segunda-feira, 7 de março de 2011
Bayer Schering Pharma aposta no consumidor do interior do país
Para ser competitiva em um mercado cada vez mais consolidado e sob a constante ameaça dos genéricos, a Bayer Schering Pharma (BSP) vai direcionar seus investimentos no Brasil para a expansão geográfica e para lançamentos que fortaleçam suas marcas.
A divisão farmacêutica da multinacional alemã - com faturamento global de € 8 bilhões nos nove primeiros meses de 2010 - pretende voltar sua atenção para o interior do país. A estratégia de expansão ainda está sendo estruturada pela empresa, mas a ideia é estar mais próxima dos médicos - que, por sua vez, prescrevem os produtos ao consumidor final. "Notamos um fator de crescimento no Brasil, principalmente no interior, onde o potencial do mercado é maior do que o das capitais", afirmou o presidente da Bayer Brasil, Theo van der Loo, que comanda a subsidiária brasileira desde janeiro.
A inovação em produtos que já existem é outro foco da companhia alemã: a empresa tem lançado novas apresentações e indicações de suas marcas. Para este ano, a companhia pretende fazer cinco lançamentos. Dentre esses, está o Levitra ODT, contra disfunção erétil. Esse medicamento - que deve entrar no mercado brasileiro no segundo semestre - é uma extensão da linha, com nova apresentação e atuação sublingual. O anticoncepcional YAZ, por sua vez, é um exemplo de produto com nova indicação: a ideia é atrair também consumidoras para o combate da acne.
Os investimentos da matriz direcionados à pesquisa na unidade brasileira devem somar € 8 milhões em 2011, mais do que o dobro do desembolsado em 2010. Mas, os recursos destinados para o país têm um fundamento mais amplo. A área de farmácia da multinacional - que tem 20% dos negócios anuais globais originado nos mercados emergentes - colocou como meta estar entre as cinco maiores empresas do setor nesses países até 2015.
"Estamos mudando nosso foco para os emergentes. Na Alemanha, nossos negócios estão diminuindo. Aqui estamos contratando", afirmou o presidente mundial da empresa, Andreas Fibig, em visita recente a São Paulo. Segundo ele, o Brasil é o país que mais interessa à matriz dentro dos Brics, depois da China. A empresa tem uma fábrica no país, no bairro de Santo Amaro, localizado na zona sul da capital paulista.
Fonte: Valor Econômico