortalecimento do SUS, a renovação tecnológica da área e a saúde complementar”. Entre as divergências da frente, a principal
é sobre a volta da CPMF. “A Frente não terá uma posição sobre isso para não repartir o grupo. Eu pessoalmente sou contra”, afirma Perondi. Presidente da maior frente parlamentar no Congresso — de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantróoicas na Área de Saúde - o deputado Antonio Brito (PTB-BA) afirma que o tema mantém-se
“fortíssimo” na Câmara Santa Casa não é só saúde, mas um equipamento social”. A Levantamento do BRASIL ECONÔMICO mostra os setores mais fortes no Congresso Editora: Elaine Cotta ecotta@brasileconomico.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Saúde e agronegócio são os dois Da Saúde Pública aos LGBT, os temas organizados na Câmara são variados. Abaixo, seus presidentes, AS FRENTES PARLAMENTARES DO CONGRESSO Fonte: Brasil Econômico São 7 frentes, entre formais e informais. A mais numerosa é das Santas Casas, com 308 deputados. A mais atuante é a Frente Parlamentar da Saúde, com 240 deputados. Principal bandeira: fortalecimento do SUS SAÚDE
Presidente: Darcísio Perondi (PMDB –RS) São 5 frentes, todas formais. A mais importante é a da Agropecuária, com 230 deputados.
Principal bandeira: mudança do Código Florestal Brasileiro AGRONEGÓCIO Presidente: Moreira Mendes (PPS-RO) Tem 1 frente parlamentar formalizada. A Ambientalista tem 194 deputados. Principal bandeira: combater as mudanças no Código Florestal Brasileiro AMBIENTALISTAS Presidente: José Sarney Filho (PV-MA) primeira reunião da frente neste ano, em março, teve a participação
de 66 deputados e listou como demandas do setor o maior financiamento público, o acompanhamento pelo governo de programas de contratualização e o lançamento de créditos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Brito, são 222 o número de projetos sobre saúde parados no Congresso e outros
12 seguem em tramitação. Sobre duas questões sempre discutidas
em debates a respeito da eficiência da saúde pública no país, o deputado afirma que “financiamento e gestão não podem estar separados”. Ele declara que sua Frente é a favor da regulamentação da Emenda 29, que institui gastos mínimos dos governos federal, estaduais e municipais com os
serviços de saúde. Disputa Depois da saúde, o agronegócio
é o setormais organizado da Câmara. São cinco frentes registradas,
sendo a mais forte delas a da Agropecuária — 230 deputados. “Ruralista parece uma coisa do mal. Um dos nossos objetivos é desmistificar isso. Nossa frente é suprapartidária, mas a oposição é minoria. Nos reunimos regularmente em Brasília”, relata o deputadoMoreira Mendes (PPS-RO), presidente da frente. Ele conta que a estratégia do grupo este ano
mudou. “Nos espalhamos pela maioria das comissões da Câmara. Estamos na CCJ, na Agricultura e na Comissão de Meio Ambiente. Estamos ocupando esses espaços. Antes ficávamos todos pendurados só na Comissão de Agricultura”. Todos os esforços dos ruralistas nesse momento estão
voltados para o projeto que altera o código florestal. Em campo contrário, os ambientalistas atuam dentro do Congresso em “chapa” única, com 194 deputados e apoio de mais de cem entidades civis, de acordo com Mario Mantovani, diretor de políticas públicas do SOS Mata Atlântica. “A
frente ambientalista é uma das mais dinâmicas”.
Brasil Econômico junto às frentes parlamentares formais, que são registradas na Secretaria Geral da Câmara, e informais, que não têm registro na casa, mostra que a saúde conta com oito frentes em atividade. A mais importante delas é a Frente Parlamentar da Saúde, com 240 deputados, e a mais
numerosa é a de Apoio às Santas Casas, com 309 deputados, a maior da casa. Há também a Frente das Hepatites, dos funcionários do SUS, dos agentes comunitários de saúde, das pessoas com deficiência, da indústria farmacêutica e dos hospitais universitários. O levantamento só considerou as frentes da Câmara. “Como as eleições para o Senado são majoritárias, não há
segmento que eleja umsenador. Logo, os interesses são mais regionais
e as frentes não têm expressão”, explica o veterano senador Agripino Maia (DEMRN), presidente do DEM. Bandeiras Presidente da Frente da Saúde,
o deputado Darcísio Perondi (P MDB-RS) explica que o grupo é constituído por representantes de áreas diversas, mas que compartilham de bandeiras em comum. “Defendemos o fortalecimento do SUS, a renovação tecnológica da área e a saúde complementar”. Entre as divergências da frente, a principal
é sobre a volta da CPMF. “A Frente não terá uma posição sobre isso para não repartir o grupo. Eu pessoalmente sou contra”, afirma Perondi. Presidente da maior frente parlamentar no Congresso — de Apoio às Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantróoicas na Área de Saúde - o deputado Antonio Brito (PTB-BA) afirma que o tema mantém-se
“fortíssimo” na Câmara Santa Casa não é só saúde, mas um equipamento social”. A Levantamento do BRASIL ECONÔMICO mostra os setores mais fortes no Congresso Editora: Elaine Cotta ecotta@brasileconomico.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Saúde e agronegócio são os dois Da Saúde Pública aos LGBT, os temas organizados na Câmara são variados. Abaixo, seus presidentes, AS FRENTES PARLAMENTARES DO CONGRESSO Fonte: Brasil Econômico São 7 frentes, entre formais e informais. A mais numerosa é das Santas Casas, com 308 deputados. A mais atuante é a Frente Parlamentar da Saúde, com 240 deputados. Principal bandeira: fortalecimento do SUS SAÚDE
Presidente: Darcísio Perondi (PMDB –RS) São 5 frentes, todas formais. A mais importante é a da Agropecuária, com 230 deputados.
Principal bandeira: mudança do Código Florestal Brasileiro AGRONEGÓCIO Presidente: Moreira Mendes (PPS-RO) Tem 1 frente parlamentar formalizada. A Ambientalista tem 194 deputados. Principal bandeira: combater as mudanças no Código Florestal Brasileiro AMBIENTALISTAS Presidente: José Sarney Filho (PV-MA) primeira reunião da frente neste ano, em março, teve a participação
de 66 deputados e listou como demandas do setor o maior financiamento público, o acompanhamento pelo governo de programas de contratualização e o lançamento de créditos subsidiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Brito, são 222 o número de projetos sobre saúde parados no Congresso e outros
12 seguem em tramitação. Sobre duas questões sempre discutidas
em debates a respeito da eficiência da saúde pública no país, o deputado afirma que “financiamento e gestão não podem estar separados”. Ele declara que sua Frente é a favor da regulamentação da Emenda 29, que institui gastos mínimos dos governos federal, estaduais e municipais com os
serviços de saúde. Disputa Depois da saúde, o agronegócio
é o setormais organizado da Câmara. São cinco frentes registradas,
sendo a mais forte delas a da Agropecuária — 230 deputados. “Ruralista parece uma coisa do mal. Um dos nossos objetivos é desmistificar isso. Nossa frente é suprapartidária, mas a oposição é minoria. Nos reunimos regularmente em Brasília”, relata o deputadoMoreira Mendes (PPS-RO), presidente da frente. Ele conta que a estratégia do grupo este ano
mudou. “Nos espalhamos pela maioria das comissões da Câmara. Estamos na CCJ, na Agricultura e na Comissão de Meio Ambiente. Estamos ocupando esses espaços. Antes ficávamos todos pendurados só na Comissão de Agricultura”. Todos os esforços dos ruralistas nesse momento estão
voltados para o projeto que altera o código florestal. Em campo contrário, os ambientalistas atuam dentro do Congresso em “chapa” única, com 194 deputados e apoio de mais de cem entidades civis, de acordo com Mario Mantovani, diretor de políticas públicas do SOS Mata Atlântica. “A
frente ambientalista é uma das mais dinâmicas”.
Roche e Novartis em posição para serem líderes na medicina personalizada
Um estudo realizado pela Diaceutics conclui que a Roche e a Novartis são, entre um conjunto de 10 grandes companhias farmacêuticas, as que têm maior probabilidade de se tornar líderes na área da medicina personalizada, avança o site espanhol PM Farma.
O estudo faz uma classificação das farmacêuticas capazes de reformar áreas e terapias através da medicina personalizada e, tanto a Roche como a Novartis, revelaram ter capacidade de “afectar a dinâmica competitiva normal numa área específica determinando as expectativas de valor dos pagadores, reguladores e médicos”, explica Peter Keeling, director-executivo da Diaceutics.
O trabalho analisou as 10 companhias farmacêuticas mais importantes, avaliando-as de acordo com o seu potencial de capitalizar as oportunidades da medicina personalizada, e revela que a Roche tem uma excelente capacidade de inovação e uma estratégia robusta nesta área, sendo que a Novartis se focou mais recentemente no desenvolvimento da sua divisão de diagnóstico molecular interno e possui uma linha de produtos em desenvolvimento clínico concentrada na medicina personalizada.
O estudo revela que existem outras companhias que estão posicionadas, com base em investimentos cuidadosamente seleccionados, para migrar os seus modelos operativos e estruturas corporativas com o objectivo de comercializar com sucesso as terapias em causa.
A Diaceutics sublinha que a AstraZeneca, Eli Lilly, Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer apresentam hipóteses de acelerar as suas actividades e melhorar as suas infra-estruturas comerciais para este tipo de terapias nos próximos 24 a 36 meses. O estudo refere que estas empresas têm mais ou menos o mesmo potencial de comercializar estas terapias, mas acredita que a AstraZeneca, a Lilly e a BMS, com equipas internas de estratégia em medicina personalizada, podem estar mais bem organizadas para desenvolver potenciais tratamentos. A Pfizer, por outro lado, apresenta uma linha de produtos em desenvolvimento promissora em medicina personalizada.
Já a GlaxoSmithKline, a sanofi-aventis, a Amgen e a MSD são apontadas no estudo como “seguidoras”, ou seja, é muito provável que respondam às acções de outras companhias.
A maioria das empresas farmacêuticas assegura que ainda está “verde” no que respeita à medicina personalizada, apesar de as suas linhas de produtos em desenvolvimento apresentarem muitas oportunidades, destaca a Diaceutics, informando que 46% de todas as novas terapias que actualmente se encontram em fase III de I&D podem beneficiar de uma estratégia de medicina personalizada.
Outros estudos sugerem que apenas 10% dessas terapias têm como objectivo a medicina personalizada, mas a Diaceutics acredita que a definição padrão utilizada na IF é restrita.
“Na verdade, qualquer terapia que beneficie directamente de um enfoque de diagnóstico novo ou modificado deve ser considerada como medicina personalizada”, afirma Keeling.
O estudo defende que, ao contrário do que muitas companhias consideram - que a medicina personalizada dará origem a mercados mais pequenos ou menos rentáveis -, cerca de metade das empresas avaliadas tem actualmente uma terapia personalizada no mercado que está próxima ou acima de um nível de vendas de cerca de mil milhões de dólares.
O estudo faz uma classificação das farmacêuticas capazes de reformar áreas e terapias através da medicina personalizada e, tanto a Roche como a Novartis, revelaram ter capacidade de “afectar a dinâmica competitiva normal numa área específica determinando as expectativas de valor dos pagadores, reguladores e médicos”, explica Peter Keeling, director-executivo da Diaceutics.
O trabalho analisou as 10 companhias farmacêuticas mais importantes, avaliando-as de acordo com o seu potencial de capitalizar as oportunidades da medicina personalizada, e revela que a Roche tem uma excelente capacidade de inovação e uma estratégia robusta nesta área, sendo que a Novartis se focou mais recentemente no desenvolvimento da sua divisão de diagnóstico molecular interno e possui uma linha de produtos em desenvolvimento clínico concentrada na medicina personalizada.
O estudo revela que existem outras companhias que estão posicionadas, com base em investimentos cuidadosamente seleccionados, para migrar os seus modelos operativos e estruturas corporativas com o objectivo de comercializar com sucesso as terapias em causa.
A Diaceutics sublinha que a AstraZeneca, Eli Lilly, Bristol-Myers Squibb (BMS) e Pfizer apresentam hipóteses de acelerar as suas actividades e melhorar as suas infra-estruturas comerciais para este tipo de terapias nos próximos 24 a 36 meses. O estudo refere que estas empresas têm mais ou menos o mesmo potencial de comercializar estas terapias, mas acredita que a AstraZeneca, a Lilly e a BMS, com equipas internas de estratégia em medicina personalizada, podem estar mais bem organizadas para desenvolver potenciais tratamentos. A Pfizer, por outro lado, apresenta uma linha de produtos em desenvolvimento promissora em medicina personalizada.
Já a GlaxoSmithKline, a sanofi-aventis, a Amgen e a MSD são apontadas no estudo como “seguidoras”, ou seja, é muito provável que respondam às acções de outras companhias.
A maioria das empresas farmacêuticas assegura que ainda está “verde” no que respeita à medicina personalizada, apesar de as suas linhas de produtos em desenvolvimento apresentarem muitas oportunidades, destaca a Diaceutics, informando que 46% de todas as novas terapias que actualmente se encontram em fase III de I&D podem beneficiar de uma estratégia de medicina personalizada.
Outros estudos sugerem que apenas 10% dessas terapias têm como objectivo a medicina personalizada, mas a Diaceutics acredita que a definição padrão utilizada na IF é restrita.
“Na verdade, qualquer terapia que beneficie directamente de um enfoque de diagnóstico novo ou modificado deve ser considerada como medicina personalizada”, afirma Keeling.
O estudo defende que, ao contrário do que muitas companhias consideram - que a medicina personalizada dará origem a mercados mais pequenos ou menos rentáveis -, cerca de metade das empresas avaliadas tem actualmente uma terapia personalizada no mercado que está próxima ou acima de um nível de vendas de cerca de mil milhões de dólares.
Lilly regista quebra nos lucros
A farmacêutica Eli Lilly sofreu uma quebra nos lucros de 15% no primeiro trimestre. A agência Bloomberg, citada pelo jornal económico OJE, avança que esta quebra é resultado dos custos de um acordo para a produção de medicamentos para a diabetes que a farmacêutica fez com a Boehringer.
O lucro líquido caiu para 1,06 mil milhões de dólares (750 milhões de euros), mas as receitas aumentaram 6,4%.
MSD e J&J chegam a acordo
A farmacêutica norte-americana MSD vai manter a maior parte das vendas internacionais de dois lucrativos medicamentos contra a artrite, depois de resolver uma batalha com a Johnson & Johnson (J&J) relacionada com a sua fusão com a Schering-Plough, avança o jornal económico OJE.
Desta forma, a MSD conserva os direitos fundamentais dos medicamentos Remicade® e Simponi® na Europa e em outras regiões.
Johnson & Johnson negoceia aquisição da Synthes
A Johnson & Johnson (J&J), líder global no sector de cuidados de saúde familiar, está a negociar a aquisição da Synthes, uma empresa especializada em instrumentos clínicos e materiais biotecnológicos para cirurgia de implantes e próteses, avança o site Dinheiro Digital.
A aproximação, que já tinha sido noticiada pelo Wall Street Journal na última sexta-feira, foi confirmada esta segunda-feira pela Synthes.
No entanto, o breve comunicado da companhia apenas reconhece a existência de discussões para uma potencial combinação, salientando que, nesta altura, não assegura se, quando ou em que condições poderá ser concluído algum acordo.
À luz do que vem sendo adiantado pela imprensa norte-americana, uma eventual compra da Synthes poderá significar um desembolso de 20 mil milhões de dólares, um montante que corresponderia à maior aquisição de sempre pela J&J.
A Synthes, que em 2009 consolidou um volume de negócios de 3,4 mil milhões de dólares com lucros de 824 milhões, quadruplicou a sua faturação na última década, segundo números da companhia.
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