
Uma investigação realizada pela Universidade de Minnesota, nos EUA, que será publicada na edição de Agosto do American Journal of Pathology mostra que a morfina, usada como tratamento paliativo em pacientes terminais de cancro, pode obstruir novos vasos sanguíneos que alimentam um tumor, avança o site Ciência Diária, citado pelo POP - Portal de Oncologia Português. O crescimento de vasos é uma das formas de estabelecimento do cancro no corpo e de disseminação para outros órgãos e tecidos.
A equipa submeteu ratinhos com carcinoma do pulmão a doses de morfina, descobrindo que o uso crónico do analgésico diminui os níveis de angiogenése (crescimento de vasos sanguíneos) do tumor. Este efeito foi mediado pela supressão da sinalização induzida por baixas concentrações de oxigénio, levando a uma redução dos níveis de factores pró-angiogénicos.
Os investigadores afirmam que a morfina, mais do que um analgésico potente, é um potencial inibidor do crescimento do tumor. O trabalho publicado como Morphine supresses tumor angiogenesis through a HIF1a/p38MAPK pathway foi coordenado por Sabita Roy.