segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Laboratório EMS planeja construir terceira fábrica no país em 2011


Depois de ter suas vendas turbinadas a partir do fim deste primeiro semestre com as versões genéricas e similares de dois importantes medicamentos que tiveram suas patentes expiradas (Viagra e Lípitor), o laboratório nacional EMS deverá erguer sua terceira fábrica no Brasil a partir de 2011. O local e o valor que será injetado nessa futura unidade serão definidos até o fim do ano, mas esses aportes já estão incluídos nos cerca de R$ 500 milhões que a empresa pretende investir no ano que vem no país.

Waldir Eschberger Jr., vice-presidente de mercado da companhia, disse que essa terceira unidade será voltada para desenvolver medicamentos para tratamento de doenças respiratórias, como parte de acordos fechados de transferência de tecnologia entre a EMS e os governos de Cuba e da China.

A meta da EMS é abocanhar uma fatia de R$ 1,6 bilhão, estimada com o fim da patente de importantes medicamentos entre este ano e 2011. Desde o fim de junho, o laboratório recebeu aprovação da ANVISA para comercializar as versões genéricas e similares do Viagra. E desde agosto, vende o genérico do Lípitor. A partir deste dia 15 começa a distribuir o similar desse remédio, com a marca Lipisat.

Agora, o plano do laboratório nacional é colocar no mercado o valsartana (combate hipertensão), da Novartis, que negocia o produto com a marca Diovan, e Seroquel (esquizofrenia), da Astrazeneca. Outros dois novos medicamentos genéricos e similares deverão ser lançados a partir de 2011, segundo afirmou Eschberger Jr.

As duas unidades na Grande São Paulo receberam aportes, com aquisição de novas máquinas, permitindo elevar de 30 milhões para 40 milhões de unidades mensais a produção de medicamentos. Embora tenha o foco ajustado para genéricos e similares, a empresa também quer avançar no segmento de medicamentos com prescrição médica.

Com o mercado inflacionado por conta do interesse das multinacionais em comprar laboratórios do país, Eschberger afirmou que a empresa está de olho em aquisições, mas não tem urgência. Os planos de internacionalização também continuam no radar da companhia, mas seguem um ritmo mais lento, considerando que o mercado interno para a farmacêutica este ano foi o principal alvo. "Em 2011 teremos grandes novidades".



Valor Economico