sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Novartis: comprimido com chip ajuda a evitar rejeição de órgãos transplantados
A gigante farmacêutica Novartis está a desenvolver um medicamento que contém um microchip capaz de anunciar problemas de rejeição de órgãos em pessoas transplantadas. O medicamento espera ser aprovado para uso na UE dentro de 18 meses, escreve o site R7.
O chip é activado pelo ácido do estômago e transmite informações a um adesivo anexado à pele do paciente, estando o conteúdo disponível pela internet ou smartphone. A aplicação em doentes transplantados terá a função de ajudar a evitar a rejeição do órgão.
Um problema comum que ocorre após transplantes é ajustar a dose e o tempo de tomar medicamentos anti-rejeição, que devem ser monitorizados com frequência para evitar a rejeição do órgão. Com o microchip, o problema deve ser solucionado, já que este teria o papel de monitorizar se os fármacos estão a ser tomados no momento certo e na dose correcta.
Em Janeiro deste ano, a Novartis 24 milhões de dólares para garantir o acesso à tecnologia, inventado e desenvolvido por uma empresa privada da Califórnia, a Proteus Biomedical. O microchip é capaz de recolher informação sobre a frequência cardíaca, temperatura e movimentos corporais, que podem indicar se os fármacos estão a funcionar como esperado.
Os microchips serão adicionados aos medicamentos já existentes, mas a empresa pretende realizar testes de bioequivalência para mostrar que os efeitos dos comprimidos mantêm-se inalterados com a adição do microchip.
Trevor Mundel, porta-voz da área de desenvolvimento global da farmacêutica, afirma que a privacidade dos doentes será protegida, já que informações recolhidas por meio de tecnologia Bluetooth (sistema de transmissão de dados sem fio) poderiam ser interceptadas por alguém que não seja o médico.
Apesar do uso do microchip ser focado para medicamentos que impedem a rejeição em doentes transplantados, existe a tendência de a tecnologia se espalhar para outras áreas da medicina, segundo Mundel.
A promessa vai muito além disso do uso de fármacos anti-rejeição.