quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Bristol dispara estratégia no país para produto contra melanoma
Bristol adquire dez companhias para desenvolver biomedicamentos
O ipilimumabe foi desenvolvido pela Medarex, empresa americana
especializada em biológicos para oncologia e imunologia adquirida pela Bristol em 2009 por US$ 2,3 bilhões. Será o segundo medicamento biológico lançado pela Bristol no Brasil. O primeiro, o abatacepte, chegou
ao mercado no final de 2007 com o nome comercial de Orencia e é dedicado a pacientes que sofrem de atrite reumatóide. As vendas no país em 2009 foram de US$ 10 milhões. A empresa avalia que este faturamento poderá crescer substancialmente se o governo o incluir em sua lista de aquisições de medicamentos de alta complexidade, o que
poderá ocorrer em 2011. Rubens Paulella relata que, entre 2012 e 2013, chegará ao mercado o belatacepte que terá a finalidade de reduzir a rejeição de órgãos sólidos como rim e fígado transplantados. ?Estamos nos posicionando como um dos líderes globais em biotecnologia
e estes três produtos formam nossa ponta de lança neste segmento de mercado?, diz o executivo. A estratégia global da companhia em biofarma, batizada de ?colar de pérolas?, envolveu a aquisição nos últimos anos de dez companhias que hoje trabalham em conjunto no desenvolvimento
de drogas para tratar doenças de alta complexidade, como alzheimer, câncer, diabetes e doenças tromboembólicas .
GLOBAL
US$ 18,8 bi foi o faturamento global da americana Bristol em 2009.
Deste total, US$ 4,4 bilhões já tiveram origem nos negócios com biofármacos.
LOCAL
R$ 393 mi foi a receita no Brasil no último ano. O único medicamento
biológico comercializado no país, o Orencia, utilizado no tratamento
de atrite reumatóide, gerou receita de R$ 17,2 milhões.
IPILIMUMABE
US$ 9 bi é a expectativa da Bristol de receita global nos próximos cinco
anos com o novo medicamento. No Brasil, a empresa espera
faturar por ano R$ 34,4 milhões.
PESQUISA
US$ 3,6 bi é o investimento anual da companhia em pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. No Brasil, R$ 42,5 milhões foram investidos em pesquisa clínica em 2009.
Fonte: Brasil Econômico