terça-feira, 5 de abril de 2011
MSD lança primeiro medicamento após fusão da Merck com a Schering
A farmacêutica MSD anunciou o primeiro lançamento no Brasil da empresa, fruto da fusão, em 2009, de duas multinacionais da área da saúde - Merck Sharp & Dohme e Schering-Plough. Trata-se do sugamaex sódio, molécula comercializada com o nome de Bridion, que permite uma recuperação mais rápida e segura da função neuromuscular daqueles pacientes que receberam anestesia geral, independentemente da dose e do tipo de cirurgia. Ou seja, ele acelera a volta das funções motoras após o anestésico.
Segundo João Sanches, diretor de acesso a mercado e assuntos corporativos da empresa, haverá novos lançamentos ainda este ano. A estratégia da companhia é triplicar, em cinco anos, seu faturamento no Brasil, Novo medicamento contra hepatite C, que espera aprovação da Anvisa no Brasil, quando associado a duas outras drogas, aumenta as chances de cura entre os pacientes que não respondiam às terapias existentes que em 2010 foi da ordem de US$ 820 milhões. Só com o Bridion, a empresa espera faturar US$ 25,5 milhões nesse prazo. A MSD aguarda ainda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar o Boceprevir, medicamento oral contra o vírus da hepatite C.
À ESPERA DE APROVAÇÃO
Estão previstos ainda os lançamentos do Simponi (golimumab), terapia subcutânea para o tratamento de artrite reumatóide; Saflutan (tafluprost) para glaucoma e hipertensão ocular; e Noxafil (posaconazole), medicamento usado para prevenir infecções em pessoas com sistema imunológico enfraquecido pelo tratamento com quimioterapia e transplante. “A MSD possui um portfólio diversificado como resultado da fusão e é isso que estamos materializando agora”, afirmou Sanches.
Para Simone Lancha, gerente do produto, “o Bridion é um dos maiores avanços no campo da anestesiologia em duas décadas, ao encapsular a molécula do relaxante muscular, usado como pré-anestésico, para torná-la inativa em menos de três minutos”. Ela explica que os agentes atuais de reversão associados às anestesias são lentos e podem dar origem a efeitos colaterais indesejáveis, como distúrbios do ritmo cardíaco, gastrointestinais e pulmonar.
O lançamento no Brasil do Boceprevir promete também revolucionar o tratamento da hepatite C. Em artigo na revista The New England Journal of Medicine, lançada recentemente, o medicamento associado a drogas tradicionais “potencialmente pode curar pessoas com a doença que não respondiam às terapias existentes”. De acordo com o estudo, essa terapia pode levar a uma nova era de desenvolvimento de antivirais para tratar a hepatite C, doença de origem viral grave que pode levar à fibrose e cirrose, bem como ao câncer de fígado e à morte.
Fonte: Brasil Econômico