sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cai a patente do medicamento Lípitor no Brasil


Decisão da Justiça faz com que diminua ainda mais o preço do remédio contra o colesterol, droga mais vendida no mundo que já tem um genérico

O Tribunal Regional Federal da 2.ª região derrubou ontem, em decisão unânime, a patente do Lípitor (atorvastatina), remédio para controlar o colesterol e droga mais vendida no mundo. Com a medida, aumentará o número de fabricantes e o preço da droga deve cair ainda mais no Brasil. Hoje, o preço do remédio original, patenteado pela Pfizer, varia de R$ 90 a R$ 200, dependendo da concentração. A empresa pode recorrer.


Desde o dia 16, o laboratório nacional EMS vende um genérico do produto com base em ordem judicial anterior, que beneficiou apenas a empresa. Os genéricos, pela lei do setor, devem custar no mínimo 35% menos que o remédio original e a droga da EMS chegou às farmácias por no máximo R$ 80 .

Horas após a divulgação da decisão da Justiça Federal, ontem, a Pfizer anunciou acordo com a produtora nacional de genéricos Eurofarma para lançar sua própria versão mais barata do Lípitor, prometida para setembro. A multinacional alegou que negociava a parceria antes da decisão judicial. "O acordo com a Eurofarma foi estabelecido porque enxergamos uma oportunidade de união de esforços, no sentido de proporcionar mais alcance da população à versão (...) do Lípitor", disse, em nota, a empresa.

Ainda no comunicado, a Pfizer reconhece que a patente da droga expirou com a ordem judicial proferida ontem pela Justiça Federal, mas destacou que espera tomar conhecimento do despacho para possíveis recursos.

O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, foi um dos autores da ação para derrubar a patente do remédio. O instituto contestava a extensão da patente concedida pelo tribunal em 2004 porque entende que os direitos da Pfizer sobre o medicamento venceram no ano passado, 20 anos após o seu primeiro registro nos EUA.

No julgamento, a Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades, parte na ação, apontou que a manutenção da patente levaria ao enriquecimento sem causa da Pfizer, enfatizando que só em 2009 o Rio desembolsou R$ 3 milhões para a compra e distribuição do Lípitor.

"A decisão vai na esteira da consolidação que o Superior Tribunal de Justiça promoveu ao derrubar a patente do Viagra", disse o procurador chefe do Inpi, Mauro Maia. Ele diz que mesmo que a Pfizer recorra, o recurso não terá efeito suspensivo sobre a ordem do TRF. A empresa sustenta ter conseguido prorrogar a patente no exterior e, por isso, o prazo de validade deveria ser estendido no País até 2014.

Fonte: Estado de Sao Paulo

RS reduz mortalidade infantil


O Estado do Rio Grande do Sul reduziu o coeficiente de mortalidade infantil de 12,8 em 2008 para 11,5 óbitos a cada 1000 nascidos vivos em 2009.

A redução do óbito está relacionada a diversas ações em parceria com os municípios, definindo estratégias para a ampliação do acesso aos serviços de saúde e atenção à gestante e às crianças. O resultado deste processo registra, nos últimos 10 anos, o expressivo número de 5000 vidas de crianças menores de um ano poupadas pela qualificação da assistência perinatal.

Destaca-se o investimento na Atenção Primária em Saúde, com a ampliação da Estratégia de Saúde da Família para 1300 equipes, otimizando a captação das gestantes para a realização das seis consultas, exames e vacinas preconizadas no pré-natal, promoção do aleitamento materno, identificação e acompanhamento das condições de maior risco de adoecimento, atenção no terceiro turno, aplicação de vacinas, visitas domiciliares e educação para a saúde, otimizando o trabalho de outras 3000 unidades básicas de saúde.

Inovador, o trabalho dos 2.325 visitadores do Primeira Infância Melhor estimulando o desenvolvimento psicomotor das crianças.

Para as gestantes de risco o Governo do Estado implantou 47 Casas da Gestante, com 332 novos leitos, em todas as regiões, propiciando cuidado qualificado em espaços adequados.


A Central de Regulação de Leitos, criada em 2008, responsável pelas internações de crianças em UTIs neonatais e pediátricas regulou mais de dois mil casos regulados, dos quais 98% foram resolvidos, garantindo aos bebês prematuros cheguem aos hospitais indicados.

Saliente-se também que o Governo do Estado, em conjunto com os prestadores de serviços, viabilizou a abertura de 84 novos leitos de UTI neonatal e pediátrica no Estado, em cidades como Santo Ângelo, Passo Fundo e Alegrete.

Para complementar o elenco de serviços à disposição da população, o Programa Estruturante Saúde Mais Perto de Você, está implantando ambulatórios hospitalares que garantam o acompanhamento do prematuro egresso de UTI neonatal, além de dar medicamento preventivo para proteger os bebês de muito baixo peso das infecções do virus sincicial.

Mortalidade infantil é um indicador de qualidade de vida e sua redução é uma conquista a ser comemorada.



Fonte: Correio do Povo

Pfizer e Eurofarma pretendem lançar genérico do Lípitor no Brasil




A Pfizer, maior farmacêutica do mundo, fechou nesta quinta-feira (26) uma parceria com a Eurofarma para a produção e venda no Brasil de um genérico do medicamento para colesterol Lípitor.

Pelo acordo, a a Pfizer produzirá e fornecerá o genérico da atorvastatina, princípio ativo do Lípitor, para a Eurofarma, que promoverá, distribuirá e comercializará o medicamento em território nacional.

"Este acordo com a Eurofarma foi estabelecido porque enxergamos uma oportunidade de união de esforços, no sentido de proporcionar maior alcance da população à versão genérica do Lípitor", afirmou Freddy Guarin, diretor da unidade de negócios de cuidados primários da Pfizer.

Em comunicado, ambas companhias afirmam que a patente de Lípitor expirou hoje por decisão judicial.

"A Pfizer acata, mas respeitosamente discorda dessa decisão", diz a companhia.

O comunicado revela ainda que as empresas "aguardam a aprovação do genérico pela Anvisa para que o produto chegue ao mercado em setembro".

Fonte: Brasil Economico

INSS vai contratar peritos temporários


O INSS poderá na próxima semana, fazer contratações de médicos peritos temporários para suprir a demanda de 400 mil segurados que esperam atendimento. O acumulo foi provocado pela greve dos médicos, iniciada a dois meses. a medida atende a liminar do Ministério Público Federal, determinando a contratação imediata de tercerizados para colocar em dia o trabalho. O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, disse ontem que os contratados receberão instruões e a adaptação será rápida. Eles serão remunerados de acordo com a pesquisa de mercado de salários. O INSS calcula que os médicos poderiam colocar tudo em dia em duas semanas, trabalhando à noite, nos fins de semana e feriados.

Associação Nacional de Médicos Residentes faz contraproposta ao ME


A Associação Nacional dos Médicos Residentes ( ANMR )apresentou ontem (26/08) ao Ministério da Educação uma proposta de reajuste da bolsa-auxilio de forma parcelada. Para encerrar a greve, que dura nove dias, os profissionais estão dispostos a aceitar o aumento imediato de 28,7% e 10% em setembro de 2011, totalizando os 38,7% exigidos pela categoria. A sugestão foi aceita por unanimidade pelos membros da comissão de greve.
Na semana passada, a categoria havia rejeitado a proposta de reajuste de 20% oferecido pelo governo. Segundo o presidente da ANMR, Nívio Moreira Junior, a nova proposta é um sinal de que a categoria esta aberta. Ele acredita que a proposta possa ser votada em breve. Mas o Ministério da Educação informou que não tem um prazo para tomar a decisão, já que precisa consultar o Ministério da Saúde. Os residentes reinvindicam ainda auxílio-alimentação e moradia.

Hospitais da ULBRA podem ir a leilão


Os hospitais Luterano e Independência, de propriedade da ULBRA, ambos de Porto Alegre (RS) poderão ir a leilao. O juiz Guilherme Pinho Machado, da vara cível da Justiça Federal de Canoas ( RS ), deve discutir o assunto com a ULBRA. Os hospitais não estão funcionando desde abril de 2009 e, com a medida, o juiz pretende diminuir o déficit de leitos na região metropolitana. Juntos, Independência e Luterano somam 225 leitos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Anvisa autoriza importação do do medicamento taliglucerase alfa, da empresa Pfizer Inc


O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, recebeu nesta quarta-feira (25/08) um grupo de representantes dos portadores da doença de Gaucher. O objetivo do encontro foi esclarecer aos participantes os critérios de avaliação de segurança e eficácia utilizados para o deferimento da solicitação do Ministério da Saúde para importar frascos de taliglucerase alfa para o atendimento dos pacientes tratados no âmbito do SUS.

Na última semana, a Anvisa autorizou a importação em caráter excepcional de 54.400 frascos do medicamento taliglucerase alfa, da empresa Pfizer Inc, destinado ao tratamento da doença de Gaucher. A decisão foi tomada após a análise da documentação apresentada e a constatação de que um estudo clínico fase 3, em conclusão, aponta resultados clinicamente relevantes no controle da doença de Gaucher. Foram analisados, ainda, os resultados de um estudo de estabilidade que indicam que o produto tem validade de até 18 meses quando conservado de 2 a 8º C. Estudos de fase 3 são aqueles realizados com pacientes portadores da doença e representam o último estágio antes da chegada de um novo medicamento no mercado.

A solicitação de importação em caráter excepcional foi feita pelo Ministério da Saúde, pois a empresa Genzyme do Brasil Ltda., que fabrica o medicamento imiglucerase, enfrenta problemas para suprir as necessidades dos pacientes do SUS. Segundo o fabricante, um problema de contaminação em uma das etapas de produção prejudicou a distribuição do medicamento. Atualmente, apenas a imiglucerase é comercializada no Brasil para o tratamento desta doença. No país, 610 pessoas dependem deste medicamento para o tratamento da doença de Gaucher.

De acordo com o presidente da Associação Paulista dos Portadores da Doença de Gaucher, Pedro Carlos Stelian, a maior preocupação dos pacientes era em relação a efetividade do medicamento taliglucerase alfa importado de forma excepcional. Durante o encontro os especialistas da área de registro de medicamentos informaram que, de acordo com os resultados do estudo apresentado, o produto demonstra ser uma alternativa no tratamento da doença.

Participaram do encontro a Associação Paulista dos Portadores da Doença de Gaucher, a Associação dos Familiares, Amigos e Portadores de Doenças Graves, a Associação Mineira dos Portadores e Amigos de Gaucher, e a Associação Paulista dos Familiares e Amigos dos Portadores de Mucopolissacaridoses.





Fonte:Carlos Augusto Moura - Imprensa/Anvisa

Laboratório Teuto se adequa à nova lei de resíduos sólidos


A partir deste mês, as indústrias brasileiras deverão se adequar ao projeto de lei 354/89 que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A nova legislação irá regular a reciclagem e a forma como são tratados os resíduos sólidos, com regras para o recolhimento de embalagens, incentivo à reciclagem nas indústrias, proibição dos lixões a céu aberto e a importação de qualquer tipo de resíduos. A lei prevê ainda o apoio às indústrias de reciclagem e às cooperativas de catadores de lixo.

Por meio do Comitê de Desenvolvimento Sustentável (Codes) o Laboratório Teuto realiza há algum tempo ações sociais, econômicas e ecologicamente corretas, entre elas o manejo adequado dos resíduos sólidos produzidos na indústria.
Antecipando-se à nova legislação, o Teuto faz o correto descarte e o tratamento desses detritos. Na indústria, todo o material reciclado é levado para a sala de descarte, onde acontece a separação dos resíduos reciclados e dos perigosos, como restos de produção, produtos vencidos e reprovados. Tudo é encaminhado para a Central de Tratamento de Resíduos. Os materiais perigosos são incinerados e os recicláveis são separados em grupos e acomodados em fardos.

Antes mesmo da nova legislação, a empresa já desenvolvia junto aos seus colaboradores a conscientização ambiental e o incentivo à reciclagem. Entre as atividades, o Laboratório Teuto tem uma parceria com a Cooperativa de Catadores de Lixo de Anápolis (Goiás) e doa, todo mês, uma tonelada de papelão, papel e plástico para a entidade.

Segundo a analista de meio ambiente Mônica Veloso, as indústrias terão um tempo para se adequar às normas. O não cumprimento da legislação implicará em multas e sanções. "Não teremos problemas quanto a isso. O Laboratório Teuto já desenvolve uma política de tratamento dos resíduos sólidos da empresa, assim como as ações voltadas para a preservação do meio ambiente", assegura.

Veloso também explicou que o projeto de lei estabelece uma responsabilidade compartilhada entre a sociedade, as indústrias e o governo. A adoção da lei prevê que todos estes segmentos trabalhem de forma adequada os resíduos sólidos, incumbindo "obrigações" de forma igualitária com o objetivo de preservar o meio ambiente. "A nova legislação é algo mais concreto. Será necessário um comprometimento maior das indústrias em relação ao destino dos resíduos sólidos. É uma política que traz diretrizes para o estado, município, para as pessoas físicas e jurídicas", conclui.


Fonte: Agência Race

Germed Pharma mira liderança de vendas no setor de medicamentos genéricos


A Germed Pharma tem apresentado crescimento rápido e mira a liderança do segmento nos próximos seis anos. Segundo dados publicados em julho 2010 pelo IMS Health, a Germed Pharma subiu da 5ª para a 3ª posição em vendas na comparação com o mês de Junho 2010. Neste mesmo período, a empresa cresceu as vendas de medicamentos genéricos em 21,7%, enquanto o mercado de genéricos subiu 3,7%.

No mercado geral farmacêutico, que inclui a totalidade de laboratórios do Brasil, o crescimento da Germed Pharma foi expressivo ao atingir 20,7% e passar da 31ª posição em vendas de Junho/2010 para a 25ª posição no mês de Julho/2010. Com 3,2% de expansão nas vendas totais de medicamentos no país, a empresa ampliou suas vendas totais em 20,7%.

Criada em 2002, a Germed Pharma nasceu como uma linha de produtos, se tornou uma divisão do conceituado Grupo EMS e, hoje, é uma nova empresa do setor farmacêutico, direcionando foco na qualidade dos produtos genéricos e de prescrição, atendendo a três especialidades médicas (oftalmologia, dermatologia e endocrinologia).

O portfolio da companhia é formado por 143 moléculas em 249 produtos. No total, 11 medicamentos são comercializados sob prescrição médica. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento são estipulados em 6% do faturamento, o que gera uma média de dois produtos lançados por mês. Em 2009, a empresa obteve faturamento de R$ 193 milhões em 2009 e espera atingir os R$ 350 milhões este ano, segundo informações concedidas pelo instituto IMS Health.


Fonte: DCI

Grupo Bomi vai atender farmacêuticas


O grupo Bomi, operador logístico da área de saúde, vai investir R$ 15 milhões na construção de um armazém de 11 mil metros quadrados destinado à importação e distribuição de medicamentos e equipamentos de uso médico em Itajaí, Santa Catarina. O investimento é o primeiro de um programa de incentivos fiscais do governo estadual batizado de Polo Logístico da Saúde, lançado ontem, em Florianópolis. A partir de outubro, o terminal irá atender as companhias Nycomed Brasil, Mead Johnson Brasil e Roche Brasil.

O negócio é uma parceria entre a Bomi, que no Brasil é uma joint-venture do grupo italiano Bomi e da Luft Logistics, com a Multilog, empresa de logística com sede em Itajaí. A Bomi deve investir cerca de R$ 12 milhões e a Multilog os outros R$ 5 milhões para o terminal que ficará a 100 metros do armazém alfandegado da Multilog na cidade.

Segundo Fernando Luft, da Bomi, a expectativa é que o terminal movimente R$ 1,6 bilhão em mercadorias durante 2011. Hoje, a empresa já atende as operações da Siemens Health Care em Joinville, no Norte de Santa Catarina. A intenção, de acordo com Luft, é integrar as operações em Itajaí e manter a estrutura em Joinville como um backup. Santa Catarina passará a ser o único Estado em que a Bomi detém duas operações.

Em São Paulo, a Bomi possui um centro logístico de 72 mil m2, inaugurado em 2008. A empresa detém terminais no Rio de Janeiro e também em Goiás. Luft diz que a expectativa é atingir este ano faturamento de R$ 900 milhões, crescimento de 20% sobre os R$ 750 milhões de 2009. Segundo o empresário, um terço do faturamento provem das operações com medicamentos e produtos voltados para a saúde.

Luft conta que a estrutura de aeroportos de Santa Catarina vai facilitar a entrada dos produtos no país. "Os produtos de saúde tem alto valor agregado o que permite que sejam transportados por avião."

A Nycomed, conhecida no Brasil pela Neosaldina e Dramin, deve começar a operar em outubro com a Bomi em Santa Catarina. De acordo com Luiz Eduardo Violland, gerente-geral da Nycomed, a intenção é deslocar para o Estado toda a importação de produtos farmacêuticos e cirúrgicos. A partir da operação no Estado, a empresa vai abastecer os clientes em todo o Brasil, com exceção de São Paulo. Violland não descarta que a partir de Itajaí sejam exportados alguns produtos da empresa. A Nycomed tem projeto de expansão das operações no Brasil. Segundo o empresário, a intenção é crescer 15% ao ano até 2014. Em 2009, o faturamento foi de R$ 800 milhões.

A criação do polo logístico é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma indústria de pesquisa na área farmacêutica em Santa Catarina. O secretário de Estado do Planejamento, Vinícius Lummertz, diz que a intenção é diversificar a matriz econômica do Estado e permitir o desenvolvimento de pesquisas no setor de saúde. Em contrapartida a isenção de ICMS, que terá quatro faixas de acordo com o faturamento entre R$ 20 milhões e acima de R$ 250 milhões, as empresas terão de destinar 0,5% do faturamento à Fundação de Apoio à Pesquisa Científica de Santa Catarina (Fapesc) e 0,5% ao fundo social do Estado. A isenção de tributos deve ser, em média, de 3%.

Poderão instalar-se no polo operadoras de logística e empresas usuárias do setor de produtos de saúde. O governo estadual oferecerá crédito presumido na saída subsequente à importação de medicamentos e equipamentos. Para usufruir o benefício, as empresas deverão gerar no mínimo 100 empregos diretos.

Segundo o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, as empresas que atuam no setor e estão instaladas hoje no Estado faturam cerca de R$ 250 milhões.


fonte: Valor economico

Novartis define fábrica de US$ 500 mi


A farmacêutica suíça Novartis bateu o martelo e vai construir na cidade de Goiana, na Grande Recife (PE), sua fábrica de vacinas. Os investimentos nesse complexo ficarão entre US$ 300 milhões e US$ 500 milhões, com operações previstas para o início de 2014. O principal executivo da companhia no país, Alexander Triebnigg, afirmou que essa unidade deverá ter uma infraestrutura para atender aos mercados interno e externo.

As obras estão previstas para começar ainda este ano. A cidade de Goiana era apontada como uma opção quase certa, mas outros municípios das imediações entraram no páreo.

A fábrica de vacinas é a primeira do grupo na América Latina - o Brasil foi escolhido por ser um mercado estratégico para a empresa, segundo Triebnigg. A unidade, que atenderá a demanda no mercado interno, também servirá como base de exportação da farmacêutica, que não está restrita para América Latina.

"A decisão de investir no Brasil reflete a estabilidade e previsibilidade política e jurídica do país, a existência de forte lei de propriedade intelectual, sólidas políticas de saúde na área de prevenção de doenças com um programa de imunização reconhecido como um dos melhores do mundo, além de uma agência reguladora pré-qualificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para suporte a planos de exportação", disse o executivo.

Pernambuco foi o eleito pela Novartis por sua localização geográfica, com acesso a portos, o que facilita as exportações. Incentivos fiscais e o fato de o Estado ser um polo de referência em saúde para a região Nordeste também pesaram na decisão. No país, a farmacêutica já possui acordos de transferência de tecnologia de produção da vacina contra a meningite C para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), do governo de Minas Gerais.

Desde 1937 no país, a multinacional possui uma fábrica em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, outra em Rezende (RJ) para síntese química (única estrangeira que sintetiza matéria-prima farmacêutica no país) e outra em Cambé, controlada pela Sandoz, braço de medicamentos genéricos do laboratório suíço.

Assim como outras companhias globais, a Novartis está intensificando os estudos clínicos no país. Em 2009, ela investiu R$ 35,9 milhões em 63 estudos, envolvendo mais de 3,9 mil pacientes nas áreas de cardiologia, metabolismo, doenças respiratórias e ósseas, transplantes, hepatite, oftalmologia, oncologia e hematologia. Esses valores deverão subir este ano.

Com cerca de 145 projetos em seu portfólio de produtos em desenvolvimento, o investimento global da companhia em pesquisa e desenvolvimento (P&D) atingiu US$ 7,4 bilhões no ano passado. Com faturamento global de US$ 44,3 bilhões em 2009, a empresa faturou R$ 1,75 bilhão no Brasil no período.

A estratégia de inovação da empresa já traz reflexos para o Brasil. Dois novos medicamentos desenvolvidos pela farmacêutica devem entrar no país. O primeiro deles, o Ilaris, será lançado em setembro, como o primeiro remédio aprovado no Brasil para o tratamento de crianças a partir de 4 anos e adultos com CAPs (síndromes periódicas associadas à criopirina). O produto já foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), agência americana, e pela União Europeia. O CAPs é um grupo raro de doenças auto-inflamatórias causadas por uma única mutação genética que leva à superprodução da proteína interleucina que participa do processo inflamatório. A incidência é de 1 caso a cada 1 milhão de pessoas - a estimativa é de que cerca de 200 brasileiros sejam afetados pela CAPs.

Em 2011, a previsão é lançar o Gilenial. O medicamento é voltado para pacientes com esclerose múltipla, por ser o primeiro e único remédio oral para o tratamento da doença e por possuir eficácia 52% superior à terapia padrão na diminuição dos surtos.

Segundo Triebnigg, a estratégia da Novartis é oferecer um completo portfólio, seguindo a filosofia "One stop shop" (portfólio completo). Seguindo essa premissa, a companhia vendeu para a Nestlé dois importantes negócios em 2007 - a divisão Gerber, de alimentos infantis, por US$ 5,5 bilhões, e a Medical Nutrition, por US$ 2,5 bilhões -, para se dedicar à saúde. Um ano antes, a Novartis tinha adquirido a Chiron Corporation, passando a agregar ao seu negócio vacinas e equipamentos de diagnóstico, e agora está em processo de finalização da compra da Alcon, por US$ 28 bilhões, o que deverá proporcionar à Novartis maior acesso ao segmento oftalmológico global.

Há quatro anos no Brasil, Triebnigg criou um plano de investimentos para que a farmacêutica expanda seus negócios no país. Austríaco, o executivo passou por Portugal antes de assumir o comando da Novartis brasileira. Até então, ele só esteve no Brasil a passeio. "Passei o ano na Bahia e vi as comemorações da passagem de ano com os barquinhos na praia chegando com a Iemanjá. Gostamos daquele ritual. Nós temos até hoje em casa uma imagem dela, que agora está na minha adega."


fonte: Valor Economico

O laboratório Aché vai estrear no mercado de preenchimento estético


O laboratório Aché vai estrear no mercado de preenchimento estético e planeja crescer em dermatologia. A empresa fechou parceria com a farmacêutica canadense Prollenium Medical Technologies. A empresa irá trazer ao Brasil um tipo de preenchimento dérmico injetável que já é comercializado em mais de 50 países.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Faculdade de Farmácia. Profissão, aqui não dá para errar.


Farmacêutico há sete anos, o bioquímico e dono de um laboratório de análises clínicas Fernando Vargas, 35 anos, conta como foi fazer o curso e avalia o mercado de trabalho.
Ele não está entre os cursos mais procurados, mas pode oferecer boas oportunidades de trabalho. A faculdade de Farmácia, que teve uma disputa de 4,32 candidatos por vaga no último vestibular da UFSC, abre portas para as mais variadas áreas, como indústria de alimentos, cosméticos e pesquisa.

Dados da Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica apontam que, no Brasil, há 370 empresas brasileiras e estrangeiras que empregam cerca de 50 mil trabalhadores.

A ESCOLHA

"Meu pai é bioquímico também, tem mais de 40 anos de profissão. Ele já tinha laboratório, então entrei na faculdade visualizando essa chance de trabalho. Depois de formado, acabei tendo outras oportunidades e nem cheguei a trabalhar com ele."

A FACULDADE

"Fiz na UFSC, o curso é bem interessante, mas já mudou depois que eu saí. Antes, a gente fazia três anos e meio de Farmácia para depois fazer um ano e meio de Bioquímica. Hoje, é tudo junto."

PRECISA GOSTAR DE...

"Precisa ser muito dinâmico. É bom gostar de disciplinas biológicas, química (tem bastante química no curso), e também de anatomia, fisiologia."

MERCADO DE TRABALHO

"A área de análises clínicas está saturada. Com a automatização dos processos, um único farmacêutico dá conta de analisar centenas de exames. As vagas estão em laboratórios grandes. Mas o maior mercado está na análise de alimentos, água e ar. São nichos do desenvolvimento sustentável, por exemplo, no tratamento de afluentes. É uma profissão bem ampla."


Fonte: Diario Catarinense

Biolab investe R$ 50 mi em centro de pesquisa e desenvolvimento


SÃO PAULO - O laboratório farmacêutico Biolab investirá R$ 50 milhões em um novo centro de pesquisa avançada. O centro, que deverá estar funcionando a pleno vapor em 2011, ampliará a capacidade de pesquisa da empresa. "Temos mais projetos do que capacidade de atendê-los", afirma o diretor da Biolab, Dante Alário Jr.

Segundo o executivo, o centro de pesquisas será implantado ao lado da unidade fabril da empresa localizada em Taboão da Serra (SP), e deve chegar a três mil metros quadrados, na primeira fase do projeto. O tamanho total do terreno é de oito mil metros quadrados, o que permite ampliação do centro de pesquisas conforme o crescimento da empresa.

Os principais mercados de atuação da farmacêutica brasileira são medicamentos para cardiologia, ginecologia, dermatologia e pediatria, entre outros, sob prescrição médica. A Biolab não trabalha com medicamentos genéricos, o que reforça a posição de investir em pesquisas para desenvolvimento de novas drogas. Anualmente, a empresa investe cerca de 7% do faturamento em pesquisas. Segundo o executivo da Biolab, a empresa projeta ter crescimento de 18% este ano, e está aberta para fazer parcerias e adquirir laboratórios que agreguem tecnologia à companhia."Nossa posição é de compradores. Se surgir a oportunidade de adquirir de algum laboratório que atenda nossas exigências, podemos sim fechar negócio", explica.

Parceria Merz-Biolab

O laboratório licencia há pelo menos dez anos quatro produtos da companhia alemã Merz. Em relação à parceria com a farmacêutica alemã com o objetivo de produzir toxina botulínica, anunciada este ano, o diretor da Biolab conta que a princípio seria uma sociedade com foco somente na Xeonin. "Nós iríamos representá-los no País, mas, em razão do crescimento local do Merz, mudamos de ideia: o investimento será em uma sociedade para desenvolver não só a toxina botulínica, que será o carro-chefe desta parceria, mas também uma série de produtos para o segmento de estética no Brasil", afirma ele.

Da associação, surgiu a Merz Biolab Farmacêutica, que receberá um aporte de 20 milhões de euros este ano, para montar sua estrutura no País. A companhia alemã será a controladora, com 61% do negócio, e a nacional ficará com os 39% restantes. A expectativa é de que a autorização para o uso estético ocorra até o fim deste ano.

Indústria farmacêutica de capital nacional privado, a Biolab foi fundada em 1997.

O laboratório farmacêutico Biolab investirá R$ 50 milhões em um novo centro de pesquisa avançada. O centro deverá estar funcionando a pleno vapor no próximo ano.



Fonte: dci

Vigilância do Estado do RS disponibiliza boletim sobre qualidade do ar


O Governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Saúde, disponibiliza em sua página na internet boletins semanais sobre as condições atmosféricas atuais. As informações são repassadas pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, por meio do Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais não Biológicos (NVRAnB).

O material divulgado é uma análise dos dados provenientes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), bem como recomenda ações de proteção e promoção da saúde e prevenção de agravos e doenças ocasionadas ou agravadas por impactos atmosféricos. O boletim traz mapas da qualidade do ar no Estado, através dos níveis de monóxido de carbono, emissões e focos de queimadas, previsão do índice ultravioleta máximo e conteúdo total de ozônio.


O núcleo tem como atribuição conhecer, detectar e controlar os fatores ambientais de risco à saúde humana, prevenindo doenças e outros agravos à saúde das populações exposta aos contaminantes presentes na água, no solo ou no ar. Dentre as ações básicas e estratégicas do setor, destacam-se o cadastramento sistemático e a seleção de ambientes contaminados, atividades estas realizadas em conjunto com instituições de meio ambiente, de produção primária e de infra-estrutura. O mapeamento das áreas de risco à exposição humana serve à avaliação, classificação e planejamento de ações de mitigação de riscos.



Assessoria de Comunicação Social

25/08/2010 - BOLETIM EPIDEMIOLÓGIVO SARAMPO - SEC SAÚDE RS


A Secretaria Estadual da Saúde, através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), informa que, após a confirmação de dois casos de sarampo em Porto Alegre em 18/08/2010, provavelmente importados da Argentina, estão sendo intensificadas as ações de vigilância e vacinação contra a doença.





Transcorridos sete dias após o alerta, foram notificados sete casos suspeitos de sarampo. A investigação laboratorial descartou casos de moradores de Canoas, Estância Velha, Esteio e Viamão. Outros três casos (duas crianças e um adulto dos municípios de Porto Alegre e Cachoeirinha respectivamente) são contato dos casos confirmados e aguardam exames laboratoriais complementares.



Foram desencadeadas as medidas de controle por parte das Secretarias Municipais de Saúde, especialmente o bloqueio vacinal, que consiste na vacinação dos contatos não vacinados dos casos suspeitos e isolamento dos doentes. São aguardados exames laboratoriais nos próximos dias para a confirmação ou descarte dos casos.



A SES alerta para a importância das pessoas estarem vacinadas contra o sarampo e, em caso de dúvida, comparecer à unidade de saúde mais próxima com a carteira de vacinas para a avaliação. Em caso de suspeita de sarampo (febre, sintomas respiratórios como tosse, coriza ou conjuntivite e manchas avermelhadas no corpo), procurar o posto de saúde mais próximo. Para mais informações o Cevs disponibiliza o Disque Vigilância, pelo telefone 150.



Assessoria de Comunicação Social

Procter & Gamble anuncia plano para embalagens sustentáveis


A Procter & Gamble anunciou planos de usar um plástico feito a partir de fonte renovável, derivado da cana de açúcar, em algumas embalagens de suas marcas Pantene Pro-V e Max Factor. O plástico derivado da cana de açúcar representa uma inovação significativa em embalagens sustentáveis, pois é feito a partir de uma fonte renovável, diferentemente do plástico tradicional, que é derivado de petróleo não-renovável.

Este novo material é feito por meio de um processo que transforma a cana de açúcar em plástico polietileno de alta densidade (HDPE), um tipo comumente usado para embalar produtos. A embalagem derivada de cana de açúcar permanece sendo 100% reciclável. O projeto piloto acontecerá no mundo todo durante os próximos dois anos, com os primeiros produtos chegando às prateleiras em 2011.


Fonte: Portal Fator

Lucro da L'Oréal cresce 21,3% no 1º semestre


A L'Oreal anunciou nesta quarta-feira (25) ter obtido lucro líquido de € 1,314 milhão no primeiro semestre de 2010, valor 21,3% mais alto do que o registrado no mesmo período do ano passado.

No semestre, o resultado atingiu € 2,23 por ação, ante lucro de € 1,86 por ação um ano antes. As vendas do grupo cresceram 10,2% no semestre, atingindo € 9,667 bilhões.

O segmento de produtos de luxo registrou a maior alta no faturamento, de 12%, totalizando € 2,1 bilhões.

A empresa registrou alta nas vendas em todas as regiões geográficas. Na América Latina, a receita cresceu 35,1%, para € 706 milhões. Na Europa ocidental, o crescimento foi de 2%, para € 3,7 bilhões.

"Os resultados possibilitaram aumentar investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em propaganda e promoção de produtos que estão pavimentando o caminho para o futuro", afirmou em nota o presidente executivo da L'Oréal, Jean-Paul Agon.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Weleda pega carona na Droga Raia para ampliar presença


Famosa por conta de seus remédios e cosméticos naturais, a Weleda ainda não encontrou a receita certa para conquistar o mercado. A companhia desistiu de franquias e fechou parceria com o varejo.

Há cinco anos, a companhia pensava que a expansão dos negócios se daria pela franquia de farmácias de manipulação com sua marca.

Neste período, foram abertas apenas 14 lojas, sendo uma própria, concluindo-se que a estratégia não trouxe os resultados previstos.

Para tentar retomar o crescimento no país, a empresa agora se estrutura para uma parceria com varejistas.

A primeira delas foi fechada com a Droga Raia. Das 300 unidades que a rede de drogarias tem no Brasil, 100 delas passaram a conter um espaço Weleda.

"Queremos crescer 29% em cosméticos e 17% em medicamentos este ano", afirma Mara Pazzotti, diretora geral da marca no país.

A parceria tem sido um sucesso, segundo Marcelo Zagottis, diretor de vendas da Droga Raia. O executivo afirma que, em todas as lojas onde o espaço Weleda foi instalado, o crescimento de venda dos produtos foi de 70% a 80%.

Para atingir o público-alvo, os espaços Weleda são montados em lojas que atendem clientes de maior poder aquisitivo. "Sabemos que os produtos da Weleda têm um valor agregado e com isso, um custo mais alto.

Além disso, os consumidores da marca gostam de produtos naturais", afirma Zagottis.

Diversificação

Mas a Weleda não pretende se concentrar em uma única fórmula para crescer. O Brasil é o único país onde a empresa atua em que a receita de medicamentos é maior do que a dos cosméticos.

"Queremos reverter esse quadro. Nos últimos anos, atingimos um crescimento considerável em produtos de beleza", afirma Mara. Em 2006, essa linha teve uma alta de vendas de 27% na comparação anual. No ano passado, esse percentual subiu para 40%, diz.

Mara afirma que, só na Europa, o segmento de cosméticos naturais fatura anualmente € 2 bilhões. Além disso, a comparação entre o crescimento da área de cosméticos naturais e o de cosméticos tradicionais é animadora.

"Nos Estados Unidos, enquanto o mercado de produtos de beleza tradicionais apresenta alta de 3% a 4% ao ano, o de cosméticos naturais cresce cerca de 15%", diz Mara.

De acordo com dados da consultoria internacional Kline, apresentados pela Weleda, 80% das marcas nacionais não são de produtos naturais, mas apenas de inspiração natural.

"Com a moda é preferir produtos naturais, alguns fabricantes substituem uns poucos componentes sintéticos por naturais. Não dá para dizer que é 100% natural, porque boa parte da fórmula permanece igual", diz Mara.

Mercado em expansão

Mas a executiva afirma que ainda há muito espaço para crescer também com medicamentos no país. Para isso, a Weleda fará uma parceria com farmácias de manipulação em todo o território nacional.

"Atualmente, temos farmácias de manipulação com o selo Weleda, que podem manipular remédios com os nossos insumos, e vamos expandir esse projeto e selecionar um número maior de farmácias autorizadas", afirma Mara.

Hoje, a Weleda tem uma única fábrica no Brasil, que fica em São Paulo. De acordo com ela, há planos para abrir uma unidade fabril apenas para os produtos de beleza, que até agora são importados. "É um projeto a longo prazo, mas ele existe", diz Mara.

Fonte: Brasil Econômico

Justiça tende a confirmar o fim das patentes de farmacêuticas


SÃO PAULO - A indústria farmacêutica estima em mais de R$ 1 bilhão o valor de um mercado em disputa nos tribunais brasileiros. A cifra equivale ao que as empresas deixariam de lucrar caso os prazos finais de validade das patentes de diversos medicamentos fossem confirmados pela Justiça e expirassem em 2010, ano de vencimento de vários registros. Mas o desfecho deve ser desfavorável para as grandes empresas multinacionais do setor, que têm contra elas importantes precedentes no Superior Tribunal de Justiça (STJ).



No final de abril, o Tribunal impôs amarga derrota para a Pfizer ao reconhecer que a validade da patente do Viagra terminava em junho deste ano (e não em 2011, como queria a empresa), quando a farmacêutica perderia o direito de exclusividade na fabricação e venda do medicamento. Estima-se que a empresa ganhava R$ 200 milhões por ano só no Brasil com a venda do produto.



O procurador-chefe do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Mauro Sodré Maia, afirma que existem hoje 37 recursos especiais em trâmite no STJ que tratam de pedido de extensão do prazo das patentes pipelines, criadas com a Lei de Propriedade Industrial em 1996 para proteger invenções farmacêuticas e químicas. O mecanismo previu a revalidação das patentes registradas no exterior.



Segundo Maia, em todo o Judiciário existem cerca de 80 ações pendentes de julgamento -muitas delas potenciais recursos que vão chegar ao STJ no futuro.



O procurador está confiante de que o STJ mantenha o entendimento do caso do Viagra. "A decisão foi de uma sessão do Tribunal [formado por 3ª e 4ª Turmas] e o peso é maior. Isso indica a consolidação de um entendimento de que as extensões da validade das patentes não são devidas", afirma Maia. Ele lembra que a primeira decisão do STJ que negou a extensão do prazo da patente, no caso do hipertensivo Diovan, foi dada no final de 2009 e sinalizou a mudança no Tribunal.



O advogado Alexandre Lessmann Buttazzi, do Peixoto e Cury Advogados, concorda. "É muito provável que o Tribunal siga a mesma linha de entendimento. A forte tendência é que este paradigma seja expandido e torne-se modelo e jurisprudência", afirma.



A busca agora, segundo Mauro Maia, é pela celeridade nos julgamentos. "Estamos tomando medidas para provocar as decisões o mais rápido possível". O INPI está enviando pedidos de preferência para os ministros julgarem as ações. Está em estudo, em conjunto com a Procuradoria Geral Federal, se é oportuno provocar o julgamento dos casos pelo rito dos recursos repetitivos, ou seja, quando a decisão firmada pelo STJ deve ser seguida por todos os tribunais. A demora para o julgamento dos casos, para Maia, adia a entrada do conhecimento em domínio público e impede o ambiente de livre-concorrência. "O genérico não entra no mercado e o preço não diminui. Isso impede o acesso da população e onera políticas de saúde pública".



Na queda-de-braço do INPI com as empresas para extensão do prazo das pipelines há um lado se saindo melhor. Desde 2000 até hoje, existem no Judiciário 111 decisões favoráveis ao instituto e 67 contrárias - a maré começou a mudar em favor do INPI em 2006 e, antes disso, grande parte das decisões judiciais foram favoráveis às multinacionais. No STJ, segundo o INPI, são quatro favoráveis e seis contrárias no total, quadro que agora deve também ser revertido.



O prazo de validade das patentes é o motivo da grande batalha judicial. A legislação garante que as pipelines registradas até um ano depois da nova lei de 1996 valem por 20 anos. Para o INPI e as indústrias nacionais de genéricos, grandes beneficiadas com a negativa de extensão da validade, o prazo inicia-se na data do primeiro registro do remédio no exterior - as demais seriam apenas continuidade da original, o que foi seguido pelo STJ. Já as multinacionais defendem a data mais recente, do último registro. De acordo com o INPI, muitos pedidos de patentes eram depositados pela primeira vez num país e, depois, eram abandonados e seguiam para outro local. O órgão não reconhece válidas as prorrogações por demora ou novidades concedidas no exterior.



O advogado Wilson Pinheiro Jabur, sócio do Salusse Marangoni Advogados, lembra de outro tipo de ações sobre patentes: as que pedem extensão do prazo de 15 anos, concedido antes da Lei de Propriedade Industrial, por mais cinco anos, conforme prevê o novo regulamento. "Uma leva de liminares concedeu essa prorrogação, mas agora já caminha-se para uma unificação em sentido contrário", diz. "O entendimento de que não é cabível essa extensão diminui o número de processos e consolida a lei", diz.



A indústria farmacêutica estima em mais de R$ 1 bilhão o valor em disputa nos tribunais brasileiros. A cifra equivale ao que as empresas deixariam de lucrar caso os prazos finais das patentes fossem confirmados.



Fonte: DCI

Empresas investem cada vez mais no mercado cosmético brasileiro


Os investimentos crescentes e a progressão de empresas no setor cosmético são reflexos do contínuo desenvolvimento do mercado estabelecido em números e rankings apontados pela ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).

O Brasil atualmente é o terceiro país que mais consome produtos cosméticos em todo o mundo e especialistas já apontam a acirrada disputa com o Japão em busca da segunda colocação.

As empresas injetam investimentos como nunca antes, tanto nos setores de pesquisa e produção quanto em estratégias de publicidade e internacionalização. O desenvolvimento do mercado alavanca outros setores da economia brasileira gerando empregos e investimento em pesquisas, posicionamento de marcas nacionais com nível de qualidade internacional.

O setor é responsável pela geração de 3,6 milhões de empregos no país e lançou na economia brasileira, somente em 2009, uma receita de R$ 24,97 bilhões, com um crescimento recorde de 14,7%. No resto do mundo, o mercado cosmético teve um recesso e não atingiu o mesmo crescimento que o Brasil, devido às crises.


PRODUTOS CAPILARES

Investidores de todo o mundo olham o Brasil como uma potência, mas quem está no mercado há algum tempo, principalmente no segmento de cosmético capilar, percebe as oportunidades de expansão e desenvolvimento de novas tecnologias para atender uma onda de consumidores mais críticos, responsáveis e com poder de decisão sobre marcas, produtos e procedência.

Neste foco, empresas como o Grupo LWV reformulam seu posicionamento mercadológico e criam estratégias para distribuir no país sua linha de cosméticos profissionais com o mesmo desempenho das multinacionais. O presidente Wagner Volpati, a frente do negócio há 14 anos, ressalta que o mercado nunca esteve mais aquecido do que hoje. O crescimento nos últimos 4 anos da empresa fez com que a possibilidade de internacionalizar a marca surgisse.

Assim, Volpati levou para a Europa a tecnologia de sua marca e expandiu o mercado em Portugal, onde a empresa abriu filial para atender a alta demanda de exportação e vendas de cosméticos capilares profissionais Long Lasting, que é o grande case nos negócios do Grupo LWV.

O executivo faz previsões para o segundo semestre de 2010 como um período de grandes vendas e ainda mais expansão de representantes e abertura de novas filiais da LWV pelo Brasil, onde o grupo é líder em cosméticos capilares para linha profissional e está presente em 80% do território nacional.


Fonte: Holi Brasil Comunicação