quinta-feira, 14 de abril de 2011

Brasil vai produzir fármacos oncológicos com a Roche

O Brasil começará a produzir medicamentos contra o cancro através de parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o laboratório multinacional Roche. Actualmente, o país gasta cerca de 2 mil milhões de reais (cerca de 865 milhões de euros) por ano com a importação de medicamentos para tratamento do cancro. A informação foi divulgada esta quarta-feira (30) pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, durante a assinatura do acordo com a Roche para a produção nacional de medicamento contra rejeição de transplantes.



O acordo para a produção de medicamentos oncológicos será definido por um grupo de estudos constituído com o laboratório e deve ser anunciado nos próximos meses, afirmou Paulo Gadelha. “Este ano, a nossa intenção é fechar outro acordo com a Roche, caminhando para a área de oncológicos, que é um dos objectivos estratégicos da política do Ministério da Saúde. A ideia é começar a definir a incorporação de tecnologia. Definida a incorporação, começamos o processo gradativo de internalização da produção”.



O presidente da Fiocruz ressaltou que o laboratório estrangeiro tem conhecimento fundamental na investigação de fármacos oncológicos. “A Roche tem medicamentos muito importantes na área de oncologia. Estamos a desenhar uma agenda de trabalho para que o próximo passo do acordo se estabeleça nesse campo. São medicamentos que têm um custo enorme para o Ministério da Saúde e que estão na pauta de estudos, com possibilidade de transferência de tecnologia”.



A assinatura do acordo com a Roche contou com a presença do presidente mundial da empresa, Severin Schwan, e do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.