quinta-feira, 2 de junho de 2011

Anvisa aprova uso do MABTHERA® (rituximabe) para tratamento de leucemia


Medicamento, associado à quimioterapia, já era considerado tratamento padrão nos EUA e na Europa. No Brasil, poderá oferecer melhor sobrevida aos pacientes com leucemia linfocítica crônica, o tipo de leucemia mais comum em adultos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o uso do medicamento Rituximabe (cujo nome comercial é MabThera) para tratamento da leucemia linfocítica crônica (LLC), na primeira linha e na recaída, no Brasil. O medicamento, produzido pela Roche Farmacêutica, significa uma nova esperança para pacientes que sofrem com este que é o tipo mais comum de leucemia em adultos.

O MabThera® (rituximabe), acompanhado de quimioterapia, já é considerado o tratamento padrão contra leucemia linfocítica crônica na Europa e nos Estados Unidos, em primeira linha e recaída. Na Europa, estas duas indicações para o uso do MabThera® (rituximabe) foram aprovadas no ano passado, a partir de dois estudos internacionais fase III chamados CLL8 e REACH.

O estudo CLL8 comprovou que o tratamento com MabThera® (rituximabe) acompanhado de fludarabina e ciclofosfamida prolonga a vida dos pacientes com LLC, algo inédito no tratamento da doença. Conduzido em 11 países, o estudo contou com a participação de 817 pacientes com LLC.

O MabThera® (rituximabe) foi também aprovado para tratamento de LLC de recaída. O estudo REACH, publicado em abril do ano passado e realizado com 552 pacientes, comparou o uso do MabThera® (rituximabe) associado à quimioterapia em pacientes previamente tratados apenas com quimioterapia. O medicamento melhorou significamente a evolução dos pacientes com LLC tratados anteriormente.

De acordo com o médico hematologista Jacques Tabacof, especialista em leucemias e linfomas, o tratamento de leucemia linfocítica crônica com MabThera® (rituximabe), associado à quimioterapia, foi o primeiro a oferecer aumento de sobrevida global aos pacientes que sofrem com a doença. “Essa combinação foi a que se mostrou a mais eficiente, o melhor resultado de todos os tempos. Aumentou significativamente a sobrevida global dos pacientes. O estudo fase III divulgado no passado confirma isso de uma vez por todas”, afirma.

A autorização do uso de MabThera® (rituximabe) para leucemia linfocítica crônica no Brasil é um avanço no tratamento e cuidado com os pacientes. Segundo o especialista, significa dar oportunidade aos pacientes de receberem o melhor tratamento para a doença. “Essa aprovação é importante porque torna quase obrigatória a cobertura da combinação de MabThera e QT pelos planos de saúde. Auxiliará no acesso dos pacientes ao melhor tratamento realizado pela medicina para a leucemia linfocítica crônica”, acredita Dr. Jacques Tabacof.

Leucemia -A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) e tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que em 2008, 5.686 pessoas morreram vítimas da doença no Brasil. A estimativa para 2010 é que 9.580 novos casos sejam diagnosticados no país.

As leucemias costumam ser agrupadas em dois tipos, com base em quão rapidamente evolui e se torna grave: crônica (que geralmente se agrava lentamente ) e aguda (que geralmente se agrava rapidamente).

A leucemia linfocítica crônica (LLC) afeta as células linfóides e, em geral, desenvolve-se vagarosamente. Representa cerca de 40% de todos os casos de leucemia diagnosticados, é considerada incurável e atinge principalmente os idosos. O tratamento com MabThera tem o objetivo de controlar os sintomas e prolongar o tempo de vida dos pacientes sem que a doença piore.

Roche -Com sede em Basiléia, na Suíça, a Roche é uma das líderes mundiais na pesquisa de produtos para a saúde, atuando fortemente e de modo combinado nas áreas farmacêutica e de diagnóstico. A Roche é a maior empresa de biotecnologia do mundo, e tem medicamentos diferenciados para as áreas de oncologia, virologia, inflamação, metabolismo e SNC. Além disso, a Roche é líder mundial em diagnóstico in vitro e no diagnóstico tecidual de câncer, e pioneira no tratamento do diabetes. A estratégia de medicina personalizada da Roche tem como foco o fornecimento de medicamentos e ferramentas de diagnóstico que possibilitem melhoras tangíveis na saúde, qualidade de vida e sobrevida dos pacientes. Em 2010, a Roche tinha mais de 80.000 funcionários em todo o mundo, e investiu mais de 9 bilhões de francos suíços em P&D. O Grupo registrou vendas de 47,5 bilhões de francos suíços. A Genentech, nos Estados Unidos, é uma subsidiária integral do Grupo Roche. A Roche tem participação majoritária na Chugai Pharmaceutical, do Japão. [www.roche.com.br].

Portal Fator Brasil

Novartis vai investir US$ 3 bilhões em aquisições


Aquisições para impulsionar os negócios onde tem menor participação estão no foco estratégico da farmacêutica suíça Novartis. Segundo afirmou hoje o presidente executivo global da empresa, Joe Jimenez, a Novartis planeja investir mais de US$ 3 bilhões em aquisições ativos no âmbito veterinário ou no segmento de consumo na área de saúde.


Apesar de não ter especificado se há ativos já na mira da empresa, o executivo ressaltou que analisa várias opções e não descartou compras também nas áreas de genéricos, biotecnologia ou no segmento de diagnósticos.
A estratégia da empresa é ampliar suas fontes de receita, diante da competição dos genéricos. A última grande aquisição da multinacional foi feita no ano passado, quando a Novartis comprou a Alcon, empresa especializada na saúde dos olhos.

Belfar vai investir em nova planta


A indústria farmacêutica Belfar Ltda, com planta no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, vai investir em uma nova fábrica. A planta será construída em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O início das obras está previsto para 2012. O projeto já está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, somente após essa etapa, serão elaborados os cronogramas de trabalhos e o valor do aporte.

A Belfar foi fundada há 38 anos pelo pai do hoje diretor-presidente, Edson Pereira Marques. Desde então, ela está situada no mesmo local, um imóvel de 6,4 mil metros quadrados no Santa Amélia. Lá são produzidos 110 itens, entre produtos e apresentações, que fazem parte do portfólio da empresa. Entre eles estão medicamentos similares e genéricos. A produção da planta já está próxima de alcançar o limite de capacidade, o que motivou o aporte em uma nova unidade fabril.

O diretor-presidente, Edson Pereira Marques, informou que 2010 foi um ano de crescimento para a empresa, mas não revelou o índice. Ele explicou que o bom momento da economia brasileira aumentou o poder aquisitivo do brasileiro e, com isso, o acesso aos medicamentos. "Isso resulta em um aumento da qualidade de vida." Em 2011, Marques espera continuar crescendo. Ele informou que a Belfar está desenvolvendo vários projetos, mas que a liberação depende da Anvisa e que só após a aprovação será possível definir metas.

O projeto da nova planta da empresa também está em fase de aprovação pela Anvisa. As expectativas são que as obras sejam iniciadas no próximo ano. O terreno que abrigará a unidade fabril, em Matozinhos, já pertence à Belfar. O valor do aporte ainda não foi calculado.

ALISSON J. SILVA

A planta da Belfar fabrica 110 itens, entre produtos e apresentações

Canais de venda - A Belfar comercializa seus produtos para todo o Brasil, sendo a região Sudeste o mercado mais forte, por ter maior índice demográfico. A distribuição é feita por meio de logística terceirizada. Para o diretor-presidente da empresa, o maior gargalo é a concorrência com grandes multinacionais, que "recebem grande fluxo de capital externo, o que massacra o mercado nacional".

Muitos dos insumos utilizados pela Belfar são importados. Marques explicou que, por esse motivo, a empresa sofre grande pressão da variação cambial. Segundo ele, nesse momento o dólar está favorável, mas o euro não. A empresa compra os insumos de países como China, Índia, Holanda, Itália e Estados Unidos. Ela gera, hoje, cerca de 400 postos de trabalho.

O mercado de medicamentos genéricos no Brasil vive sua melhor fase desde a sua implantação no país, em fevereiro de 2000. Somente no primeiro trimestre deste ano, as vendas cresceram 32% em relação ao mesmo período do ano passado e chegou a 123,7 milhões de unidades comercializadas. Em faturamento, a alta foi de 37,4% na mesma base de comparação, totalizando R$ 1,7 bilhão. Em 2010, esse mercado cresceu 33,1% com relação ao exercício anterior, índice superior à média de crescimento registrada ao longo da década, que foi de 25% ao ano. A venda de genéricos movimentou R$ 6,2 bilhões em 2010.

Bebês: eles são mais inteligentes do que pensávamos

Um estudo psiquiátrico recente havia apurado que bebês mais novos do que um ano de idade têm a habilidade de interpretar o que está acontecendo em seu ambiente visual. Dessa forma, o tempo que um bebê gasta olhando para a mesma cena é proporcional à anormalidade dessa cena, que fugiu do que ele esperava e exigiu mais atenção.

Na última semana, uma equipe internacional de cientistas foi ainda mais longe: afirmam que os bebês usam, de fato, lógica e razão para prever a ação seguinte em um acontecimento, exatamente como os adultos.

Para comprovar isso na prática, três pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachussets (EUA) desenvolveram um método computadorizado. Colocaram bebês com idade inferior a um ano em frente a um vídeo, que mostrava uma caixa transparente com uma abertura no fundo, dentro da qual havia uma série de objetos se movendo. Todos os movimentos mentais dos bebês eram monitorados por um programa especificamente desenvolvido para isso.

Os pesquisadores observaram a reação dos bebês a cada alteração na cena. Em dado momento, o vídeo tirava a caixa da visão dos bebês, e quando voltava, um dos objetos da caixa havia saído dela. Essa operação (tirar um dos objetos da caixa) foi repetida várias vezes, com três variáveis entre elas: a proporção dos objetos na caixa, a distância entre o objeto que saía da caixa e o fundo, e o tempo que o objeto levava para sair. Logo, o que se espera é que um objeto mais perto do fundo tenha mais chances de sair da caixa.

Quando o vídeo era interrompido muito rapidamente, e na volta o que havia saído era um objeto longe da abertura, os bebês ficavam surpresos (isso significa que ficaram olhando fixamente para a cena por mais tempo). É claro: eles imaginaram que um objeto longe da abertura não pudesse sair da caixa tão rápido. Quando, ao contrário, o tempo que se escondia o vídeo era maior, os bebês prestavam menos atenção. Isso porque, em uma duração maior, daria tempo de qualquer objeto sair da caixa tranquilamente.

Esses efeitos observados nos bebês, segundo os pesquisadores, confirmam que eles usam relações racionais avançadas. Os cientistas afirmam que essa é a primeira vez que as reações cognitivas de uma criança conseguem ser colocadas em termos matemáticos, decodificáveis por computador. E avisam: não subestime o entendimento de um bebê sobre algo que você faz, aparentemente eles são mais espertos do que nós pensávamos.[WebMD]

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A grande indústria farmacêutica está ignorando a cura do câncer?


Evangelos Michelakis é pesquisador de câncer da Universidade de Alberta que, há três anos, descobriu que uma substância química comum, não tóxica, conhecida como DCA, abreviação de dicloroacetato, parece inibir o crescimento de tumores cancerígenos em ratos.

O mecanismo pelo qual DCA funciona é extremamente simples: mata a maioria dos tipos de células cancerosas através da alteração da forma como elas metabolizam o açúcar, causando-lhes autodestruição sem afetar tecidos normais.

Após os testes em animais, Michelakis fez testes de DCA em células cancerosas humanas em laboratório. Em seguida, conduziu testes clínicos em humanos. Seus resultados foram encorajadores: o tratamento com DCA pareceu estender a vida de quatro dos cinco participantes do estudo.

Michelakis não patenteou sua descoberta. Não é porque ele não quer, mas porque não pode: quando se trata de patentes, DCA é um produto químico barato, amplamente utilizado, que ninguém pode possuir.

Bom, então eis a questão: se há uma nova substância com potencial de ajudar muito no tratamento de câncer, porque não ouvimos falar nela?

No mundo de hoje, essas drogas não atraem facilmente financiamento. A grande indústria da farmácia não está exatamente ignorando o DCA, e nem suprimindo sua pesquisa; apenas não está ajudando. Por quê?

O desenvolvimento de drogas é basicamente um grande negócio, e investir na droga sem patente simplesmente não é um bom negócio, porque não haverá lucro. Em um mundo onde a droga para câncer Avastin – patenteada pela empresa farmacêutica Genentech/Roche – custa aos pacientes cerca de 80.000 dólares por ano sem nenhuma comprovação de que prolonga a vida, não ha espaço para DCA.

Segundo farmacologistas, as empresas farmacêuticas são como outras empresas que fabricam produtos que devem ser vendidos com lucro. Apenas um em cada 10.000 compostos estudados por pesquisadores acaba se tornando uma droga aprovada.

Para chegar à fase de aprovação, os medicamentos devem ser submetidos a 7 a 10 anos de testes, com um custo total médio de 500 milhões de dólares, o que pode ser em vão se a droga não receber aprovação de instituições reguladoras. E mesmo se isso ocorrer, apenas 3 de cada 20 drogas aprovadas geram lucros suficientes para cobrir seus custos de desenvolvimento.

O lucro é o incentivo para o risco que a empresa corre. E seria quase impossível lucrar em uma droga como dicloroacetato. Se ele for mesmo eficaz, então será uma droga ridiculamente barata. Segundo especialistas, a falta de patenteabilidade está desempenhando um papel na falta de investigação.

Embora as organizações de saúde dos governos, como o Instituto Nacional de Câncer americano, deem bolsas para ajudar a financiar testes clínicos, elas não são suficientes para fazer com que o DCA seja aprovado como um tratamento contra o câncer.

A pesquisa em DCA se move muito mais lentamente do que se uma empresa farmacêutica pagasse a conta. Mais o financiamento de base já permitiu um progresso. Michelakis reuniu cerca de 1,5 milhões em nove meses, o suficiente para financiar um estudo detalhado do tratamento com DCA em cinco pacientes com câncer cerebral. Porém, o estudo foi pequeno e não houve controle com placebo, o que torna seus resultados inconclusivos.

Apesar da escassez de testes clínicos, um médico canadense, Akbar Khan, prescreve DCA para seus pacientes com câncer. Isso pode ser feito no Canadá, porque o DCA já está aprovado para o tratamento de distúrbios de metabolismo.

Segundo ele, 60 a 70% dos pacientes que falharam com tratamentos padrão responderam favoravelmente ao DCA. A droga foi eficaz, e teve resultados interessantes: um dos pacientes tinha vários tumores, incluindo um particularmente preocupante na perna; o DCA estabilizou significativamente o tumor e reduziu a sua dor.

Atualmente, Khan tem três pacientes com cânceres incuráveis que estão em remissão completa, provavelmente curados, graças à combinação do DCA com tratamentos convencionais paliativos (não curativos).

Pequenos estudos, no entanto, não serão suficientes para provar que o DCA funciona. E sem a ajuda das grandes empresas, isso terá que acontecer de uma forma singular. Poderia ser uma experiência social, na qual fundos públicos ajudassem. O grupo de pesquisa está começando a estabelecer relações com alguns hospitais de câncer de destaque e, eventualmente, órgãos federais como o Instituto Nacional de Câncer poderiam perceber que há provas suficientes de sua eficácia e ajudar com o financiamento.

Indústria Farmacêutica alcança níveis recordes de contratação


Segundo um levantamento feito pela Right Management no início do ano, o segmento que mais se destacou na contratação de executivos foi o da indústria farmacêutica, que respondeu por 35,3% do total de contratações. Entre abril e maio de 2011, especialmente no estado de Goiás, um recorde de contratação foi estabelecido no setor. Foram abertas mais 900 vagas para as mais diversas áreas e para os mais diversos níveis de atuação dentro das indústrias. O grande desafio das empresas no estado, que ainda recrutam e selecionam profissionais no mercado está sendo encontrar indivíduos especializados para vagas que foram abertas, inclusive nas áreas de garantia de qualidade, produção, logística, SAC e controle de qualidade industrial.

No Brasil, a falta de qualificação tem prejudi cado o crescimento das indústrias farmacêuticas de norte a sul. Sete em cada 10 indústrias brasileiras enfrentam problemas de falta de trabalhadores qualificados. A constatação foi feita em pesquisa divulgada em abril pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. Os que se dizem mais afetados pelo problema são os segmentos de vestuário (84% das empresas), equipamentos de transporte (83%), limpeza e perfumaria (82%) e móveis (80%). No entanto, no segmento farmacêutico as dificuldades são maiores. Conforme 17% das indústrias de medicamentos informaram, não existem mecanismos internos para lidar com o problema da falta de qualificação.

Enquanto na Europa e Estados Unidos, existem centenas de instituições e associações de ensino técnico e especializado, focadas especialmente no segmento farmacêutico, os profissionais da indústria de medicamentos no Brasil contam com apenas uma opção.

Presente nos principais mercados farmoquímico do país, o ICTQ é a única instituição de especialização do Brasil, 100% direcionada ao segmento industrial farmacêutico. Hoje 97% de seus alunos com formação em especializações pioneiras e exclusivas, já estão empregados no mercado, e mesmo assim, empresas de médio e grande porte, ofertam diariamente oportunidades para os mais diversos setores e áreas da indústria.

"Tradicionalmente, as pessoas correm atrás de um emprego. Aqui, acontece o processo inverso. Nossos alunos são procurados pelas empresas" Afirma o Sr. Marcus Vinícius Andrade, um dos diretores da instituição.

A farmacêutica Aline Campos do Rio de Janeiro - RJ, que se especializa em Farmacovigilância, relata que mesmo com toda a exigência regulatória e mercadológica, só foi possível encontrar a pós graduação adequada ao estudo da Farmacovigilância no ICTQ.

"É competitivo estar me especializando aqui, pois tenho contato com professores da Europa, Ásia e Estados Unidos. Além disso, o que se discute em sala é prátic o, dinâmico e sistêmico. Está conectado com minha realidade profissional", afirma Aline, que já está em sua segunda especialização.

A qualificação especializada de profissionais é hoje considerada a mola propulsora no desenvolvimento de um setor que ainda importa a maioria de sua matéria prima e insumos. Segundo especialistas, esta mola precisa ser acionada imediatamente, pois já temos perdido espaço competitivo para outros mercados emergentes como a Índia e a China, que enfrentam adversidades sócioculturais bem maiores que as nossas.

É premente a necessidade de investimentos em qualificação profissional para que não ocorra um "apagão" de indivíduos prontos para o mercado, travando as engrenagens de crescimento sustentável do setor.

O Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade Industrial (ICTQ) nasceu em 2009 com a proposta de quebrar paradigmas e inovar o modelo de educação continuada no setor Farma, determinando tendências de mercado e servindo de m odelo para outras instituições de ensino superior no país. Instituição inovadora de ensino e 100% nacional, é a única no país exclusivamente direcionada a cursos de Pós Graduação para colaboradores das Indústrias Farmacêuticas. O Instituto está presente nos principais polos farmacêuticos nacionais, nas cidades de São Paulo, Campinas, Anápolis e Rio de Janeiro. Com um Conselho Técnico Consultivo formado por representantes da indústria farmacêutica, o ICTQ desponta como uma referência de mercado e segue à risca a missão de contribuir para a realização dos objetivos dos profissionais da Indústria Farmacêutica, por meio de relacionamentos que promovem a troca de conhecimentos e experiências de sucesso. [ http://www.ictq.com.br/portal].

terça-feira, 31 de maio de 2011

Bayer busca crescer na área de medicamentos no Brasil


Embora a Bayer seja conhecida pelos brasileiros pelos medicamentos, mais da metade da receita de R$ 3,9 bilhões da companhia no País vem do setor de defensivos agrícolas. A empresa pretende aproveitar a ascensão da classe C para aumentar a fatia da área médica em seu faturamento. O objetivo, diz o presidente da Bayer no Brasil, Theo van der Loo, é equalizar a importância das divisões - remédios, agricultura e materiais - em um terço.


A busca desse equilíbrio, afirma o executivo, reduzirá a volatilidade dos negócios da empresa alemã no Brasil. ?Na agricultura, ficamos reféns do preço das commodities. Quando está bom, vamos bem. Do contrário, somos afetados?, diz Van der Loo. No ano passado, a Bayer teve desempenho modesto no Brasil: o faturamento subiu somente 2% em relação a 2009. O resultado ficou bem abaixo do desempenho geral da economia, que teve expansão de 7,5% em 2010.

O executivo, que assumiu a direção da operação brasileira em janeiro deste ano, tem expectativas mais otimistas para este ano, prevendo uma expansão das operações nacionais entre 8% e 10%. Embora o Brasil seja considerado hoje na Bayer o mercado número dois em termos de crescimento - atrás somente da China -, a companhia é conservadora em relação a investimentos. Os R$ 170 milhões previstos para 2011 superam o total aplicado no ano passado em 6% - uma evolução em linha com a inflação.

Segundo o executivo, a companhia é cuidadosa ao definir investimentos no País por causa dos altos custos do mercado brasileiro. Por causa do real valorizado, os custos de abrir uma unidade no País seriam equivalentes aos de unidades europeias - um entrave para investimentos mais significativos em produção local. No entanto, apesar dos resultados de 2010, o potencial de vendas no Brasil é visto com otimismo: a receita local deve passar a auferida no Japão nos próximos dois anos, fazendo do País o quarto maior mercado mundial para a Bayer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Farmacêutica Airela inicia atividades com nove MIP’s


Com o parque fabril na cidade de Pedras Grandes (SC) e sede corporativa em Valinhos (SP), a empresa chega ao mercado com nove marcas de MIP’s (medicamentos livres de prescrição médica).

A companhia, que atribuiu à marca o nome de uma fruta rica em antioxidantes, foi fundada por Gerson de Souza, executivo de carreira do setor. “Há um movimento no novo mercado, por conta da alavancagem da economia, de fusões e aquisições, gerando oportunidades que chamamos de ‘espaços brancos’ em toda a cadeia. Acreditamos que com produtos de qualidade, um modelo de gestão moderno e um time de pessoas altamente capacitadas, podemos competir neste mercado tão disputado e promissor”, avalia Gerson.

Ainda de acordo com o empresário, a Airela está de olho nas oportunidades criadas pelo aumento de renda da população brasileira e no crescimento da expectativa de vida, já que os produtos da empresa estão voltados para prevenção e bem-estar.


MEDICAMENTOS

Os produtos do portfolio inicial da Airela são indicados para: combate à falta de apetite, carências de vitaminas e minerais, controle de tosse, mal-estar geral, fadiga e cansaço mental, além de outras indisposições comuns do dia-a-dia. Os produtos têm como objetivo promover o alívio imediato e também atuar na prevenção. “A nossa proposta é aumentar a qualidade de vida e promover o bem-estar das pessoas. Queremos nos tornar uma indústria de referência neste segmento”, ressalta o empresário.

Dipirona é vetada na UE e liberada no país

Depois que a dipirona - princípio ativo de diversos analgésicos - começou a ser amplamente consumida nos países europeus, órgãos especializados do continente questionaram se o seu uso estaria associado ao desenvolvimento de agranulocitose - um tipo de distúrbio sanguíneo - atingindo principalmente as crianças.


Esses questionamentos geraram um alerta em todo o mundo. O uso de dipirona é seguro? Segundo explica a chefe do núcleo de notificação e investigação em vigilância sanitária da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Maria Eugênia Cury, no Brasil, não há nenhuma prova científica de que haja qualquer relação entre o princípio ativo e a doença sanguínea.

"Essa relação tem características regionais", afirmou Cury. Ela destaca as diferenças étnicas nas populações como uma das razões que fazem com que os organismos reajam de modo diferente.

A executiva conta que, após os questionamentos da Europa sobre os riscos do medicamento, foram desenvolvidos diversos estudos sobre o assunto. Um deles, em especial, analisou a incidência e os fatores de risco para agranulacitose em países latino americanos. As conclusões foram reveladoras: a taxa de incidência da doença em países europeus aumenta quando a dipirona é utilizada, enquanto nas populações dos países da América Latina, essa taxa cai.

"Não tem significânica estatística provada para a relação entre dipirona e a doença nos países latinos. Já na Europa, os órgãos responsáveis entenderam que existe um risco na utilização da dipirona, por isso tiraram o produto do mercado", enfatizou Cury.

Brasil lidera emergentes no consumo de analgésico

Um mercado dentro do setor farmacêutico que movimenta globalmente US$ 26 bilhões, caracterizado por produtos com forte presença no dia a dia das pessoas. É daí que vem a força do segmento de analgésicos - medicamentos para o combate de dores de cabeça, nas costas e muscular - o maior dentre os isentos de prescrição médica (OTC), que cresce e mobiliza as empresas a inovarem e aproveitarem um dos poucos filões do setor farmacêutico que têm resistido ao forte avanço dos genéricos.


De 2006 a 2010, o mercado global de analgésicos cresceu 27%, segundo dados da consultoria americana IMS Health. No Brasil, esse segmento movimentou US$ 902 milhões em 2010, número que coloca o país no patamar de líder entre as nações emergentes e sexto maior mercado do mundo. No ranking, o Brasil fica atrás de gigantes, como EUA e Alemanha, e supera fortes economias como o Japão e a Espanha.

Dentro da classe de medicamentos OTC - que significa cerca de um terço do total do setor farmacêutico brasileiro - os analgésicos representam 14%. E é para aproveitar essa fatia importante que as empresas têm investido em lançamentos e muita divulgação.

A farmacêutica suíça Nycomed - que recentemente foi adquirida pela japonesa Takeda, por € 9,6 bilhões - lidera a lista da IMS Health das maiores fabricantes de analgésicos do país. A empresa tem como seu carro-chefe o Neosaldina - medicamento composto de dipirona, isometepteno e cafeína. A marca tem uma participação de cerca de 17% dentro da categoria de analgésicos no Brasil, segundo dados da própria companhia. Hoje, o Neosaldina representa 60% de todas as vendas em valores da área de OTC da multinacional no país que, por sua vez, representa 45% do faturamento anual da subsidiária, segundo dados IMS/PMB. Em 2010, a Nycomed registrou faturamento de R$ 633,5 milhões.

O setor de analgésicos no Brasil movimentou US$ 902 milhões em 2010. O país é o 6º maior mercado do mundo.
"É uma marca na qual a gente investe quase o proporcional do que ela representa em OTC. Aplicamos em comunicação, vendas e pesquisa", afirmou a diretora de marketing de OTC da Nycomed, Laís Rosin.

Na Pfizer, a representatividade da classe analgésicos também é importante: o segmento é responsável por 14% dos resultados da divisão de consumo da multinacional, que totalizaram R$ 183,6 milhões em 2010. Em 2008, a empresa lançou no país o Advil, cujo princípio ativo é o ibuprofeno. Com o crescimento das vendas, o medicamento - que tinha atuação apenas em São Paulo e no Rio de Janeiro - passou a estar presente em território nacional neste ano. Com os resultados, a empresa prevê que a participação do segmento analgésicos dentro do braço de consumo da subsidiária alcançará 18% até dezembro.

O motivo do alto consumo de analgésicos é simples: eles são medicamentos que tentam solucionar dores comuns, geradas por fatores múltiplos do dia a dia, como estresse, má alimentação, má noite de sono etc. "Você não precisa estar doente para ter essas dores. Muitas vezes a causa da dor não é rapidamente identificada, mas a dor tem de ser combatida", afirma a diretora médica da área de consumo da Pfizer, Patrícia Rangel. A força da classe C brasileira e o aumento da renda da população também são fatores de impulso das vendas desses produtos.

Segundo estudo realizado pela Pfizer em 2007, as dores que as pessoas mais sentem são as de cabeça - 85% dos entrevistados afirmaram que essa é uma dor que os costuma afligir - e as musculares (19%). As mulheres jovens, entre 20 e 34 anos, da classe C, são as que têm dores de cabeça com maior frequência.



Diante de tal potencial de demanda, estão hoje registrados no mercado brasileiro mais de 380 produtos analgésicos, segundo a IMS Health. Para se destacar no meio de tantos fabricantes, as empresas estão investindo em inovação - uma iniciativa não muito fácil: em um mercado que existe há anos, já consolidado, surge a dúvida se há algo ainda a ser inventado.

"Hoje, a inovação acaba vindo muito mais pela embalagem e pela forma de apresentação", afirmou Laís, da Nycomed. Ela conta que, até 2005, a empresa só oferecia ao consumidor caixas de 20 drágeas da Neosaldina. Quando a multinacional lançou a embalagem com quatro drágeas, verificou um forte crescimento nas vendas.

A solução da Pfizer, por sua vez, foi mudar o princípio ativo. A empresa optou pelo ibuprofeno - ao invés da dipirona sólida, que está entre as mais utilizadas no país - e passou a oferecer o produto em cápsulas líquidas, conhecidas por não agredir o estômago. "São novos formatos, embalagens e formas de atuação que surgem", afirma o diretor de Marketing da Pfizer Consumer Healthcare, Sydney Rebello.

As inovações fazem as marcas serem mais conhecidas e procuradas, o acaba sendo um limitador do avanço dos genéricos no segmento. "Os genéricos não canabalizaram as marcas", explica a diretora da Nycomed. Segundo a executiva, algumas marcas estão estáveis em termos de vendas e outras continuam crescendo.

A EMS, uma das principais fabricantes de genéricos do país, por outro lado, mostra um avanço do segmento. Com 21,5 milhões de unidades comercializadas entre abril do ano passado e março deste ano, a área de analgésicos da empresa registrou crescimento de 50%. Dentre seus principais produtos estão os genéricos dipirona e paracetamol.

Essa alta concorrência e a evolução da demanda no país cada vez mais fazem com que a renovação da lembrança das marcas de analgésicos junto aos consumidores se torne uma forte arma da indústria. "Há espaço. E esse mercado continua em uma ascendente", conclui Rebello.

Fiocruz faz esforço para descentralizar a pesquisa e produção

O Ministério da Saúde espera concluir até o fim do ano um mapeamento nacional dos polos de desenvolvimento tecnológico na área da saúde. O objetivo é aumentar o apoio a ações regionais e incentivar a descentralização da produção de conhecimento e o desenvolvimento econômico. Para Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, além de seu papel social, a saúde tem forte responsabilidade no desenvolvimento econômico do país.
"Dados do IBGE mostram que a saúde responde por 8,4% do PIB, maior do que o gerado pelo agronegócio. Em torno de 10% dos profissionais especializados atuam no setor da saúde, que consome 25% dos investimentos em ciência e tecnologia", diz Gadelha. "Mas a região Sudeste, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, concentra grande parte do conhecimento, dos investimentos e da receita, algo em torno de 80%. Queremos mudar isso".

Segundo o secretário, a estratégia é apoiar iniciativas regionais, que irão receber investimentos diretos de R$ 50 milhões este ano por parte do ministério. "Cada região tem procurado a sua vocação. A região Norte tem investido na biodiversidade ligada à área da saúde, a Centro-Oeste na indústria farmacêutica, a região Sul em biotecnologia e diagnósticos. O Ceará criou o Polo Industrial e Tecnológico da Saúde, cujo terreno foi doado pelo governo cearense. O Estado tem excelência em cardiologia e fármacos", afirma.

Gadelha ressalta ainda um investimento de R$ 400 milhões na unidade industrial da Hemobras em Pernambuco. Será a maior fábrica de hemoderivados da América Latina, numa área de 48 mil metros quadrados no município de Goiana, a 63 km do Recife. A unidade será uma das âncoras do Polo Farmacoquímico do Estado, cuja área de 345 hectares pode abrigar até 36 indústrias. Hoje, o Brasil gasta cerca de R$ 800 milhões na importação dos hemoderivados.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é o principal braço do Ministério da Saúde no apoio ao desenvolvimento regional na área da saúde. A entidade tem o objetivo de promover a desconcentração regional e desenvolver o complexo econômico-industrial da saúde. A implantação de unidades com capacidade de produção científica e tecnológica nessas regiões é fator importante para o seu desenvolvimento econômico e geração de conhecimentos e tecnologias.

É o caso, no Ceará, do Polo Industrial e Tecnológico de Saúde (PITS), que será instalado pela Fiocruz no município do Eusébio, a 18 km de Fortaleza. Na região Sul, a Fiocruz inaugurou em 2009, dentro do o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) uma unidade técnico-científica chamada Instituto Carlos Chagas (ICC), que tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisas em biologia molecular e celular, voltadas para problemas de saúde humana e veterinária. As instalações contam com moderna infraestrutura para o desenvolvimento de pesquisas de alto nível, com células-tronco e lentivírus.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Mais 50 genéricos chegam ao mercado em 60 dias


Nos próximos 60 dias, mais 50 medicamentos genéricos devem ser liberados para lançamento no mercado. Nesse período, os pedidos de registro desses remédios serão analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a consequente autorização para sua chegada às farmácias. A previsão é do diretor presidente da agência reguladora, Dirceu Barbano. A lista inclui medicamentos para tratamento de pressão alta, colesterol, esquizofrenia, depressão e câncer.

Os genéricos são em média 50% mais baratos do que os medicamentos de referência.

A previsão otimista de Barbano é justificada pela nova postura da Anvisa em dar prioridade a determinados pedidos de registros desde o começo do ano. Em primeiro lugar, serão analisados os pedidos de genéricos novos, cujas patentes expiraram recentemente e apenas os de referência estão à venda no mercado.

Em seguida entram nessa lista de prioridade os medicamentos com pouca concorrência e por fim, os que são alvo de compra pública para que haja aumento da concorrência no setor e barateamento do preço.

“Fazemos esse processo de identificação e passamos a tratar esses pedidos como análise prioritária”, afirma Barbano. A medida da Anvisa reflete em mais rapidez na liberação dos genéricos. Antes, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) chegou a apontar demora de até 15 meses para uma análise de um registro que deveria levar até 90 dias.

E os números mostram que o procedimento está dando resultado. A Pró Genéricos estima um aumento de 73% no número de novos registros no primeiro trimestre de 2011 ante o mesmo período do ano anterior. Só até o dia 15 de abril, foram registrados 67 medicamentos.

Crescimento do mercado
Os genéricos aumentam cada vez mais sua fatia no mercado farmacêutico. O setor alcançou 24,1% de participação no primeiro trimestre ante 20,6% em igual período do ano passado. O objetivo é atingir 30% de participação até o fim de 2012.

As vendas continuam em alta. Foram comercializadas 123,7 milhões de unidades de janeiro a março deste ano – um crescimento de 32% em relação ao ano passado. Apenas três novos genéricos já representam 2,5% do total de vendas no setor. São eles: Sildenafil (Viagra), atorvastatina (Lipitor/Citalor) e valsartanta (Diovan).

O comerciante José Adriano Novaes, de 30 anos, é adepto dos genéricos. “Se eu for na farmácia e tiver a opção genérica é ela que vou comprar por causa do preço. Não tenho receio de comprar esse tipo de medicamento”, diz.

Ontem, como estava com dor de garganta, o comerciante comprou o anti-inflamatório nimesulida. A versão genérica custava R$ 15,50. Já o de referência, R$ 19,99 — quase 30% mais caro.

A Anvisa explica que a diferença de preço existe porque os fabricantes dos genéricos não precisam fazer investimentos em pesquisa, já que as formulações estão definidas pelos medicamentos de referência. Os fabricantes também não precisam fazer propaganda porque não há marca para ser divulgada.

Mas mesmo entre os genéricos, a recomendação é pesquisar. Levantamento da Fundação Procon de São Paulo divulgado na semana passada mostrou que o preço de um mesmo remédio genérico pode variar quase 1.000% de uma farmácia para outra.