As crianças que conseguem superar um cancro têm mais probabilidades de desenvolver problemas cardíacos mais tarde. E têm entre seis a oito vezes maior mortalidade relacionada com doenças do coração, em comparação com indivíduos que foram sempre saudáveis, noticia o site HypeScience, citado pelo POP - Portal de Oncologia Português.
Estes dados foram recolhidos a partir de uma investigação de um centro médico infantil em Amesterdão, na Holanda, com 601 sobreviventes ao cancro na infância.
Os investigadores observaram os quadros médicos das crianças durante mais de 15 anos após se terem curado do cancro. E descobriram que 27% dos adultos analisados apresentavam disfunções cardíacas, e que o risco era especialmente maior entre aqueles que tinham recebido mais de um tratamento ao mesmo tempo.
Nenhum outro indicador foi descoberto, por isso o risco parece ser o mesmo independentemente do sexo ou da quantidade da dose de medicamentos em si.
Disfunções no coração no início da vida adulta significam um alto risco de sofrer um ataque cardíaco mais tarde, e mais de um quarto dos sobreviventes de cancro infantil passam por este problema.
Devido a este índice, os médicos insistem que seja dada especial atenção ao coração, depois de a criança se curar de um cancro.