sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Vacina é única forma de prevenção ao sarampo
Em face da confirmação de dois casos importados de sarampo no município de Porto Alegre, alerta-se para a importância de se manter atualizada a carteira de vacinação da criança, do adolescente e do adulto. Quem está com a vacina em dia não precisa se vacinar.
As pessoas que apresentarem sinais e sintomas compatíveis com sarampo devem procurar atendimento no posto de saúde mais próximo.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, de transmissão respiratória, de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença.
O período de incubação geralmente dura dez dias, variando de sete a 18 dias e o período de transmissibilidade é de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema (manchas avermelhadas na pele) até quatro dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema.
O quadro clínico apresenta-se com febre de moderada a alta acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite, fotofobia, cansaço, falta de apetite e exantema máculo papular com início na face e atrás do pescoço e espalhando-se para o tronco e membros.
No campo das doenças infecto-contagiosas, o sarampo é uma das principais causas de adoecimento entre crianças menores de cinco anos de idade, sobretudo as desnutridas e as que vivem em países subdesenvolvidos. O óbito é decorrente de complicações, especialmente a pneumonia. Outras complicações podem ocorrer como a otite média, broncopneumonia, diarréia e encefalite. A encefalite pode ocasionar danos permanentes e se apresenta em aproximadamente um de cada um mil casos de sarampo.
Não existe tratamento específico para o sarampo; recomenda-se repouso, hidratação, antitérmicos e isolamento dos doentes para diminuir o contágio. As complicações bacterianas são tratadas com antibióticos.
O Brasil encontra-se sem a circulação do vírus selvagem do sarampo desde 2001, após este período foram registrados somente casos importados, sendo o último caso notificado em 2006. O Estado do Rio Grande do Sul não apresenta casos confirmados de sarampo desde 1999.
A vacina é a única forma de prevenção e é aplicada em todos os postos de saúde do Rio Grande do Sul, gratuitamente, a partir de um ano de vida. A vacina disponível é a chamada tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), muito segura e eficaz, devendo ser aplicada por via subcutânea. As contraindicações são gravidez, imunodepressão por doença ou tratamento, doenças febris agudas, alergia importante ao ovo de galinha.
O esquema recomendado é uma dose de vacina com um ano de idade e um reforço aos quatro a seis anos.
Fonte: SSRS