quinta-feira, 2 de junho de 2011

Belfar vai investir em nova planta


A indústria farmacêutica Belfar Ltda, com planta no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, vai investir em uma nova fábrica. A planta será construída em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O início das obras está previsto para 2012. O projeto já está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, somente após essa etapa, serão elaborados os cronogramas de trabalhos e o valor do aporte.

A Belfar foi fundada há 38 anos pelo pai do hoje diretor-presidente, Edson Pereira Marques. Desde então, ela está situada no mesmo local, um imóvel de 6,4 mil metros quadrados no Santa Amélia. Lá são produzidos 110 itens, entre produtos e apresentações, que fazem parte do portfólio da empresa. Entre eles estão medicamentos similares e genéricos. A produção da planta já está próxima de alcançar o limite de capacidade, o que motivou o aporte em uma nova unidade fabril.

O diretor-presidente, Edson Pereira Marques, informou que 2010 foi um ano de crescimento para a empresa, mas não revelou o índice. Ele explicou que o bom momento da economia brasileira aumentou o poder aquisitivo do brasileiro e, com isso, o acesso aos medicamentos. "Isso resulta em um aumento da qualidade de vida." Em 2011, Marques espera continuar crescendo. Ele informou que a Belfar está desenvolvendo vários projetos, mas que a liberação depende da Anvisa e que só após a aprovação será possível definir metas.

O projeto da nova planta da empresa também está em fase de aprovação pela Anvisa. As expectativas são que as obras sejam iniciadas no próximo ano. O terreno que abrigará a unidade fabril, em Matozinhos, já pertence à Belfar. O valor do aporte ainda não foi calculado.

ALISSON J. SILVA

A planta da Belfar fabrica 110 itens, entre produtos e apresentações

Canais de venda - A Belfar comercializa seus produtos para todo o Brasil, sendo a região Sudeste o mercado mais forte, por ter maior índice demográfico. A distribuição é feita por meio de logística terceirizada. Para o diretor-presidente da empresa, o maior gargalo é a concorrência com grandes multinacionais, que "recebem grande fluxo de capital externo, o que massacra o mercado nacional".

Muitos dos insumos utilizados pela Belfar são importados. Marques explicou que, por esse motivo, a empresa sofre grande pressão da variação cambial. Segundo ele, nesse momento o dólar está favorável, mas o euro não. A empresa compra os insumos de países como China, Índia, Holanda, Itália e Estados Unidos. Ela gera, hoje, cerca de 400 postos de trabalho.

O mercado de medicamentos genéricos no Brasil vive sua melhor fase desde a sua implantação no país, em fevereiro de 2000. Somente no primeiro trimestre deste ano, as vendas cresceram 32% em relação ao mesmo período do ano passado e chegou a 123,7 milhões de unidades comercializadas. Em faturamento, a alta foi de 37,4% na mesma base de comparação, totalizando R$ 1,7 bilhão. Em 2010, esse mercado cresceu 33,1% com relação ao exercício anterior, índice superior à média de crescimento registrada ao longo da década, que foi de 25% ao ano. A venda de genéricos movimentou R$ 6,2 bilhões em 2010.