segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

GSK: vacina para a malária promissora em ensaio intermédio


Os resultados de um ensaio, publicados no The Lancet Infectious Diseases, mostraram que a vacina para a malária da GlaxoSmithKline (GSK) Mosquirix® reduziu o risco de contrair a doença em 46%, durante 15 meses, em crianças, avança o site FirstWord.


Os investigadores que conduziram o estudo de fase II sugeriram que a vacina experimental é "promissora, tendo potencial de intervenção na saúde pública contra a malária na infância em países com paludismo endémico."



No estudo, 894 crianças, do Quénia e da Tanzânia, com idades entre os cinco e os 17 meses foram aleatorizadas para receber a Mosquirix® com adjuvante ou uma vacina anti-rábica. Uma análise inicial, publicada em Dezembro de 2008, mostrou que a vacina reduziu o número de crianças infectadas com malária em 53% depois de oito meses.


A nova análise não encontrou “evidências de decréscimo da eficácia", após 15 meses de seguimento, observaram os cientistas, com apenas 11,4% das crianças que receberam a vacina da GSK a desenvolverem malária, em comparação com 19,7% no outro grupo.



"Nunca tivemos uma vacina para a malária a chegar tão longe em termos de desenvolvimento; e continua a mostrar-se promissora", comentou Robert Newman, director do Programa Global da Malária da Organização Mundial de Saúde. "É promissor e encorajador", disse, acrescentando que a OMS aguarda pelos resultados após 30 meses – previstos para 2014 – antes de emitir uma recomendação da vacina.



A GlaxoSmithKline está actualmente a conduzir ensaios de fase final com a Mosquirix®. O CEO Andrew Witty afirmou, em Outubro passado, que os testes iriam gerar resultados, no final de 2011 ou início de 2012.


O porta-voz da empresa, Stephen Rea, disse que se os dados forem positivos, a farmacêutica vai procurar a aprovação da vacina na Europa.


Andrew Witty também revelou que, se aprovada, a vacina terá "o menor custo prático sustentável ao longo do tempo... com um retorno muito pequeno, cerca de 5%", que será reinvestido no desenvolvimento de novas vacinas para outras doenças tropicais negligenciadas.