terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aspen Pharma investe para expandir atuação local e global

O grupo sul-africano Aspen Pharma acaba de comprar o laboratório australiano Sigma, por US$ 860 milhões. Segundo o diretor Comercial e de Marketing da Aspen Pharma no Brasil, Alexandre França, o negócio vai viabilizar a projeção de crescimento da companhia no continente asiático. "Com a aquisição, ganhamos força para investir em países emergentes", afirma França.

Ainda de acordo com o executivo, não haverá por enquanto reflexos nos negócios da empresa no Brasil com a nova aquisição. Para França, com a maturação da aquisição do Sigma, existe a oportunidade, no médio prazo, de importar medicamentos fabricados na Austrália para o País.

Presente no mercado há 98 anos, a australiana Sigma não está presente no Brasil. A empresa conta em portfólio com produtos de marca, genéricos e OTC (sigla em inglês para medicamentos fora do balcão).

A Aspen Pharma informa que 70% dos seus produtos correspondem a medicamentos similares e 20% fitoterápicos e está no Brasil desde o ano passado, com uma unidade fabril em Serra (ES). Esta unidade deve receber aporte de US$ 15 milhões para expandir em 40% sua capacidade no País, modernizar produção e ampliar a área de estocagem, que recebe 30% dos produtos comercializados aqui, no Brasil, oriundos da Índia e de países da África.

O investimento está programado para acontecer até 2012. Já as obras da planta começarão em março. "O Brasil é nossa prioridade, pois 12% das nossas receitas estão na América Latina. Nosso objetivo é aumentar esse percentual" , afirma França. Segundo ele, o ano fiscal da empresa, que fecha no próximo mês de junho, mostrará bons resultados provenientes do Brasil. "Vamos dobrar de tamanho já neste primeiro ano de atuação", diz o executivo.




A companhia, que tem ações negociadas na Bolsa de Valores de Johannesburgo, apresenta crescimento de 15% a 18% nos últimos 10 anos globalmente. Possui 14 fábricas em quatro continentes e está presente em mais de 100 países, com faturamento de US$ 1,1 bilhão.

França destaca que a farmacêutica pretende ampliar sua produção de medicamentos fitoterápicos e não tem r interesse em ingressar no segmento de genéricos no País, apontado por especialistas como o pilar de crescimento da indústria farmacêutica brasileira. Faz parte dos projetos da multinacional comercializar, até o fim deste ano, oito medicamentos.


AQUISIÇÃO

A Aspen Pharma revela que está em fase de negociação para comprar uma empresa no Brasil. "Não posso adiantar mais detalhes sobre o negócio, mas creio que ainda este ano teremos novidades", conta França. Segundo ele, o principal entrave para crescer no Brasil são os custos, o que engloba os impostos "altíssimos". "A regra do jogo muda muito, isso dificulta planejamento de longo prazo" afirma ele.

No Brasil, a Aspen Pharma trabalha com produtos hospitalares, de prescrição, OTC e biotecnológicos. As principais marcas são Aspen Pharma são: Aldomet, Ziloric, Digoxina, Imuran, Insunorm e Estafan C, entre outros.


Fontes: DCI e Amor.A Comunicação